CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2421 DE 10 DE MARÇO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2421 |10 de março de 2025

 

NOTÍCIAS

Exportação é o que dita preços no mercado do boi

Segundo analista de Safras & Mercado, no momento a demanda está mais expressiva para animais que cumprem os requisitos de exportação para a China

O mercado físico do boi gordo encerra a semana com algumas tentativas de compra em patamares mais altos. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate começam a apertar em algumas regiões do país, em especial para machos. “O que se nota é uma demanda mais expressiva para animais que cumprem os requisitos de exportação para a China “, diz. De acordo com ele, a oferta de fêmeas ainda está presente no mercado. “No entanto, essa oferta é mais importante para indústrias que operam no mercado doméstico. A melhora dos preços da carne durante a semana é outro elemento a ser considerado que pode oferecer suporte aos preços”, considera Iglesias. Média da arroba do boi (a prazo): São Paulo: R$ 310,67, queda de 0,9% em relação a ontem (R$ 307,75). Goiás: R$ 291,25, redução de 0,3% (R$ 290,36). Minas Gerais: R$ 307,53, retração de 1,6% (R$ 302,65), Mato Grosso do Sul: R$ 294,55, diminuição de 1,2% (R$ 298,30). Mato Grosso: R$ 298,92, aumento de 0,2% (R$ 298,38). O mercado atacadista se depara com preços firmes para a carne bovina. A expectativa ainda é de alta dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “Vale o destaque de que a população ainda prioriza cortes mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, ovos e embutidos”, disse Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,50, por quilo. Quarto dianteiro segue cotado a R$ 18,00, por quilo. Já a ponta de agulha continua precificada a R$ 17,00, por quilo.

Agência Safras

Volume exportado de carne bovina alcança 190,4 mil toneladas em fevereiro/25

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, os embarques de carne bovina in natura finalizaram o mês de fevereiro com 190,4 mil toneladas

No ano anterior, o mês de fevereiro exportou 178,5 mil toneladas em 19 dias úteis e isso representou um avanço de 6,67% no volume exportados no comparativo anual. Já a média diária exportada até a quarta semana de fevereiro/25 ficou em 9,5 mil toneladas e registrou alta de 1,33%, quando se compara com a média observada em fevereiro de 2024, que estava em 9,3 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 4.927 mil por tonelada até a quarta semana de fevereiro/25, isso representa um ganho anual de 8,9%, quando se compara com os valores observados em fevereiro de 2024, em que estavam precificados em US$ 4.526 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a quarta semana de fevereiro ficou em US$ 938.468 milhões e teve uma alta de 16,1% se comparado ao ano anterior a receita total foi de US$ 808,2 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 46,9 milhões e registrou um ganho de 10,30%, frente ao observado no mês de fevereiro do ano passado, que ficou em US$ 42,5 milhões.

SECEX

Boi/Cepea: Oferta doméstica de carne é recorde no começo de 2025

Soma de janeiro e fevereiro é 10% maior do que volume do primeiro bimestre de 2024

A disponibilidade interna de carne bovina no início deste ano foi recorde. Segundo estimativas realizadas pelo Cepea, a soma de janeiro e fevereiro pode ter superado em 10% o volume do primeiro bimestre de 2024 e em 38% o de dois anos atrás. Pesquisadores do Cepea destacam que, mesmo com toda a quantidade a mais, resultante do aumento da produção, o preço médio da carcaça com osso no atacado da Grande São Paulo esteve 25% maior que no começo do ano passado – valor deflacionado pelo IGP-DI. O preço do boi gordo (Indicador CEPEA/ESALQ, estado de São Paulo), no mesmo comparativo, avançou 23%. As exportações também evoluíram. No comparativo de bimestres (considerando-se estimativa do Cepea para parte de fevereiro/25), o volume sobe por volta de 6% sobre o começo de 2024 e 33% sobre o início de 2023. Segundo pesquisadores do Cepea, esses números mostram, simultaneamente, a força produtiva da pecuária nacional e a resiliência da carne bovina no cardápio do brasileiro, explicada em boa parte pela baixa taxa de desemprego. Em janeiro, especificamente, a disponibilidade interna de carne bovina atingiu o máximo histórico, segundo cálculos do Cepea. Já para fevereiro, estima-se diminuição de quase 9% em comparação a janeiro, justificada pela redução dos abates no mês. Em relação a um ano atrás, no entanto, o Cepea projeta crescimento de cerca de 7%.

