Ano 11 | nº 2572 | 13 de outubro de 2025
NOTÍCIAS
Scot Consultoria: Alta nos preços do boi gordo e da novilha em São Paulo
A oferta de bovinos para abate ainda supre a demanda dos frigoríficos, mas com menor folga em relação aos dias anteriores, com a ponta vendedora mais retraída. Há indícios de melhora no escoamento de carne, mas ainda abaixo das expectativas da indústria. Esse cenário trouxe um ajuste positivo na cotação do boi gordo e da novilha. Assim, a arroba do boi gordo subiu R$2,00 e a da novilha, R$1,00.
Para a vaca e para o “boi China”, os preços não se alteraram na comparação diária. O boi gordo está cotado em R$307,00/@, a vaca em R$282,00/@ e a novilha em R$295,00/@. O “boi China” está cotado em R$310,00/@. Ágio de R$3,00/@. As escalas de abate estão, em média, para nove dias. Todos os preços são brutos e com prazo. Em Alagoas. no estado, o escoamento da carne bovina tem melhorado, mas ainda de forma tímida e gradual. A saída das chuvas está atrasada, sem maiores alterações na oferta de bovinos e nas negociações. Assim, o mercado manteve-se com preços estáveis para todas as categorias na comparação diária. O boi gordo está apregoado em R$295,00/@, a vaca em R$275,00/@ e a novilha em R$285,00/@. Não há referência de “boi China” no estado. Todos os preços são brutos e com prazo. No Mato Grosso do Sul, o mercado é de menor oferta de bovinos para abate no estado, com frigoríficos tendo maior dificuldade para comporem suas escalas de abate. Desta forma, a cotação da arroba bovina teve maior sustentação em parte das regiões monitoradas. Na região de Dourados, a cotação do boi gordo subiu R$1,00/@ e para as demais categorias a cotação se manteve estável. Desta forma, o boi gordo está cotado em R$315,00/@, a vaca em R$290,00/@ e a novilha em R$300,00/@. Na região de Campo Grande, a cotação do boi gordo teve alta de R$1,00/@, enquanto para as demais categorias não houve alteração. O boi gordo está apregoado em R$314,00/@, a vaca em R$290,00/@ e a novilha em R$300,00/@. Na região de Três Lagoas, a cotação da novilha teve alta de R$3,00/@. Para o boi gordo e para a vaca, a cotação não mudou. O boi gordo está negociado em R$315,00/@, a vaca em R$290,00/@ e a novilha em R$298,00/@. O “boi China” subiu R$2,00/@ e está negociado em R$318,00/@. Ágio de R$3,00/@ nas regiões de Três Lagoas e Dourados e de R$4,00/@ para a região de Campo Grande. Todos os preços são brutos e com prazo.
Scot Consultoria
Boi: Demanda interna deve se aquecer
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no curto prazo.
“Os frigoríficos de menor porte ainda se deparam com escalas de abate mais apertadas. Para os frigoríficos de maior porte, a incidência de animais de parceria ainda contribui para uma posição de relativo conforto”. De acordo com ele, o mercado segue atento ao comportamento da demanda interna, considerando a proximidade da entrada da primeira parcela do 13° salário na economia e as festas de fim de ano. Enquanto isso, as exportações permanecem em alto nível. Preços do boi gordo: São Paulo: R$ 311,42 — ontem: R$ 311,67. Goiás: R$ 296,61 — R$ 295,71. Minas Gerais: R$ 297,94 — R$ 297,65. Mato Grosso do Sul: R$ 322,02 — R$ 321,45. Mato Grosso: R$ 293,68 — R$ 293,46. No mercado atacadista se confirmou a expectativa e se depara com alguma alta em seus preços no decorrer da semana. Segundo Iglesias, o auge da demanda durante o último bimestre é um importante elemento a ser considerado daqui em diante. O quarto traseiro segue no patamar de R$ 25,00 por quilo, a ponta de agulha ainda é precificada a R$ 16,50 por quilo, e o quarto dianteiro foi precificado a R$ 18,00 por quilo, alta de R$ 0,30.
Safras News
Mercado do boi gordo encerrou a semana em alta no mercado físico sustentado pela firmeza nas exportações
Com a moeda americana se aproximando de R$ 5,50 e a firme demanda externa, o mercado do boi gordo encerra a semana em alta no físico, enquanto os futuros mantêm suporte diante da melhora no consumo interno e do cenário cambial favorável.
