Ano 11 | nº 2571 | 10 de outubro de 2025
NOTÍCIAS
Mercado estável em São Paulo
Na última semana, as escalas de abate das indústrias paulistas começaram a encurtar. Com isso, já no fim da semana passada e começo desta, os frigoríficos subiram o valor das ofertas de compras e adquiriram um volume maior de boiadas, o que permitiu um novo movimento de alongamento de escalas.
O reflexo desse movimento foi noticiado nos informativos ao longo desta semana. Com um cenário que permanece basicamente o mesmo desde então, a cotação de todas as categorias não mudou de ontem para hoje. O boi gordo está cotado em R$305,00/@, a vaca em R$282,00/@ e a novilha em R$294,00/@. O “boi China” está cotado em R$310,00/@. Ágio de R$5,00/@. As escalas de abate estão, em média, para nove dias. Todos os preços são brutos e com prazo. Bahia – Na região Sul, o preço de todas as categorias permaneceu estável. O boi gordo está cotado em R$288,00/@, a vaca em R$260,00/@ e a novilha em R$265,00/@. As escalas de abate estão, em média, para dez dias. Na região Oeste, a oferta de bovinos diminuiu e os preços reagiram. O preço do boi gordo e o da novilha subiu R$3,00/@. O boi gordo está apregoado em R$290,00/@, a vaca em R$265,00/@ e a novilha em R$270,00/@. Não há referência de “boi China” para o estado. Todos os preços são brutos e com prazo. Tocantins – O mercado de carne no estado começou a reagir, entretanto, ainda de forma mais lenta do que o esperado, mas, com uma oferta que tem atendido às indústrias, o preço de todas as categorias permaneceu estável, com exceção da novilha na região Norte, que subiu R$1,00/@. Na região Sul, o boi gordo está cotado em R$287,00/@, a vaca em R$265,00/@ e a novilha em R$268,00/@. As escalas de abate estão, em média, para dez dias. Na região Norte, o boi gordo está apregoado em R$290,00/@, a vaca em R$260,00/@ e a novilha em R$265,00/@. As escalas de abate estão, em média, para 11 dias. O “boi China” está negociado em R$290,00/@. Ágio de R$3,00/@ na região Sul e sem ágio na região Norte. Todos os preços são brutos e com prazo.
Scot Consultoria
Boi gordo mantém preços firmes com escalas mais curtas
O mercado atacadista se depara com preços firmes, e o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo
O mercado físico do boi gordo registrou negócios com preços mais altos ao longo da quarta-feira (8). O encurtamento das escalas de abate, principalmente para os frigoríficos de menor porte, segue dando sustentação aos preços. Além disso, os frigoríficos de maior porte ainda sinalizam para uma maior disponibilidade de animais de parceria, com uma posição de escalas relativamente mais tranquila. É importante mencionar que o mercado interno tem apresentado maior fluidez durante a semana, com melhora dos preços da carne bovina no atacado. Outro elemento importante são as exportações que permanecem em ótimo nível, segundo Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado. Preços do boi gordo: São Paulo: a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 311,50 (modalidade a prazo); Goiás: a indicação média foi de R$ 295,00 para a arroba do boi gordo; Minas Gerais: a arroba teve preço médio de R$ 294,41; Mato Grosso do Sul: a arroba foi indicada em R$ 321,25; Mato Grosso: a arroba ficou indicada em R$ 293,11. Atacado – O mercado atacadista se depara com preços firmes, e o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo, ainda sob o efeito da entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. A chegada do último trimestre também produz otimismo, considerando o consumo aquecido que marca esse período. Quarto traseiro segue no patamar de R$ 25,00 por quilo; Ponta de agulha ainda é precificada a R$ 16,50 por quilo; Quarto dianteiro permanece no patamar de R$ 17,70.
Safra News
Boi/Cepea: Preços iniciam outubro mais firmes; exportações são recordes
O mês de outubro trouxe certo aumento na demanda por animais no mercado spot, interrompendo algumas quedas de preços e dando espaço a pequenas altas, indicam levantamentos do Cepea.
Com isso, pecuaristas retomam algum ânimo para negociar. Esse cenário é observado tanto em São Paulo quanto nas demais regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. O tempo seco e a falta de pasto tornam muita baixa a oferta de animais de pasto. Entre os lotes confinados, pesquisadores explicam que boa parte está comprometida com a indústria, mas aos poucos tem aumentado a parcela ainda por ser negociada. No mercado atacadista da carne com osso da Grande São Paulo, houve leve valorização de todos os cortes (com preços firmes) nos últimos dias, num contexto de vendas consideradas normais para o início do mês, ainda conforme levantamentos do Cepea. Quanto às exportações, dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que foram embarcadas 348 mil toneladas de carne bovina (produtos in natura quanto industrializados) em setembro, o maior volume mensal da série da Secretaria, iniciada em 1997. Com isso, o total exportado de janeiro a setembro alcançou 2,41 milhões de toneladas, superando em 15,4% o resultado do mesmo período de 2024 e estabelecendo um novo recorde. China e Hong Kong foram os grandes protagonistas desse movimento, respondendo por 56,7% do total da carne vendida pelo Brasil.
