CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2407 DE 14 DE FEVEREIRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2407 |14 de fevereiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo: queda na cotação das fêmeas nas praças pecuárias paulistas

A oferta de boiadas tem atendido às demandas dos compradores, que têm trabalhado com escalas de abate confortáveis. Desta maneira, não houve alteração nas cotações para o boi

Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, a quinta-feira foi marcada pela queda nos preços das fêmeas terminadas em São Paulo, justamente pelo crescimento de lotes ofertados. Com isso, a vaca gorda recuou R$ 5/@, para R$ 290/@, e a novilha gorda teve baixa diária de R$ 2/@, atingindo R$ 310/@. Pelos dados da Scot, no mercado paulista, o boi gordo “comum” está cotado em R$ 322/@ e “boi-China” segue valendo R$ 325/@ (preços brutos, no prazo). As ofertas de fêmeas, por outro lado, estão maiores do que a de bois, o que pressionou as cotações para a categoria. Para a cotação da vaca, houve queda de R$5,00/@ e para a novilha R$2,00/@. Os relatos são de uma demanda por carne bovina aquém do esperado para o período, apesar das compras efetivas do varejo. A escala de abate está atendendo, em média, oito dias. No Norte do Mato Grosso, na região, um mercado morno ainda caracteriza o cenário. As ofertas de gado têm atendido os compradores, com destaque às fêmeas. A cotação do boi não mudou e a da vaca e a da novilha caiu R$2,00/@. As escalas de abate atendem, em média, oito dias. No Rio Grande do Sul, o estado apresenta um cenário de estabilidade, sem alterações no mercado em relação a ontem. Houve, todavia, uma sinalização de possível queda nos preços para o curto prazo, conforme as escalas de abate vão ficando mais confortáveis. Desta forma, não houve alterações nos preços em nenhuma das categorias.

Scot Consultoria

Boi/Cepea: Carne se valoriza; preço do animal para abate se mantém estável

Preço da carcaça casada de boi acumula alta de 1% no mês

Os preços da carne bovina no atacado da Grande São Paulo têm tido ligeiros aumentos nestas primeiras semanas de fevereiro, de acordo com levantamento do Cepea. Já os valores da arroba do boi gordo para abate registram estabilidade e/ou pequenas desvalorizações. Segundo pesquisadores do Cepea, nos momentos de baixa, a pressão vem do alongamento das escalas, devido à maior oferta de animais. No acumulado da parcial deste mês, o preço da carcaça casada de boi acumula alta pouco acima de 1% no atacado, enquanto o boi gordo em São Paulo se mantém praticamente estável.

Cepea

Abates de bovinos crescem 18% em Mato Grosso

Abate de animais jovens atinge nível recorde

Segundo análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), após cinco meses consecutivos de queda, o volume de bovinos abatidos em Mato Grosso registrou um crescimento de 18,05% em janeiro de 2025, totalizando 614,62 mil cabeças. O número representa o segundo maior volume já registrado para o mês, impulsionado pelo expressivo aumento no abate de fêmeas. De acordo com os dados do setor, 329,87 mil vacas foram enviadas para os frigoríficos no período, um aumento de 38,02% em relação a dezembro de 2024. O número representa um recorde histórico para janeiro, elevando a participação das fêmeas para 53,67% do total de abates. Outro destaque foi o crescimento na participação de bovinos com menos de 24 meses nos abates. Embora tenha apresentado um leve recuo em relação ao mês anterior, a categoria alcançou o maior nível da série histórica para janeiro, representando 34,55% do total de animais abatidos no estado. Os dados indicam um movimento estratégico do setor pecuário, com maior descarte de fêmeas e aumento do envio de animais mais jovens, possivelmente em resposta às condições do mercado e à demanda da indústria frigorífica.