Cepea

Estatística da pecuária (Rio de Janeiro)

No estado, observou uma queda na cotação da vaca gorda, cenário similar à de outras regiões

Esse movimento é resultado de uma maior oferta dessa categoria no mercado, devido ao veranico. Em contrapartida, os preços do boi gordo e da novilha mantiveram-se estáveis durante a semana, com escalas de abate atendendo, em média, a sete dias. Na comparação semanal, a cotação do boi gordo ficou estável, comercializada em R$285,50/@. A vaca gorda apresentou uma queda de 1,8%, ou R$5,00/@, sendo negociada em R$266,00/@. Já a novilha ficou cotada em R$271,00/@. Esses preços são a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$20,00/@, ou menos 7,0%, com a arroba sendo comercializada em R$305,50/@, considerando o preço a prazo e livre de impostos. No curto prazo, o mercado deve permanecer pressionado.

Scot Consultoria

Agrifatto: frigoríficos pressionam preços do boi com escalas de abate mais curtas

O feriado de Carnaval impactou o número de dias úteis das indústrias, provocando interrupções pontuais nos abates e reduzindo a produção no período, diz a consultoria

A oferta de fêmeas segue presente, mas em menor volume que o observado nas últimas semanas, informou a Agrifatto. Além disso, o feriado de Carnaval impactou o número de dias úteis das indústrias, provocando interrupções pontuais nos abates e reduzindo a produção no período, acrescenta. Ainda assim, relata a consultoria, os frigoríficos brasileiros tentam negociar as compras de boiadas gordas para entregas futuras a preços menores. Como resultado desta estratégia, diz a Agrifatto, iniciou-se uma tendência de encurtamento nas escalas de abate dos frigoríficos do País, porém a semana se encerrou sem alterações em relação ao quadro registrado na sexta-feira anterior (28/2), Com isso, a média nacional das programações de abate permanece em 8 dias úteis, conforme o levantamento da Agrifatto, detalhado abaixo: São Paulo/Minas Gerais – Ambos os Estados registraram um recuo de dois dias úteis em suas escalas nesta sexta-feira (7/3), na comparação com a sexta-feira anterior, atingindo os patamares de 8 e 9 dias úteis, respectivamente. Pará – O Estado viu as suas programações de abate reduzirem em 1 dia útil no comparativo semanal, encerrando o período com uma média de 6 dias úteis. Por sua vez, as escalas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia permaneceram estáveis, sem grandes alterações em relação ao levantamento da Agrifatto de 28/2.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar fecha dia em alta de olho em Powell, mas cai 2,15% na semana

O dólar fechou a sexta-feira em alta, em meio a ajustes técnicos no mercado e a comentários cautelosos de autoridade norte-americana sobre os juros nos Estados Unidos, mas ainda assim a divisa acumulou baixa firme no Brasil na semana encurtada pelo Carnaval.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,51%, aos R$5,7892. Na semana, porém, o dólar acumulou baixa de 2,15% e, no ano, recuo de 6,31%. Às 17h04 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,43%, aos R$5,8195. O dólar iniciou a escalada ante o real já no início do dia, com parte dos investidores ainda ajustando posições na moeda após o forte recuo das cotações visto na quarta-feira, de 2,72%. A divulgação de dados sobre o mercado de trabalho norte-americano no meio da manhã pesou sobre as cotações no exterior, mas ainda assim o dólar se mantinha em alta ante o real. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que foram criados 151.000 empregos fora do setor agrícola em fevereiro, abaixo dos 160.000 postos de trabalho projetados por economistas ouvidos pela Reuters. Além dos ajustes técnicos nas cotações após o forte recuo na quarta-feira, a expectativa antes dos comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, marcados para a tarde dava sustentação ao dólar no Brasil, conforme um operador ouvido pela Reuters. Quando Powell começou a falar, no meio da tarde, o dólar acelerou os ganhos ante o real, acompanhando o avanço das taxas dos Treasuries no exterior. Por trás do movimento estava a leitura de que Powell demonstrou cautela quanto à possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos — o que, em tese, é um fator altista para o dólar ante as demais moedas. “O novo governo está em processo de implementação de mudanças significativas em quatro áreas distintas: comércio, imigração, política fiscal e regulamentação”, disse Powell em relação às políticas do presidente dos EUA, Donald Trump. “A incerteza sobre as mudanças e seus prováveis efeitos continua alta. Estamos concentrados em separar o sinal do ruído à medida que as perspectivas evoluem. Não precisamos ter pressa e estamos bem-posicionados para esperar por mais clareza”, acrescentou.