Cepea
Arroba do boi inicia outubro em alta e cenário fica mais otimista para os próximos meses
Menor oferta de fêmeas, retomada das vendas internas e bons volumes de exportação contribuem para a firmeza do mercado, avalia a zootecnista Juliana Pila, da Scot Consultoria.
Os preços do boi gordo começaram outubro com maior firmeza em relação a setembro, refletindo um cenário mais positivo para o mercado. “No começo do mês, o mercado apresenta preços mais firmes para a arroba do boi gordo, frente ao que observamos no mês passado”, destacou a zootecnista Juliana Pila, analista da Scot Consultoria, em sua participação no programa Terraviva DBO na TV, desta quarta-feira (8/10). Na entrevista, Juliana explicou que a combinação de menor oferta, retomada das vendas internas e bons volumes de exportação tem dado sustentação aos preços. Sobre o gado confinado, a analista destacou que a taxa de ocupação nos confinamentos está próxima das máximas em 2025, o que resultou em uma oferta robusta nos últimos meses e colaborou para a pressão de baixa em setembro. “Agora, a oferta de gado confinado tem diminuído nos últimos dias, o que ajuda a firmar o mercado e oferece mais margem para os pecuaristas na negociação da arroba”, explicou. Juliana também comentou que o abate de fêmeas diminuiu em setembro e deve seguir em queda. “A participação de fêmeas nos abates deve ser menor nos últimos meses do ano. Isso também contribui para o cenário de preços mais favoráveis”, afirmou. Além disso, o início das chuvas em várias regiões melhora a pastagem, permitindo que os pecuaristas segurem os animais por mais tempo, aguardando melhores ofertas. No mercado internacional, a China continua comprando volumes robustos de carne bovina, reforçando a sustentação da arroba no Brasil.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar cai ante real com mercado digerindo derrota do governo no Congresso e IPCA
O dólar iniciou a quinta-feira em baixa no Brasil, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante algumas divisas pares do real no exterior, como o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.
O mercado também busca digerir o arquivamento, pelo Congresso, da medida provisória sobre taxação de aplicações financeiras, em uma dura derrota para o governo Lula na noite de quarta-feira, além dos novos dados de inflação divulgados nesta manhã de quinta. Às 9h30, o dólar à vista tinha baixa de 0,25%, aos R$5,3294 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 0,14%, a R$5,3585. A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira um requerimento que retirou de pauta a MP 1303, que trata da taxação de aplicações, o que levou à perda de validade da principal proposta de ajuste das contas do Executivo para o próximo ano. Na prática, o texto foi rejeitado sem sequer ter tido seu mérito analisado. A MP caducaria se não fosse aprovada pelos plenários da Câmara e do Senado até o fim do dia. Em entrevista à rádio Piatã, da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta manhã de quinta-feira que discutirá na próxima semana como o sistema financeiro pode pagar o imposto devido, após a queda da MP. Na chegada ao Ministério da Fazenda nesta manhã de quinta, o ministro Fernando Haddad afirmou que o governo fará valer a orientação de Lula. “Ele não vai abrir mão do fiscal, mas não vai abrir mão do social”. O ministro afirmou que apresentará a Lula várias alternativas à MP. Ao mesmo tempo, Haddad pontuou que o Supremo Tribunal Federal garantiu “prerrogativas do presidente”. “Isso nos dá conforto para chegar até o final do ano”, afirmou, sem entrar em detalhes. Em 16 de julho, o ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu liminar que retomava a vigência da maior parte de um decreto de Lula que elevava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre uma série de operações. A validade deste decreto era motivo de disputa entre governo e Congresso no Supremo. Posteriormente, o governo negociou com o Congresso a MP 1303 — agora arquivada — justamente para substituir o aumento do IOF. Enquanto a disputa política segue em Brasília, com impactos sobre a área fiscal, no exterior o dólar atingiu mais cedo máximas de dois meses em relação ao iene e ao euro — moedas afetadas pela turbulência política no Japão e na França. Às 9h23, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,15%, a 99,001. Porém, a moeda norte-americana cedia ante boa parte das divisas emergentes pares do real. Na abertura da sessão, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, o índice oficial de inflação, subiu 0,48% em setembro, abaixo do 0,52% projeto por economistas consultados pela Reuters. Em 12 meses até setembro a inflação atingiu 5,17%, ante projeção de 5,22%. Às 11h30 desta quarta-feira o Banco Central realizará leilão de 40.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro. Na quarta-feira o dólar à vista fechou em queda de 0,13%, aos R$5,3430.