IMEA

Três grandes importadores da carne bovina brasileira “tiram o pé do acelerador” em jan/25

China, EUA e Chile reduzem compras da proteína in natura nacional em relação aos volumes computados em dez/24

Três países da lista dos maiores importadores de carne bovina in natura do Brasil desaceleram as compras da commodity brasileira em janeiro/25 – o que explica a queda de 10,91% das vendas externas totais no mês passado, para 180,47 mil toneladas, na comparação com dezembro/24, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A China, claro, teve o maior peso no movimento de queda mensal dos embarques da proteína, já que o país é disparado o maior importador mundial da proteína brasileira, respondendo atualmente por 50% do montante total. Segundo dados detalhados pela Agrifatto com base nos números da Secex, os envios brasileiros para o país asiático recuaram 19,97% (ou -22,75 mil toneladas) em janeiro/25 (sobre o resultado de dezembro/24), para 91,18 mil toneladas – o menor patamar desde março/24. “O motivo para essa redução pode estar associado às comemorações do Ano Novo chinês, período em que o país asiático reduz drasticamente suas negociações”, diz a Agrifatto. Além da queda em volume, observa a consultoria, os chineses têm reduzido o valor de pagamento pela carne bovina brasileira, o que resultou em retração de 19,51% na receita obtida com os embarques para lá (sobre dez/24), para R$ 2,76 bilhões. Com isso, relata a Agrifatto, a diferença entre o preço médio pago pelos chineses e pelos demais países importadores da carne bovina brasileira atingiu -2% em janeiro/25, a maior disparidade negativa desde novembro/24. “Enquanto a média de preço dos outros países importadores foi de US$ 5.028/tonelada, o preço obtido com a venda ao mercado da China ficou em US$ 4.922/tonelada, em média, reforçando a visão de que os chineses se tornaram clientes de volume e não de bons preços”, avalia a Agrifatto. Os norte-americanos também reduziram fortemente as compras de proteína bovina brasileira em janeiro/25. Foram 16,54 mil toneladas enviadas aos EUA no primeiro mês de 2025, 15,83% a menos que a quantidade registrada em dezembro/24 – pior resultado desde julho/24, informa a Agrifatto. Segundo a consultoria, a grande justificativa para essa redução é que a proteína bovina brasileira que saiu do Brasil em dezembro/24 enfrenta maior dificuldade para “pegar” a isenção da tarifação de importação (oferecida dentro da quota anual de 65 mil toneladas existente para os brasileiros e alguns outros países exportadores – normalmente, ela é preenchida rapidamente, sobretudo pelo próprio Brasil). “Dessa forma, a carne brasileira se torna mais onerosa para o importador norte-americano”, explica a Agrifatto. Os EUA estão lidando com uma oferta interna de carne bovina cada vez mais reduzida. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o déficit no mercado de carne bovina norte-americano não será resolvido em 2025, já que a expectativa do departamento é de que a oferta interna do país recue 3,96%, em relação ao ano anterior, para 11,81 milhões de toneladas, atingindo o menor nível desde 2016, relata a Agrifatto. Com isso, destaca a consultoria, apesar da retração em janeiro/25, os norte-americanos devem continuar adquirindo cada vez mais proteína bovina brasileira, mesmo pagando a tarifa de importação de 26,4% após superada a quota de 65 mil toneladas. Os chilenos importam 8,03 mil toneladas em janeiro/25, uma baixa de 37,79% sobre dezembro/24, e o pior resultado dos últimos dez meses, calcula a Agrifatto. Mesmo com um dia útil a mais, a exportação de carne bovina recuou em janeiro/25. Ao todo foram 180,47 mil toneladas embarcadas, volume 10,91% inferior ao registrado em dezembro/24. Segundo a Agrifatto, janeiro de 2025, porém, passou “raspando” de ser o melhor resultado da história para o primeiro mês do ano, ficando apenas 0,66% abaixo do resultado registrado em janeiro/24 (181,67 mil toneladas exportadas). O preço da carne bovina exportada registrou um aumento de 1,54%, fechando janeiro/25 a US$ 5.029/tonelada. A receita obtida com a exportação durante atingiu US$ 907,57 milhões no primeiro mês do ano, 9,53% abaixo da computada em dezembro/24. Para fevereiro/25, a estimativa da Agrifatto é que sejam enviadas 195 mil toneladas de carne bovina para fora do País, o que representaria um crescimento de 9,21% em relação ao resultado obtido no mesmo período de 2024.

