CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2383 DE 13 DE JANEIRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2383 |13 de janeiro de 2025

 

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Abrafrigo: Exportações totais de carne bovina em 2024 superaram as 3 milhões de toneladas e a receita foi a US$ 13,135 bilhões

Em novo recorde histórico, as exportações totais de carne bovina (somadas carnes in natura frescas ou refrigeradas, congeladas, industrializadas e miudezas comestíveis, entre outros) atingiram 3.193.071 toneladas em 2024 (+26%), alcançando uma receita de US$ 13,135 bilhões (+21%), informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), a partir da compilação e consolidação dos dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (MDIC).

Os preços médios do produto, no entanto, foram um pouco inferiores aos de 2023: naquele ano foram de US$ 4.277 por tonelada e em 2024 de US$ 4.113 por tonelada, alcançados com alguma melhora mais ao final do período. Em dezembro, as exportações movimentaram 245.343 toneladas, queda de 13% em relação às 281.870 toneladas de dezembro de 2023. Com preços melhores, a receita subiu de US$ 1,090 bilhão em 2023 para US$ 1,114 bilhão (+ 2,26%) em 2024.  O preço médio em dezembro de 2023 foi de US$ 3.867 por tonelada e de US$ 4.543 por tonelada em dezembro de 2024. A China, principal cliente, comprou mais em 2024, mas diminuiu sua participação relativa no total movimentado, considerando a diversificação e ampliação das vendas da carne brasileira em outros mercados. Em 2023, importou 1.208.507 toneladas com receita de US$ 5,754 bilhões. Em 2024 adquiriu 1.326.679 toneladas (+9,8%) com receita de US$ 5,986 (+4%). Em 2023, a participação no volume exportado pelo Brasil foi de 47,7% e isso caiu para 41,5% em 2024. Em receitas, a participação nas vendas para o gigante asiático passou de 53,1% (2023) para 45,6% (2024). O segundo maior cliente, os Estados Unidos, aumentou sua participação no volume exportado pelo país: em 2023 era de 14,1% e em 2024 foi a 16,7%. Em 2023 os Estados Unidos compraram 357.155 toneladas com receita de US$ 1,115 bilhão. Em 2024 importaram 532.653 toneladas (+49,1%), com receita de US$ 1,637 bilhão (+46,8%). Os Emirados Árabes foram o terceiro maior comprador da carne bovina brasileira. Em 2023 adquiriram 77.387 toneladas com receita de US$ 338,3 milhões. Em 2024 importaram 133.342 toneladas (+72,3%), com receita de US$ 605,5 milhões (+79%). O preço médio em 2023 foi de US$ 4.372 e de US$ 4.541 em 2024. O Chile foi o quarto maior cliente. Em 2023 movimentou 100.4678 toneladas, com receita de US$ 487,7 milhões e em 2024 importou 109.911 toneladas (+9,4%), com receita de US$ 532,6 milhões (+ 9,2%). No total, em 2024, 112 países aumentaram suas importações enquanto 61 outras nações diminuíram.

Publicado em: Valor Econômico/Notícias Agrícolas/Canal Rural/Pensar Agro/GC Notícias/Portal DBO/Globo Rural/Agência safras/Página Rural/Revista Mais Carne/Canal Agro+/Band Uol/Norte Agropecuário/Agro Em Dia/

NOTÍCIAS

Mercado de boi gordo registra alta moderada em algumas regiões

Mercado fecha semana com poucas mudanças

O informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, apontou que a segunda semana de janeiro encerrou com negociações reduzidas e variações de preços moderadas no mercado do boi gordo. Apesar do ritmo lento, algumas regiões registraram reajustes pontuais nas cotações, principalmente para fêmeas. Em Goiás, na região de Goiânia, a oferta razoável, que atende à demanda sem excessos, revelou maior volume de fêmeas em relação aos machos. Essa movimentação impulsionou o preço da arroba do boi em R$ 2,00 para machos, enquanto as fêmeas permaneceram estáveis. Na Bahia, com oferta aquém do esperado, agravada por chuvas insuficientes em algumas regiões, o sul do estado registrou alta de R$ 3,00/@ tanto para o boi gordo quanto para a vaca. Já no oeste baiano, os preços mantiveram estabilidade. Não há referência de mercado para o chamado “boi China” na Bahia. Em Santa Catarina, a oferta restrita de bovinos no estado refletiu em alta de R$ 3,00/@ para o boi gordo e de R$ 5,00/@ para a vaca nesta sexta-feira. Por outro lado, a cotação da novilha seguiu estável. Assim como na Bahia, não há registro de cotações para o “boi China” na região. As escalas de abate, em média, atendem a sete dias, mantendo o mercado sem grandes alterações no curto prazo.

