CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1909 DE 31 DE JANEIRO DE 2023

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Ano 9 | nº 1909 |31 de janeiro de 2023

NOTÍCIAS

Cotação do “boi China” sobe mais um pouco em São Paulo

A melhora na qualidade das pastagens possibilita aos produtores manterem o gado em suas propriedades e negociar com calma

Com o fim do feriado do Ano-Novo Chinês e a expectativa da volta às compras pelos chineses, o preço do “boi China” aumentou em R$5,00/@ na comparação feita dia a dia. Em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, as cotações ficaram estáveis para todas as categorias na comparação feita dia a dia, com a oferta de bovinos ajustada à demanda. Os frigoríficos estão com aproximadamente 9 dias de escalas de abate. No mercado de carne com osso, estabilidade de preço em boa parte dos cortes de carnes com osso na última semana. Nessa reta final do mês, no entanto, a demanda segue sem acompanhar a oferta, pressionando as cotações. Destaque para a vaca e novilha casadas, com recuos de 1,5% e 2,1%, respectivamente, na variação feita semana a semana. Nos últimos sete dias, a cotação da carcaça casada de bovinos castrados caiu 0,4%. Para a carcaça de bovinos inteiros, queda de 1,1%.

SCOT CONSULTORIA

Desvalorização de bezerros estimula abate de vacas e novilhas

Fêmeas responderam por quase metade dos bovinos abatidos no Brasil neste mês, segundo a Datagro

A desvalorização dos bezerros nos últimos meses tem elevado os abates de vacas e novilhas no país, segundo a consultoria Datagro. As fêmeas responderam por 47,53% dos bovinos abatidos no Brasil neste mês, o que representou um aumento de quase nove pontos percentuais em relação a janeiro de 2022. Victorio Amoroso Neto, analista da Datagro, realça que essa é a maior participação de fêmeas nos abates em um mês de janeiro nos últimos cinco anos. “O número reflete o momento do ciclo pecuário, uma vez que os preços tanto da reposição quanto do boi gordo estão em níveis abaixo dos praticados no mesmo período de 2022”, diz. De acordo com a consultoria, o percentual de fêmeas no total de abates nos meses de janeiro foi de 47,4% em 2019, caiu para 43,6% no ano seguinte e para 33,9% em 2021. No ano passado, a participação voltou a aumentar, chegando a 39%. “Em 2023, espera-se que o crescimento se mantenha, dado que o ciclo de aumento nos abates de fêmeas dura cerca de dois a três anos e os preços do animal para reposição continuam caindo”, diz. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço do bezerro de 12 meses caiu mais de 13% no Estado nas três primeiras semanas de janeiro, para R$ 2.238,90 por cabeça.

VALOR ECONÔMICO

Indonésia deve habilitar exportadores brasileiros de carne enlatada e miúdos bovinos

Segundo o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, liberações deverão ocorrer em fevereiro