Portal DBO

Confinamento de gado teve redução de custos em janeiro

Indicador medido pela empresa Ponta não verificava movimento de alta desde meados de agosto e setembro de 2024, a depender da região. Alimentar o gado confinado no Centro-oeste custou ao pecuarista 1,52% a menos que um ano atrás

O custo da alimentação dos rebanhos bovinos de confinamento caiu em janeiro. A expectativa de uma safra recorde em 2024/25, o início da colheita de grão e a desvalorização das commodities no mercado internacional ajudaram a dar um alívio nas contas da terminação. Não se via um movimento assim desde meados de agosto ou setembro do ano passado, a depender da região. Índice de Custo Alimentar Ponta (Icap), calculado pela empresa de tecnologia pecuária Ponta. No Centro-Oeste, o custo médio para alimentar o gado nos cochos foi de R$ 14,24 ao dia por cabeça em janeiro, queda de 1,52% no em comparação com janeiro de 2024 e de 6,75% em relação a dezembro do ano passado. Foi a primeira redução no Centro-Oeste desde setembro de 2024. “A queda no Icap está associada à safra recorde de grãos no Brasil em 2024, especialmente de milho, que aumentou a oferta de insumos e reduziu o custo alimentar nos confinamentos”, comentou a empresa. No Sudeste, o índice alcançou R$ 12,77 por cabeça ao dia, queda de 4,06% na variação mensal, a primeira desde agosto. Na comparação com janeiro de 2024, houve aumento de 5,71%, causado pelo reaquecimento do mercado de engorda em função da alta no preço do boi gordo no período. “Embora o Icap registre queda no início de 2025, o mercado segue dinâmico, e o impacto efetivo desses fatores (no ano) dependerá do andamento das colheitas, do comportamento da demanda e da volatilidade das commodities nos próximos meses”, afirmou a empresa. A queda do indicador no Centro-Oeste foi impulsionada pela redução nos preços de insumos energéticos (-7,26%) e proteicos (-4,68%), além do recuo no consumo pelos animais (-3,10%) em relação a dezembro de 2024. O custo por tonelada de matéria seca da dieta de terminação foi de R$ 1.494,83.

Entre os principais insumos utilizados nas dietas de terminação, destacaram-se as diminuições nas despesas com milho grão seco, casca de soja, bagaço de cana e da silagem de milho. A Ponta ainda destacou que os pecuaristas passaram a incorporar mais coprodutos de algodão na formulação das dietas dos bovinos em janeiro de 2025. Já no Sudeste, a retração veio na esteira de menores despesas com insumos proteicos, que registraram queda de 11,41% em relação a dezembro de 2024. O custo por tonelada de matéria seca da dieta de terminação atingiu R$ 1.376,99, representando uma queda de 1,25% no período. Entre os insumos proteicos mais utilizados pelos confinadores, destacam-se entre as reduções de preço a torta de algodão e os grãos secos de destilaria (DDG, na sigla em inglês). A combinação entre queda nos custos alimentares e valorização da arroba do boi tem favorecido as margens dos pecuaristas, após dois anos de grandes desafios. “No entanto, os confinadores devem manter atenção aos indicadores de gestão, pois os custos tendem a flutuar significativamente no período de entressafra”, alerta.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar tem leve alta com mercado atento à política comercial de Trump

Durante o dia, a moeda americana chegou a encostar em R$ 5,80 em um processo de correção após a firme valorização exibida pelo real neste ano

O câmbio doméstico oscilou entre margens estreitas no pregão da quinta-feira e encerrou a sessão com o dólar próximo da estabilidade, em leve alta. Durante o dia, a moeda americana chegou a encostar em R$ 5,80 em um processo de correção após a firme valorização exibida pelo câmbio neste ano. No entanto, o movimento perdeu fôlego ao longo do dia, em linha com o exterior, com os agentes financeiros atentos à política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou tarifas recíprocas contra parceiros comerciais durante a tarde. No fim da sessão no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 5,7684, em alta de 0,10%. Já o euro comercial encerrou o dia em alta de 0,55%, cotado a R$ 6,0197. Após dias de valorização expressiva do real, o mercado de câmbio tem oscilado entre margens estreitas nos últimos dias, o que foi reforçado na quinta-feira. Na máxima, o dólar chegou a R$ 5,7994 e, na mínima, a R$ 5,7583. O comportamento da moeda brasileira se deu em um contexto de espera dos participantes do mercado por alguns eventos como a imposição de tarifas “recíprocas” pelos EUA contra parceiros comerciais. Nesse sentido, o apontamento de que as tarifas de Trump não entrarão em vigor imediatamente levou o mercado a ter algum alívio, o que afastou o dólar das máximas no Brasil. No exterior, houve queda firme do dólar e o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, operava em queda de 0,77% no fim da tarde, aos 107,107 pontos. Para ele, na ausência de notícias ruins no Brasil, é possível que o dólar continue a “escorregar” para baixo e que possa chegar a R$ 5,65. Vale notar que, de acordo com os analistas Lucas Claro e Lucas Costa, do BTG Pactual, o real se valorizou em relação ao dólar por seis semanas consecutivas e, agora, se aproxima da média móvel de 200 dias. Nesse sentido, os analistas observam uma “piora na relação risco/retorno das posições vendidas em dólar, ou seja, apostas na desvalorização da moeda americana”.

