Ano 11 | nº 2573 | 14 de outubro de 2025
NOTÍCIAS
Preços estáveis no mercado do boi gordo em São Paulo
Após as altas da semana anterior, a segunda-feira começou sem alteração nas cotações. Os frigoríficos aguardam uma melhor posição do mercado para negociar, e aqueles que tentaram comprar abaixo da referência encontraram dificuldade em fechar negócio.
Após as altas da semana anterior, a segunda-feira começou sem alteração nas cotações. Os frigoríficos aguardam uma melhor posição do mercado para negociar, e aqueles que tentaram comprar abaixo da referência encontraram dificuldade em fechar negócio. As escalas de abate estavam, em média, para dez dias. No Acre, a cotação não mudou, e a escala de abate estava, em média, para dez dias. Na região de Paragominas-PA, na comparação feita dia a dia, as cotações permaneceram estáveis para todas as categorias. A escala de abate estava, em média, para seis dias. No atacado de carne com osso, a semana foi marcada pela recuperação das vendas no varejo, impulsionada pelo recebimento dos salários, e, consequentemente, maior poder aquisitivo dos consumidores, estimulando os pedidos de reposição de estoques. Com isso, pela segunda semana consecutiva, as cotações das carcaças casadas registraram alta.
A cotação da carcaça casada do boi castrado subiu 2,0%, ou R$0,40/kg, enquanto a do boi inteiro teve acréscimo de 2,1%, ou R$0,40/kg. Entre as fêmeas, a alta foi de 2,1%, ou R$0,40/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio subiu 2,0%, ou R$0,15/kg. A cotação do suíno especial teve aumento de 0,8%, ou R$0,10/kg.
Scot Consultoria
Arroba do boi aumentou e tem fôlego para crescer ainda mais
Escalas de abate mais curtas nos frigoríficos menores, proximidade das festas de fim de ano e entrada do 13° salário na economia aquecem os ânimos
O mercado brasileiro de boi gordo registrou alta dos preços no decorrer da semana em um ambiente pautado pelo encurtamento das escalas de abate, principalmente para os frigoríficos de menor porte. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, as indústrias de maior porte ainda sinalizam uma maior disponibilidade de animais de parceria, com uma posição de escalas relativamente mais tranquila. “Já o mercado interno apresentou maior fluidez durante a semana, com melhora dos preços da carne bovina no atacado. Outro elemento importante são as exportações, que permanecem em ótimo nível”, conta. Preços médios da arroba do boi. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 9 de outubro: São Paulo (Capital): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300 da semana passada. Goiás (Goiânia): R$ 295, avanço de 1,72% em comparação aos R$ 290 registrados na última semana. Minas Gerais (Uberaba): R$ 295, aumento de 1,72% frente aos R$ 290 apontados no fechamento do período anterior. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, estável em relação à semana passada. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 295, inalterado frente à semana anterior. Rondônia (Vilhena): R$ 280, valorização de 2,56% em comparação aos R$ 273 praticados no fechamento da semana passada. Iglesias comenta que o mercado atacadista trabalhou com preços firmes ao longo da semana. A perspectiva em termos de negócios ainda sugere reajustes nos preços no curto prazo, por conta da entrada dos salários na economia, o que favorece uma melhor reposição entre o atacado e o varejo. Segundo o analista, a chegada do último trimestre também produz otimismo, considerando o consumo aquecido que marca esse período. “Acredito que teremos mais um movimento de alta, mas de forma comedida e limitado pela oferta na virada de mês, considerando a proximidade das festas de fim de ano e a entrada do décimo terceiro salário na economia”. O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, alta de 8,70% frente aos R$ 23,00 o quilo praticado na semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 17,70 o quilo, avanço de 4,12% frente ao valor registrado na última semana, de R$ 17,00 o quilo. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,767 bilhão em setembro (22 dias úteis), com média diária de US$ 80,351 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 314,690 mil toneladas, com média diária de 14,304 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.617,40. Em relação a setembro de 2024, houve alta de 55,6% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,1% na quantidade média diária exportada e avanço de 24,4% no preço médio.