Reuters
IPCA volta a subir em setembro por energia elétrica mas fica abaixo do esperado
A inflação no Brasil voltou a subir em setembro diante do aumento dos preços da energia elétrica e mesmo com a queda de alimentos, com a taxa em 12 meses acelerando em meio à busca pelo Banco Central pela meta, embora os resultados tenham ficado levemente abaixo do esperado.
Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48%, após queda de 0,11% em agosto, resultado mais alto desde março (+0,56%) informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Com isso a alta acumulada em 12 meses passou a 5,17%, de 5,13% em agosto, afastando-se do teto da meta contínua — 3,0% medida pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os resultados, entretanto, ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de avanços de 0,52% no mês e de 5,22% em 12 meses. A maior influência sobre o resultado do IPCA de setembro foi exercida pela energia elétrica, com o fim dos descontos com o Bônus de Itaipu, valor distribuído aos consumidores todo ano após apuração do saldo registrado na conta de comercialização da energia da usina hidrelétrica binacional no ano anterior. Sob o peso ainda da bandeira tarifária vermelha patamar 2, com cobrança adicional aos consumidores de R$7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, a energia elétrica teve em setembro alta de 10,31%, depois de recuar 4,21% no mês anterior.
Reuters
Ibovespa reduz fôlego com IPCA e derrubada de MP sob holofote
O Ibovespa perdia o fôlego nesta quinta-feira, após superar os 143 mil pontos mais cedo, em meio à repercussão do IPCA abaixo do esperado em setembro, bem como da derrubada de medida provisória que tratava da taxação de aplicações financeiras.
Por volta de 11h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação positiva de 0,12%, a 142.309,48 pontos, após marcar 143.212,02 pontos na máxima mais cedo. Na mínima, chegou a 142.090,52 pontos. O volume financeiro somava R$4,24 bilhões. De acordo com o IBGE, o IPCA subiu 0,48% em setembro, após queda de 0,11% em agosto, mas abaixo da alta de 0,52% estimada por economistas em pesquisa da Reuters. Em 12 meses, a taxa ficou em 5,17%, de 5,13% em agosto e previsão de 5,22%. Em Brasília, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu uma dura derrota na Câmara dos Deputados na quarta-feira com a retirada de pauta da Medida Provisória 1303, que na prática levou à perda de validade da principal proposta de ajuste das contas do Executivo para 2026. O governo e seus aliados concordaram em desidratar a proposta inicial do governo que previa um aumento de arrecadação de R$20,9 bilhões no ano que vem. Mas, mesmo alterando este impacto para R$17 milhões, não adiantou. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que serão apresentadas várias medidas alternativas. A MP tinha como objetivo compensar a derrubada de parte das mudanças feitas pelo governo no decreto que elevou alíquotas do IOF. “As atenções agora se voltam para as novas estratégias do governo em relação à arrecadação ou ao corte de gastos, com vistas ao cumprimento das metas fiscais”, ressaltou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.
Reuters
GOVERNO
Itamaraty confirma conversa de Vieira com Rubio e diz que delegação vai aos EUA
Reunião entre comitiva brasileira e equipe norte-americana para debater tarifaço deverá ser em Washington, mas ainda sem data definida
O Ministério das Relações Exteriores confirmou na quinta-feira, 9, que o ministro Mauro Vieira conversou com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Segundo o Itamaraty, foi acordado que uma comitiva do Brasil se reunirá com uma equipe do governo norte-americano em Washington para debater o tarifaço. Segundo o Itamaraty, “após diálogo muito positivo sobre a agenda bilateral, [Rubio e Vieira] acordaram que equipes de ambos os governos manterão reunião proximamente em Washington, em data a ser definida, para dar seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes”. Na nota, o Itamaraty afirmou que Rubio convidou Vieira para que integre a delegação brasileira que vai a Washington para negociar as questões econômicas e comerciais. O objetivo é ter uma reunião presencial entre os dois. “O secretário de Estado convidou o ministro Mauro Vieira para que integre a delegação, de modo a permitir uma reunião presencial entre ambos, para tratar dos temas prioritários da relação entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, na manhã desta quinta, 9, em entrevista à Rádio Piatã, da Bahia, que Vieira havia falado por telefone com Rubio. “Agora, começa um outro momento. Ainda ontem, o secretário de Estado, Marco Rubio, ligou para o ministro Mauro Vieira. Talvez comece a conversa a partir de agora. Vamos ver se conseguimos nos acertar. O Brasil não quer briga com os EUA, com Bolívia, Uruguai. O Brasil quer paz e amor, queremos crescer e nos desenvolver”, disse.