O mercado do boi gordo encerrou a semana em alta no mercado físico, sustentado pela firmeza nas exportações, pela melhora no consumo interno e, agora, pela valorização do dólar, que se aproxima dos R$ 5,50. A alta do dólar tende a reforçar o movimento de valorização dos preços futuros do boi gordo na B3. Os contratos futuros do boi gordo encerraram a sessão da sexta-feira (10) em queda na B3. O vencimento outubro/25 recuou 0,26%, cotado a R$ 312,65 por arroba. O contrato novembro/25 registrou baixa de 0,51%, para R$ 322,65/@, enquanto dezembro/25 caiu 0,58%, sendo negociado a R$ 327,75/@. Já o contrato janeiro/25 encerrou com desvalorização de 0,45%, a R$ 328,50/@. Mesmo com as perdas no pregão, os preços acumulam leves altas na comparação semanal. O contrato outubro/25 subiu 0,53% frente ao início da semana, quando era negociado a R$ 311,00/@. O vencimento novembro/25 avançou 0,36% em relação aos R$ 321,50/@ registrados na última segunda-feira, enquanto o dezembro/25 teve ganho de 0,06% sobre os R$ 327,55/@ da abertura da semana. No mercado físico, os preços da arroba seguem firmes na maioria das praças pecuárias, em um cenário de escalas de abate mais curtas e controle de oferta por parte dos pecuaristas. Segundo levantamento da Agrifatto, Goiás registrou avanço de 1,30% em relação ao dia anterior, com a arroba cotada em média a R$ 297,22 por arroba. De acordo com dados da StoneX, o boi gordo encerrou a semana com firmeza mesmo com escalas de abate mais curtas. No Mato Grosso do Sul, o boi China manteve-se estável em R$ 314,70 por arroba, enquanto Minas Gerais avançou para R$ 296,76. O analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, observou que os frigoríficos de menor porte sentem maior dificuldade na compra de animais prontos, o que contribui para a sustentação dos preços. Já as grandes indústrias contam com maior disponibilidade de bois de parceria e operam com escalas mais confortáveis. No atacado, os preços da carne bovina também subiram, impulsionados pela reposição mais ativa entre atacado e varejo. O quarto traseiro foi cotado a R$ 25,00 o quilo, alta de 8,70% frente à semana anterior, e o dianteiro a R$ 17,70 o quilo, avanço de 4,12%. Segundo as informações da Scot Consultoria, a virada de mês e expectativa de melhora nas vendas de carne bovina no mercado doméstico, o ritmo de compras aumentou e a oferta de boiadas não acompanhou a trajetória – os preços, porém, seguem aquém da expectativa de outubro no mercado financeiro em janeiro de 2025 e da referência no início do ano.
Notícias Agrícolas
Custo da alimentação cai em setembro e margem do confinamento reage
Oferta elevada de grãos e exportações abaixo do esperado aliviam custos das dietas e abrem janela de margens positivas no confinamento
Em setembro de 2025, o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) apresentou o mesmo comportamento nas duas principais regiões produtoras do país. No Centro-Oeste, o ICAP foi de R$ 12,65, representando uma redução de 10,54% em relação a agosto, enquanto no Sudeste o índice alcançou R$ 12,18, com queda de 2,79%. “A retração expressiva observada em setembro reflete o acúmulo de fatores que vinham se desenhando desde o meio do ano. O mercado ainda carrega os reflexos da safra recorde de grãos, que ampliou a disponibilidade de insumos e seus coprodutos no mercado interno, aliviando os custos das dietas dos confinamentos brasileiros”, relata o comunicado da Ponta Agro. No Centro-Oeste, a redução brusca do ICAP foi puxada por todos os tipos de alimentos que compõem as dietas. Os custos dos alimentos volumosos, proteicos e energéticos, caíram 16,94%, 13,60% e 2,94%, respectivamente, em relação ao trimestre anterior (junho, julho e agosto). O custo da dieta de terminação, a mais