CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2569 DE 08 DE OUTUBRO DE 2025

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Ano 11 | nº 2569 | 08 de outubro de 2025

 

NOTÍCIAS

Alta na cotação do boi gordo e do “boi China” em São Paulo

O escoamento da carne ainda não estava dentro do esperado, mas a chegada do quinto dia útil do mês poderia impulsionar as vendas. Além disso, parte das indústrias vinha ofertando mais pela arroba para conseguir completar suas escalas de abate.

O escoamento da carne ainda não estava dentro do esperado, mas a chegada do quinto dia útil do mês poderia impulsionar as vendas. Além disso, parte das indústrias vinha ofertando mais pela arroba para conseguir completar suas escalas de abate. No mercado externo, a exportação de carne bovina in natura seguia com excelente desempenho, o que também contribuía para a sustentação dos preços. Com isso, o mercado abriu o dia com alta de R$2,00/@ na cotação do boi gordo e de R$3,00/@ para o “boi China”. Para as fêmeas, a cotação não sofreu alterações. As escalas de abate atendiam, em média, a nove dias. No Espírito Santo, a cotação do “boi China” subiu R$3,00/@ e a da vaca teve alta de R$5,00/@. Para as demais categorias, a cotação não sofreu alterações. As escalas de abate estavam, em média, para cinco dias. Na Região Oeste do Maranhão, após a alta registrada ontem para todas as categorias, a cotação não mudou. Em Alagoas, o dia abriu com queda de R$5,00/@ na cotação da vaca. A cotação do boi gordo e a da novilha não mudou. Na exportação de carne bovina in natura, em setembro, pela primeira vez na história, o volume exportado foi de 314,7 mil toneladas – com uma média diária de 14,3 mil toneladas, aumento de 25,1% frente ao embarcado por dia em setembro de 2024. A cotação média da tonelada ficou em US$5,6 mil, alta de 24,4% na comparação com o mesmo período de 2024.

Scot Consultoria

Preços da arroba voltam a subir

Frigoríficos, principalmente os de menor porte, começam a se deparar com escalas de abate mais curtas, justificando negócios em patamares mais altos

O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com negócios realizados acima da referência média durante a segunda-feira (6). Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos, principalmente os de menor porte, começam a se deparar com escalas de abate mais curtas, justificando a realização de negócios em patamares mais altos. “Os frigoríficos de maior porte ainda sinalizam para boa incidência de animais de parceria, com escalas de abate mais confortáveis. Mato Grosso é exceção ao movimento de retomada, com preços ainda em queda”, conta. Iglesias reforça que as exportações seguem em alto nível no decorrer do ano, com o país caminhando para um novo recorde de embarques. Preços médios do boi gordo: São Paulo: R$ 309,75 — na sexta: R$ 307,92. Goiás: R$ 293,75 — R$ 292,32. Minas Gerais: R$ 292,06 — R$ 290,29. Mato Grosso do Sul: R$ 320,23 — R$ 319,55. Mato Grosso: R$ 292,69 — R$ 293,19. O mercado atacadista inicia a semana apresentando preços firmes, ainda em perspectiva de alta no curto prazo. Conforme o analista, isso acontece por conta da entrada dos salários na economia, o que motiva a reposição entre atacado e varejo. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 25,00 por quilo e o quarto dianteiro segue no patamar de R$ 17,50, por quilo.

Safras News 

Boi gordo: demanda interna aquece e indica leve recuperação dos preços

O mercado da pecuária tem demonstrado leve recuperação neste início de mês. O cenário, segundo a Markestrat Consultoria, reflete uma maior demanda interna e estabilidade nas principais praças. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram uma alta de 1,07% no preço da arroba do boi gordo durante a primeira semana de outubro.

O bezerro, por sua vez, passa por ajuste pontual após forte valorização anual, sinalizando cautela na reposição. Segundo o acompanhamento de preços futuros, o valor físico do bezerro apresentou leve alta de 0,03% no mês, atingindo R$ 2.952,19. Porém, na última semana, teve queda de 1,50%, indicando uma correção de curto prazo no mercado. Já o boi magro em São Paulo apresenta alta expressiva, reforçando o encarecimento da engorda e a necessidade de controle de custos na fase de terminação. “Para os produtores, o cenário sugere atenção à gestão de caixa e à oportunidade de travar preços futuros, protegendo margens em um ambiente de recuperação gradual e oferta ajustada”, traz o relatório da Markestrat.