Estadão
FRANGOS & SUÍNOS
Suinocultura Independente: preços seguem estáveis em SP, MG e SC, mas Paraná registra queda mensal de 7%
Exportações aquecem a demanda e sustentam preços, enquanto o consumo interno ainda sente os efeitos da perda de poder de compra da população
O mercado de suínos independente segue estável nas principais praças produtoras do país. As lideranças do setor apontam que o bom desempenho das exportações tem sustentado o equilíbrio dos preços, enquanto o consumo interno ainda sente os efeitos da perda de poder de compra da população. De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo permaneceu estável pela segunda semana seguida e está precificado em R$ 9,33/kg. No mercado mineiro, os preços dos animais permaneceram estáveis ao redor de R$ 8,50/kg no fechamento desta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal seguiu estável nesta semana e está cotado em R$ 8,68/kg. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/10/2025 a 08/10/2025), o indicador do Preço do Kg vivo do Suíno LAPESUI/UFPR teve queda de 1,05%, fechando a semana em R$ 8,49. No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou queda de 7,27% em relação à semana do dia 10/09/2025.
APCS/ ACCS/ Asemg/ LAPESUI/UFPR
Suínos/Cepea: Exportações batem recorde em setembro
Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que as exportações brasileiras de carne suína atingiram 150 mil toneladas em setembro, um recorde, considerando-se toda a série histórica da Secretaria, iniciada em 1997.
O volume superou em 25% o de agosto e em 26% o de setembro/24. Em relação aos destinos da carne suína brasileira, desde fevereiro deste ano, as Filipinas se configuram como o principal. Pesquisadores explicam que os embarques intensos ao país – e também a outros destinos, novos ou consolidados – mais que compensam os constantes recuos observados à China. Ressaltam que esse cenário é fruto de um trabalho que vem sendo realizado com afinco por parte de instituições representativas do setor suinícola nacional, que vem conquistando novos mercados e garantindo outros. Foram 49 mil toneladas da carne escoadas às Filipinas em setembro, aumento de 46,5% no comparativo mensal e de 74% no anual. Ou seja, os envios ao país asiático representaram 32,7% do total escoado pelo Brasil em setembro, ainda conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.
Cepea
Países asiáticos absorvem perto de 60% de toda a carne de frango exportada pelo Brasil
Os dados da SECEX/MDIC indicam que quase três quintos (pouco mais de 58%) das exportações brasileiras de carne de frango têm como destino países asiáticos. Seria bem mais não fosse o embargo (ainda vigente) da China. No ano passado, neste mesmo período (janeiro/setembro), o mercado chinês absorveu 10,68% das exportações totais. Neste ano essa participação recuou mais de 40%, estando limitada a não mais que 6% do volume até agora exportado.
A ressaltar que, entre os cinco continentes, o africano se coloca na segunda posição, absorvendo mais de 20% das exportações brasileiras, vindo a seguir as Américas, com 12% do total. Ou seja: à Europa foi destinado, neste ano, volume equivalente a não mais que 8% da carne de frango exportada pelo Brasil, sendo que menos da metade disso (apenas 3,5% do total brasileiro) foi negociada com países integrantes da União Europeia. Nas Américas, quase a metade das exportações brasileiras tem por destino um único país: o México, que absorveu 45% de todo o volume distribuído pelo continente americano, respondendo por mais de 5% do volume total até aqui exportado.
Avisite
Mesmo em recuperação, preço alcançado pelo frango vivo permanece aquém do obtido três anos
O acompanhamento mensal do CEPEA mostra que, embora em significativa valorização – em setembro, aumento de 6% em relação a agosto – o frango vivo disponibilizado por produtores independentes no Estado de São Paulo não recuperou nem a metade do que perdeu de maio para junho quando, em decorrência de caso de IAAP na avicultura comercial e da semi-paralisação do mercado, a cotação registrada sofreu queda superior a 13%.
De toda forma, a ave viva vem registrando, no ano, desempenho ligeiramente superior ao da ave abatida. Entre janeiro e setembro, por exemplo, a cotação média desta última registrou evolução de 9%, enquanto a do frango vivo foi corrigida em 12%. Além disso, em nenhum momento do ano a cotação da ave viva foi inferior à do mesmo mês do ano anterior, desempenho não observado com o frango abatido. Ainda assim, observa-se que só agora em setembro o frango vivo conseguiu superar a cotação alcançada três anos atrás, em setembro de 2022. Ou seja: a despeito dos bons resultados do bimestre abril/maio, permaneceu por cinco meses com cotação inferior à do período abril/agosto de 2022. Por sinal, na média do ano ainda permanece com preço menor. A média registrada entre janeiro e setembro gira em torno dos R$7,37/kg, enquanto nos mesmos nove meses de 2022 ficou em R$7,45/kg. Aplique-se a isso uma inflação já superior a 20% e se verá que a queda é bem mais significativa.
Avisite
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