cara do ciclo produtivo, fechou em R$ 1.069,35 por tonelada de matéria seca, uma redução de 14,12%. Além da queda no custo dos insumos, também foi observada uma redução do consumo de alimento pelos animais (-1,81%) no mesmo período, o que também contribuiu para a queda do ICAP na região. No Sudeste, informa a Ponta Agro, a queda no custo dos insumos energéticos (-6,41%) e proteicos (-5,31%) em relação ao trimestre anterior refletiram na redução do ICAP e do custo das dietas da região. A dieta de terminação em setembro custou R$ 1.130,79 por tonelada de matéria seca, um recuo de 6,46% em relação ao mesmo período. Os destaques de queda foram o milho grão seco (-11,26%), a polpa cítrica (-4,35%), o caroço de algodão (-3,49%) e o DDG (-0,43%). Ao comparar os índices de setembro de 2025 com os de setembro de 2024, o custo nutricional da engorda caiu 6,50% na região Centro-Oeste e aumentou de 2,70% no Sudeste, aponta o ICAP. De acordo com a Ponta Agro, esse contraste entre as regiões ajuda a entender o momento atual do mercado. “O avanço da nova safra de grãos e a necessidade de capitalização dos agricultores continuam pressionando para baixo o custo dos insumos, ao mesmo tempo em que o mercado do boi gordo ainda opera em ritmo mais lento. O resultado é um cenário de custo em queda e arroba estável, que favorece as margens do confinamento no curto prazo”, destaca o informe à imprensa.
Ascom Ponta Agro
ECONOMIA
Dólar dispara a R$5,50 com ameaça tarifária de Trump à China
O dólar disparou no Brasil na sexta-feira e encerrou o dia acima dos R$5,50, com as cotações refletindo o mal-estar do mercado com a política fiscal do governo Lula e as novas ameaças tarifárias dos Estados Unidos à China.
A moeda norte-americana à vista encerrou a sessão com alta de 2,39%, aos R$5,5038, maior valor de fechamento desde 5 de agosto, quando atingiu R$5,5057. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 10,93%. Às 17h06, na B3, o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil – subia 2,31%, aos R$5,5310. A sexta-feira foi no geral um dia negativo para os ativos brasileiros, com queda do Ibovespa, disparada do dólar e avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). A derrubada pelo Congresso, na quarta-feira, da Medida Provisória 1303, que tratava da taxação de aplicações financeiras, seguia dando suporte à curva, devido ao desfecho negativo para o esforço do governo de equilibrar as contas. A MP teria impacto fiscal de R$14,8 bilhões em 2025 e de R$36,2 bilhões em 2026, considerando as novas receitas previstas e os cortes de despesas, conforme o Ministério da Fazenda. Durante a manhã, o mau-humor dos investidores se intensificou após reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indicar que o pacote de medidas do governo para 2026 poderia somar R$100 bilhões, sem que as receitas estejam garantidas. Na conta entram medidas como a da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$5 mil por mês, a distribuição de gás de cozinha e isenção nas contas de energia para uma parcela das famílias, e o pagamento de bolsas para estudantes — todos programas já anunciados anteriormente pelo governo. Ainda que não haja novas medidas, os agentes demonstravam preocupação de que o ano de 2026 seja marcado por ações para impulsionar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com impacto negativo para as contas públicas. No início da tarde a pressão aumentou, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar aumentar as tarifas comerciais contra a China e cancelar uma reunião planejada com o presidente chinês, Xi Jinping. Ele acusou a China de manter a economia global refém, depois que o país asiático expandiu drasticamente seus controles de exportação de terras raras, na quinta-feira.
