CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2183 DE 18 DE MARÇO DE 2024

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Ano 10 | nº 2183 |18 de março de 2024

 

NOTÍCIAS

Preços estáveis no mercado do boi em São Paulo

Com um mercado típico de sexta-feira, todas as cotações estavam estáveis, na comparação feita dia a dia.

A Scot Consultoria apurou estabilidade nas praças paulistas, tanto para o boi gordo quanto para as demais categorias de animais terminados. O macho pronto para abate está valendo R$ 230/@, enquanto a vaca gorda e a novilha são negociadas, respectivamente, por R$ 205/@ e R$ 220/@ (preços brutos e a prazo), disse a Scot. O “boi-China” está cotado em R$ 235/@ (base SP), acrescentou a consultoria. Segundo Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, as exportações brasileiras de carne bovina, em volume, estão surpreendendo neste começo de ano. “Janeiro e fevereiro foram recordes para o período”, destaca ele. Em março/24, até a segunda semana, 50,6 mil toneladas de carne bovina in natura foram exportadas, com crescimento de 56% na média diária frente ao volume diário de março de 2023, acrescenta o analista. “No curto prazo, com mais compradores buscando pelo “boi- China”, a perspectiva é de que os preços da arroba fiquem firmes e que ocorra um aumento momentâneo do ágio em relação ao boi comum”, disse Fabbri. Na região Oeste do Rio Grande do Sul, estabilidade para todas as categorias. Na região de Pelotas no Rio Grande do Sul, queda na cotação da vaca gorda, demais categorias seguiram estáveis. No Mato Grosso, cotação estável nas principais praças pecuárias. No Rio de Janeiro, queda de R$5,00/@ para novilha gorda. As demais categorias permaneceram com preços estáveis.

Scot Consultoria

Arroba do boi em queda

As escalas de abate ainda estão confortáveis, permitindo que as indústrias frigoríficas sigam testando preços mais baixos

O mercado físico do boi terminou a semana com preços acomodados. No entanto, os frigoríficos em São Paulo reduziram seus preços no final da semana, disse o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. No geral, as escalas de abate ainda estão confortáveis, permitindo que as indústrias frigoríficas sigam testando patamares mais baixos de preço. Soma-se a isso a grande oferta de fêmeas que ainda está presente, especialmente na Região Norte. “Os pecuaristas ainda tentam cadenciar o ritmo dos negócios, com pastagens que seguem oferecendo capacidade de retenção, o que de certa forma limita movimentos ainda mais agressivos de queda”, diz Iglesias. Preço da arroba do boi: São Paulo, Capital: R$ 228. Goiânia, Goiás: R$ 216. Uberaba (MG): R$ 221. Dourados (MS): R$ 219. Cuiabá: R$ 207. O mercado atacadista voltou a apresentar queda nos preços no decorrer desta sexta-feira, de acordo com o projetado para este período do mês, tipicamente pautado pela demanda menos aquecida. Soma-se a isso que o frango segue mais competitivo, contando com a preferência da parcela da população que possui uma menor renda. “Os frigoríficos voltam a apontar para o aumento do volume de produto estocado”, afirma Iglesias. O quarto traseiro foi precificado a R$ 18,10 por quilo, queda de R$ 0,20. A ponta de agulha permanece precificada a R$ 13,65 por quilo. O quarto dianteiro segue precificado a R$ 14,00 por quilo.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Sudeste Mato Grosso)

A cotação da novilha gorda caiu na região Sudeste do Mato Grosso, enquanto os preços do boi e vaca gordos mantiveram-se estáveis ao longo da semana. As escalas de abate continuaram, em média, com 10 dias

Na comparação semanal, segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba da novilha caiu R$5,00, queda de 2,5%, estando negociada a R$192,00, preço a prazo, descontados os impostos (Senar e Funrural). Já para a vaca, a cotação ficou estável em R$187,00/@, preço a prazo e livre de impostos (Senar e Funrural). O boi gordo na praça é negociado a R$207,0/@, preço a prazo e descontados os impostos. Diferencial de base de R$19,50/@ ou 9,4% a menos que em São Paulo, onde o boi segue comercializado a R$226,50/@, preço a prazo, descontados os impostos. A oferta de fêmeas tem aumentado no estado, pressionando negativamente os preços da arroba destas categorias. Para a próxima semana, a expectativa é de cotações ainda pressionadas, à medida que a estação de monta se finalizou e as fêmeas vazias estão sendo destinadas ao abate.