Reuters

Ibovespa tem alta leve com movimento ‘técnico’ e apoio de Vale e Petrobras

Melhora foi definida como um movimento técnico por operadores após o tombo de 1,7% registrado ontem

Depois de passar a maior parte do dia oscilando perto da estabilidade, o Ibovespa ampliou a alta no fim do pregão, com a virada mais positiva das ações da e da Petrobras. O índice encerrou o pregão com o avanço de 0,38%, aos 124.850 pontos, bem perto da máxima do dia, de 124.853 pontos. A melhora foi definida como um movimento técnico por operadores após o tombo de 1,7% registrado ontem. Na mínima intradiária, ele chegou a bater os 123.778 pontos. O movimento positivo ocorreu mesmo após a confirmação de que os Estados Unidos irão impor tarifas de reciprocidade. Segundo o presidente americano, Donald Trump, os cálculos das alíquotas serão definidos caso a caso. Operadores apontam que o anúncio foi interpretado como uma medida “menos drástica” do que anunciar um aumento de tarifas de imediato, o que ajudou a ampliar os ganhos do índice no fim do pregão. As ações da Petrobras encerraram a sessão em alta: as PN subiram 0,11%, enquanto as ON tiveram avanço de 0,28%. Ao longo de parte do dia, os papéis apresentaram direções opostas, com as ordinárias subindo e as preferenciais recuando, o que pode indicar que houve compra por parte de estrangeiros. Já as ações da avançaram 0,13% em um dia mais favorável para ações de mineradoras pares. A maior alta na sessão foi registrada pelas ações da Braskem, que subiram 5,38% em um movimento de correção após duas sessões de queda. O volume financeiro do índice voltou a cair na sessão de hoje e chegou a R$ 13,9 bilhões. Já na B3, o giro financeiro bateu R$ 17,7 bilhões. Em NY, o dia foi mais positivo: o Nasdaq teve alta de 1,50%; o S&P 500 subiu 1,04%; e o Dow Jones obteve ganhos de 0,77%.

Valor Econômico

Ministério da Fazenda reduz projeção de crescimento do PIB para 2025 de 2,5% para 2,3%

Desaceleração decorre sobretudo do efeito da alta dos juros, diz SPE; expectativa é de estabilidade na inflação, com projeção de alta de 4,8%