Safras News
Com demanda firme da China, embarques de carne bovina avançam 13,9% na média diária até segunda semana de outubro/25
China e Hong Kong seguem liderando as compras, já que precisam preencher os estoques para Ano-Novo Chinês, que em 2026 ocorrerá em 17 de fevereiro.
Até a segunda semana de outubro/25, os embarques de carne bovina in natura alcançaram 111,9 mil toneladas, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, o volume exportado alcançou 270,2 mil toneladas. Com relação à média diária exportada, ela ficou em 13,9 mil toneladas, avanço de 13,9% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 12,2 mil toneladas. De acordo com as informações do Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o resultado tem se mostrado muito satisfatório e o mercado está cada vez mais demandado. “O desempenho é espetacular e os números que o Brasil está conquistando ao longo desse ano são impressionantes”, informou. Segundo o Cepea, a China e Hong Kong são os grandes protagonistas, respondendo por 56,7% do total vendido pelo Brasil. A demanda segue aquecida pela necessidade de formar estoques para o Ano-Novo Chinês, que em 2026 ocorrerá em 17 de fevereiro. A janela de embarques para atender a essa data se concentra justamente neste último trimestre. Por outro lado, o mercado segue atento com a investigação da China sobre a importação de carne bovina que pode resultar na aplicação de medidas de salvaguardas contra o Brasil. A expectativa do setor é que será divulgada em novembro. O faturamento para a carne bovina até a segunda semana de outubro/25 ficou em US$ 621,3 milhões, quase metade da receita total de outubro do ano anterior, que foi de US$ 1.259 bilhão. A média diária do faturamento na segunda semana de outubro ficou em US$ 77,6 milhões, ganho de 35,6%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US$ 57,2 milhões. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.551 por tonelada. Isso representa um ganho anual de 19,1% sobre 2024, em que o valor médio estava em US$ 4.661 por tonelada. Outro cenário que contribui é o câmbio, que está, atualmente, no patamar de R$ 5,40 a R$ 5,50. “Já muda essa realidade dos embarques, aumenta a competitividade do produto brasileiro, melhora as taxas de conversão. Então contribui, sim, para o desempenho das exportações”, destacou Iglesias.
SECEX/MDIC
ECONOMIA
Dólar cai ante o real em dia de ajustes após Trump baixar o tom sobre a China
Após disparar mais de 2% na sessão anterior, o dólar passou por ajustes no Brasil na segunda-feira e encerrou o dia abaixo dos R$5,50, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliviou o discurso em relação à China.
A moeda norte-americana à vista fechou com baixa de 0,79%, aos R$5,4603. No ano, a divisa acumula queda de 11,63%. Às 17h03, na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,28%, aos R$5,4880. Na sexta-feira, Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre os produtos comprados da China e a imposição de controles de exportação ao país asiático de softwares críticos, em mais um episódio da guerra comercial entre as duas nações. Um dia antes, a China já havia elevado o controle sobre a exportação de terras raras — materiais essenciais para vários setores da indústria norte-americana. No domingo, porém, Trump adotou um tom conciliador, dizendo que os EUA não querem prejudicar a China. Comentários do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante entrevista na segunda-feira reforçaram a mensagem de acomodação. “Houve uma desescalada significativa da situação”, disse Bessent. “O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do partido, Xi (Jinping), na Coreia. Acredito que essa reunião ainda será realizada”, disse Bessent. “A combinação de bolsas em alta, valorização de moedas emergentes e recuperação das commodities — especialmente petróleo e minério de ferro — favorece o real. O principal impulso vem do tom mais brando de Donald Trump em relação à China, após recuar da ameaça de impor tarifas de 100%, o que reduziu as tensões comerciais”, resumiu Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. O feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos, que manteve o mercado de Treasuries fechado, limitou a liquidez global. No fim da tarde, às 17h06, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — subia 0,25%, a 99,297, afetado pela queda do euro.
Reuters
Ibovespa tem alta firme em linha com Wall Street, em dia de liquidez reduzida
Desempenho do índice também foi impulsionado pelo avanço de blue chips de commodities e de bancos.