Scot Consultoria

Scot Consultoria fala sobre oferta de fêmeas, exportação e novas habilitações de plantas frigoríficas

Alcides Torres, diretor e analista de mercado da Scot Consultoria, participou do programa DBO na TV da última quarta-feira (13/3), respondendo algumas dúvidas e fazendo projeções para o mercado do boi

O primeiro tema da entrevista foi a boa oferta de fêmeas. Será que ela deve continuar? Para Torres, sim. Segundo ele, é difícil dizer quando esse movimento vai terminar, mas deve ser apenas no segundo semestre. O especialista também comentou sobre as novas habilitações pela China de 38 frigoríficos e distribuidoras de carne — destes, 25 têm foco em bovinos de corte. “Por um lado, isso abrirá novas praças de exportação para a China. Por outro, vai aumentar a oferta de Boi China”, explicou. Sobre a exportação de carne bovina, Torres explicou o porquê de, apesar da boa performance nos primeiros meses do ano, os preços não estão reagindo. Segundo ele, o motivo da carne brasileira estar sendo muito procurada é, justamente, o preço competitivo.

Scot Consultoria

Preço do boi gordo se mantém perto da estabilidade

Pecuaristas tentam controlar a oferta de animais e resistir à pressão dos frigoríficos. Expectativa é de um consumo doméstico mais fraco no fim do mês, o que pode piorar o cenário de preços para o pecuarista

O preço do boi gordo se mantém próximo da estabilidade, com os pecuaristas tentando controlar a oferta e resistir à pressão das indústrias. A consultoria Agrifatto alertou, no entanto, que a expectativa é de um consumo doméstico mais fraco no fim do mês, o que pode piorar o cenário de preços para o pecuarista. Em São Paulo, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), acumula baixa de 0,76% na parcial do mês até a quinta-feira, quando ficou em R$ 233,60. Em Minas Gerais, a cotação da arroba variou entre R$ 213 e R$ 223, a depender da região do Estado, segundo o levantamento da Scot Consultoria. Em Goiás, a arroba valia R$ 218, informa a Scot. Em Dourados (MS), R$ 232,50; na Bahia, a arroba do boi gordo variou de R$ 210 a R$ 213. No Rio Grande do Sul, onde a referência para o boi é cotada em quilo, o preço variou de R$ 7 a R$ 7,40. O boi especial de exportação, também chamado de boi China, se mantém a R$ 235 por arroba em São Paulo, segundo a Scot. Em Mato Grosso, R$ 215; Mato Grosso do Sul, R$ 220; Rondônia, R$ 195; Tocantins, R$ 205; e Paraná, R$ 230 por arroba.

Scot Consultoria

Antes cobiçada, cota Hilton fica menos atrativa para frigoríficos

Exigências da União Europeia desestimulam a venda por empresas do Brasil, apesar do preço maior e tarifas mais baixas. Europa paga mais por carne nobre brasileira, mas frigoríficos têm acessado outros mercados

