
Ano 11 | nº 2464 | 13 maio de 2025
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Receita cresce 29% e as exportações totais de carne bovina voltam a superar as 300 mil toneladas em abril
Com melhores preços, em abril a receita das exportações totais de carne bovina, o que inclui o produto in natura, processados e miudezas comestíveis, entre outros, cresceu 29% com US$ 1,363 bilhão. A movimentação aumentou 22% com o produto superando pela primeira vez no ano as 300 mil toneladas embarcadas.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O recorde mensal é o de outubro de 2024, com o embarque de 319.289 toneladas. Em abril o país enviou 306.780 toneladas. É a quarta vez que a movimentação supera essa marca. No ano passado, em abril, o país exportou 252.295 toneladas com receita de US$ 1,055 bilhão. Segundo a Abrafrigo, no acumulado dos primeiros quatro meses do ano, a receita já chegou a US$ 4,644 bilhões, num crescimento de 23% sobre o mesmo período do ano passado, e a movimentação atingiu 1.052.809 toneladas (+14%). Em 2024, a movimentação do quadrimestre foi de 923.952 toneladas e a receita de US$ 3,764 bilhões. A China, nosso principal cliente, aumentou suas compras no período em 2%, importando 386.468, toneladas com receita de US$ 1,884 bilhão (+ 12,4%). Nos mesmos meses de 2024, a China comprou 377.989 toneladas proporcionando receita de US$ 1,677 bilhão. O preço médio obtido em 2024 foi de US$ 4.410 por tonelada e de US$ 4.876 por tonelada em 2025, no quadrimestre. A participação da China na receita total das divisas obtidas em 2024 foi de 44,6% e em 2025 ela caiu para 40,6%, com novos mercados elevando suas aquisições. Os Estados Unidos, nosso segundo maior importador, continua elevado suas aquisições: em 2024 comprou 134.149 toneladas com receita de US$ 397,7 milhões e em 2025 adquiriu 247.145 toneladas (+ 84,2%), com receita de US$ 863 milhões (+117%). Com isso a participação relativa do país nas exportações totais do Brasil passou de 10,6% nas receitas de 2024 para 18,6% nas receitas de 2025. O preço médio obtido em 2024 foi de US$ 2.965 por tonelada e em 2025 subiu para US$ 3.492 por tonelada. O terceiro maior comprador da carne bovina brasileira foi o Chile que, em 2024, adquiriu 28.040 toneladas no quadrimestre e em 2025 aumentou suas importações para 39.608 toneladas (+41,3%). Com isso, a receita foi de US$ 131,2 milhões em 2024 para US$ 211,9 milhões em 2025 (+ 61,5%). No quarto lugar dos quatro primeiros meses do ano ficou a Argélia que, em 2024, importou 20.164 toneladas com receita de US$ 92,1 milhões e em 2025 adquiriu 24.985 toneladas (+ 23,9%), com receita de US$ 133 milhões (+44,4%). No total, 114 países aumentaram suas importações enquanto outros 42 reduziram suas compras.
Publicado em: Valor Econômico/Agro Estadão/Globo Rural/Uol Notícias/Isto É Dinheiro/Portal DBO/Notícias Agrícolas/Agro em Dia/Poder 360/Compre Rural/Página Rural/Canal Rural
NOTÍCIAS
Scot Consultoria: Queda nas cotações em São Paulo
Após sete dias úteis sem mudança nos preços, a cotação caiu para todas as categorias. O aumento na oferta de boiadas e o fraco escoamento de carne na indústria contribuíram para o cenário.