O Estado de São Paulo

Carne bovina: embarques brasileiros atingem receita recorde de US$ 11,4 bi de jan-set/25, tendo China e EUA como protagonistas

Exportações da proteína nos primeiros nove meses do ano registram forte acréscimo de 37,3% sobre o resultado obtido em igual período de 2024

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura (congelada, resfriada e fresca) somaram US$ 11,4 bilhões, um forte acréscimo de 37,3% sobre a receita obtida em igual período de 2024, de US$ 8,3 bilhões, segundo dados apurados pelo Portal DBO com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Trata-se de um novo recorde histórico para o período, superando o recorde de igual período de 2022, de US$ 9,2 bilhões. Em volume, as vendas externas da proteína no acumulado dos nove meses do ano também atingiram recorde, alcançando 2,1 milhões de toneladas, um aumento de 16,4% em relação ao resultado obtido entre janeiro e setembro de 2024, de 1,8 milhão de toneladas (recorde anterior). O preço médio da carne in natura exportada no período de janeiro a setembro de 2025 ficou em US$ 5,30/kg, 18% acima da cotação média obtida em igual intervalo do ano passado, de US$ 4,49/kg, e ainda longe do recorde obtido nos primeiros nove meses de 2022, de US$ 6,11/kg. China, EUA e Chile são os principais compradores. Em receita, a China respondeu por 52,9% das compras totais registradas no período de janeiro a setembro/25, o equivalente a US$ 6 bilhões. Considerando o mesmo período, os EUA ficaram em segundo lugar no ranking dos principais importadores da carne bovina brasileira, com aquisições totais de US$ 941,3 bilhões (participação de 8,3%), seguido pelo México (US$ 511,9 milhões e 4,5% de participação) e Chile (US$ 492,8 milhões e de 4,3% de participação).

Na avaliação dos analistas da Agrifatto, o principal responsável pelo desempenho recorde dos embarques de carne bovina em setembro/25 foi a China. Os envios para o gigante asiático cresceram 18,48% e 38,2% no comparativo mensal e anual, respectivamente, atingindo 187,27 mil toneladas em setembro/25, o maior volume enviado em um único mês para o gigante asiático, destaca a consultoria. A receita obtida em reais com a venda de carne bovina para a China alcançou R$ 5,58 bilhões, valor 18,48% superior ao registrado em agosto de 2025.

Entre os novatos, destaque para Filipinas e Indonésia. O número de parceiros comerciais do Brasil também cresceu nesta parcial de 2025, com destaque para Filipinas e Indonésia, que abriram a “porteira” recentemente (a partir de agosto/25) para a carne bovina com osso e miúdos. “Esse maior número de países também veio acompanhado de um melhor desempenho, o que levou 2025 a registrar mais um recorde”, observam os analistas da Agrifatto. Segundo a consultoria, a manutenção do boi “mais barato do mundo” tem sido um fator decisivo para o avanço das exportações brasileiras. “Com preços competitivos, ampliação de parceiros comerciais e forte demanda internacional, o Brasil consolida sua posição como principal fornecedor global de carne bovina”, destaca a Agrifatto.

Portal DBO

China amplia domínio na carne brasileira, com queda dos EUA após tarifaço

Em setembro, americanos perderam o segundo lugar entre os maiores importadores do produto

Além de maior destino da exportação brasileira de soja e de minério de ferro, a China também é a atualmente a maior compradora de carnes do Brasil. E sob efeito do tarifaço, a fatia avançou bastante em setembro. Em 2024, a China absorveu 51,3% da carne bovina exportada pelo Brasil, considerando a fresca, refrigerada ou congelada. Os Estados Unidos, ficaram em segundo, com 8,1% dos embarques brasileiros. No acumulado de janeiro a setembro deste ano as posições no ranking de compradores de carne bovina não mudaram muito. Os EUA ainda detêm fatia de 8,3% da exportação de carne bovina brasileira e são o segundo maior destino do item. A participação chinesa é de 52,9%, em primeiro lugar. México vem em terceiro, com 4,5%. Em setembro, porém, o tarifaço deslocou parte importante das vendas de carnes bovinas aos americanos rumo à China, apontam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). A fatia dos EUA na carne bovina fresca, resfriada ou congelada exportada pelo Brasil caiu de 8,9% para 2,4% em setembro de 2024 para igual mês deste ano. O da China subiu de 52,9% para 59,5%. Ou seja, a fatia perdida pelos americanos acabou sendo absorvida pela China. Com isso, o México foi, em setembro, o segundo maior destino da carne bovina brasileira, com fatia de 4,2%. Em setembro de 2024 a participação dos mexicanos era de 2%.