O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na última sexta-feira que a Indonésia deverá autorizar frigoríficos brasileiras a exportar carne enlatada e miúdos bovinos a seu mercado. As liberações estão previstas para fevereiro. Recentemente, a Indonésia habilitou 11 abatedouros brasileiros para que eles possam exportar carne bovina ao país. O Ministro também mostrou otimismo com a retomada das exportações para a China dos frigoríficos que permanecem sob embargo e indicou a possibilidade de habilitação de unidades interessadas em vender para o Reino Unido. “Em fevereiro, a Indonésia vai abrir a habilitação para carne enlatada e miúdos bovinos. A China não tem nenhuma habilitação desde 2019, mas levantou [a suspensão] de três, já vai levantar as outras e pediu a lista para novas habilitações”, disse em entrevista a uma rádio de Mato Grosso. O Reino Unido, que enviou uma comitiva ao Brasil no fim de 2022 para reconhecer a equivalência dos sistemas de inspeção, também deu novas sinalizações. “A Inglaterra já está pedindo lista para habilitações. É um trabalho diplomático, de relações internacionais, que vai abrir oportunidades e certamente vamos trazer de volta o ganho à pecuária brasileira”, completou Fávaro. O Ministro disse que a abertura de novos mercados é uma saída para recuperar os preços da arroba e a rentabilidade da pecuária de corte do país, além de buscar melhoria de renda para a população. “O primeiro caminho é o fortalecimento da renda da população brasileira. [Estamos com] renda achatada, crise e fome. Se o consumo diminui, a oferta sobra e o preço das mercadorias cai”, apontou. Fávaro anunciou uma agenda no próximo fim de semana em Uberaba (MG), com todos seus secretários, para tratar de temas relativos à pecuária. Na entrevista, o Ministro repetiu que os “bons ventos voltaram a soprar” para o Brasil e que o “humor do mundo mudou” com o novo governo. Ele ressaltou que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agendas marcadas nos Estados Unidos, China e União Europeia para “restabelecer as boas relações”. A agenda na China poderá render “novidades” para os produtores de algodão, disse Fávaro. “Em março, na próxima visita do Presidente Lula à China, teremos mais novidade para o algodão. Estamos trabalhando o ‘green card’, que é uma certificação e amplia os mercados do algodão”, indicou. Fávaro comentou ainda as críticas que surgiram após a visita de Lula à Argentina e o anúncio de que o Brasil vai oferecer crédito ao país vizinho. Segundo o ministro, o movimento foi um “grande gesto” e “atitude estratégica” para fortalecer a relação comercial. “A Argentina compra produtos manufaturados. Se perdermos espaço, não vamos mais vender para a Argentina (…) Se o Brasil quer ser um grande líder, tem que se mostrar como líder e estender a mão aos países amigos. O Brasil está fazendo relação comercial, financiando, não está dando dinheiro”.

VALOR ECONÔMICO

Produção de carne bovina sustentável avança em MS

Abates cresceram 87% no ano passado e somaram quase 80 mil cabeças

A produção de carne bovina sustentável ou orgânica no Pantanal do Mato Grosso do Sul praticamente dobrou em 2022, com a destinação de 78.337 cabeças de gado para o abate em frigoríficos. O número é 87% maior que o de 2021, quando foram abatidos 41.769 animais. Em quatro anos, o salto foi muito maior, superior a 4.000%. Em 2019, foram apenas 1.816 cabeças de gado criadas nesse sistema destinadas aos abatedouros. No ano seguinte, 13.470 animais para produção de carne orgânica ou sustentável foram abatidos, de acordo com dados da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). No período, o número de animais abatidos passou de 135,3 mil. O crescimento também ocorre na adesão dos pecuaristas ao protocolo da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO). De 2021 para 2022, a área certificada em Mato Grosso do Sul avançou em 54,7%, passando de 713,6 mil hectares para mais de 1,1 milhão de hectares. O número de associados saiu de 38 para 96. Com as adesões em 2023, o total de associados agora é de 98, com área total de 1.203.712 hectares nas 181 fazendas cadastradas. Com a evolução dos abates, cresceu também a bonificação que o Estado garante a esses pecuaristas. Em 2022, o Programa Carne Sustentável do governo sul-matogrossense totalizou R$ 9,1 milhões em descontos, segundo a Semadesc. Em 2021, foram R$ 5,2 milhões. A iniciativa diminui o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 50% para os criadores que optam pelo sistema de produção sustentável e em 67% para os pecuaristas que aderem ao modelo orgânico no Pantanal. Segundo a Semadesc, dos 135,3 mil animais certificados e abatidos desde 2019 quase 128,8 mil foram incentivados. Em 2022, a bonificação alcançou mais de 75 mil cabeças de gado. “O volume crescente de abates representa que a classe produtora está cada vez mais engajada em produzir de forma estratégica e consciente”, disse o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta. Segundo ele, os recursos gerados via desconto do ICMS mostram a eficácia dessa política pública como incentivo para a produção de proteínas com origem certificada. “Esse modelo respeita não só o meio ambiente e as questões sociais, mas também o bolso do empreendedor rural”, acrescentou. Mato Grosso do Sul tem o objetivo de ser carbono neutro até 2030 e aposta no crescimento da pecuária sustentável para perseguir isso. Hoje, oito frigoríficos estão credenciados para o abate. Pelo protocolo, a rastreabilidade é exigida para os 90 dias anteriores ao abate, mas deverá ser estendida para toda a vida do animal a partir de março, com prazo de carência para adaptação dos pecuaristas.