No entanto, os frigoríficos trazem um ponto de atenção para uma possível melhora nas vendas de carne no setor atacadista no início da semana, para reposição no varejo, após o Dia da Mães. Com isso, o preço do boi gordo caiu R$3,00/@, negociado em R$315,00/@. Para a vaca e para a novilha, a queda foi de R$5,00/@, cotadas em R$280,00/@ e R$298,00/@, respectivamente. A cotação do “boi China” caiu R$3,00/@, apregoado em R$320,00/@. Ágio de R$5,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo. A escala de abate está, em média, para nove dias. Na região Sul da Bahia, o aumento da oferta na região pressionou os preços do boi gordo e da vaca. A cotação da novilha não mudou. O preço do boi gordo recuou R$2,00/@ e o da vaca R$3,00/@, cotados em R$283,00/@ e R$262,00/@, respectivamente. A novilha está apregoada em R$267,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo. Não há referência de “boi China” na região. As escalas de abate estão, em média, para 12 dias. No mercado de carne com osso no atacado, na semana, as vendas variaram de razoáveis a boas. No entanto, com o aumento da oferta — reflexo da regularização dos abates após os feriados —, os preços das carcaças sofreram queda. A carcaça casada de boi capão, boi inteiro e vaca caiu de 0,5%, enquanto a da novilha apresentou recuo 1,0%. A cotação da carcaça do boi capão e do boi inteiro caiu R$0,10/kg, negociadas em R$21,90/kg e R$20,25/kg, respectivamente. Para a carcaça da vaca, o preço também recuou R$0,10/kg, cotada em R$19,40/kg e, para a da novilha, a queda foi de R$0,20/kg, comercializada em R$20,15/kg. Já no mercado de carnes alternativas, as cotações subiram 1,6% para ambas as proteínas. O preço do frango médio* apresentou acréscimo de R$0,13/kg, comercializado em R$8,28/kg. Já para a carcaça de suíno especial**, a alta foi de R$0,20/ kg, negociada em R$12,90/kg.
Scot Consultoria
Indústria permanece sem dificuldades para compor suas escalas de abate, o que pressiona os preços para baixo
O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com preços em queda nas principais praças de produção e comercialização do país.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a sazonalidade do mercado tem forte peso para justificar o recente comportamento dos preços. Segundo ele, os frigoríficos não estão encontrando dificuldades no posicionamento de suas escalas de abate, que hoje atendem entre sete e nove dias úteis na média nacional. “Na Região Norte também se evidencia aumento da disponibilidade de fêmeas. A expectativa daqui até o final do mês é de continuidade deste movimento, o único ponto de suporte está no forte ritmo de embarques, o que tem sido o grande destaque sob o prisma da demanda em 2025”, disse. Média dos preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 311,25. Goiás: R$ 293,75. Minas Gerais: R$ 298,24. Mato Grosso do Sul: R$ 303,86. Mato Grosso: R$ 308,38. O mercado atacadista volta a se deparar com acomodação nos preços da carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para elevação dos preços no curto prazo, considerando o arrefecimento da demanda durante a segunda quinzena do mês. O quarto traseiro ainda foi precificado a R$ 24,00 por quilo, o dia dianteiro segue no patamar de R$ 19,50 e a ponta de agulha, por sua vez, continua cotada a R$ 18,00, por quilo.
Agência Safras
Mercado de sebo e couro enfrenta pressão com concorrência do óleo de soja e desaquecimento da demanda chinesa
O mercado de subprodutos do abate, como sebo e couro bovino, segue pressionado em 2025, refletindo diretamente no desempenho e na rentabilidade dos frigoríficos brasileiros. Embora sejam mercados menos acessíveis ao produtor rural, esses segmentos desempenham papel importante na precificação e agregação de valor à cadeia da carne bovina.
De acordo com Pedro Gonçalves, analista da Scot Consultoria, o sebo bovino tem enfrentado forte concorrência do óleo de soja, especialmente no setor de biocombustíveis. A mudança de cenário ocorre em um momento em que o Brasil colhe uma safra recorde de soja, ampliando a disponibilidade de óleo vegetal e reduzindo os preços. “O óleo de soja, mais barato, passou a ocupar maior espaço na composição do biodiesel, reduzindo a participação do sebo”, afirma o analista. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que, entre janeiro e março deste ano, o uso do sebo bovino na produção de biodiesel caiu cerca de 20%, enquanto a participação do óleo de soja alcançou quase 80%. Esse cenário também impactou as exportações brasileiras. Os Estados Unidos, principal destino do sebo nacional, têm aumentado significativamente a importação de óleo de soja brasileiro, diminuindo a demanda pelo sebo.
Scot Consultoria
Embarques de carne bovina alcançam 67,1 mil toneladas até a segunda semana de maio/25
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic os embarques de carne bovina in natura alcançaram 67,1 mil toneladas até a segunda semana de maio/25. No ano anterior, o mês de maio exportou 211,9 mil toneladas em 21 dias úteis.