Reuters
Ibovespa fecha em queda com exterior e fiscal e amplia ajuste em outubro
O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, ampliando a correção negativa em outubro, em meio a fortes perdas em Wall Street e declínio acentuado dos preços do petróleo no exterior, além de preocupações com o cenário fiscal brasileiro.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,73%, a 140.680,34 pontos, após marcar 140.231,24 pontos na mínima e 142.273,75 pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão desta sexta-feira somou R$22,4 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou um declínio de 2,44%. No mês, contabiliza uma perda de 3,8%, após renovar máximas em setembro, quando ampliou a alta em 2025 para cerca de 22%. Em Nova York, a última sessão da semana azedou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar aumentar as tarifas contra a China e cancelar uma reunião planejada com o presidente Xi Jinping. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em baixa de 2,71%. No cenário doméstico, notícias sobre planos do governo envolvendo medidas para 2026 sem que as receitas estejam garantidas adicionaram preocupações sobre o risco de ações de olho na eleição do próximo ano com efeito fiscal negativo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, reiterou na sexta-feira que o governo mantém firme compromisso com a responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que busca ampliar políticas de inclusão social. Lula falou em evento no qual o governo federal anunciou novo modelo de crédito imobiliário. De acordo com o analista de investimentos Alison Correia, cofundador da Dom Investimentos, foi um dia de cautela no mundo todo, enquanto no Brasil há dúvida sobre como fechar as contas públicas após a derrubada da Medida Provisória 1303. A MP tinha como objetivo compensar a derrubada de parte das mudanças feitas pelo governo em decreto que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Reuters
Exportações do agronegócio bateram recorde em setembro e alcançaram quase US$ 15 bilhões
Segundo o Ministério da Agricultura, o setor respondeu por 49% de todos os embarques do país no mês. Avanço foi sustentado, sobretudo, pelo aumento dos volumes embarcados
O mês de setembro marcou um recorde para o valor das exportações do agronegócio no Brasil. Foram US$ 14,95 bilhões, alta de 6,1% na comparação com setembro de 2024, e o maior faturamento para o período desde o início da série histórica do Ministério da Agricultura. De acordo com a Pasta, o agro respondeu por 49% de todas as exportações brasileiras no mês. O avanço foi sustentado, sobretudo, pelo aumento dos volumes embarcados (+7,4%), em um cenário de leve recuo dos preços médios internacionais (-1,1%). No acumulado do ano, as exportações brasileiras do agronegócio registraram incremento de 0,7%, com US$ 126,6 bilhões. As importações, por sua vez, cresceram 7,3% no mês de setembro e de 5,4% no acumulado do ano. “Os resultados de setembro mostram, mesmo diante de um cenário externo desafiador, a competitividade do agronegócio brasileiro e o acerto na estratégia reforçada a partir de 2023 de abertura, ampliação e diversificação de mercados e produtos. Até o momento, foram abertas 444 novas oportunidades para os produtores e exportadores brasileiros”, disse, em nota, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Em setembro, o ministério destacou o desempenho das exportações de carne bovina in natura, que alcançaram US$ 1,77 bilhão (+55,6%). As vendas de carne suína in natura atingiram valor recorde, de US$ 346,1 milhões (+28,6%), enquanto o volume embarcado teve aumento de 78,2%. As exportações de milho renderam ao Brasil US$ 1,52 bilhão (+23,5%). Segundo a Pasta, entre os produtos potencialmente mais afetados pelo tarifaço dos EUA, destaque para o café, com US$ 1,3 bilhão (+9,3%), e os pescados, cujas exportações somaram US$ 38,7 milhões, com aumento de 6,1% em volume. Entre os itens menos tradicionais da pauta exportadora, setembro também registrou recordes históricos em volume na série, reforçando a diversificação das vendas externas: sementes de oleaginosas (exceto soja) (+92,3%), melancias frescas (+65%), feijões (+50,8%) e lácteos (+13,7%). No geral, as vendas de produtos considerados menos tradicionais cresceram 9,2% em setembro e 19,1% no acumulado do ano. Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, o resultado das exportações de setembro “demonstra o esforço da presença internacional do agro brasileiro em um contexto global desafiador”.
Globo Rural
EMPRESAS
Pará vai exportar carne kosher para Israel com nova operação frigorífica em Paragominas
O Pará passa a integrar a rota internacional de exportação de carne kosher — certificada segundo as normas judaicas — com o início das operações da RAMAX-Group em Paragominas.