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda reduziu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 de 2,5% para 2,3%, refletindo os ciclos contracionistas das políticas monetária e fiscal. A projeção de desaceleração consta no documento 2024 em retrospectiva e o que esperar de 2025, publicado nesta quinta-feira, 13, pela pasta. “Para o PIB de 2025, projeta-se expansão de 2,3%. A previsão até novembro de 2024 era de crescimento de 2,5%, porém o aumento na taxa de juros básica e o cenário conjuntural externo levaram à expectativa de menor ritmo de expansão da atividade em 2025”, diz o documento. A projeção de desaceleração pondera que as atividades cíclicas – mais dependentes das dinâmicas de crédito, massa de rendimento e transferências – devem ser mais impactadas pelo aumento nos juros e menores estímulos fiscais. Por outro lado, as não cíclicas, como produção agropecuária e extrativa, devem crescer em ritmo expressivo neste ano. Esse avanço garantiria que o crescimento real (acima da inflação) não se distancie do potencial e tende a exercer um efeito desinflacionário pela maior oferta de produtos. “Essa desaceleração ocorre em grande medida devido aos efeitos defasados da política monetária. Nós estamos atravessando ciclo de aumento de juros que tem impacto no ritmo de atividade e esse ciclo da política monetária afeta particularmente aquilo que chamamos de atividade cíclicas, que têm relação com o ciclo econômico”, afirmou secretário de Política Econômica (SPE), Guilherme Mello. “Por outro lado, as atividades não cíclicas tendem a ter um ano mais positivo em 2025 do que em 2024. Então, uma coisa compensa parcialmente a outra”, disse. Por setores produtivos, a SPE espera desaceleração para indústria – cuja projeção foi revisada de avanço de 2,5% para 2,2% – e em serviços – com expectativa de queda de 2,1% para 1,9%. Para a atividade agropecuária, a projeção de crescimento se manteve em 6,0%. Mello disse ainda que, diferentemente do ano passado, a SPE espera que a agropecuária tenha crescimento positivo em 2025. “Temos dados hoje que reforçam essa nossa visão, de uma safra muito positiva para o Brasil, o que ajuda não apenas na atividade, mas também ajuda no controle do preço dos alimentos”, avaliou. Por outro lado, disse ele, a indústria e o setor de serviços devem desacelerar graças a esses efeitos da política monetária contracionista. Mello também reiterou que já há um conjunto de informações que indicam desaceleração no mercado de trabalho e em serviços. A projeção da SPE vê que, ao longo do primeiro trimestre de 2025, o ritmo de crescimento deverá voltar a subir na margem para desacelerar em seguida. “A expansão da atividade agropecuária deverá ser na casa de dois dígitos no primeiro trimestre de 2025, repercutindo a colheita recorde de soja. O PIB de serviços também deve acelerar na margem no primeiro trimestre, refletindo o reajuste do salário-mínimo e o impulso em atividades relacionadas à agropecuária, como os transportes e o comércio”, diz o documento. O quadro de desaceleração se inicia no segundo trimestre e, a partir de julho, a atividade deverá se manter estável, pela redução nos impulsos de crédito e mercado de trabalho, um reflexo da política monetária contracionista. A expectativa da SPE para 2025 é de estabilidade na inflação, com projeção de IPCA em 4,8%. “A inflação deverá se situar pouco acima do intervalo superior da meta, resiliente em função de efeitos defasados da depreciação cambial e do ritmo aquecido de atividade”, diz. O comportamento esperado é distinto entre as categorias de inflação: a expectativa é de queda em alimentos, estabilidade para serviços e alta em preços monitorados e bens industriais. No caso de serviços, os preços sensíveis à ociosidade devem desacelerar, mas se espera mais resiliência em itens sensíveis à aceleração dos preços no fim de 2024, como alimentação fora do domicílio. “Os preços de carnes tendem a desacelerar até o final do ano, menos impactados pela reversão no ciclo de abate do gado e pelo avanço das exportações. O cenário também deverá ser mais favorável para o arroz, feijão, alimentos in natura e derivados de soja e leite, refletindo as boas perspectivas para o clima e para a produção agrícola em 2025″, com a ressalva de que a colheita baixa de 2024 impactará com alta os preços de trigo e derivados. A pasta ainda estimou que cerca de 0,9 ponto porcentual da inflação projetada para 2025 está relacionada aos impactos diretos da variação cambial verificada até o fim de 2024. Esse cenário pode mudar, a depender da dinâmica cambial nos próximos meses. “O cenário para inflação pode melhorar se a cotação do real persistir com desempenho melhor que o de pares, se mantendo em patamar inferior a R$/US$ 5,80″, diz.

O Estado de São Paulo

Varejo do Brasil tem retração inesperada em dezembro, mas fecha 2024 com maior expansão em 12 anos

O setor de varejo do Brasil registrou em 2024 o maior crescimento das vendas em 12 anos, embora tenha apontado enfraquecimento no final do ano em linha com as expectativas de perda de força gradual da economia

As vendas varejistas tiveram queda de 0,1% em dezembro na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mensal ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de estabilidade. Na comparação com mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 2,0%, segundo o IBGE, contra projeção de ganho de 3,5%. Ainda assim, o setor registrou em 2024 crescimento de 4,7%, o oitavo ano de expansão e no ritmo mais intenso desde 2012 (+8,4%). O varejo teve um ano de 2024 amplamente positivo, mostrando resiliência em meio a um mercado de trabalho aquecido, expansão do crédito e aumento da renda. No entanto, mostrou desaceleração do ritmo com quedas seguidas nos últimos dois meses do ano, em um aceno às expectativas de perda de força gradual da economia que deve se estender para o início de 2025. Isso ocorre em um ambiente de redução do impulso fiscal e aperto monetário, o que encarece o crédito. Em janeiro, o Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic em 1 ponto percentual como indicado, a 13,25%, e deve adotar nova alta na próxima reunião. “Para 2025, projetamos uma desaceleração no crescimento devido à redução dos estímulos fiscais e de crédito, além da inflação e juros elevados”, disse Igor Cadilhac, economista do PicPay. “Apesar desse cenário desafiador, esperamos que a retração seja relativamente moderada. Alguns fatores devem ajudar a sustentar o consumo das famílias, como o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial.” Em dezembro, cinco dos oito setores pesquisados no varejo restrito apresentaram retração de vendas em relação a novembro, sendo as mais intensas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,3%); e Combustíveis e lubrificantes (-3,1%). No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas em dezembro caiu 1,1% ante o mês anterior. Mas ainda fechou 2024 com alta acumulada de 4,1%, a maior desde 2021 (+4,5%). No âmbito do varejo ampliado, oito das onze atividades pesquisadas fecharam o ano com ganhos, com destaque para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,2%); Veículos e motos, partes e peças (11,7%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%) e Material de construção (4,7%). “Em termos setoriais, o grande destaque foi o setor farmacêutico, que é a única atividade a sustentar também oito anos de crescimento contínuo”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. As três atividades que sofreram queda em 2024 foram Combustíveis e lubrificantes (-1,5%); Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-7,1%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,7%).