A média diária exportada até a segunda semana de maio/25 ficou em 11,1 mil toneladas e registrou alta de 10,9%, quando se compara com a média observada em maio de 2024, que estava em 10 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.103 por tonelada e isso representa um ganho anual de 13,3%, quando se compara com os valores observados em maio de 2024, em que estavam em US$ 4,503 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a segunda semana de maio ficou em US$ 342,7 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 954,4milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 57,1 milhões, num ganho de 25,7%, frente ao observado no mês de maio do ano passado, que ficou em US$ 45,4 milhões.
SECEX/MDIC
Economia
Dólar sobe ante o real após acordo tarifário entre EUA e China
O dólar fechou a segunda-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, após o acordo tarifário entre Estados Unidos e China reduzir a probabilidade de uma recessão na economia norte-americana.
O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, aos R$5,6833. No mês, a divisa acumula elevação de 0,12%. Às 17h04 na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — subia 0,60%, aos R$5,7085. No fim de semana Estados Unidos e China chegaram a um acordo tarifário durante as negociações de autoridades em Genebra, na Suíça, mas foi nesta segunda-feira que os detalhes foram divulgados. Os EUA reduzirão as tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30%, enquanto as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%, informaram os dois países. As novas medidas ficarão em vigor por 90 dias. O alívio trazido pelo acordo fez investidores reduzirem posições em ativos de segurança, como os títulos norte-americanos, e buscarem ativos mais arriscados, como ações. No mercado de moedas, isso se traduziu na venda de divisas de segurança como o iene, a libra e o euro, impulsionando o dólar. A moeda norte-americana também se valorizou ante a maior parte das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, em meio à percepção de que o acordo com a China é um fator positivo para a economia dos EUA. O avanço do dólar ante o real ocorreu ainda que, no exterior, commodities como o petróleo e o minério de ferro — produtos importantes da pauta exportadora brasileira — tenham apresentado ganhos fortes. O petróleo subia mais de 1% no fim da tarde, enquanto o minério de ferro negociado na China fechou com alta superior a 3%. “Embora as commodities tenham registrado alta, impulsionadas pela perspectiva de maior demanda chinesa após o acordo, o impacto sobre o dólar mostrou-se limitado”, pontuou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. “Isso ocorre porque a trégua comercial, apesar de benéfica à economia global, reorganiza os fluxos de capital estrangeiro… Entre os diversos fatores influenciando o mercado hoje — como a valorização das commodities, o aumento do apetite por risco e a alta das bolsas globais — prevaleceu o fortalecimento global do dólar, levando a uma sessão de queda do real”, acrescentou. A forte influência do acordo comercial EUA-China deixou em segundo plano, no Brasil, a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao UOL. Nela, o ministro disse que a inflação vai se acomodar se as metas fiscais do governo federal forem cumpridas e o Banco Central fizer seu papel. “A Fazenda não está pensando em nada, do ponto de vista fiscal, além de cumprir as metas estabelecidas, não há outro plano de voo que não seja esse”, disse Haddad. Pela manhã, o boletim Focus do Banco Central mostrou uma pequena alteração na projeção mediana do mercado para o dólar no fim deste ano, de R$5,86 para R$5,85 — ainda assim uma cotação acima do visto em sessões mais recentes, quando a taxa de câmbio se manteve abaixo dos R$5,80.
Reuters
Ibovespa fecha quase estável após acordo EUA-China
O Ibovespa fechou praticamente estável na segunda-feira, a despeito do desempenho robusto das blue chips Vale e Petrobras, após um acordo comercial entre China e Estados Unidos amenizar temores de recessão na economia global.
No setor de proteínas, MINERVA ON subiu 2,22%, com o noticiário incluindo acordo de leniência assinado com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que prevê pagamento de R$22 milhões pela companhia à União, em decisão com base na lei Anticorrupção por eventos anteriores a 2018. A trégua na disputa tarifária entre as duas maiores economias do mundo trouxe questionamentos sobre eventual enfraquecimento no movimento de rotação global de recursos que vinha estimulando a tomada de risco no mercado brasileiro, abrindo espaço para realização de lucros na bolsa paulista. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,04%, a 136.563,18 pontos, após alcançar 137.519,33 pontos na máxima — perto do topo histórico intradia de 137.634,57 pontos, marcado na semana passada — e 136.355,93 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$24,4 bilhões. Buscando encerrar uma guerra comercial que alimentou temores de recessão e abalou os mercados financeiros, o governo norte-americano reduzirá tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30% e as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%. As novas medidas terão validade por 90 dias, conforme comunicado conjunto divulgado pelas duas maiores economias do mundo nesta segunda-feira, após reuniões em Genebra no fim de semana por representantes de Washington e Pequim. “O acordo ajuda a sustentar o otimismo quanto a um arrefecimento da recente disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, que ameaçou as perspectivas de crescimento global”, afirmou a equipe da XP Investimentos. Analistas do JPMorgan afirmaram que o desfecho das negociações no fim de semana foi “surpreendentemente positivo”, destacando que a “magnitude da redução temporária das tarifas é maior do que a esperada”, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira. Em Wall Street, o S&P 500, umas das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 3,26%.
