
Ano 11 | nº 2481 | 05 de junho de 2025
NOTÍCIAS
Cotação do boi gordo subiu em São Paulo
O mercado abriu o dia pagando mais para todas as categorias. A cotação do boi gordo, do “boi China” e da novilha subiu R$2,00/@. Para a vaca, a alta foi de R$3,00/@. A escala de abate estava, em média, para seis dias.
No Pará, na região de Marabá, a cotação subiu R$2,00/@ para o boi gordo e para a novilha. Para a vaca, a cotação não mudou. Na região de Redenção, a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@. Para a vaca e para a novilha, a cotação não mudou. Para as regiões, a cotação do “boi China” ficou estável. Na região de Paragominas, a cotação do boi gordo não mudou. Para a vaca e para a novilha a cotação subiu R$2,00/@. O “boi China” ficou estável. Na Bahia, na região Sul, a cotação do boi gordo subiu R$3,00/@. Para a vaca, a cotação não mudou. Para a novilha, a alta foi de R$2,00/@. Na região Oeste, a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@. Para a vaca e para a novilha, a cotação subiu R$5,00/@. Não há referência de “boi China” no estado.
Em Alagoas, no estado, a alta foi de R$2,00/@ para o boi gordo, para a vaca e para a novilha.
Scot Consultoria
Arroba do boi gordo segue em alta
Indústria encontra dificuldade na aquisição de animais jovens e exportações de carne seguem em ritmo acelerado
O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços mais altos nesta quarta-feira (4). O ambiente de negócios sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com o encurtamento das escalas de abate. “A indústria frigorífica encontra dificuldade na aquisição de animais jovens, em particular aqueles que cumprem os requisitos de exportação para a China “, disse o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, as exportações de carne bovina seguem como a grande variável de demanda da atual temporada, com o país caminhando para embarques em níveis históricos. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 313,25 — ontem: R$ 310,92. Goiás: R$ 291,79 — anteriormente: R$ 291,43. Minas Gerais: R$ 295,29 — na terça: R$ 293,82. Mato Grosso do Sul: R$ 309,43 — ontem: R$ 306,14. Mato Grosso: R$ 304,39 — anteriormente: R$ 302,84. O mercado atacadista voltou a ter preços acomodados para a carne bovina nesta quarta-feira. Segundo Iglesias, ainda há espaço para alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia. “Vale destacar que na atual temporada a população tende a priorizar o consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, embutidos e ovos”, assinalou Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,00 por quilo, o dianteiro segue cotado a R$ 18,50 por quilo e a ponta de agulha é indicada a R$ 18,00 por quilo.
Agência Safras
Custo da alimentação pressiona confinadores em Mato Grosso
Farelo de soja cai, mas DDG e caroço disparam
Com a aproximação do período seco em Mato Grosso, produtores de bovinos em regime de confinamento iniciam o planejamento da aquisição de insumos, diante da pressão nos custos de alimentação. Segundo análise semanal divulgada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) na segunda-feira (2), o DDG (Dried Distillers Grains ou Grãos Secos de Destilaria com 32% de proteína bruta) foi cotado, em média, a R$ 1.127,08 por tonelada na parcial de maio, alta de 43,12% em relação ao mesmo mês do ano anterior. “O DDG se destaca como alternativa competitiva frente a outras fontes proteicas”, informou o instituto. No entanto, o relatório aponta que, mesmo com essa vantagem relativa, o custo da diária no confinamento deve aumentar, refletindo os reajustes nos insumos. O farelo de soja (46% de proteína bruta) registrou queda de 8,86% no comparativo anual, sendo cotado a R$ 1.674,17 por tonelada. Já o caroço de algodão (26% de proteína bruta) apresentou valorização de 140,14%, alcançando R$ 1.603,68 por tonelada na parcial do mês. O Imea ressalta que o cenário reforça a necessidade de planejamento estratégico por parte dos confinadores para mitigar os efeitos da alta nos custos alimentares.