A empresa assumiu a antiga planta do Fortefrigo e já iniciou o abate com certificação kosher, abrindo novas oportunidades para os pecuaristas locais e fortalecendo o papel do estado no agronegócio exportador brasileiro. O mercado israelense é considerado um dos mais exigentes do mundo, combinando tradição religiosa com alta dependência de importações. O Brasil figura entre os principais fornecedores, graças à qualidade da carne e ao cumprimento rigoroso dos protocolos de manejo e certificação. Com cerca de 405 mil cabeças de gado, Paragominas é um dos municípios mais importantes da pecuária paraense. A cidade possui localização estratégica, próxima aos portos de Vila do Conde (Barcarena) e Santarém, o que facilita o escoamento da produção para mercados internacionais. Atualmente, a unidade RAMAX-Paragominas tem capacidade de abate diário de 500 cabeças, com previsão de expansão para 750 cabeças/dia. Cerca de 85% da produção será destinada a Israel, enquanto os 15% restantes atenderão o mercado interno. Segundo o CEO da empresa, Magno Alexandre Gaia, o empreendimento representa uma oportunidade para os produtores locais acessarem um mercado de alto valor agregado. “O abate kosher exige o cumprimento de normas religiosas que garantem qualidade, rastreabilidade e valorização da produção. Estamos modernizando processos e contribuindo para a geração de emprego e renda em Paragominas”, destacou. A RAMAX também anunciou a realização de um Dia de Campo no dia 10 de outubro, em Paragominas, para marcar oficialmente o início das operações. O evento reunirá produtores, colaboradores e parceiros locais para apresentar os diferenciais do abate kosher e os planos de expansão da marca. Os participantes poderão conhecer as instalações da planta e degustar cortes especiais com o selo de qualidade RAMAX, que simboliza o compromisso da empresa com excelência, sustentabilidade e inovação no setor de carnes.
Pará Web News
INTERNACIONAL
Exportações de carne bovina da Argentina crescem 20% de jan-ago/25, para US$ 2,25 bilhões
Em volume, porém, os embarques recuaram 12% no acumulado dos primeiros 8 meses do ano, totalizando 539.000 t, informou a Bolsa de Comércio de Rosário
Nos primeiros oito meses de 2025, as exportações de carne bovina da Argentina atingiram US$ 2,256 bilhões, um crescimento de 24% em relação ao resultado obtido em igual período de 2014 e avanço de 20% em relação à média dos últimos cinco anos, informa a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR). A forte demanda internacional, destaca a BCR, impulsionou significativamente os preços da proteína argentina nesta parcial de 2025, que registraram um aumento médio de 40% sobre os primeiros oito meses do ano passado. Esse avanço nas cotações reflete sobretudo o aumento expressivo na demanda dos EUA, que passaram a enfrentar enorme escassez na produção interna de carne bovina depois que seu rebanho foi drasticamente reduzido após um longo período de seca e de valorização nos preços da nutrição. Em volume, os embarques de carne bovina da Argentina totalizaram 539.000 toneladas no acumulado de janeiro a agosto de 2025, com recuo de 12% sobre o resultado computado em igual intervalo de 2024, e 3% abaixo da média de cinco anos para o mesmo período. Entre janeiro e agosto deste ano, a Argentina produziu quase 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, o segundo maior volume desde 2010 – perdendo para o resultado de 2023. No entanto, a produção seguiu em linha com a média dos últimos cinco anos para o mesmo período, ficando apenas 0,5% acima. No acumulado dos primeiros oito meses de 2025, os frigoríficos argentinos abateram 9 milhões de cabeças, com um peso médio de 231 kg por cabeça, acima da média obtida nos últimos cinco anos, de 228 kg. Somente em agosto/25, o peso médio do gado abatido atingiu 234 kg, o maior registrado desde setembro de 2022. De acordo com dados da primeira campanha de vacinação contra a febre aftosa, o rebanho bovino da Argentino está estimado em 49,4 milhões de cabeças, o menor número desde o final de 2010, quando 48,8 milhões de bovinos foram contabilizados. Nesta parcial de 2025, o consumo per capita na Argentina é projetado em 49,6 kg para a carne bovina, 45,5 kg para a carne de frango e 17,7 kg para a carne suína. Segundo a BCR, o consumo total de carne no país deve atingir cerca de 113 kg per capita em 2025, uma recuperação de 3% em relação ao ano anterior e dentro da média dos últimos anos.
Portal DBO
FRANGOS & SUÍNOS
Frango/Cepea: Maior demanda sustenta alta de preços
Os preços do frango vivo e da carne registram novos aumentos na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem da maior demanda típica de início de mês. Pesquisadores ressaltam que o movimento de alta tem se sustentado desde o início de setembro, atravessando inclusive a segunda quinzena – período em que o consumo tradicionalmente recua devido ao menor poder de compra da população. No mercado de pintainhos de corte, levantamentos do Cepea mostram que o animal completou o segundo mês consecutivo de valorização (agosto e setembro). De acordo com agentes consultados pelo Centro de Pesquisas, o comportamento é resultado de uma oferta reduzida e de uma demanda firme pelo produto.