O Ibovespa anotou uma sessão de correção na segunda-feira e subiu 0,78%, aos 141.783 pontos, embalado pelo bom humor visto nos mercados acionários americanos. No fim de semana, a postura mais moderada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China, elevou o apetite por risco nos mercados. O movimento ocorreu após o líder dos EUA ter ameaçado o gigante asiático com tarifas adicionais de 100% na sexta-feira. O alívio nos ativos domésticos foi amplificado na sessão de ontem pela menor liquidez. Em razão do feriado do Dia do Colombo nos Estados Unidos, o mercado de Treasuries permaneceu fechado, assim como o de bonds corporativos. O fechamento de ambos pode ter impedido uma piora local após o tombo provocado por um “sell-off” (venda generalizada) dos títulos de dívida externa da Raízen negociados em Nova York na última sexta-feira e que afetou bastante o risco Brasil, medido pelos spreads dos contratos de CDS (Credit Default Swap) de cinco anos do país. O desempenho do Ibovespa também foi impulsionado pelas blue chips de commodities e de bancos. No fim do dia, as ações PN da Petrobras subiram 0,97%, em linha com o avanço nos preços de petróleo, em virtude do arrefecimento das tensões entre Estados Unidos e China. Da mesma forma, a alta do minério de ferro em Dalian deu fôlego para uma recuperação da Vale, que teve ganho de 1,49%. Hoje, a mineradora anunciou também um acordo para desenvolver estudos acerca de uma locomotiva com motor flex, que possa utilizar uma mistura de diesel e etanol. Após ter ameaçado impor tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, provocando fortes turbulências nos mercados globais, Trump adotou um tom mais conciliatório em relação à China, em postagem publicada em seu perfil na rede social Truth Social neste domingo. “Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O muito respeitado Presidente Xiteve apenas um mau momento. Ele não quer depressão para o seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não a prejudicar!!!”, escreveu Trump. O rápido recuo do presidente americano chamou atenção do codiretor de gestão da Azimut Brasil Wealth Management, Eduardo Carlier. “Não dá para subestimar as medidas de Trump. Apesar desse estilo de negociação ser conhecido, se houver um erro de cálculo, o mercado pode estressar mesmo, porque ficou preocupado com as tarifas de 100% depois de achar que a página estava virada”, aponta. Embora o risco de novas turbulências comerciais envolvendo Trump permaneça elevado, os investidores ainda veem um nível de preços razoável nos Estados Unidos, avalia Carlier. Segundo ele, o debate por lá está em um patamar um pouco mais construtivo do que o observado no cenário local. A maior questão para a bolsa americana parece ser a velocidade de monetização das ações ligada à inteligência artificial, dado que o nível de investimento é muito alto, diz o executivo. Já em relação à bolsa brasileira, o profissional mantém uma postura “cautelosamente otimista”, apoiado na proximidade do ciclo de corte de juros, mas atento aos riscos eleitoral e fiscal, que seguem como contrapontos negativos.
Valor Econômico
Mercado financeiro reduz para 4,72% previsão de inflação em 2025
Dos quatro itens que compõem o Boletim Focus, três mantiveram suas projeções para 2025 estáveis: Produto Interno Bruto, câmbio e taxa básica de juros (Selic). A única variação apresentada nas expectativas do mercado financeiro foi relativa à inflação oficial do país, que recuou para 4,72%.
Há uma semana, as expectativas eram de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, que mede a inflação do país) fecharia o ano em 4,80%. Há quatro semanas, as projeções estavam em 4,83%. Para os anos subsequentes, as projeções do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantêm estáveis há semanas tanto para 2026 (4,28%), como para 2027 (3,9%). O Boletim Focus foi divulgado na segunda-feira (13/10) pelo Banco Central. A estimativa de inflação para 2025 se mantém acima do teto da meta que deve ser perseguida pelo BC. Segundo o Boletim Focus, pela quinta semana consecutiva espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB) que representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos no país, feche o ano de 2025 com um crescimento de 2,16%. Para 2026, há quatro semanas seguidas o mercado projeta um crescimento econômico de 1,80%. Já para o ano de 2027, as projeções de crescimento caíram de 1,90% para 1,83%, da semana passada para a atual. O dólar deverá custar R$ 5,43 ao final de 2025, segundo projeta o mercado. Há quatro semanas, as expectativas eram de que a moeda norte-americana estaria sendo comercializada a R$ 5,50. Para o final de 2026, as expectativas são, pela terceira semana consecutiva, de queda na cotação da moeda dos Estados Unidos. Há quatro semanas, as projeções do mercado estavam em R$ 5.60. Já para 2027, as projeções são de que o dólar feche o ano a R$ 5,51. Há quatro semanas, as projeções estavam em R$ 5,60.