Agrolink
ECONOMIA
Dólar encerra sessão em leve alta com ajuste e à espera de novas medidas fiscais
Dinâmica foi descolada da observada no exterior, de enfraquecimento global da moeda americana
O dólar à vista encerrou as negociações da quarta-feira em leve alta, em uma dinâmica descolada do que foi observado no exterior, de enfraquecimento global da moeda americana, após dados mais fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O motivo desse comportamento diferente seria um ajuste do otimismo visto ontem no mercado local diante das expectativas por medidas fiscais. Hoje, os agentes financeiros revisaram suas perspectivas em torno das medidas que podem vir a ser apresentadas, o que deu espaço para uma correção nos mercados. Uma barreira técnica pode estar impedindo o dólar de voltar a se aproximar ou romper o nível de R$ 5,60. Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,17%, cotado a R$ 5,6447, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6105 e encostado na máxima de R$ 5,6530. Já o euro comercial registrou valorização de 0,54%, a R$ 6,4412. Perto das 17h05, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,36%, aos 98,867 pontos. No começo do pregão de hoje, o dólar operou em queda frente ao real, acompanhando a dinâmica global. Ainda pela manhã, porém, a moeda americana ganhou fôlego. O otimismo em relação à questão fiscal desapareceu no pregão da quarta, enquanto os agentes financeiros seguiram aguardando o detalhamento das medidas que serão adotadas pelo governo e pelo Congresso. Na leitura do economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, o que houve hoje foi uma correção da dinâmica da véspera. “Até o movimento de valorização do real de ontem não tinha um respaldo muito sólido, principalmente porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou, por exemplo, em cortar excedente de funcionalismo público, e sabemos que esse tipo de medida é difícil de acontecer diante de um cenário de baixa popularidade do governo, ainda mais depois dessa pesquisa divulgada hoje”, afirma, fazendo referência aos números da Quaest que mostraram a desaprovação do presidente Lula chegando a 57%.
Valor Econômico
Ibovespa fecha perto da mínima do dia com perdas expressivas em Petrobras e bancos
A principal referência da bolsa acionária local reverteu o maior otimismo com os ativos domésticos visto na véspera após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citar que entre as alternativas analisadas para o aumento do IOF estão medidas “estruturantes”Depois de abrir em alta firme na sessão da quarta-feira, o Ibovespa devolveu os ganhos e passou a cair no começo da tarde, em meio ao recuo mais expressivo das ações da Petrobras e de bancos. No fim do pregão, o índice cedeu 0,40%, aos 137.002 pontos, perto da mínima de 136.695 pontos, distante dos 138.797 pontos alcançados na máxima. Com isso, a principal referência da bolsa acionária local reverteu o maior otimismo com os ativos domésticos visto na véspera após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citar que no meio das alternativas analisadas para o aumento do Imposto sobre Operações Financeira (IOF) estão medidas “estruturantes”. As ações PN da Petrobras caíram 2,75%, ao passo que as ON cederam 2,91%. Entre os bancos, o destaque de queda ficou para as ON do Banco do Brasil, que recuaram 2,74%. Por outro lado, as ações da Vale fecharam em alta de 0,46%, em um pregão de avanço dos preços do minério de ferro em Dalian. Já a maior alta ficou para as ações da MRV, que avançaram 6,86%, em um dia de recuo dos juros futuros mais longos. Na ponta contrária, os papéis da Minerva lideraram as perdas, no valor de 7,13%, após a companhia fazer um aumento de capital só com acionistas que detinham o direito de preferência na aquisição de novas ações. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 16,8 bilhões e de R$ 21,7 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices acionários fecharam mistos: o Nasdaq teve alta de 0,32%; o S&P 500 subiu 0,01%; e o Dow Jones cedeu 0,22%.
Valor Econômico
Tesouro capta US$ 2,75bi com bonds e demanda chega a US$ 10 bi, dizem fontes
Do valor total, US$ 1,5 bilhão corresponde à emissão mais curta; as taxas ficaram em 5,68% para o papel de cinco anos e 6,73% para a mais longa
O Tesouro captou US$ 2,75 bilhões com uma nova emissão de bonds de cinco anos e a reabertura de títulos de dez anos. A demanda pelos títulos de dívida emitidos no exterior foi forte, se aproximando de US$ 10 bilhões, segundo fontes que acompanharam a operação. Do valor total, US$ 1,5 bilhão corresponde à emissão mais curta. As taxas ficaram em 5,68% para o papel de cinco anos e 6,73% para a mais longa, abaixo do que era indicado no início da operação. A taxa inicial sinalizada é de cerca de 6,125% para os papéis que vencem em cinco anos e de 7,125% para o de dez. Os recursos servirão para pagar outras dívidas federais. Essa não é a primeira oferta do ano do Tesouro no exterior. Em fevereiro, foram captados US$ 2,5 bilhões com o mesmo perfil de prazos que a emissão de hoje. A demanda, naquele momento, fechou em US$ 5,4 bilhões, mas chegou a US$ 6,5 bilhões ao longo do dia. BNP Paribas, Citi e Santander coordenam a oferta.