A venda de carnes para a China em setembro totalizou US$ 1,1 bilhão, com alta de 75,5% contra igual período de 2024. Os embarques para o México se aceleraram mais, em 220,9%, mas o valor foi bem menor, de US$ 73,4 milhões. Para os americanos a exportação somou US$ 42,2 milhões em setembro, com queda de 58%. O avanço da China aconteceu em um momento em que a exportação de carnes bovinas pelo Brasil também aumentou, com total de US$ 1,8 bilhão em setembro, com alta de 55,6%. No acumulado do ano até o mês os embarques alcançaram US$ 11,4 bilhões, um aumento de 37,3%, sempre contra igual período de 2024.

Globo Rural

Negociações entre Trump e Lula aumentam expectativa para inclusão da carne bovina na lista de produtos isentos do tarifaço de 40%

Mercado vê espaço para avanço nas negociações que podem beneficiar a carne bovina brasileira; diálogo político e pressão de empresários americanos impulsionam movimento por revisão do tarifaço de 40%.

Após a primeira conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aconteceu na segunda-feira (06), o mercado está na expectativa dos Estados Unidos ampliarem a lista de exceções de produtos brasileiros a tarifas, especialmente para a carne bovina. De acordo com informações levantadas pelo Broadcast Agro, exportadores avaliam que a tendência é de ampliação das exceções à sobretaxa de 40% no curto prazo. A retirada completa do tarifaço, porém, deve ficar condicionada a negociações mais amplas, que envolvem também minerais, café, etanol e carne bovina, estas últimas entre os produtos considerados mais sensíveis. A perspectiva é que a ampliação da lista de exceções deve seguir o interesse dos americanos. Além disso, alguns empresários republicanos e doadores de campanha do Trump informaram que estão perdendo dinheiro em virtude do embargo com o Brasil. De acordo com alguns jornais, Wesley Batista se reuniu com Donald Trump semanas antes de o presidente americano fazer um aceno público ao presidente Lula durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O empresário teria desempenhado um papel central na reaproximação e na abertura de diálogo entre os dois governos. O empresário Wesley Batista, integrante da família controladora da JBS, afirmou ao Financial Times no domingo (6) que os Estados Unidos não produzem carne bovina em volume suficiente para suprir a demanda crescente por dietas ricas em proteínas. Segundo ele, essa limitação tem levado o país a aumentar sua dependência das importações. Os americanos estão pagando o preço mais alto da história pela carne bovina e precisam importar cada vez mais, já que a produção interna não consegue acompanhar a demanda.  Segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA, o preço médio da libra de carne moída atingiu US$ 6,32 em agosto, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Um levantamento do International Food Information Council mostra que 71% dos consumidores norte-americanos buscaram aumentar o consumo de proteína em 2024, ante 67% em 2023 e 59% em 2022 — uma tendência que, segundo Batista, reflete mudanças nos hábitos alimentares e mantém a demanda aquecida, mesmo diante da alta nos preços. Por outro lado, a alta nos preços internos da carne beneficia diretamente os pecuaristas americanos, concentrados principalmente no Meio-Oeste, região que é bastião eleitoral de Trump. “Trump precisará equilibrar interesses políticos e impactos econômicos. Os pecuaristas representam uma base eleitoral importante, por isso é mais provável que se abra exceção para o café do que para a carne. Em uma eventual negociação direta, o café tende a deixar a lista antes da carne”, afirmou uma fonte ligada ao setor exportador ao Broadcast Agro. Quando o assunto é carne bovina, fontes do Executivo adotam um tom de “otimismo cauteloso”, lembrando que os Estados Unidos têm papel de destaque no mercado global do produto. Esse otimismo se apoia, em parte, na percepção de que a carne bovina está diretamente ligada à inflação americana — em um momento de redução do rebanho local e de maior dependência das indústrias dos EUA em relação às importações. As articulações do setor brasileiro junto ao governo americano têm sido conduzidas por meio do Meat Import Council of America (MICA), entidade que reúne empresas importadoras, processadoras e distribuidoras de carne nos EUA. O conselho já solicitou formalmente à administração norte-americana que inclua a carne brasileira na lista de exceções ao tarifaço. Em ligação com o presidente americano, o Brasil pediu pela retirada total da sobretaxa de 40%, alegando o déficit comercial brasileiro na relação bilateral. Segundo fontes do Broadcast Agro, a retirada uniforme da sobretaxa de 40% deve envolver discussões mais amplas e contrapartidas do Brasil em áreas sensíveis para os Estados Unidos, como exploração de terras raras, regulação das big techs e acesso do etanol americano ao mercado brasileiro. Mesmo com a sobretaxa de 50% para os produtos brasileiros, as importações de carne pelos americanos cresceram 30% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2024. No caso do Brasil, as compras aumentaram 91% antes de recuar em agosto, após o aumento das tarifas.