Muito cobiçadas pelos frigoríficos de carne bovina brasileiros no passado, as exportações para a União Europeia pela Cota Hilton caminham para encerrar mais um ciclo sem crescimento. Embora ainda seja financeiramente muito interessante para o setor, a cota de cortes bovinos nobres foi perdendo atratividade para diversos frigoríficos nos últimos anos, em meio ao elevado nível de exigências dos compradores. A demanda crescente por carne bovina do atrativo mercado chinês também contribuiu para esse cenário. A Cota Hilton estabelece um limite aos países credenciados no envio de cortes bovinos de alta qualidade para o bloco europeu, mas com tributação reduzida e um prêmio sobre o preço. Para a carne bovina congelada sem osso, a tarifa de embarque dentro da cota fica em 20% e fora dela, 42,43%. O preço médio da carne bovina in natura exportada pelo Brasil para a União Europeia atingiu US$ 7,49 mil por tonelada em 2023, valor que já supera a média geral de US$ 4,6 mil, por ser um mercado que adquire cortes traseiros, mais nobres. Na Cota Hilton, a remuneração é superior à média europeia. Mesmo com esses benefícios, o Brasil utilizou somente 22% do volume da Hilton no acumulado do ano-cota 2023/24, que vai de julho de 2023 até junho de 2024. Depois dos 92% alcançados em 2015/16, o país entrou em uma trajetória de redução gradativa no cumprimento da cota a partir 2017/18. O principal motivo para esse retrocesso foi a inclusão de exigências técnicas pela União Europeia, que não deixam de ser barreiras comerciais e que limitaram o acesso dos frigoríficos. O diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, destaca que uma dessas exigências é a rastreabilidade do boi destinado ao abate para atender a cota desde os dez meses de idade. Os animais também devem ser criados em pasto, as novilhas e os machos castrados podem ter no máximo quatro dentes incisivos permanentes, enquanto nos machos inteiros [não castrados] são permitidos somente dentes de leite, dentre outras exigências. De acordo com o especialista, atualmente, o prêmio pago pelo boi destinado ao abate para a Cota Hilton está em torno de R$ 5 a R$ 10 por arroba, mais que o adicional pago pelo “boi China”, que caiu a praticamente zero nas negociações de gado com especificações para o mercado chinês, mas que já chegou a R$ 30 por arroba. “Mas não são todos os frigoríficos que têm acesso à cota (Hilton), e os volumes não são tão expressivos”, diz Figueiredo. O máximo que o Brasil já obteve na cota foram 10 mil toneladas, volume que baixou para quase 9 mil nesta temporada. A Frigol, por exemplo, exporta carne bovina para a União Europeia, mas não pela Hilton. O mercado europeu representa só cerca de 1% de seu faturamento. “Por questões estratégicas, a Frigol direciona as exportações para atender a China, o principal mercado da companhia, seguido de Israel”, informou a companhia ao Valor. A China anunciou este mês a habilitação de mais 34 frigoríficos e quatro entrepostos comerciais para exportação de carnes (a maior parte de carne bovina) a seu mercado. Segundo analistas, as habilitações devem gerar aumento relevante nos volumes, sem avanços no preço da tonelada exportada. Nesse contexto, a CEO e fundadora da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, avalia que parte dos exportadores continua achando a cota Hilton atrativa, mas nada muito exagerado. “Uruguaios e argentinos exploram melhor essa cota do que a gente”, observa a especialista. Isso ocorre porque, segundo ela, o gado desses países é mais padronizado que o boi nacional para atender as especificações da Hilton. Dados da Comissão Europeia mostram que o Brasil foi o país com menor aproveitamento da cota entre seus concorrentes no ano 2022/23. A Argentina conta com um volume de 29.389 toneladas em sua cota, com aproveitamento de 28,7 mil toneladas. No Uruguai, mesmo com uma cota menor que a do Brasil, de 5,6 mil toneladas, o uso chegou a 5,38 mil toneladas.

Valor Econômico

ECONOMIA

Dólar sobe a quase R$5 antes de reunião do Fed

O dólar subiu frente ao real na sexta-feira, acumulando ganhos na semana e ficando a pouca distância de fechar acima dos 5 reais, depois que dados norte-americanos recentes impuseram um clima cauteloso antes da reunião de política monetária do Federal Reserve da semana que vem

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,22%, a 4,9986 reais na venda, depois de ter chegado a superar os 5 reais nas máximas do pregão. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,34%. Boa parte desses ganhos veio depois que dados mostraram na quinta-feira que o índice de preços ao produtor para a demanda final dos EUA subiu mais do que o esperado em fevereiro, enquanto as vendas no varejo subiram menos do que o esperado, mas ainda representaram uma aceleração frente ao mês anterior. “Os dados divulgados têm um impacto direto na forma como o mercado interpreta o comportamento do Federal Reserve e quando se dará o início do corte de juros… prejudicaram a confiança nas perspectivas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve este ano”, disse Bruno Nascimento, analista da B&T Câmbio. “Para finalizar a semana, nos resta aguardar a Superquarta”. O Federal Reserve encerrará na quarta-feira que vem sua reunião de política monetária de dois dias, e a expectativa predominante segue sendo de que o Fed manterá sua taxa básica inalterada até um primeiro corte em junho, embora os dados da véspera tenham levado alguns operadores a adiar as apostas para o início do afrouxamento monetário. O Citi disse em relatório na sexta-feira que, após os dados de inflação ao produtor norte-americano mais elevados, aumentou o risco de o Fed alterar as projeções para um eventual ciclo de corte de juros. No entanto, “para dívidas de mercados emergentes, o ambiente global continua favorável ao ‘carrego’, e continuamos negociando os ativos de alto rendimento da América Latina no lado comprado”, disseram economistas do banco em relatório. “Carrego” é o nome dado ao retorno que se pode obter de estratégias de “carry trade”, em que se toma empréstimos em país de juros baixos e se aplica esse dinheiro em mercados mais rentáveis, de forma que se lucra com a diferença de taxas. Enquanto isso, no Brasil, é consenso que o Banco Central reduzirá a Selic novamente em 0,50 ponto percentual, a 10,75%, quando encerrar sua reunião de política monetária na semana que vem, também na quarta-feira. Apesar dessa certeza, economistas estão atentos a possíveis mudanças na orientação da autarquia sobre seus próximos passos, mostrou uma pesquisa da Reuters na sexta-feira.