Valor Econômico
Fluxo cambial anota saída de US$ 1,256 bilhão em maio
O saldo foi resultado do fluxo negativo de US$ 7,737 bilhões via conta financeira e da entrada de US$ 6,481 bilhões via conta comercial
O Banco Central (BC) informou na quarta-feira que o fluxo cambial registrou saída de US$ 1,256 bilhão no mês de maio. O saldo foi resultado do fluxo negativo de US$ 7,737 bilhões via conta financeira e da entrada de US$ 6,481 bilhões via conta comercial. No acumulado de janeiro a maio, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 10,164 bilhões, o segundo pior fluxo cambial de janeiro a maio da série histórica iniciada em 1982, melhor apenas do que o fluxo de saída de US$ 11,413 bilhões registrado nos cinco primeiros meses de 1999. No ano, o fluxo financeiro registra saída de US$ 32,158 bilhões e o fluxo comercial tem entrada de US$ 21,994 bilhões. Na semana de 26 a 30 de maio, houve entrada de US$ 1,059 bilhão pelo fluxo cambial, resultado do fluxo positivo de US$ 3,382 bilhões via conta comercial e da saída de US$ 2,323 bilhões via conta financeira.
Valor Econômico
EMPRESAS
Cade aprova sem restrições incorporação da BRF pela Marfrig
Com a operação, dona da marca Sadia formará conglomerado com receita de R$ 152 bilhões
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu pela aprovação, sem restrições, da operação de incorporação de ações da BRF pela Marfrig, informaram as duas companhias na quarta-feira (4). “A aprovação se tornará definitiva após o prazo de 15 dias contados da sua publicação, caso não haja manifestação de membro do Tribunal do Cade ou interposição de eventuais recursos”, afirmaram em fato relevante conjunto. Em meados de maio, a Marfrig anunciou o plano de incorporar as ações da BRF não detidas pela companhia, formando a MBRF, uma empresa global do setor de carnes e alimentos processados com receita de R$ 152 bilhões consolidada em 12 meses. A BRF é a maior produtora brasileira de frango e dona das marcas Sadia e Perdigão. Com a operação, a empresa vai se tornar uma subsidiária integral da Marfrig, que tem foco em carne bovina e parte de suas operações nos Estados Unidos e no Brasil. A Marfrig já possui 50,49% de participação na BRF. A transação prevê uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF detida, considerando já uma “distribuição máxima” de proventos pelas companhias, sendo R$ 2,5 bilhões pela Marfrig e R$ 3,5 bilhões pela BRF.
Folha de SP
FRANGOS & SUÍNOS
MAPA atualiza para 21 número de países com restrição à carne de aves do Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou para 21 o número de países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil, em razão da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS).
A situação atual das exportações está da seguinte forma: Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil (21 países): China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão. Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul (1 bloco + 13 países): União Econômica Euroasiática (UEE – Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão) Arábia Saudita, Kuwait, Reino Unido, Angola, Turquia, Bahrein, Cuba, Montenegro, Namíbia, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia. Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS) (4 países): Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia.
MAPA
Fávaro vê indício de que Brasil controlou gripe aviária e negocia redução de embargos
Ministro destacou que não houve outro caso em granja comercial desde que o primeiro no país foi visto em meados de maio
Há indícios “muito fortes” de que o Brasil conseguiu conter com eficiência a gripe aviária, após nenhum outro caso em granja comercial ter sido registrado desde que o primeiro no país foi visto em meados de maio, disse na quarta-feira o ministro de Agricultura, Carlos Fávaro.
A avaliação está baseada na ausência da confirmação de novos focos em granjas comerciais, que são aqueles considerados para eventuais embargos de países importadores. Apesar de o ministro ver a situação sob controle, há uma nova investigação de suspeita de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul, confirmou o ministério na quarta. Enquanto isso, negociações para redução de proibições comerciais impostas por conta da doença já estão em curso com importantes importadores. Segundo Fávaro, há expectativa de que antes de um período de 28 dias após a desinfecção da granja em Montenegro (RS), iniciado em 22 de maio, alguns compradores já reduzam as restrições. “Nós já iniciamos negociação de diminuir a restrição total do Brasil com vários países”, declarou o ministro, citando que a espera de 28 dias para o Brasil se autodeclarar livre da doença é uma questão protocolar. Ele disse que ao todo 21 países embargaram a carne de frango de todo Brasil, incluindo a China, o maior importador em 2024. Outros 14 suspenderam o produto apenas do Rio Grande do Sul e quatro do município de Montenegro. “Por exemplo, China, União Europeia e México já estão em negociação para a redução do raio do foco de restrições”, disse. Se em 28 dias — desde o registro do caso em Montenegro — o Brasil não tiver novo foco em aves comerciais, o país pode se autodeclarar livre de gripe aviária. “Estamos no meio do ciclo, mais 14 dias podemos declarar o Brasil livre de gripe aviária.” Na véspera, um caso de gripe aviária foi confirmado em ave do Zoológico de Brasília, informou o governo do Distrito Federal. Mas focos em aves silvestres não são considerados para efeitos comerciais. Desde que o caso de gripe aviária foi registrado no Brasil, os preços da carne de frango recuaram cerca de 7% em meio a embargos internacionais, disse o ministro. Entretanto, ele destacou que 70% da produção de carne de frango do Brasil é consumida no país, e não há razões para grandes preocupações relacionadas a queda de preços pagos aos produtores. Ainda assim, Fávaro disse que o ministério está encaminhando à Casa Civil uma proposta de medida provisória que viabiliza recursos extras de R$135 milhões para tratar de emergências sanitárias, em um contexto de contingenciamento de recursos pelo governo federal.