Reuters
Mercado ajusta projeções de inflação e vê ciclo de aperto monetário encerrado, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central fizeram ajustes leves em suas projeções para a inflação neste ano e no próximo e passaram a ver que o ciclo de aperto monetário se encerrou com a reunião de maio, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA é de alta de 5,51% ao fim deste ano, abaixo da previsão de avanço de 5,53% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira foi a 4,50%, de 4,51% há uma semana. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Sobre a política monetária do Banco Central, os especialistas passaram a ver que o ciclo de aperto monetário se encerrou neste mês, quando o Copom elevou a Selic para o atual patamar de 14,75%. Se antes a pesquisa Focus mostrava elevação da taxa básica de juros para 15% em junho e um corte de 0,25 ponto percentual em dezembro, ela agora mostra expectativa de manutenção durante o restante do ano, com a Selic terminando 2025 nos atuais 14,75%. A mediana das projeções para a Selic ao final de 2026 é de que a taxa atinja 12,50%, no que foi a 15ª semana consecutiva de manutenção desse patamar. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,00% neste ano, mesma projeção da semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento ficou estável em 1,70%. O resultado vem na esteira da divulgação de dados do IPCA para abril na semana passada, com o IBGE informando que o índice teve alta de 0,43% no mês, depois de subir 0,56% em março. Em 12 meses, o IPCA subiu 5,53% em abril, de uma alta de 5,48% anteriormente. No Focus desta segunda, houve ainda quedas ligeiras na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, a R$5,85, de R$5,86 na pesquisa anterior, e de 2026, a R$5,90, ante R$5,91 há uma semana. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 8,5% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos Estados Unidos.
Reuters
IGP-M sobe 0,18% na 1ª prévia de maio
Dentro do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo subiu 0,08%, o Índice de Preços ao Consumidor avançou 0,42% e o Índice nacional de Custo da Construção subiu 0,38%
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,18% na primeira prévia de maio, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Na mesma prévia de abril, o índice havia registrado variação de 0,05% e, no fechamento do mês passado, alta de 0,24%. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPAM) subiu 0,08% – na mesma leitura de abril, o dado havia caído 0,07%. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCM) avançou 0,42% ante 0,28% na mesma leitura do mês anterior. O IPC-M representa 30% do IGP-M. Com os 10% restantes de peso no IGP-M, o Índice nacional de Custo da Construção (INCC—M) ficou em 0,38% na primeira prévia de maio, ante 0,50% na mesma prévia do mês anterior.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
Preços da carne bovina nos EUA disparam enquanto pecuaristas enfrentam rebanhos mais reduzidos em 70 anos
Os preços da carne bovina nos Estados Unidos estão disparando para níveis recordes, à medida que o rebanho de gado do país atinge seu menor nível em mais de 70 anos, colocando ainda mais pressão sobre as contas de supermercado dos americanos.