Reuters

GOVERNO

Safra de grãos de 2025 deve ser 11,1% maior que de 2024, diz IBGE

Colheita deve atingir 325,3 milhões de toneladas neste ano. Projeção de colheita de janeiro tem um acréscimo de 0,8% em relação à de dezembro, com um acréscimo de 2,7 milhões de toneladas

A safra brasileira de grãos, leguminosas e oleaginosas deve atingir 325,3 milhões de toneladas em 2025, 11,1% a mais que em 2024, segundo divulgado na quinta-feira (13/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de janeiro. Segundo o instituto, a projeção de janeiro tem um acréscimo de 0,8% em relação à de dezembro, com um acréscimo de 2,7 milhões de toneladas. O IBGE informou, ainda, que a área a ser colhida para a safra de 2025 ficou em 80,9 milhões de hectares, 2,4% a mais que em 2024, representando um crescimento de 1,8 milhão de hectares. A projeção de janeiro representa um acréscimo de 0,6%, ou 472.102 hectares, em relação à de dezembro. O arroz, o milho e a soja representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,5% da área a ser colhida na safra deste ano. O IBGE informou ainda estimativas de produção, por produtos, para safra de 2025 bem como comparação com a safra de 2024. Em relação à produção, na LSPA de janeiro, houve acréscimos de 1,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 8,3% para o arroz; de 10,9% para o feijão, de 14,9% para a soja, de 8,2% para o milho (crescimento de 10,0% para o milho 1ª safra e de 7,8% para o milho 2ª safra), de 5,4% para o sorgo, bem como decréscimo de 3,3% para o trigo.

Globo Rural

EMPRESAS/MEIO AMBIENTE

BRF anuncia conquistas nas áreas de segurança hídrica e florestas

A BRF avançou em duas das três categorias da lista do CDP, que avalia o desempenho em gestão e transparência ambiental. No critério “Segurança Hídrica”, a empresa obteve um avanço significativo, subindo de C para A-, refletindo a gestão eficiente dos recursos hídricos.