Reuters
Novo caso suspeito de gripe aviária
Fávaro informou que as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul e do governo federal iniciaram investigações de um caso suspeito de gripe aviária em uma granja comercial no município de Teutônia (RS), a 60 quilômetros de Montenegro.
“Foi identificado que animais chegaram ao abatedouro com sintomas, é uma investigação em andamento”, afirmou Fávaro. No entanto, ele ressalta que não houve alto índice de mortalidade de aves no local, o que o “tranquiliza”, visto que a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) é altamente mortal para os animais.
Globo Rural
Governo apreende 18 mil quilos de frango por suspeita de gripe aviária no RS
Frigorífico localizado em Westfália, a 60 quilômetros de Montenegro, está sob análise. Governo apreendeu 18 mil quilos de carne de frango
O Ministério da Agricultura (Mapa) apreendeu, na quarta-feira (4/06), 18,8 mil quilos de carne de frango de um frigorífico de Westfália, no Rio Grande do Sul, por suspeita de gripe aviária. Os produtos serão inspecionados e liberados após testes laboratoriais para descartar a possibilidade de contaminação. Segundo reportagem da Folha de SP, o lote de frango pertencia a um produtor do município de Teutônia, vizinho à cidade onde está localizada a cooperativa. Ambas ficam a pouco mais de 50 quilômetros de Montenegro (RS), onde foi confirmado o primeiro caso da doença, no dia 16 de maio. Em nota, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), esclareceu a investigação no local começou nesta terça-feira (3/06), após investigações rotineiras do Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS). “As equipes do coletaram amostras no frigorífico e vistoriaram a granja, onde não foi encontrada nenhuma evidência de suspeita. O material foi encaminhado para análise laboratorial, com o objetivo de confirmar ou descartar a presença do vírus. Além disso, outra coleta, realizada em aves de subsistência em Capela de Santana, está sob investigação”, afirmou. Na quarta-feira (04/6), em coletiva com jornalistas, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro já havia adiantado que as autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul e do governo federal iniciaram investigações de um caso suspeito de gripe aviária em uma granja comercial no município de Teutônia (RS). “Foi identificado que animais chegaram ao abatedouro com sintomas, é uma investigação em andamento”, afirmou Fávaro. No entanto, ele ressalta que não houve alto índice de mortalidade de aves no local, o que o “tranquiliza”, visto que a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) é altamente mortal para os animais. Até o momento, não há confirmação de novo foco de gripe aviária no Estado. Até o momento, não há registro de carne de frango ou ovos contaminados sendo vendidos no mercado, o que torna improvável que consumidores tenham contato com alimentos infectados. Ainda assim, segundo o Ministério da Agricultura, o vírus da gripe aviária não sobrevive ao cozimento. Portanto, não há risco em consumir carne de frango ou ovos bem cozidos. Mais de 20 destinos suspenderam a importação de carne de aves do Brasil em apenas uma semana, incluindo ao menos uma dezena de países e blocos econômicos que interromperam especificamente as compras da produção do Rio Grande do Sul. Essa medida é preventiva e segue protocolos sanitários internacionais acordados entre o Brasil e os países importadores. Em acordos com nações como a China e integrantes da União Europeia, por exemplo, está prevista a suspensão automática das importações em caso de detecção da gripe aviária. A intenção é proteger as produções locais e impedir a entrada do vírus nos respectivos territórios. Em 22 de maio, o Brasil iniciou a contagem de 28 dias, o período de incubação do vírus H5N1. Se nenhum novo caso for registrado neste intervalo, o país poderá se autodeclarar livre da gripe aviária e iniciar as tratativas para normalizar as exportações. O Ministério da Agricultura está em negociação com os países para tentar reduzir o espaço dos embargos, de nacional para apenas o Rio Grande do Sul ou o raio de 10 km no entorno de Montenegro (RS), mas as tratativas serão mais contundentes após este período. Questionado sobre o impacto destes embargos, o ministro disse que “as perdas comerciais existem”, mas acredita que o efeito “não é tão relevante assim”, uma vez que 70% da produção de carne de frango normalmente fica no mercado interno e 30% são destinados à exportação.
Globo Rural
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