O preço médio de um quilo de carne moída chegou a US$ 12,77 nas cidades americanas em março, um aumento de 12,8% no último ano e o maior já registrado, segundo dados do Departamento do Trabalho. O preço de bifes de carne bovina não cozidos também atingiu níveis recordes, chegando a US$ 24,21 por quilo. Uma seca prolongada no oeste dos EUA secou as pastagens, e os pecuaristas americanos vêm reduzindo constantemente seus rebanhos, criando uma escassez que elevou o preço dos bezerros e, por consequência, de outros produtos de carne bovina. Os custos com mão de obra e seguros também aumentaram e, mesmo com os bovinos atingindo pesos mais elevados do que nunca, isso não tem sido suficiente para compensar a queda no número de animais. “A carne bovina está enfrentando as condições de mercado mais desafiadoras que já vimos”, disse Donnie King, CEO da Tyson Foods, a maior processadora de carne dos EUA, a analistas ao divulgar os resultados do segundo trimestre da empresa nesta segunda-feira. O resultado, segundo Todd Foley, diretor financeiro interino da Kroger, é uma “inflação desproporcional” sobre a carne bovina, mesmo com os preços de outros alimentos, com exceção dos ovos, devendo permanecer “estáveis”. Os preços dos alimentos, e particularmente dos ovos, têm sido uma fonte de frustração para os consumidores e um foco da administração Trump. A inflação persistente foi um tema central da campanha presidencial de Donald Trump em 2024, e ele tem criticado o aumento dos preços dos alimentos. Os custos mais altos da carne devem pesar no sentimento do consumidor, especialmente com a chegada da temporada de churrascos de verão. A Tyson afirmou que seus clientes começaram a migrar para cortes de carne de menor qualidade ou para carnes mais baratas, como o frango, já que o preço médio de seus produtos bovinos aumentou 8,2% apenas entre fevereiro e abril. Essa mudança custou ao setor de carne bovina da Tyson US$ 181 milhões durante os seis meses encerrados em março, embora as vendas de frango tenham garantido lucros acima das expectativas dos analistas. Embora os preços em alta possam ter apertado os processadores de carne, que agora precisam pagar mais pelo gado, eles têm sido uma bênção para os pecuaristas, que vinham sendo pressionados pelos custos crescentes de criação dos animais. Essa tendência pode atrasar o processo, que leva anos, de reconstrução do rebanho bovino nos EUA o suficiente para reduzir os preços nos supermercados e restaurantes.
Financial Times
FRANGOS & SUÍNOS
Preços em queda no RS e SC para o mercado de suínos na segunda-feira (12)
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,90/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (9), houve aumento apenas em São Paulo, na ordem de 0,47%, chegando a R$ 8,60/kg. Houve queda de 0,12% tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina, custando, respectivamente, R$ 8,12/kg e R$ 8,17/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg) e Paraná (R$ 8,20/kg).
Cepea/Esalq
Receita com exportações de carne suína em 6 dias úteis chegam a 42% do total arrecadado em maio de 2024
Seguindo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, a receita com as exportações de carne suína in natura, até a segunda semana de maio (seis dias úteis), já chegou a mais de 42% do total arrecadado em maio do ano passado.
A receita obtida, US$ 88,5 milhões representa 42,15% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 210 milhões. No volume embarcado, as 34.708 toneladas representam 37,87% do total registrado em maio do ano passado, com 91.629 toneladas. O faturamento por média diária até a segunda de maio foi de US$ 14,7 milhões, valor 47,6% maior do que maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 6,72% observando os US$ 13,8 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.784 toneladas, houve incremento de 32,6% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, aumento de 4,53%, comparado às 5.533 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.551, ele é 11,3% superior ao praticado em maio passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 2,09% em relação aos US$ 2.499 anteriores.
SECEX/MDIC
Estabilidade na segunda-feira (12) para o mercado do frango
Preços estáveis dominaram as cotações no mercado do frango nesta segunda-feira (12).
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,24%, custando, em média, R$ 8,28/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (9), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado ficou estáveis, valendo, respectivamente, R$ 8,73/kg e R$ 8,74/kg.
Cepea/Esalq
Frango: faturamento e volume exportados em 6 dias úteis equivalem a cerca de 30% do total de maio do ano passado
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, a receita das exportações de carne de aves in natura até a segunda semana de maio (seis dias úteis), representou pouco mais de 30% do faturamento e a volume embarcado em comparação a todo o mês de maio do ano passado.
A receita obtida, US$ 251 milhões representa 33,38% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 751,8 milhões. No volume embarcado, as 139.401 toneladas representam 32,84% do volume registrado em maio de 2024, com 424.417 toneladas. O faturamento por média diária até o início deste mês foi de US$ 41,8 milhões quantia 16,9% maior do que a registrada em maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 3,48% quando comparado aos US$ 40,4 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 23.233 toneladas, incremento de 15,0% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, elevação de 5,44% em relação às 22.033 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.800, ele é 1,7% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa queda de 1,86% no comparativo com o valor de US$ 1.835,003 visto na semana passada.
SECEX/MDIC
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