Scot Consultoria

Preço do boi gordo encerra a semana estável em São Paulo

As perspectivas para 2025, são de alta nas cotações da arroba. Frigoríficos exportadores deverão pagar mais pela arroba do boi gordo na atual temporada

O preço do boi gordo manteve-se estável em São Paulo na sexta-feira (10/1), negociado a R$ 322 a arroba a prazo em Barretos e Araçatuba, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Desde o final de dezembro, essas regiões têm apresentado poucos negócios, o que contribui para manter as cotações estáveis. As perspectivas para 2025, contudo, são de alta da arroba, reflexo da inversão de ciclo pecuário com menor envio de fêmeas para abate. As exportações aquecidas também corroboram com a previsão de alta do mercado. Segundo números da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume embarcado em 2024 bateu recorde, com 3,2 milhões de toneladas, aumento de 26% na comparação com o ano anterior. “A condição prevista para as exportações ainda oferece uma perspectiva favorável, reduzindo a oferta no mercado interno. Com isso, os frigoríficos exportadores vão pagar mais pela arroba do boi gordo na atual temporada”, observa o analista de proteína animal da Safras & Mercado, Fernando Iglesias. Em Goiânia, capital de Goiás, o indicador da Scot registrou alta de R$ 2 a arroba do boi gordo. Em Santa Catarina e no Sul da Bahia, a valorização foi de R$ 3, segundo a consultoria. As duas regiões apresentam oferta abaixo do esperado no início de ano.

Globo Rural

Boi gordo: alta nos preços continua; confira cotações pelo Brasil

Ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento no curto prazo, em linha com atual posição das escalas de abate, afirma consultor

O mercado físico do boi gordo do Brasil voltou a apresentar elevação em seus preços na sexta-feira (10). Segundo Fernando Henrique Iglesias, consultor de Safras & Mercado, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade desse movimento no curto prazo, em linha com a atual posição das escalas de abate, entre cinco e seis dias úteis na média nacional. “Com dificuldades em alongar suas escalas de abate, as indústrias tendem a seguir reajustando os preços da arroba de boi gordo. Vale destacar que as exportações neste início de ano permanecem em bom nível, com potencial para mais um ano de recorde”, comenta. Preços médios da arroba de boi gordo no Brasil: São Paulo: R$ 331(R$ 328,08 ontem). Minas Gerais: R$ 317,65 (R$ 313,53 ontem). Goiás: R$ 314,64 (R$ 314,29 ontem). Mato Grosso do Sul: R$ 321,48 (R$ 320,57 ontem). Mato Grosso: R$ 316,69 (R$ 315,88 ontem). O atacado fecha a semana apresentando acomodação em seus preços. O ambiente de negócios sugere pela queda dos preços durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. Iglesias ressalta que nesse período do ano há despesas tradicionais (IPTU, IPVA, compra de material escolar) e a busca por proteínas mais acessíveis também ganha força. O quilo do quarto traseiro permanece cotado a R$ 26,80. A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 18 o quilo.

Agência Safras

Carne bovina registra reajustes expressivos

No mercado internacional, a situação foi distinta. Os últimos cinco anos evidenciam um ciclo de altos e baixos para o boi gordo