Reuters

Ibovespa fecha em queda antes de semana com decisões de BCs no Brasil e nos EUA

O Ibovespa fechou em baixa na sexta-feira, com agentes financeiros adotando cautela antes de reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na próxima semana, enquanto Yduqs e Lojas Renner figuraram entre as maiores quedas após a divulgação de resultados

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,85 %, a 126.602,23 pontos., acumulando um declínio de 0,37% na semana, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.957,49 pontos. Na mínima, a 126.501,85 pontos. O volume financeiro somava 22,6 bilhões de reais antes dos ajustes finais, em pregão também marcado pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

Reuters

Brasil cria 180,4 mil vagas formais de emprego em janeiro, acima do esperado

O Brasil abriu 180.395 vagas formais de trabalho em janeiro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego

O resultado do mês passado ficou muito acima da expectativa em pesquisa da Reuters de criação líquida de 90.000 empregos, e representou alta frente ao saldo positivo de 90.031 de mês equivalente de 2023. No mês passado, o país registrou 2,068 milhões de admissões e 1,887 milhão de desligamentos no mercado de trabalho formal. Em janeiro, houve saldo positivo de vagas em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, com destaque para a criação de 80.587 postos no setor de serviços e 67.029 na indústria. Ainda houve criação de 49.091 postos na construção e 21.900 na agropecuária. Por outro lado, houve saldo negativo de 38.212 empregos formais no comércio. Vinte e cinco das 27 Unidades Federativas registraram saldos positivos em janeiro, com São Paulo na liderança com 38.499 postos criados. Na ponta oposta, Maranhão teve o menor saldo, com fechamento de 831 vagas de trabalho formais. No mês passado, o salário médio real de admissão subiu para 2.118,32 reais, uma alta real de 3,38% em relação ao mês anterior.

Reuters

Setor de serviços no Brasil surpreende e cresce 0,7% em janeiro

Mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data era de recuo de 0,5%

O volume de serviços prestados no país subiu 0,7% em janeiro de 2024, após alta de 0,7% no último mês do ano anterior (dado revisado de avanço de 0,3%), segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data era de recuo de 0,5%, com intervalo das projeções indo de queda de 1,5% a elevação de 0,3%. A surpresa vem um dia depois de o IBGE mostrar que o volume de vendas do varejo subiu 2,5% em janeiro, ante uma estimativa mediana de alta de 0,1% e um teto de 1,7% de aumento. Na comparação com janeiro de 2023, o indicador de serviços avançou 4,5%, outra surpresa: a mediana das expectativas era de avanço de 1,5%, com intervalo de projeções entre recuo de 1,7% e expansão de 3,3%. No resultado acumulado em 12 meses até janeiro, houve aumento de 2,4%. Com o desempenho de janeiro, os serviços estão em patamar 13,5% superior ao do pré-pandemia, em fevereiro de 2020, 0,7% abaixo de dezembro de 2022, que foi o auge da série histórica. O IBGE informou ainda que a receita nominal subiu 2,7% na passagem entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Na comparação com janeiro de 2023, a receita de serviços teve alta de 8,8%. Quatro das cinco atividades acompanhadas pelo IBGE tiveram alta na passagem de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. O principal destaque veio de serviços de informação e comunicação, com elevação de 1,5% e quarto resultado positivo seguido, acumulando ganho de 3,8%. Os outros segmentos que se destacaram foram serviços profissionais, administrativos e complementares, com expansão de 1,1%, e transportes (0,7%). No primeiro caso, recuperou quase integralmente a perda de 1,5% de dezembro. Já o segmento de transportes teve alta pelo segundo mês seguido, com ganho acumulado de 1,8% no período. O quarto segmento em alta foi o de outros serviços, com avanço de 0,2% no primeiro mês de 2024, após queda de 1,2% um mês antes. A única exceção no campo negativo neste mês foi o segmento de serviços prestados às famílias, com queda de 2,7%. Com isso, perdeu parte da expansão acumulada de 7,4% nos dois meses anteriores.