Broadcast Agro

ECONOMIA

Dólar tem alta firme e encerra a R$ 5,35 com risco fiscal no radar

A dinâmica ainda foi reflexo do mau humor dos investidores com a sustentabilidade da dívida pública em países desenvolvidos, mas risco fiscal local também pesou

O dólar à vista exibiu apreciação firme frente ao real, em um movimento em linha com o observado na maioria dos mercados mais líquidos acompanhados pelo Valor. A dinâmica ainda foi reflexo do mau humor dos investidores com a sustentabilidade da dívida pública em países desenvolvidos. Apesar da valorização da moeda americana ser global, o real ficou entre as cinco moedas com pior desempenho do dia. Operadores avaliaram que preocupações também com a questão fiscal no Brasil geraram pressão adicional sobre o câmbio doméstico. Encerradas as negociações do mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,3506, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,3195 e encostado na máxima de R$ 5,3532. Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,24%, a R$ 6,2335. No exterior, perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, registrava alta de 0,53%, aos 98,632 pontos. Para Eduardo Aun, sócio e gestor da AZ Quest, se os ventos externos que tanto beneficiaram os mercados locais até agora neste ano começarem a soprar em sentido contrário, o contexto fiscal no Brasil tende a pressionar os ativos. “No fim das contas, estamos falando de um resultado de vetores. Se o vetor lá de fora, que é mais forte, muda de direção, ele deixa de fazer contraponto às questões locais, e problemas fiscais voltam a ter efeitos nos preços”, diz. Ainda na leitura de Aun, é natural que daqui em diante temas relacionados à eleição fiquem mais no radar dos investidores. “As pessoas querem saber qual vai ser a direção de política econômica, dado que a situação fiscal do país é crítica”, diz. Ainda que veja espaço para o dólar globalmente perder mais força, Aun diz que há um limite nessa dinâmica, não muito distante por conta da dificuldade de outras moedas em apreciar. “Dá para ter uma correção ainda, mas é preciso levar em consideração que o movimento do dólar não é isolado, e sim uma dinâmica relativa. A moeda americana, portanto, concorre com outras instituições de outros países, e estamos vendo isso esta semana com a fragilidade no Japão e na França.” O Commerzbank diz, em nota, que ontem surgiram duas boas notícias para o real. Primeiro, o banco alemão lembra da conversa entre o presidente Lula e seu homólogo americano, Donald Trump. “Ao que tudo indica, o momento aponta para um degelo nas relações entre os dois países — embora, com Donald Trump, nunca se saiba quanto tempo isso vai durar”, diz Michael Pfister, analista do banco alemão. Além disso, o Commerzbank aponta para os dados comerciais do Brasil de setembro, que surpreenderam positivamente, especialmente as exportações. “Já havíamos enfatizado aqui várias vezes que, até o momento, quase não se via efeito das tarifas mais altas dos EUA sobre as exportações brasileiras — e esse desenvolvimento, ao que tudo indica, continuou em setembro. Ambas são boas notícias para o real brasileiro.”

Valor Econômico

Ibovespa fecha em queda com exterior

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, quase perdendo os 141 mil pontos no pior momento, com receios fiscais e a piora no cenário externo nesta sessão amplificando movimentos de realização de lucros que vêm marcando as primeiras sessões de outubro na bolsa paulista.

MRV&Co capitaneou as perdas do dia, com tombo de mais de 12%, após prévia operacional do terceiro trimestre, com números sobre fluxo de caixa frustrando expectativas. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,55%, a 141.376,17 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 141.035,06 pontos na mínima e 143.606,01 pontos na máxima. O volume financeiro somava R$19,57 bilhões antes dos ajustes finais.