Agência Brasil
Corrente de comércio brasileira chega a US$ 20,6 bi até a 2° semana de outubro
Na 2ª semana de outubro de 2025, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 12,3 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,9 bilhões e importações de US$ 5,4 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 11,6 bilhões e as importações, US$ 9,1 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,5 bilhões e corrente de comércio de US$ 20,6 bilhões.
No ano, as exportações totalizam US$ 269,3 bilhões e as importações, US$ 221,4 bilhões, com saldo positivo de US$ 48 bilhões e corrente de comércio de US$ 490,8 bilhões. Esses e outros resultados, foram divulgados nesta segunda-feira (13/10), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Nas exportações, comparadas as médias diárias até a 2ª semana de outubro/2025 (US$ 1,4 bi) com a de outubro/2024 (US$ 1,3 bi), houve crescimento de 8,6%. Em relação às importações houve queda de 1,0% na comparação entre as médias diárias até a 2ª semana de outubro/2025 (US$ 1,134 bi) com a do mês de outubro/2024 (US$ 1,145 bi). Assim, até a 2ª semana de outubro/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,581 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 312,35 milhões. Comparando-se este período com a média diária de outubro/2024, houve crescimento de 4,2% na corrente de comércio. Exportações e importações por setor. No acumulado até a 2ª semana do mês de outubro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores exportadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 38,4 milhões (15,0%) em Agropecuária; de US$ 50,07 milhões (17,4%) em Indústria Extrativa e de US$ 29,1 milhões (3,7%) em produtos da Indústria de Transformação. No acumulado até a 2ª semana do mês de outubro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores importadores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 10,38 milhões (1,0%) em produtos da Indústria de Transformação; houve queda de US$ 1,02 milhões (4,8%) em Agropecuária e de US$ 21,35 milhões (30,5%) em Indústria Extrativa.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
INTERNACIONAL
Como a indústria da carne bovina dos EUA reconquistou o consumidor
Durante os anos 1980 e 1990, a demanda por carne bovina nos Estados Unidos caiu significativamente. Naquela época, o setor enfrentava dificuldades para oferecer ao consumidor uma experiência de consumo satisfatória, o que levou muitos a substituírem a carne bovina por outras proteínas. Hoje, o cenário é completamente diferente: a indústria evoluiu ao focar em qualidade, consistência e confiança, recuperando espaço e fortalecendo a preferência dos consumidores.