Reuters

Ibovespa fecha em alta com PIB sob holofote

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, recuperando os 125 mil pontos, com Brava disparando quase 11% após dados de produção e com o avanço do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros também repercutiram dados mais fracos sobre a economia brasileira no último trimestre do ano passado.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,36%, a 125.034,63 pontos, tendo marcado 125.821,53 pontos na máxima e 122.529,86 pontos na mínima do dia. Na semana, encurtada pelo fechamento da B3 em razão do Carnaval, acumulou alta de 1,82%. O volume financeiro no pregão desta sexta-feira somou R$20,6 bilhões. O PIB do Brasil cresceu apenas 0,2% no quarto trimestre de 2024 sobre os três meses anteriores, segundo dados do IBGE, abaixo da expansão de 0,7% no terceiro trimestre e da expectativa de avanço de 0,5% em pesquisa da Reuters. Em todo o ano de 2024, apurou crescimento de 3,4%. Na visão de economistas da Genial Investimentos, o resultado do PIB se mostra importante para reduzir a pressão sobre o BC, mas também é um fator de risco baixista relevante para a arrecadação do governo e, consequentemente, pode agravar a percepção de risco fiscal nos próximos trimestres. A última sessão da semana também mostrou que foram criados 151 mil empregos fora do setor agrícola (payroll) norte-americano em fevereiro, após abertura de 125 mil em janeiro (dado revisado para baixo após divulgação inicial de 143 mil). A taxa de desemprego continuou em 4,0%. “O resultado confirma o nosso cenário de uma economia em desaceleração gradual, e não deve gerar pressão para o Fed mudar sua expectativa de manter as taxas de juros estáveis na próxima reunião”, afirmaram economistas do Bradesco, referindo-se ao Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. “O próximo ponto de atenção é a taxa de inflação, o CPI, que surpreendeu para cima em janeiro e caso devolva parte dessa alta configurará um cenário mais positivo para o Fed”, acrescentaram. O CPI de fevereiro está previsto para o próximo dia 12, enquanto o Fed faz sua reunião de política monetária em 18 e 19 de março.

Reuters

IBGE: PIB da Agropecuária tem queda de 3,2% em 2024 refletindo efeitos das adversidades climáticas

Em 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 3,4% frente a 2023. A Indústria (3,3%) e os Serviços (3,7%) cresceram, enquanto a Agropecuária recuou (-3,2%). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024. Já o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3,0% frente ao ano anterior.