De acordo com Ricardo Leite, Superintendente Executivo do Banco Safra, o setor pecuário enfrentou oscilações significativas em 2024, refletindo uma combinação de fatores internos e externos. O preço do boi gordo registrou uma alta expressiva de 35% entre janeiro e novembro, subindo de R$ 249,65 para R$ 338,75 por arroba. No varejo, o impacto também foi relevante: cortes como o acém tiveram aumento de 10,4% em novembro em relação ao mês anterior, acumulando alta de 14,5% no ano. Outros cortes premium, como a picanha e o contrafilé, registraram aumentos de 6,5% e 9,7%, respectivamente. No mercado internacional, a situação foi distinta. O preço médio de exportação da carne bovina caiu 4,4% no acumulado de janeiro a novembro de 2024. No entanto, o aumento de 30,3% no volume exportado compensou a queda nos preços, resultando em uma elevação de 24,7% na receita total, que alcançou US$ 10,6 bilhões. Desde o pico histórico registrado em julho de 2022, o preço da carne bovina brasileira no mercado internacional acumulou uma desvalorização de 17%, com o preço médio em março de 2024 chegando a R$ 22,6 por kg (US$ 4,53 por kg). Os últimos cinco anos evidenciam um ciclo de altos e baixos para o boi gordo. Em 2020, o preço subiu de R$ 200 para R$ 250 por arroba, impulsionado pela forte demanda de exportação, especialmente da China. Em 2022, o valor atingiu um recorde em julho, chegando a R$ 320, mas ajustes no mercado internacional fizeram com que terminasse o ano em R$ 300. Já em 2024, o aumento consistente dos preços foi reflexo de uma menor oferta e maior demanda interna e externa, com o valor fechando novembro em R$ 338,75 por arroba. “As variações de preço da carne bovina em 2024 refletem uma combinação de fatores internos e externos. No mercado interno, a alta demanda e a menor oferta impulsionaram os preços, enquanto no mercado externo, a queda nos preços foi compensada por um aumento no volume de exportações”, disse ele.

Agrolink

Carne bovina: Brasil pode exportar 4,35 milhões de toneladas em 2030

Em 2024, o Brasil bateu um novo recorde histórico nos embarques totais do produto, atingindo 3,193 milhões de t

Projeções realizadas pela consultoria Safras & Mercado para a carne bovina do Brasil nos próximos cinco anos indicam que a exportação do país poderá chegar a 4,35 milhões de toneladas em equivalente carcaça em 2030. A estimativa para 2025 é de mais de 4,032 milhões de toneladas. Em 2024, o Brasil bateu um novo recorde histórico nos embarques totais de carne bovina (somadas carnes in natura, refrigeradas, industrializadas etc.). As exportações atingiram 3,193 milhões de toneladas em 2024, 26% acima do ano anterior, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a partir da compilação e consolidação dos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (MDIC). A produção de carne bovina em 2030 poderá chegar a 10,457 milhões de toneladas, superando as 10,006 milhões de toneladas previstas para este ano, prevê a Safras & Mercado. A oferta interna de carne bovina no Brasil daqui a cinco anos poderá atingir 6,177 milhões de toneladas, superando o volume esperado para 2025, de 6,027 milhões de toneladas. A projeção da consultoria indica que os abates de bovinos em 2030 poderão atingir 36,884 milhões de cabeças, acima das 36,485 milhões de cabeças esperadas para este ano. O consultor de Safras & Mercado Fernando Iglesias projeta que, em 2030, o Brasil deverá atingir novamente um período de queda do ciclo pecuário, a exemplo do movimento que é esperado pelo setor para 2025.

Agência Safras

Carne fecha 2024 como vilã da inflação dos alimentos

Segundo o IBGE, o item carnes respondeu por 0,52 ponto percentual da taxa de 4,83% de alta do IPCA em 2024, ou 10,76% do índice geral. Preços de carnes subiram 20,84% no ano passado