A demanda por carne bovina definhou durante os anos 80 e 90. E a coluna forneceu uma história anedótica ilustrando o quanto a indústria da carne evoluiu nos últimos 40 anos. Mas agora, vejamos isso de uma perspectiva de dados. Entre 1980 e 1998 (quando a demanda por carne bovina atingiu seu ponto mais baixo), o gasto com carne bovina cresceu apenas US$ 6 por pessoa (enquanto carne suína e aves juntos somaram US$ 106). Enquanto isso, o período também foi marcado por alta inflação. Em outras palavras, o gasto real foi negativo. O segundo período mostrou que a indústria começou a ganhar tração. A taxa de crescimento dos gastos foi 6,5 vezes maior do que o ritmo das duas décadas anteriores. Além disso, o gasto com carne bovina superou a inflação média (2,2%) durante aquele tempo em cerca de 0,6% ao ano. Nos últimos quatro anos, os consumidores recompensaram a indústria por seu compromisso com qualidade e consistência como nunca. O gasto com carne bovina está crescendo a uma taxa anual superior a 5% (e superando a inflação em cerca de 0,6%). Entre 1980 e 1999, os preços do boi gordo na verdade caíram. O negócio era amplamente impulsionado por commodities, e os produtores de carne bovina foram penalizados por isso. Em outras palavras, os preços do gado estavam desconectados dos gastos dos consumidores. E, como resultado, na ausência de crescimento da receita, os produtores tinham oportunidades limitadas. Durante os vinte anos seguintes, os preços do gado começaram a ganhar impulso. E mesmo com o declínio entre 2015 e 2019, o gado confinado ainda conseguiu acompanhar o gasto do consumidor. Por fim, a fase atual é simplesmente notável. Os preços do gado estão superando em muito os preços no varejo e o aumento dos gastos. É verdade que a oferta está mais apertada, mas a carne bovina se tornou um item indispensável nas prateleiras e nos cardápios para atrair clientes. Isso permitiu que os produtores de carne bovina se destacassem como nunca.
Beef Magazine
FRANGOS & SUÍNOS
Embarques de carne suína somam 41,9 mil toneladas até a segunda semana de outubro/25; leve queda frente a 2024
Preço da carne suína recuou 0,8% em relação a outubro do ano passado, mantendo estabilidade no mercado.
O volume exportado de carne suína in natura chegou em 41,9 mil toneladas até a segunda semana de outubro/25, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, o volume exportado alcançou 116,3 mil toneladas em 22 dias úteis de outubro/24. A média diária movimentada até a segunda semana de outubro/25 ficou em 5,2 mil toneladas, ligeira queda de 0,09% frente a média diária embarcada em outubro do ano passado, com 5,2 mil toneladas. O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, que os números de outubro foram ligeiramente inferiores aos do ano anterior, mas ainda representam um desempenho notável no acumulado do ano. A expansão de mercado da carne suína tem sido expressiva. “O Brasil tem promovido suas vendas, abrindo novos mercados e exportando volumes significativos para a América do Sul. Além disso, há foco no mercado asiático, com destaque para as Filipinas, nosso principal mercado, seguido por Singapura, Vietnã e Japão”, destacou Iglesias. A receita obtida com as exportações de carne suína até a segunda semana de outubro/25 ficou em US$ 105,3 milhões, sendo que o faturamento de outubro do ano anterior, que foi de US$ 294,5 milhões. A média diária do faturamento até a segunda semana de outubro ficou em US$ 13,1 milhões, recuo de 1,7% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 13,3 milhões. Já o preço pago por tonelada até a segunda semana de outubro/25 ficou em US$ 2.512, queda de 0,8% frente ao observado em outubro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.531 por tonelada.
SECEX/MDIC
Exportação de carne de frango avança na média diária até a segunda semana de outubro/25, mas recua quase 12% nos preços
Setor ainda aguarda a retomada das importações da China
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 183.2 mil toneladas até a segunda semana de outubro/25. No ano passado, o volume exportado alcançou 434,6 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária até a segunda semana de outubro/25 ficou em 22.911 toneladas, sendo que isso representa um avanço de 16% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 19,7 mil toneladas. Segundo as informações do Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os números de setembro já mostravam isso e em outubro a gente está vendo uma continuidade desse processo de recuperação. “O que chama a atenção na carne de frango é que, realmente, os preços estão em queda. Quase 12% aí de queda dos preços da carne de frango e ainda não temos a retomada da China”, afirmou Iglesias. O preço pago pelo produto até a segunda semana de outubro ficou em US$ 1.681 por tonelada, e isso representa uma queda de 11,8% se comparado com os valores praticados em setembro do ano anterior, de US$ 1.905 por tonelada. A receita obtida até a segunda semana de outubro ficou em US$ 308,1 milhões, enquanto em setembro do ano anterior o valor ficou em US$ 828,2 milhões. Já a média diária do faturamento ficou em US$ 38,5 milhões, avanço de 2,3% frente a média diária observada em outubro do ano anterior, que ficou em US$ 37,6 milhões.
SECEX/MDIC
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