A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024, ante 15,0% em 2023. Frente ao 3º trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal, o PIB variou 0,2%. Houve variações positivas na Indústria (0,3%) e nos Serviços (0,1%), enquanto a Agropecuária recuou 2,3%. Em relação ao 4º trimestre de 2023, o PIB avançou 3,6%, 16º resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária recuou 1,5%, enquanto a Indústria e os Serviços cresceram 2,5% e 3,4%, respectivamente. O PIB em 2024 cresceu 3,4% frente ao ano anterior. Com isso, o PIB per capita alcançou R$ 55.247,45 em 2024, com avanço real de 3,0% em relação ao ano anterior. A alta do PIB frente ao ano anterior resultou do aumento de 3,1% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,5% no volume dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado frente a 2023 refletiu o desempenho das três atividades: Agropecuária (-3,2%), Indústria (3,3%) e Serviços (3,7%). A queda de 3,2% do Valor Adicionado da Agropecuária em 2024 decorreu do fraco desempenho da Agricultura, que suplantou a contribuição positiva da Pecuária, Produção Florestal e Pesca. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%). Na Indústria, o destaque positivo foi a Construção com alta de 4,3%, corroborada pelo crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Houve elevação das Indústrias de Transformação (3,8%), que foram puxadas, principalmente, pela alta na fabricação: da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis. Cresceram também a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciada pelo aumento das temperaturas médias do ano e as Indústrias Extrativas (0,5%). Houve crescimento em todas as atividades que compõem os Serviços: Informação e comunicação (6,2%), Outras atividades de serviços (5,3%), Comércio (3,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), Atividades imobiliárias (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%). Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 7,3%, devido aos aumentos da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da Construção e do Desenvolvimento de Software. A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,9%. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços. Comparado ao quarto trimestre de 2023, o PIB avançou 3,6% no último trimestre de 2024, seu 16º resultado positivo consecutivo nesta comparação. O Valor Adicionado a preços básicos e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 3,3% e 6,1%, respectivamente. Entre as atividades, a Agropecuária recuou 1,5% em relação a igual período de 2023. Apesar da contribuição positiva da Pecuária e Produção Florestal, este resultado é explicado, principalmente, pelo fraco desempenho de cultivos com safra relevante no quarto trimestre, como por exemplo: laranja (-21,1%), fumo (-9,8%), trigo (-2,9%) e cana (-0,9%). A Indústria avançou 2,5% no trimestre. As Indústrias de Transformação registraram crescimento (5,3%), que representa a quarta alta consecutiva nessa base de comparação, sendo influenciadas pela alta na metalurgia; fabricação de máquinas e equipamentos; fabricação de veículos automotores; e fabricação de produtos químicos. A atividade Construção avançou 5,1% no trimestre sendo corroborada tanto pela alta da ocupação como da produção de insumos típicos nessa atividade. Por outro lado, as Indústrias Extrativas (-3,6%) obtiveram queda, puxadas pela retração na extração tanto de petróleo e gás quanto de minério de ferro. A Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos também registrou queda (-3,5%), cujo resultado explica-se pela desaceleração no crescimento do consumo de energia e piora das bandeiras tarifárias. Os Serviços cresceram 3,4% frente ao mesmo período de 2023. Essa alta é explicada, principalmente, pelos resultados positivos de Informação e comunicação (6,2%), com destaque para serviços de internet e desenvolvimento de sistemas, Comércio (4,7%), Outras atividades de serviços (4,5%) e Transporte, armazenagem e correio (3,9%). Cresceram também: Atividades Imobiliárias (2,6%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,7%). No quarto trimestre de 2024, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 3,7%, decorrente da melhoria contínua no mercado de trabalho, do aumento no crédito e dos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa de Consumo do Governo (1,2%) também teve elevação no período. O Produto Interno Bruto em 2024 somou R$ 11,7 trilhões, R$ 10,1 trilhões do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,6 trilhões dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024

IBGE

Brasil tem déficit comercial de US$324 mi em fevereiro, primeiro saldo negativo em 3 anos

O diretor de Estatísticas e Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão, atribuiu o resultado negativo à importação de uma plataforma de petróleo da China para o campo de Bacalhau, operado pela Equinor, no valor de US$2,7 bilhões, ponderando tratar-se de um evento esporádico.