Após uma redução de 9,37% em 2023, os preços de carnes subiram 20,84% em 2024, fazendo com que o item fosse o vilão da inflação no grupo de alimentos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado em 10/1. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o item carnes respondeu por 0,52 ponto percentual da taxa de 4,83% de alta do IPCA em 2024, ou 10,76% do índice geral. Foi o item com maior influência no resultado do IPCA. O aumento de 20,84% das carnes foi o mais intenso desde 2019, quando foi de 32,40%. Foram registrados recuos em seis dos 12 meses de 2024 na inflação das carnes. Durante o primeiro semestre, o Brasil teve recordes nos volumes de abates trimestrais de gado, devido à ampla oferta de animais e preços baixos da arroba bovina. Isso permitiu que o mercado doméstico ampliasse a demanda por carne bovina, enquanto as exportações também mantinham um ritmo aquecido. No segundo semestre de 2024, a oferta de gado para abate foi se tornando mais escassa, com auxílio da estiagem e incêndios que prejudicaram as condições das pastagens. A demanda interna e externa, porém, se manteve firme também na segunda metade do ano – as exportações bateram recorde em 2024. O resultado foi uma forte reação nos preços do boi gordo e, como consequência, nos valores da carne, trazendo o impacto para a inflação que foi mensurado no IPCA. Dados do indicador do boi Datagro, que passará a ser a métrica oficial para os contratos de boi gordo na B3 a partir de 2025, mostram que o preço do gado fechou a R$ 317,11 por arroba na segunda-feira (30/12) em São Paulo. Um ano antes, o índice marcava R$ 249,13 por arroba, o que significa um avanço de 27,3% no acumulado de 2024. No caso das aves e ovos, o IPCA indica alta de 6,51% acumulada no ano passado. As exportações de frango também bateram recorde. No mercado interno, o consumo cresceu em um movimento de substituição da carne bovina para proteínas mais baratas, principalmente nos meses de novembro e dezembro. O setor de alimentos e bebidas, que é o de maior peso no cálculo da inflação oficial do Brasil, foi o grande destaque de 2024 pela alta de preços. Carnes, café, leite e frutas foram os itens que mais subiram neste grupo, ajudando a impulsionar o resultado do IPCA. Ao encerrar 2024 com alta de 4,83%, resultado geral do índice ficou acima do teto da meta da inflação para o ano. A meta era de 3%, com tolerância até 4,5%. O grupo de alimentação e bebidas foi o que teve a maior alta entre os componentes do índice em 2024, ao avançar 7,69% no acumulado do ano. Em 2023, o crescimento deste grupo havia sido de apenas 1,03% em 2023. A elevação desta categoria foi influenciada pela alta nos preços da alimentação no domicílio (8,23%). A inflação da alimentação fora do domicílio aumentou 6,29%. Entre os 16 sub-grupos de alimentos e bebidas consumidos nas casas dos brasileiros, houve queda em somente um, o de tubérculos, raízes e legumes, com redução de 21,17%. Farinhas, féculas e massas ficaram estáveis e todos os demais itens tiveram altas.

Valor Econômico

ECONOMIA

Dólar sobe quase 1% após dados de emprego nos EUA e termina semana acima de R$6,10

Após relativa acomodação nas primeiras sessões do ano, o dólar fechou a sexta-feira em alta firme no Brasil, novamente acima dos 6,10 reais, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, após dados fortes do mercado de trabalho dos EUA sugerirem que o Federal Reserve terá menos espaço para cortar juros

O dólar à vista fechou em alta de 0,99%, aos 6,1031 reais. Apesar do avanço da sexta-feira, a divisa acumulou baixa de 1,29% na semana — marcada pela liquidez reduzida e pela ausência de notícias de impacto sobre a área fiscal brasileira. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 1,06%, aos 6,1220 reais. O dia começou com a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,52% em dezembro e fechou 2024 com alta acumulada de 4,83%. Profissionais ouvidos pela Reuters esperavam por alta de 0,57% no mês e de 4,88% no ano. O resultado anual ficou acima do teto da meta contínua de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5% (3,0% para o centro da meta, com tolerância de 1,5 ponto percentual), mas ainda assim esteve em segundo plano na sexta-feira, já que o descumprimento do objetivo era largamente esperado. Já o relatório de empregos payroll, divulgado às 10h30 nos EUA, deu força ao dólar ao redor do mundo, incluindo o Brasil. O Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram abertos 256.000 postos de trabalho fora do setor agrícola em dezembro, após 212.000 em novembro, em dado revisado para baixo. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 160.000 vagas, depois de 227.000 relatadas anteriormente em novembro. As estimativas para dezembro variaram de 120.000 a 200.000. “O dado de emprego nos EUA veio muito acima do esperado. E todo mundo estava de olho nisso para planejar como seriam os próximos cortes de juros lá fora”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Com o dado vindo forte, o mercado corta a expectativa de redução de juros lá fora, o que dá força ao dólar”, acrescentou.