VALOR ECONÔMICO

ECONOMIA

Dólar fecha em leve alta, com exterior no foco

No encerramento dos negócios no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 5,1142, em alta de apenas 0,06%

Em um movimento alinhado ao observado nos mercados internacionais, o dólar ganhou força contra o real na segunda etapa dos negócios da segunda-feira (30) e abandonou a queda observada durante a manhã. A apreciação da divisa americana, contudo, foi bastante limitada, na medida em que o fluxo de capital estrangeiro tem favorecido o real neste início de ano. Assim, no encerramento dos negócios no mercado à vista, o dólar era negociado a R$ 5,1142, em alta de apenas 0,06%. Durante a tarde, a moeda americana chegou a testar níveis abaixo de R$ 5,10, mas a piora no câmbio internacional impediu a continuidade da valorização do real vista durante a manhã. No fim da tarde, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis divisas principais, subia 0,33%, para 102,259 pontos. Participantes do mercado se atentam, em especial, à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), na quarta-feira (1º de fevereiro), onde é esperada nova redução no ritmo de aperto. Localmente, fatores técnicos geraram alguma instabilidade no câmbio, especialmente durante a etapa vespertina da sessão. Com a proximidade da formação da Ptax de fim de mês, amanhã, o dólar chegou a subir às máximas do dia, a R$ 5,1335, durante a tarde, após ter caído a R$ 5,0831 pela manhã. Na avaliação do estrategista-chefe para América Latina do Mizuho, Luciano Rostagno, os números fiscais de dezembro podem ter dado algum apoio à moeda brasileira ao virem mais fortes que o esperado. De acordo com dados do Banco Central, o setor público consolidado anotou déficit de R$ 11,8 bilhões em dezembro, enquanto o consenso do mercado apontava para um saldo negativo de cerca de R$ 12,4 bilhões no mês passado. Dados da B3 apontam que, até o dia 26 de janeiro, os investidores estrangeiros aportaram R$ 9,92 bilhões no segmento secundário da bolsa. Além disso, participantes do mercado também relatam entradas pontuais na renda fixa local, em movimentos que ajudam a sustentar alguma valorização da moeda brasileira.

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa fecha com declínio discreto em dia de ajustes

O Ibovespa fechou com declínio modesto na segunda-feira, em mais uma sessão de ajustes

A Raízen esteve entre as maiores quedas após venda de participação de acionista, enquanto Arezzo capitaneou as altas apoiada em perspectivas favoráveis de curto e longo prazos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,24%, a 112.043,12 pontos, de acordo com dados preliminares, após oscilar entre a mínima de 111.823,63 pontos e a máxima de 112.920,3 pontos. No mês, ainda sobe 2,1%. O volume financeiro somava 18,25 bilhões de reais.

REUTERS

Setor público tem melhor saldo primário em 11 anos e dívida bruta cai a 73,5% do PIB

O governo vem registrando recordes de arrecadação, impulsionado pelo crescimento da atividade econômica, a inflação em patamar elevado e o salto nos preços de commodities, especialmente do petróleo. No fim de 2016, a dívida era de 69,84% do PIB. Até novembro de 2022, a dívida bruta estava em 74,6% do PIB. Já no fim de 2021, o porcentual era de 78,3% do PIB.