A balança comercial brasileira registrou déficit de US$323,7 milhões em fevereiro, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na sexta-feira, no primeiro saldo negativo mensal desde janeiro de 2022. As exportações somaram US$22,929 bilhões no mês passado, uma baixa de 1,8% em relação a fevereiro de 2024, em meio a preços mais baixos e menores volumes embarcados de soja, petróleo e minério de ferro. Já as importações cresceram 27,6%, totalizando US$23,253 bilhões. “Não fosse a plataforma de petróleo, nesse mês de fevereiro, haveria um superávit de US$2,4 bilhões”, disse Brandão a jornalistas em entrevista coletiva para comentar os dados. No acumulado dos dois primeiros meses do ano o saldo comercial foi positivo em US$1,934 bilhão, ainda assim uma queda de 82,9% em relação ao superávit observado no mesmo período de 2024. As exportações somaram US$48,253 bilhões, com queda de 3,6% frente ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações ficaram em US$46,319 bilhões (+19,6%). Questionado sobre os efeitos potenciais na balança comercial de reduções de alíquotas de importação de alguns alimentos prometidas pelo governo, o diretor disse que as medidas não devem ter fortes impactos no saldo. “Uma mudança tarifária em alguns produtos não é suficiente para causar déficit na balança. Então, não é esperado que uma medida com essa envergadura vá inverter o sinal do saldo comercial”, afirmou. Ele também destacou que o resultado deste mês não foi influenciado pela imposição de tarifas do governo norte-americano sobre parceiros comerciais e que ainda não é possível enxergar efeitos dessas taxas, porque ainda não há definição de como ficarão os índices tarifários. “(Tarifas) não têm nenhum efeito na balança comercial brasileira…Não é consequência das tarifas ou guerra comercial”, disse. “Ainda é cedo para fazer qualquer projeção.” Contudo, ele destacou que o resultado do ano será de um “superávit comercial alto”. Em janeiro, o Mdic previu que o saldo do ano ficará positivo em US$60 bilhões a US$80 bilhões. A indústria de transformação foi o setor que teve maior aumento de exportações em fevereiro, com alta de 8,1% frente a fevereiro de 2024, para US$13,66 bilhões, seguida pela agropecuária, com alta de 1,3%, para US$4,88 bilhões. A indústria extrativa registrou baixa de 26,4%, para US$4,25 bilhões. No caso das importações, as compras da indústria de transformação saltaram 31%, para US$21,64 bilhões, seguidas pelo setor agropecuário, cujas importações avançaram 30,4%, para US$0,53 bilhão. Já a indústria extrativa teve queda de 18,9%, nas importações, para US$0,95 bilhão.

Reuters

PIB de 2025 será menor devido aos efeitos da taxa de juros mais elevada, prevê Fazenda

Apesar de resultado mais fraco, secretário Guilherme Mello, de Política Econômica, diz que situação é ‘positiva do ponto de vista de atividade’ e que crescimento se mantém ‘próximo do seu potencial’

O Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, avaliou ao Estadão/Broadcast que o crescimento do PIB em 2025 será menor do que em 2024, refletindo os efeitos defasados da política monetária com a taxa Selic mais contracionista. Esse impacto já se fez notar desde o último trimestre de 2024. Para este ano, a projeção é de avanço de 2,3%. “Nós esperamos que neste ano de 2025 o crescimento do PIB seja menor que o de 2024, exatamente pelos efeitos defasados da política monetária, mas ainda um crescimento robusto para uma economia que está com a menor taxa de desemprego da sua história, maior nível de massa salarial, então ele está numa situação positiva do ponto de vista de atividade. O crescimento de 2025 deve sustentar o Brasil, que se mantém com um crescimento próximo do seu potencial”, avaliou. A expectativa da SPE é a de que o primeiro e segundo trimestres deste ano sejam positivos, especialmente em função de uma safra muito boa. “O ano de 2025 deve ter, provavelmente, a maior safra da história, o que movimenta não só o setor agropecuário, como também o setor de serviços, armazenamento, transporte e o próprio setor industrial de máquinas e implementos agrícolas”, disse. A expectativa é que a primeira metade do ano seja bastante forte, mas puxada pelo agro, que não teve um bom desempenho em 2024. “Isso também deve ajudar na questão do preço dos alimentos, uma boa safra com mais oferta de alimentos deve reduzir a pressão sobre o preço de alimentos”, pontuou. O secretário avaliou que o resultado do PIB de 2024 (um crescimento de 3,4%) foi muito positivo do ponto de vista da composição e por trazer um crescimento expressivo de investimentos. Mello ressaltou que o desempenho da economia brasileira em 2024 representa “uma surpresa muito boa” em relação às expectativas do mercado no início do ano, que esperava algo em torno de 1,5%. Os 3,4% de avanço do PIB refletem o aumento dos rendimentos do trabalho, mas principalmente retomada de investimentos e melhora de composição. gente tinha observado uma queda nos investimentos. Este ano (2024), não. É um PIB um pouco maior, só que com um crescimento do investimento expressivo, mais de 7% de avanço no ano”, afirmou. Mello destacou a recuperação da indústria, que é um setor dinâmico e que gera bons empregos, e o resultado expressivo de serviços, que compensaram o desempenho da agropecuária. Para esse setor, 2024 foi um ano marcado pela quebra de safra, pela crise climática e por uma safra menor do que a de 2023. “Do ponto de vista de composição também, foi um PIB muito positivo, muita gente não acreditava na capacidade da indústria e dos investimentos se recuperarem, e eles mostraram muita força em 2024″, avaliou.