Em “Florestas”, que analisa indicadores sobre as commodities soja, óleo de palma e madeira, a evolução também foi expressiva, com a empresa alcançando uma pontuação consolidada de A- para todas as commodities (anteriormente B-, D e C, respectivamente). Em “Mudanças Climáticas”, a BRF manteve a nota B, reafirmando seu compromisso contínuo com a agenda climática, informou a companhia na semana passada. “Esses avanços demonstram o compromisso da empresa em promover uma produção de alimentos sustentável, de baixo impacto ambiental, com 100% de sua cadeia de grãos monitorada e livre de desmatamento, levando produtos de qualidade a milhões de pessoas em 127 países”, destacou a BRF em nota. O CDP é uma organização global sem fins lucrativos que gerencia o maior sistema de divulgação ambiental do mundo para empresas, cidades, estados e regiões. Seu processo anual de pontuação é reconhecido como o padrão ouro em transparência ambiental corporativa. “Evoluir em nossa pontuação no CDP é um grande reconhecimento para a BRF, pois reflete nosso compromisso com a transparência e a sustentabilidade ambiental. Esse reconhecimento valida nossas ações em relação às mudanças climáticas, gestão dos recursos hídricos e a preservação das florestas, e nos fortalece, ainda mais, no setor de alimentos”, disse na nota Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade da companhia. Na frente de mudanças climáticas, a BRF teve suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi), tornando-se, segundo a empresa, “a primeira companhia do setor de alimentos do Brasil a ter aprovação de acordo com a nova metodologia FLAG” (sigla em inglês para florestas, uso da terra e agricultura). O compromisso da companhia é reduzir em 51% as emissões diretas de suas operações (escopos 1 e 2), incluindo as emissões geradas pelas fábricas, centros de distribuição e o consumo de energia nas operações próprias, até 2032. Já para as emissões indiretas, que abrangem a cadeia de valor (escopo 3), responsável por 98% das emissões da empresa, a meta é a reduzir 35,7%, também até 2032, com o desafio de se tornar uma companhia Net Zero, neutralizando suas emissões residuais. Desde 2023, a BRF monitora 100% dos fornecedores diretos de grãos dos biomas em que atua. Entre os indiretos, a empresa alcançou mais de 90% em 2024 e mantem a meta de atingir 100% em 2025. Na frente de energia renovável, com as parcerias firmadas em 2021 com a AES Brasil e Power China (antiga Pontoon) para a construção dos parques eólico e solar, respectivamente, a BRF vem avançando em direção ao seu compromisso de ter 100% energia elétrica renovável até 2030. Para integrar os produtores rurais de aves e suínos à agenda de sustentabilidade, a BRF firmou parcerias com instituições financeiras para facilitar o financiamento da instalação de painéis solares nas granjas, atingindo cerca de 57% do volume de aves produzidos com energia solar. Atualmente mais de 1.500 produtores já estão produzindo com energia solar. Além da vantagem ambiental, a migração tem proporcionado a eles uma redução média de 95% no custo de energia. O total gerado nessas propriedades equivale ao consumo de uma cidade de 230 mil habitantes. Além dessas iniciativas, a companhia aproveita a disponibilização de recursos oriundos dos Programas de Eficiência Energética das distribuidoras de energia, sob recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com ações como a substituição de motores e bombas elétricas comuns para equipamentos de alto rendimento, o que também traz impactos relativos às emissões de GEE.

Carnetec

FRANGOS & SUÍNOS

Preços no mercado de suínos em queda no PR, RS e SC

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 165,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,48%, fechando em R$ 13,70/kg, em média.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (12), o preço ficou estável apenas em São Paulo, custando R$ 8,50/kg, e houve alta apenas em Minas Gerais, na ordem de 0,11%, valendo R$ 8,96/kg. Houve queda de 0,59% no Paraná, chegando a R$ 8,44/kg, recuo de 0,12% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 8,19/kg, e de 0,24% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,17/kg. A oferta mais curta de animais prontos para abate fez os preços do suíno comercializado no mercado independente subirem na quinta-feira (13) durante a realização das principais Bolsas de Suínos.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: diminuição de ofertas de animais para abate eleva preços

A oferta mais curta de animais prontos para abate fez os preços do suíno comercializado no mercado independente subirem nesta quinta-feira (13) durante a realização das principais Bolsas de Suínos

Em São Paulo, o preço subiu, passando de R$ 8,80/kg vivo para R$ 9,50/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.000 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço subiu, saindo de R$ 9,00/kg vivo para R$ 9,50/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, passando de R$ 7,83/kg vivo para R$ 8,23/kg. No Paraná, entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias entre os dias 06/02/2025 a 12/02/2025, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 7,99%, fechando a semana em R$ 8,61/kg.

APCS/ ACCS/ Asemg/UFPR

Suínos/Cepea: Preços do suíno vivo e da carne sobem

Impulso vem das aquecidas demandas interna e internacional

As cotações do suíno vivo e da carne estão em tendência de alta em fevereiro em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem das aquecidas demandas interna e internacional. No front externo, depois de as exportações brasileiras de carne suína (in natura e processados) terem se enfraquecido em janeiro frente ao mês anterior, os embarques estão intensos neste começo de fevereiro. De acordo com os dados da Secex, as exportações da carne suína in natura apresentam média diária recorde em fevereiro, de 6,3 mil toneladas, significativos 57,8% acima da de janeiro e 42% maior que a de fevereiro do ano passado.

Cepea

Frango: preços estáveis marcam a quinta-feira (13)

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,25%, custando, em média, R$ 8,07/kg.

Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (12), a ave congelada caiu 0,94%, chegando a R$ 8,41/kg, enquanto o frango resfriado aumentou 0,96%, fechando em R$ 8,40/kg.

Cepea/Esalq

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