O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 125,994 bilhões de reais em 2022, no melhor fechamento anual desde 2011, informou o Banco Central na segunda-feira. O saldo acumulado em 12 meses equivale a 1,28% do PIB. Considerando esse indicador, o resultado foi o mais forte desde 2013, quando encerrou o ano em 1,71% do PIB. Em 2022, houve saldo positivo em todas as esferas da administração pública. Os números englobam resultados de governo central (governo federal, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais. Foi o segundo ano consecutivo de contas do setor público no azul. O saldo de 2021 havia sido positivo em 64,727 bilhões de reais, após sete anos seguidos de déficits. A melhora no resultado fiscal levou a dívida bruta do país a encerrar o ano em 73,5% do PIB. O dado representa uma melhora de 4,8 pontos percentuais em relação a dezembro de 2021, quando a dívida bruta estava em 78,3% do PIB. O pico desse indicador foi registrado em outubro de 2020, ao bater 87,6% do PIB em meio a uma disparada de gastos emergenciais do governo para enfrentar a pandemia de Covid-19. A dívida líquida, por sua vez, foi a 57,5% do PIB em dezembro, contra patamar de 55,8% no mesmo mês de 2021. Os saldos do ano não foram ainda mais fortes porque o governo anterior articulou e aprovou uma série de cortes de tributos, tanto em âmbito federal quanto na esfera regional com reduções de ICMS. No ano passado, o resultado do setor público foi guiado principalmente pelo dado dos governos regionais, superavitários em 64,924 bilhões de reais. Desse total, Estados foram responsáveis por um saldo de 39,029 bilhões de reais, enquanto municípios ficaram no azul em 25,895 bilhões de reais. O governo central ficou com superávit de 54,947 bilhões de reais. Já as empresas estatais tiveram superávit de 6,123 bilhões de reais no ano. O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui gastos com juros, totalizou um déficit de 460,433 bilhões de reais em 2022, equivalente a 4,68% do PIB. A despesa com juros no ano somou 586,427 bilhões de reais.

REUTERS

IGP-M desacelera alta em janeiro com pressão menor ao produtor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) iniciou o ano com desaceleração da alta a 0,21% em janeiro por conta do arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor, depois de fechar 2022 com avanço de 0,45% em dezembro.

O dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e com isso o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 3,79%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,10% em janeiro, de uma alta de 0,47% no mês anterior. “O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais passando de -2,26% para -5,05%”, explicou André Braz, Coordenador dos índices de preços. Na contramão, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,61% em janeiro, de alta de 0,44% em dezembro. Isso se deveu principalmente ao reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram 4,55% no primeiro mês do ano, levando o grupo Educação, Leitura e Recreação a uma alta de 2,04%, de -0,26% em dezembro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou o avanço a 0,32% no período, de 0,27% antes. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

REUTERS

Mercado eleva estimativa para inflação este ano pela 7ª vez seguida, a 5,74%

Os especialistas consultados pelo Banco Central elevaram pela sétima vez seguida a projeção para a inflação neste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu a 5,74%, de 5,48% antes. O movimento se dá na esteira de um aumento para a perspectiva de alta dos preços administrados este ano, calculada agora em 8,39%, contra 7,25% na pesquisa anterior. Para 2024 a conta para o IPCA também subiu, pela segunda semana seguida, indo a 3,90% de 3,84% antes. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2023 melhorou em 0,01 ponto percentual, a 0,80%, foi mantida em 1,50% para 2024. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que, apesar da perspectiva maior pressão inflacionária, não houve mudanças nas estimativas de que a taxa básica de juros Selic encerrará este ano a 12,50% e o próximo a 9,50%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nesta semana e a expectativa é de que anuncie na quarta-feira manutenção da Selic no atual patamar de 13,75%.

REUTERS

Confiança de serviços do Brasil inicia 2023 no menor patamar em quase um ano, diz FGV

A confiança do setor de serviços do Brasil iniciou 2023 no menor nível em quase um ano, diante do maior pessimismo em relação aos próximos meses e da perda de fôlego da demanda atual, mostraram os dados divulgados na segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)

No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,7 pontos e foi a 89,5 pontos, marcando o menor nível desde fevereiro de 2022 (89,2 pontos) e o quarto mês consecutivo de queda. “A confiança de serviços inicia 2023 mantendo tendência de desaceleração iniciada em outubro de 2022”, explicou o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota. O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, perdeu 0,7 ponto, para 93,6 pontos, patamar mais baixo desde março de 2022 (90,9 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, teve queda de 4,6 pontos, para 85,5 pontos, menor nível desde março de 2021 (81,3 pontos). “O cenário para os próximos meses não parece ser facilmente revertido dado que as questões macroeconômicas envolvidas nessa desaceleração devem permanecer por algum tempo. A cautela dos empresários é percebida em suas projeções para o curto prazo com queda na demanda prevista, contratações e na tendência dos negócios para os próximos seis meses”, completou Tobler.