Cepea
Mercado do frango mantém trajetória de alta com demanda firme e otimismo nas exportações
Cotações do frango vivo e da carne seguem valorizadas em várias regiões do país, impulsionadas pelo consumo doméstico e pela expectativa de retomada das vendas ao mercado chinês. No Paraná, o preço do frango vivo registrou avanço de 3,82% no comparativo diário.
Os preços do frango vivo e da carne registraram novas altas ao longo da semana, impulsionados pela demanda aquecida típica de início de mês e pela expectativa positiva com o mercado externo. Segundo levantamento do Cepea, o movimento de valorização vem se sustentando desde o início de setembro, mesmo durante a segunda quinzena, quando o consumo tradicionalmente recua. A firmeza na procura tem dado suporte às cotações tanto no varejo quanto nas granjas. Na comparação semanal, o frango congelado teve alta de 1,36%, passando de R$ 8,09/kg na segunda-feira (6/10) para R$ 8,20/kg nesta quinta-feira. O indicador do frango resfriado também subiu 1,48%, passando de R$ 8,11/kg para R$ 8,23/kg. No Paraná, o preço do frango vivo registrou avanço de 3,82% no comparativo diário, enquanto em Santa Catarina o valor permaneceu estável em R$ 4,69/kg. De acordo com a Scot Consultoria, os preços nas granjas paulistas se mantiveram estáveis em R$ 6,40/kg, enquanto no atacado houve valorização de 1,96%, com a cotação passando de R$ 7,65/kg no início da semana para R$ 7,80/kg. “Com o otimismo de início de mês e as boas perspectivas que já rondavam o mercado há uma semana, os preços no atacado apresentaram alta na semana. Com o recebimento de salários e estímulo ao consumo, os compradores se prepararam para atender ao aumento do movimento nos estabelecimentos, reforçando seus estoques”, informou a Scot Consultoria. Para Allan Maia, analista da Safras & Mercado, o mercado brasileiro de frango apresentou oferta ajustada e reposição aquecida ao longo da cadeia, resultando em preços firmes tanto no vivo quanto no atacado. O analista explica que o setor aguarda uma decisão oficial da China sobre a retomada das importações de produtos avícolas brasileiros. “A visita recente de uma delegação chinesa sinalizou que essa reabertura pode acontecer em breve, o que daria novo fôlego ao mercado”, destacou. Maia acrescenta que as exportações tiveram ótimo desempenho em setembro, com embarques superiores aos de julho e agosto. Segundo ele, a capitalização das famílias também favoreceu o consumo doméstico, contribuindo para a boa evolução da demanda na ponta final. Pela primeira vez desde o registro de um caso de gripe aviária em granja comercial no Brasil, em maio, o preço médio mensal da carne de frango voltou a subir em setembro, apoiado principalmente no reaquecimento das exportações. O mês marcou a retomada das vendas à União Europeia, suspensas desde maio, e renovou o otimismo em relação à China, quarto maior destino da carne brasileira em 2025. Apesar do embargo ainda em vigor, o setor acredita que a reabertura está próxima. Levantamento do Cepea indica que, em setembro, o frango congelado foi comercializado a R$ 7,49/kg na Grande São Paulo, alta de 7,7% frente a agosto. Já o frango resfriado atingiu R$ 7,54/kg, avanço de 7,8%. Mesmo assim, os preços seguem abaixo dos níveis de maio, quando o produto era negociado a R$ 8,60/kg, reflexo da forte oferta interna registrada nos últimos meses. Nos cortes, o peito congelado em São Paulo teve valorização de 7,1%, alcançando R$ 10,43/kg. O Cepea aponta ainda que o mercado de pintainhos de corte completou dois meses consecutivos de valorização, em agosto e setembro. A Scot Consultoria ainda destacou que o mercado deve permanecer firme nos próximos dias. Por estarmos na primeira quinzena do mês, espera-se uma demanda mais ativa.
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