Reuters

Alta do IGP-DI acelera menos que o esperado em setembro, mostra FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta abaixo do esperado de 0,36% em setembro, depois de avanço de 0,20% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de um avanço de 0,43%. Com o resultado de setembro, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 2,31%%. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,30%, de alta de 0,35% no mês anterior. “A inflação ao produtor foi impulsionada, sobretudo, pelas grandes commodities, com destaque para café, milho e carne bovina”, afirmou Matheus Dias, economista do FGV IBRE. No IPA, esses produtos subiram respectivamente 14,81%, 4,27% e 1,72%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI — passou a subir 0,65% em setembro, de queda de 0,44% em agosto. “No IPC, o reajuste decorrente do bônus de Itaipu exerceu papel relevante na alta dos preços ao consumidor”, explicou Dias.

Com isso, o grupo Habitação passou a registrar alta de 2,13% em setembro, de recuo de 0,80% em agosto, influenciado pelo fim dos descontos na conta de energia elétrica com o Bônus de Itaipu, valor distribuído aos consumidores todo ano após apuração do saldo registrado na conta de comercialização da energia da usina hidrelétrica binacional no ano anterior. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou desaceleração da alta a 0,17% em setembro, de 0,52% antes. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Reuters

Banco Mundial eleva estimativa de crescimento econômico da América Latina para 2026

O Banco Mundial aumentou sua estimativa para o crescimento econômico da América Latina e do Caribe no próximo ano, embora a região continue sendo a de crescimento mais lento do mundo devido à inflação persistente, ao alto endividamento e às crescentes incertezas decorrentes das políticas tarifárias dos Estados Unidos.

A economia da região deve crescer 2,5% em 2026, acima da previsão de junho de 2,4%, informou o Banco Mundial. Sua previsão para este ano permaneceu em 2,3%, o que representaria uma ligeira melhora em relação aos 2,2% do ano passado. A estimativa para o Brasil em 2025 permaneceu em 2,4%, com o crescimento desacelerando para 2,2% no próximo ano. Espera-se agora que a economia do México tenha expansão de 0,5% este ano, acima da previsão de junho de 0,2%, com o crescimento acelerando para 1,4% no próximo ano. “Os governos da região têm conduzido suas economias através de repetidos choques, preservando a estabilidade”, disse Susana Cordeiro Guerra, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “Agora é o momento de continuar a construir sobre essa base, acelerando as reformas para melhorar o clima de negócios, investir em infraestrutura favorável e mobilizar o capital privado.” A Argentina continua sendo a economia de crescimento mais rápido entre as maiores da região, mas sua estimativa para 2025 foi a mais reduzida, de 5,5% para 4,6%. Para 2026, o Banco Mundial espera desaceleração do crescimento para 4%. A economia da Bolívia agora é vista em contração neste ano e no próximo, apresentando desafios para o vencedor do segundo turno da eleição presidencial marcada para 19 de outubro. O Banco Mundial disse que, embora haja expectativa de preços estáveis, as metas de inflação ficaram mais difíceis de serem atingidas e as taxas de juros estão caindo mais lentamente. A incerteza sobre as políticas comerciais globais – em face das tarifas impostas pelos Estados Unidos – pesou sobre os investimentos em todos os setores. O relatório observou que barreiras conhecidas, como infraestrutura fraca, um viés a favor de empresas estabelecidas e educação deficiente em todos os níveis, estavam inibindo o empreendedorismo e a forma como as grandes empresas podem crescer. “As empresas querem contratar mais pessoas, mas não conseguem obter os trabalhadores”, disse William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “E é uma combinação do sistema escolar e do sistema de treinamento que não está fazendo isso direito.”