O Estado de São Paulo

INTERNACIONAL

Retorno da febre aftosa na Hungria reacende preocupações dos produtores europeus

Em 2001, um surto da doença no Reino Unido levou ao abate de mais de 6 milhões de animais, com custos diretos e indiretos que se aproximam de € 6 bilhões, recorda o portal Euractiv

A indústria pecuária da União Europeia (UE) deu um suspiro de alívio depois que o caso isolado de febre aftosa na Alemanha (em um rebanho de búfalos), em janeiro/25, não se espalhou dentro e fora do país, mas o surto na Hungria levanta temores de graves perdas econômicas, relata o canal de notícias Euractiv, especializado em assuntos do bloco europeu. As autoridades de Budapeste relataram nesta sexta-feira (7/25) que a febre aftosa, doença animal altamente contagiosa, está de volta ao país depois de mais de 50 anos. Antes dos casos na Alemanha e na Hungria, a febre aftosa havia sido detectada pela última vez no continente em 2011, na Bulgária. Na década anterior, o surto de febre aftosa de 2001 no Reino Unido levou ao abate de mais de seis milhões de animais, com custos diretos e indiretos que se aproximam de €6 bilhões, recorda o portal Euractiv, lembrando que a doença é endêmica em várias partes da Ásia e na maior parte da África.

Portal DBO

FRANGOS & SUÍNOS

Sexta-feira (7) com mercado de suínos registrando quedas nas cotações

Os preços no mercado de suíno seguiram em queda na sexta-feira (7). De acordo com levantamentos do Cepea, a competitividade da carne suína caiu em fevereiro frente às principais concorrentes (bovina e de frango)

Pesquisadores do Cepea ressaltam que, nem mesmo a forte redução no valor dos produtos suinícolas na última semana de fevereiro – decorrente da menor demanda – impediu o aumento do preço médio pago pela carne. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo caiu 1,16%, com preço médio de R$ 170,00, enquanto a carcaça especial cedeu 0,76%, fechando em R$ 13,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (6), houve queda de 0,11% em Minas Gerais, com preço de 8,83/kg, e de 1,26% no Paraná, valendo R$ 8,62/kg. Os preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 8,52/kg), Santa Catarina (R$ 8,51/kg) e São Paulo (8,98/kg).

Cepea/Esalq

Volume e faturamento da carne suína exportada em fevereiro superam janeiro/25 e fevereiro/24

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne suína in natura até a quarta semana de fevereiro (20 dias úteis), superou em volume e receita os registros de fevereiro de 2024 e de janeiro de 2025

A receita obtida, US$ 253,4 milhões representa aumento de 32,89% sobre o total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2024, que foi de US$ 190,6 milhões. No volume embarcado, as 101.118 toneladas representam 19,87% do total registrado em fevereiro do ano passado, quantidade de 84.354 toneladas. No comparativo com o resultado das exportações de carne suína no mês de janeiro de 2025, a receita obtida com as exportações de carne suína até o final de fevereiro mês, US$ 253,4 milhões, representa 17,56% a mais que o total arrecadado em todo o mês de janeiro de 2025, que foi de US$ 215,5 milhões. No volume embarcado, as 101.118 toneladas embarcadas até o fim de fevereiro representam 15,02% de aumento sobre o total registrado em janeiro, quantidade de 87.907 toneladas. O faturamento por média diária até o final do mês de fevereiro foi de US$ 12,6 milhões quantia 32,9% a mais do que a de fevereiro de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 3,13% observando os US$ 13 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.055 toneladas, houve elevação de 19,9% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se recuo de 2,93%, comparado às 5.208 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.506, ele é 10,9% superior ao praticado em fevereiro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 0,21% em relação aos US$ 2.511 anteriores.