Valor Econômico

Tesouro projeta dívida bruta de 77,3% do PIB em 2024 e diz que melhora fiscal depende de medidas aprovadas

O Tesouro Nacional projetou na sexta-feira que a dívida bruta do governo geral subirá de 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 77,3% do PIB neste ano e ainda seguirá em alta, iniciando uma trajetória de queda apenas a partir de 2029

Em relatório com projeções fiscais, o Tesouro também estimou que o déficit primário do governo central será zerado neste ano, alcançando resultados positivos de 0,2% do PIB em 2025 e 0,7% do PIB em 2026. O órgão do Ministério da Fazenda ressaltou que uma melhora fiscal depende da efetivação de medidas aprovadas pelo Congresso. “Essa recuperação prevista para o triênio 2024 a 2026 presume a efetivação das medidas de receita incluídas na Lei Orçamentária Anual de 2024”, disse o Tesouro no relatório, após o governo aprovar uma série de medidas arrecadatórias, como as que tratam de taxação de fundos exclusivos, fundos offshore e apostas online. “Uma parte relevante dessas medidas possui efeito perene sobre a arrecadação, resultando em uma elevação estrutural das receitas em todo o horizonte”, acrescentou. Nesse cenário, o Tesouro espera que a receita líquida do governo, que desconta as transferências a Estados e municípios, passará de 17,5% do PIB no ano passado para 18,9% do PIB em 2024, 19,2% do PIB em 2025 e 19,7% em 2026. Pelo lado da despesa, o Tesouro espera alcançar uma trajetória de queda de gastos em relação ao PIB nos próximos anos. A estimativa é que esse indicador suba de 18,9% para 19,0% do PIB entre 2024 e 2025 e depois comece a cair, chegando a 17,1% do PIB em 2033. Pelas estimativas da pasta, a dívida pública bruta subirá até atingir 78,1% do PIB em 2026, patamar que permanecerá estável nos dois anos seguintes. Em 2029, a projeção é de uma queda para 77,6% do PIB, em declínio que levará a dívida bruta a 72,6% do PIB em 2033. O governo aprovou em 2023 um novo arcabouço para as contas públicas que determina que o crescimento dos gastos será proporcionalmente menor que o desempenho da arrecadação, modelo que, na visão da equipe econômica, forçará uma melhora nos dados fiscais a médio prazo.

Reuters

Fazenda vai manter projeção oficial de alta do PIB de 2024 em 2,2%

O Ministério da Fazenda vai manter sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 em 2,2%, prevendo também um rebalanceamento entre os setores que puxarão o crescimento da economia neste ano, disseram à Reuters duas fontes da pasta

Após forte desempenho da agropecuária em 2023, as autoridades que acompanham os cálculos afirmaram que o setor deve reduzir sua contribuição proporcional ao crescimento neste ano, perda que o governo espera ser compensada por uma retomada de investimentos e recuperação da indústria. A última projeção do governo foi apresentada em novembro do ano passado. A atualização oficial dos dados elaborados pela Secretaria de Política Econômica, que são usados para estimar o desempenho futuro das receitas e despesas do governo federal, está prevista para a próxima quinta-feira. O relatório com a reestimativa fiscal, com divulgação na sexta-feira, é aguardado com ansiedade pelo mercado pois trará um prognóstico mais atualizado quanto à perspectiva de cumprimento da meta de zerar o déficit primário deste ano, ainda vista com desconfiança por analistas, que projetam que as contas públicas fecharão o ano com rombo equivalente a 0,8% do PIB. O Orçamento de 2024 foi elaborado e aprovado considerando uma previsão de alta de 2,26% no PIB. Portanto, a projeção oficial de crescimento de 2,2% neste ano, se confirmada, terá pouca influência sobre a estimativa de arrecadação ordinária em relação ao previsto inicialmente pelo governo. A estimativa da Fazenda para a atividade segue mais otimista que a do mercado, que espera uma alta de 1,78% no PIB este ano, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Segundo uma das fontes, a nova grade de parâmetros, que também contém projeções para variáveis como inflação e taxa básica de juros, terá ajustes considerados “marginais”. Em 2023, o PIB brasileiro teve crescimento de 2,9%, ajudado por uma safra recorde de grãos e forte resultado das indústrias extrativas, com destaque para petróleo e minério de ferro. Além de contar com a alta do PIB, que provoca um aumento estrutural da arrecadação de impostos, o governo também aposta em ganhos não recorrentes neste ano, como a antecipação de pagamentos ao fisco por investidores após serem aprovadas novas formas de taxação de fundos exclusivos e offshore. A Fazenda conta ainda com novas receitas da tributação de apostas online e um impulso na arrecadação com julgamentos tributários em instância administrativa após mudança de regras do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