Reuters

Ibovespa fecha em queda com forte declínio de índices em NY

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, acompanhando o viés negativo dos índices acionários em Nova York, em meio a receios de pressões inflacionárias nos Estados Unidos após dados fortes de emprego sinalizarem uma economia ainda aquecida

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,69%, a 118.952,73 pontos, segundo dados preliminares, tendo marcado 118.732,40 na mínima e 120.052,48 na máxima da sessão. Apesar da performance, o Ibovespa conseguiu evitar novo desempenho negativo no acumulado da semana, no que seria o quinto consecutivo, encerrando o dia com ganho semanal de 0,35%. O volume financeiro somava 18,03 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

IPCA fecha 2024 com alta de 4,83% e volta a estourar teto da meta sob peso de alimentos e gasolina

A inflação no Brasil voltou a estourar o teto da meta em 2024 depois de ter ficado dentro da faixa alvo no ano anterior, pressionada principalmente por alimentos e gasolina

É com o atual cenário de inflação elevada e expectativas desancoradas que Gabriel Galípolo inicia sua gestão como novo presidente do Banco Central, com a autoridade monetária já em compasso de aperto monetário. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve em dezembro alta de 0,52%, depois de ter subido 0,39% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. Com isso o índice utilizado para a meta oficial de inflação encerrou 2024 com alta acumulada de 4,83%, acima do teto do objetivo de 4,5% — meta central de 3,0% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,57% no mês, acumulando em 12 meses avanço de 4,88%. Desde que o regime de metas de inflação foi adotado no Brasil em 1999, essa é a oitava vez que o objetivo foi descumprido, depois de 2022, 2021, 2017, 2015, 2003, 2002 e 2001. Assim, o Banco Central terá que explicar ao governo os motivos de o objetivo não ter sido cumprido, e já prevê a chance de repetir a investida em julho diante das suas atuais projeções para os preços ao consumidor. Isso porque a partir de 2025 será adotada uma meta contínua de inflação, prevendo que o BC deverá se explicar ao governo se o alvo for descumprido por seis meses consecutivos. Além das causas e medidas necessárias para assegurar a convergência da inflação para dentro dos limites da meta, o BC terá que estipular também o prazo esperado para que essas ações produzam efeito. O BC intensificou o ritmo de aperto nos juros no final do ano passado ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano. E ainda previu mais duas altas da mesma magnitude à frente, após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais do governo. A autoridade monetária volta a se reunir em 28 e 29 de janeiro, em um cenário não apenas de crescimento forte da atividade e mercado de trabalho aquecido que marcaram 2024, mas também de forte depreciação cambial, com as expectativas de inflação desancoradas. No ano passado, o grupo com maior impacto na inflação foi o de Alimentação e Bebidas, com alta de 7,69% no período depois de subir 1,18% em dezembro. Também tiveram impactos significativos as altas de 6,09% de Saúde e cuidados pessoais, após avanço de 0,38% em dezembro, e de 3,30% de Transportes, que subiram 0,67% no último mês do ano. Esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024, segundo o IBGE. Já entre os impactos individuais, o maior peso coube à gasolina, que acumulou alta de 9,71% após os preços avançarem 0,54% em dezembro. Na sequência pesaram mais plano de saúde, que subiu 7,87% em 12 meses, e refeição fora do domicílio, com alta de 5,70% no ano. Por outro lado, subitens com preços mais voláteis ajudaram a segurar a alta do IPCA, como as passagens aéreas, que acumularam queda de 22,2% no ano passado. Em dezembro, a alta dos preços desse item desacelerou a 4,54%, de 22,65% em novembro. A inflação de serviços foi fonte de preocupação ao longo de 2024, em meio não só ao aquecimento do mercado de trabalho como também da elevação da renda. No ano, houve alta de 4,78%, com os serviços avançando 0,66% em dezembro. O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, disparou em dezembro a 69%, de 58% no mês anterior.