SECEX

Suínos/Cepea: Cai competitividade frente a carnes substitutas

Levantamentos do Cepea mostram que a competitividade da carne suína caiu em fevereiro frente às principais concorrentes (bovina e de frango).

No atacado da Grande São Paulo, os preços da proteína suinícola subiram mais que os da avícola. No sentido oposto, a carcaça bovina se desvalorizou em fevereiro. Segundo o Centro de Pesquisas, a média da carcaça especial suína avançou 10,8% em relação a janeiro, passando para R$ 13,20/kg no último mês. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, nem mesmo a forte redução no valor dos produtos suinícolas na última semana de fevereiro – decorrente da menor demanda – impediu o aumento do preço médio pago pela carne.

Cepea

Preços no mercado do frango subiram na sexta-feira (7)

A sexta-feira (7) terminou para as negociações no mercado do frango com altas nas cotações.

Segundo análise do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas frente ao milho caiu em fevereiro. Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve à forte valorização do insumo no mercado doméstico aliada ao enfraquecimento dos preços do frango vivo. No mercado de frango, colaboradores do Cepea relataram enfraquecimento na demanda por lotes de animais em alguns períodos do mês, o que pressionou as cotações no balanço mensal. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,88%, custando, em média, R$ 8,07/kg. No caso do animal vivo, o valor subiu 9,29% no Paraná, custando R$ 4,20/kg, enquanto em Santa Catarina ficou estável, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (6), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado subiu 0,72%, valendo, respectivamente, R$ 8,38/kg e R$ 8,31/kg.

Cepea/Esalq

Frango: exportações terminaram fevereiro superando o mesmo mês do ano passado

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne de aves in natura até a quarta semana de fevereiro (20 dias úteis), teve bom desempenho frente a fevereiro de 2024.

A receita obtida, US$ 779,9 milhões, superou em 22,03% o total arrecadado em todo o mês de fevereiro de 2024, que foi de US$ 639,1 milhões. No volume embarcado, as 436.742 toneladas representam aumento de 18,50% sobre o volume registrado em fevereiro de 2024, com 368.530 toneladas. No comparativo com janeiro de 2024, a receita obtida com as exportações de carne de frango até o final de fevereiro representa 3,48% a mais que o total arrecadado em todo o mês de janeiro, que foi de US$ 753,6 milhões No volume embarcado, as 436.742 toneladas exportadas em fevereiro representam 5,10% a mais que o volume registrado em janeiro, quantidade de 415.533 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 38,9 milhões quantia 22,0% a mais do que a registrada em fevereiro de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 7,59% quando comparado aos US$ 42,2 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 21.837 toneladas, houve crescimento de 18,5% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se recuo de 7,97% em relação às 23.728 toneladas da semana anterior. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.785, ele é 3,0% superior ao praticado em fevereiro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,40% no comparativo ao valor de US$ 1.778 visto na semana passada.

SECEX

Frango/Cepea: Poder de compra diminui frente ao milho

O poder de compra de avicultores paulistas frente ao milho caiu em fevereiro, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve à forte valorização do insumo no mercado doméstico aliada ao enfraquecimento dos preços do frango vivo.

O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 80,76/saca de 60 kg em fevereiro, elevação de 8,9% frente à de janeiro. Além da maior presença de compradores no spot, dificuldades logísticas e os baixos estoques domésticos explicam os aumentos das cotações do cereal. No mercado de frango, colaboradores do Cepea relataram enfraquecimento na demanda por lotes de animais em alguns períodos do mês, o que pressionou as cotações no balanço mensal. Na média das regiões de São Paulo, o frango foi negociado a R$ 5,37/kg em fevereiro, queda de 2,4% em relação a janeiro.

Cepea

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