REUTERS

GOVERNO

Ministérios da Agricultura e de Desenvolvimento Agrário anunciam novos nomes

Indicações foram publicadas ontem no Diário Oficial da União

O governo federal nomeou na segunda-feira Moisés Savian para exercer o cargo de Secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Doutor em Agronomia e Agroecologia, Savian é professor no Instituto Federal de Brasília (IFB). Ele atuou no Ministério do Meio Ambiente como Gerente de Políticas Agroambientais entre 2011 e 2014 e, de 2014 e 2016, foi Secretário Municipal de Agricultura e Pesca de Lages (SC). O Diário Oficial da União também ratificou a nomeação de Estela Alves de Medeiros para o cargo de Diretora do Departamento de Gestão Corporativa da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e de Alex Giacomelli da Silva na direção do Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura do Ministério das Relações Exteriores.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Altas no mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 4,24%/4,10%, atingindo R$ 123,00/R$ 127,00, enquanto a carcaça especial subiu 2,20%/2,11%, cotada em R$ 9,30/kg/9,70/kg

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (27), o preço ficou estável somente no Paraná, fixado em R$ 6,12/kg. Houve alta de 0,71% em Minas Gerais, chegando em R$ 7,05/kg, avanço de 0,49% no Rio Grande do Sul, subindo para R$ 6,18/kg, incremento de 1,32% em Santa Catarina, custando R$ 6,14/kg, e de 1,40% em São Paulo, fechando em R$ 6,51/kg.

Cepea/Esalq

Cenário de estabilidade para o frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,07/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, não houve mudança no preço, fixado em R$ 4,97/kg, assim como Santa Catarina, valendo R$ 4,29/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (27), a ave congelada teve queda de 0,31%, chegando a R$ 6,50/kg, e o frango resfriado baixou 0,30%, fechando em R$ 6,70/kg.

Cepea/Esalq

Rabobank vê novo recorde na exportação brasileira de carne de frango em 2023

O Rabobank espera que o Brasil eleve o volume de exportações de carne de frango em 2023 em 3% em relação a 2022 para um novo recorde, impulsionado pela competitividade do produto brasileiro no exterior, segundo episódio do podcast do banco Foco no Agronegócio sobre as perspectivas para a carne de frango em 2023

“A gente acredita que o mercado halal vai continuar trazendo bastante oportunidade pra gente em termos de demanda e, de uma maneira geral, essa questão do mundo (produção) em desaceleração pode trazer novos destinos pra gente, pode trazer demandas de mercados que não tinham muitas oportunidades até então e consolidar nossa posição em mercados em que a gente já atua”, disse o analista de proteína animal do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa. A Coreia do Sul é um dos mercados de destaque para o Brasil, com perspectivas de aumento nas compras de carne de frango brasileira, segundo o analista. O Brasil continua livre de influenza aviária, enquanto outros países exportadores lidam com surtos da doença, e a proteína brasileira também continua a ter preços competitivos apesar da persistência na alta dos custos de produção. Esses fatores, somados à redução na oferta da Ucrânia como resultado do conflito com a Rússia, tendem a favorecer o Brasil no comércio internacional. O Rabobank estima alta de 1,5% a 2% na produção de carne de frango brasileira em 2023.

Yanaguizawa reafirmou a perspectiva de estagnação para o consumo per capita de carne de frango brasileiro que, segundo ele, está próximo do pico. A melhora na competitividade da carne bovina, com o aumento da oferta desta proteína reduzindo os preços neste ano, tende a impactar o consumo de carne de frango.