Reuters

GOVERNO

Ministro Fávaro apresenta programa de conversão pastagens degradadas em áreas produtivas

Dando continuidade à pauta de descarbonização e o aumento da sustentabilidade social e ambiental da atividade agropecuária brasileira, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentou a imprensa o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que foi instituído por meio do Decreto nº 11.815

O PNCPD visa contribuir com a segurança alimentar e nutricional do planeta e o enfrentamento às mudanças climáticas. O programa também prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, podendo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, evitando a expansão sobre áreas de vegetação nativa, no prazo de dez anos. “O trabalho tem uma metodologia já estabelecida, com vários setores da agropecuária brasileira para que possamos fazer um grande programa norteando o futuro da nossa agropecuária”, disse Fávaro. “É fato que o Brasil assume cada vez mais compromissos com a sustentabilidade, compromisso com uma produção que respeita o meio ambiente”, completou o Ministro. Fávaro ainda relembrou que o Programa é um plano do Governo Federal para a diminuição do desmatamento. “O PNCPD é um programa histórico para a agricultura brasileira”, destacou. Na última semana foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) o Comitê Gestor Interministerial do PNCPD e três Grupos de Trabalho (GTs): GT Financeiro e de Investimentos; GT Tecnologia e Conhecimento; e GT Comunicação. O objetivo dos grupos é criar planos de implementação, gestão, execução financeira, técnica e de comunicação do Programa. Ainda em fase inicial, o Comitê Gestor tem realizado reuniões de trabalho para definir as diretrizes, metas e ações do programa. O coordenador-geral do Comitê e assessor especial do ministro, Carlos Augustin, afirmou que o programa tem foco na produção com certificação, rastreabilidade e sustentabilidade. “O mundo quer alimentos saudáveis, alimentos que sejam produzidos com baixo carbono, com o uso de bioinsumos, enfim, uma série de quesitos de sustentabilidade e o Brasil pode oferecer isso”, afirmou.

MAPA

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado de suínos com preços em acomodação

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,00/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (14), houve leve alta de 0,32% no Paraná, chegando a R$ 6,30/kg, e de 0,33% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,12/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,77/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,14/kg), e São Paulo (R$ 6,70/kg).

Cepea/Esalq

Mercado do frango com pequenas quedas na sexta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado baixou 0,31%, valendo R$ 6,53/kg

Na cotação do animal vivo, o preço ficou inalterado no Paraná, custando R$ 4,58/kg, enquanto em Santa Catarina, houve baixa de 2,04%, valendo R$ 4,33/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (14), a ave congelada recuou 0,27%, atingindo R$ 7,31/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,13%, fechando em R$ 7,47/kg.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Carne perde competitividade frente a concorrentes

Os preços da carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo têm caído em março, mas em menor intensidade frente às concorrentes (bovina e suína), resultando em perda de competitividade da proteína avícola

Segundo pesquisadores do Cepea, os valores da carne de frango, que vinham em alta desde meados de janeiro, passaram a cair na segunda quinzena de fevereiro, pressionados pela demanda enfraquecida. Em relação ao abate, apesar da estratégia do setor em reduzir o alojamento de aves a partir do segundo trimestre de 2023, o número do ano passado foi recorde, levando-se em consideração a série histórica do IBGE, iniciada em 1997. Foram 6,2 bilhões de animais abatidos, incremento de 2,8% frente ao ano anterior. Vale lembrar que 2023 foi marcado por forte queda dos preços da carne de frango e do vivo, em decorrência da oferta doméstica elevada.

Cepea

Governo confirma novo caso de gripe aviária e total de focos chega a 160

Ocorrência foi registrada em Rio das Ostras (RJ). Caso foi em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-boreal

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou na sexta (15/03) um novo caso de gripe aviária em animal silvestre. A ferramenta on-line da Pasta que monitora a doença no país identificou o foco em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-boreal, que estava na cidade de Rio das Ostras (RJ). Com a confirmação de hoje, o Brasil agora contabiliza 160 casos de gripe aviária, que acometeram 157 animais silvestres e ainda três aves de subsistência. Até o momento, o Brasil não confirmou nenhum registro de gripe aviária em plantéis comerciais, por isso o país mantém o status de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Globo Rural

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