Reuters

INTERNACIONAL

Alemanha registra surto de febre aftosa após quase 40 anos

Rebanho de búfalos nos arredores de Berlim é afetado; autoridades intensificam medidas de contenção

A Alemanha confirmou na sexta-feira (10) o primeiro surto de febre aftosa em quase 40 anos, detectado em um rebanho de búfalos nos arredores de Berlim. De acordo com o site Deustche Welle, três animais morreram em função da doença em Hönow, no estado de Brandemburgo, no leste do país. A febre aftosa, que afeta bovinos, suínos, ovelhas e cabras, provoca febre e bolhas na boca dos animais infectados. As autoridades informaram que medidas de contenção foram implementadas, incluindo o sacrifício dos animais afetados. Além disso, foram estabelecidas uma zona de exclusão de 3 quilômetros e uma zona de monitoramento de 10 quilômetros ao redor do local. De acordo com o Instituto Federal de Saúde Animal da Alemanha (FLI, na sigla em inglês), os últimos casos de febre aftosa no país haviam sido registrados em 1988. Atualmente, todos os países da União Europeia são considerados livres da doença. O Ministério da Agricultura da Alemanha está investigando a origem da infecção. Durante coletiva de imprensa, um porta-voz do FLI afirmou que a doença é recorrente no Oriente Médio, na África, em muitos países asiáticos e em partes da América do Sul. Produtos de origem animal importados ilegalmente dessas regiões são apontados como uma ameaça à agricultura europeia. Embora altamente contagiosa, a febre aftosa não representa risco para os seres humanos, que, no entanto, podem atuar como vetores de transmissão. Até o momento, não há planos para a adoção de medidas em nível federal ou internacional, informou o porta-voz.

Canal Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Preços do suíno vivo encerraram a sexta-feira em alta no PR

Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo iniciaram 2025 em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo órgão

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (9), houve alta de 0,53% no Paraná, chegando a R$ 7,54/kg, e queda de 0,39% em Santa Catarina, caindo para R$ 7,64/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,99/kg) e São Paulo (R$ 7,89/kg).

Cepea/Esalq

Suínos/Cepea: relatório traz informações do desempenho do setor em dezembro

O movimento de alta nos preços do setor suinícola nacional, que vinha sendo observado desde maio e que levou os valores a atingirem, em novembro, os maiores patamares nominais das séries históricas do Cepea, foi interrompido em dezembro.

Embora as exportações brasileiras de carne suína tenham recuado com certa força em dezembro, o setor exportador nacional fechou 2024 registrando volume e receita recordes, levando-se em consideração a série histórica da Secex (Secretaria de Comercio e Exterior), iniciada em 1997. O poder de compra de suinocultores paulistas caiu em dezembro de 2024, refletindo as quedas nos preços do suíno vivo mais intensas que as verificadas para os principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja). Enquanto os preços médios da carne suína caíram com força em dezembro/24, os valores da de frango e da bovina subiram – todas no atacado da Grande São Paulo. Diante desse cenário, a competitividade da carcaça especial suína aumentou, em relação a novembro, frente às principais substitutas.

Cepea

Frango vivo subiu 1,52% no Paraná na sexta-feira (10)

De acordo com o Cepea, o fluxo de vendas tem apresentado bom ritmo, possibilitando ligeiros reajustes nos valores

Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,97%, custando, em média, R$ 8,17/kg. Na cotação do animal vivo, alta de 1,52% no Paraná, cotado a R$ 4,67/kg, enquanto em Santa Catarina, o preço não mudou, mantendo valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (9), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,55/kg e R$ 8,47/kg.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Boas vendas sustentam preços neste início de ano; exportação é recorde em 2024

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações da carne de frango avançam a primeira quinzena de janeiro firmes, ao contrário do que geralmente ocorre nesta época do ano – quando a renda restrita limita o consumo da proteína e os preços caem

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o fluxo de vendas tem apresentado bom ritmo, possibilitando ligeiros reajustes nos valores. Quanto às exportações brasileiras de carne de frango, 2024 encerrou com recordes tanto em volume como em receita. Dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea mostram que foram embarcadas 5,29 milhões de toneladas (considerando-se o produto in natura e industrializado) de janeiro a dezembro de 2024, superando em 2,8% a marca histórica de 2023 (de 5,1 milhões de toneladas). A maior quantidade exportada e a forte valorização do dólar em 2024 fizeram com que a receita também fosse recorde no ano. O setor arrecadou R$ 53,7 bilhões, 9,8% acima do montante obtido em 2023, ainda segundo dados da Secex analisados pelo Cepea.

Cepea

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