CARNETEC

Demanda da China por milho brasileiro preocupa frigoríficos de SC, diz sindicato

A expectativa de grandes exportações brasileiras de milho para a China em 2023 está preocupando empresas de carnes em Santa Catarina, importante Estado produtor de aves e suínos, disse em nota o Sindicarne/SC na segunda-feira

O sindicato patronal afirmou que a concorrência com compradores chineses já está reduzindo a oferta local e provocando o “superaquecimento” do mercado de milho. “Mesmo com setor mais preparado para negociações e mais atento aos seus estoques e compras, há sempre a competição com o mercado internacional”, disse o Sindicarne. “Para 2023, os sinais preocupam”. As exportações brasileiras de milho para a China foram liberadas no final do ano passado, depois que ambas as nações atualizaram os protocolos comerciais. Desde então, vários navios foram contratados por empresas como a Cofco. No porto de Paranaguá, no Sul do Brasil, por exemplo, as exportações de milho saltaram para quase 570.000 toneladas até 29 de janeiro, impulsionadas pela China. Isso corresponde a um aumento de 161% no volume em comparação com todo o mês de janeiro de 2022, informou a autoridade portuária. De acordo com o Sindicarne, que representa os processadores globais de aves e suínos, incluindo a JBS e BRF, o governo também “não faz a sua parte” para atrair investimentos que visem reduzir os gargalos logísticos do Brasil. O Sindicarne disse que, embora o Brasil tenha criado uma boa rede logística para exportar grãos, não há ferrovias ligando as regiões de grãos do Centro-Oeste ao Sul do Brasil, onde suínos e frangos são normalmente criados e processados. O Sindicarne acredita que a ameaça de recessão global e inflação de alimentos representa uma chance para as empresas brasileiras atenderem ainda mais mercados. “Não podemos perder a oportunidade”, disse o presidente do sindicato, José Ribas Júnior, no comunicado.

REUTERS

INTERNACIONAL

Exportações australianas de carne vermelha: 2022 em revisão

Embora tenha havido desenvolvimentos extremamente positivos, como a assinatura de acordos comerciais com a Índia e o Reino Unido, também houve uma série de desastres naturais, guerra e o início da inflação, todos os quais abalaram a confiança do consumidor nos principais mercados de exportação da Austrália.

Apesar disso, as exportações australianas de carne vermelha tiveram um forte desempenho em 2022, com exportações recordes de cordeiros oferecendo uma janela para 2023 para produtores e exportadores de carne bovina. As exportações de carne bovina totalizaram 854.596 toneladas no ano, 4% a menos que em 2021 e as exportações totais mais baixas desde 2003. Os volumes de exportação caíram na maioria dos principais mercados, com Japão e EUA caindo 8% cada, Sudeste Asiático e Oriente Médio Norte da África (MENA) caindo 6% e a Coreia do Sul caindo 3%. A exceção foi a China, onde as exportações de carne bovina cresceram 7%, para 158 mil toneladas no ano. Apesar disso, a alta demanda levou a preços fortes para as exportações de carne bovina. Os preços atingiram um pico em junho de A $ 12,07 (US$ 8,55) por quilo e uma média de A $ 11,09 (US$ 7,86) no ano até outubro, o que significa que, em termos de valor, as exportações australianas tiveram o maior ano desde 2019, mesmo com a oferta sendo substancialmente menor. Esses preços altos vieram de uma das competições mais fortes já vistas nos maiores mercados da Austrália. À medida que a liquidação do rebanho americano se aprofundava, a carne bovina americana barata inundou o Japão e a Coreia do Sul, dando aos EUA sua maior participação de mercado em 20 anos em ambos os mercados. Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras aumentaram maciçamente para se tornar o principal fornecedor de carne bovina na China, agora solidamente o maior importador de carne bovina do mundo. Os exportadores australianos responderam enfatizando o que torna a carne bovina australiana diferente, especialmente em relação à rastreabilidade, consistência e sabor do produto. Isso permitiu que a carne bovina australiana mantivesse uma imagem premium no mercado global, mesmo com oferta restrita.

Meat and Livestock Australia (MLA)

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