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

ABPA: Exportações de carne suína alcançam maior volume mensal da história

Receita com embarques realizados durante o mês de setembro também é recorde

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 151,6 mil toneladas em setembro. É o maior volume mensal já registrado pelo setor, e que supera em 25,9% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 120,4 mil toneladas. A receita obtida com as exportações de setembro também é recorde. Ao todo, foram US$ 368,4 milhões realizados este ano, o que supera em 29,9% o total alcançado no mesmo período do ano passado, com US$ 283,7 milhões. Com o desempenho expressivo de setembro, os embarques de carne suína já acumulam alta de 13,2% em volume exportado entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 1,121 milhão de toneladas em 2025, contra 990,7 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Em receita, a alta chega a 24,6%, com US$ 2,702 bilhões neste ano, contra US$ 2,169 bilhões no ano anterior. As Filipinas seguem expandindo sua participação nas exportações brasileiras, com 49 mil toneladas de carne suína importadas em setembro – saldo 73,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 13,6 mil toneladas (-18,2%), Japão, com 11,4 mil toneladas (+32,4%), Vietnã, com 9,6 mil toneladas (+39,8%), México, com 9,6 mil toneladas (+55,8%), Chile, com 8,3 mil toneladas (-13,7%), Hong Kong, com 8,2 mil toneladas (-5,3%), Singapura, com 5,6 mil toneladas (+2,2%), Argentina, com 4,2 mil toneladas (+82,2%) e Geórgia, com 4 mil toneladas (+120%). Santa Catarina segue como maior estado exportador de carne suína, com 72,7 mil toneladas exportadas em setembro (+17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior), e é seguido pelo Rio Grande do Sul, com 35,7 mil toneladas (+39,6%), Paraná, com 25,3 mil toneladas (+35,5%), Minas Gerais, com 2,9 mil toneladas (-10,6%) e Mato Grosso, com 3,9 mil toneladas (+19,1%).

ABPA

Embarques de carne de frango restabelecem níveis e alcançam 480 mil toneladas em setembro

África do Sul assume liderança entre os principais destinos do mês

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 482,3 mil toneladas em setembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).  É o melhor resultado mensal registrado nos 11 meses, sendo superado apenas pelo volume embarcado em setembro de 2024, com 485 mil toneladas – ficando, portanto, apenas 0,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

A receita das exportações de carne de frango alcançou US$ 857,9 milhões em setembro, saldo 10,1% menor em relação ao mesmo período do ano anterior, com US$ 953,8 milhões. No ano (janeiro a setembro), foram embarcadas 3,876 milhões de toneladas, volume 1% inferior ao exportado nos nove primeiros meses do ano anterior, com 3,917 mil toneladas. A receita acumulada no período chegou a US$ 7,166 bilhões, número 1,5% menor em relação a 2024, com US$ 7,273 bilhões. Pela primeira vez, a África do Sul foi o principal destino mensal das exportações do setor, com 38,7 mil toneladas exportadas em setembro – número 35,9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. O ranking dos principais destinos do mês é completado por Emirados Árabes Unidos, com 37,2 mil toneladas (-10,2%), México, com 37,1 mil toneladas (+55,5%), Japão, com 36,4 mil toneladas (-0,2%), Arábia Saudita, com 35,7 mil toneladas (+19,2%), Filipinas, com 32,3 mil toneladas (+103,2%), Coreia do Sul, com 25,7 mil toneladas (+229,8%),Chile, com 18 mil toneladas (+81,3%), Iraque, com 13,5 mil toneladas (+7,9%) e Hong Kong, com 12,5 mil toneladas (+138,6%). Principal estado exportador brasileiro, o Paraná embarcou 182,3 mil toneladas em setembro (-6,9%), seguido por Santa Catarina, com 116,7 mil toneladas (+10,5%), Rio Grande do Sul, com 65,2 mil toneladas (+3,2%), São Paulo, com 31,1 mil toneladas (+10,7%) e Goiás, com 21,6 mil toneladas (+10,8%).

ABPA

Livre de gripe aviária, Brasil prorroga status de emergência para a doença

Desde outubro de 2023, país registrou 185 casos da doença, sendo apenas um em criação comercial

A China, principal comprador de frango do Brasil, mantém o embargo contra produtos avícolas

O Ministério da Agricultura prorrogou, nessa segunda-feira (6/10), o estado de emergência zoossanitária em todo o país em função da gripe aviária por mais 180 dias. O status está válido desde outubro de 2023, quando os primeiros casos de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres foram registrados no Brasil. Desde lá, são 185 casos de gripe aviária no país, sendo apenas um em ave de criação comercial, ocorrido em maio de 2025 em uma granja de Montenegro (RS). De acordo com o painel de acompanhamento do Ministério da Agricultura, foram 172 focos em aves silvestres e 12 em aves de criação de subsistência. Atualmente, apenas um caso de síndrome respiratória e nervosa das aves está em investigação. É um caso de ave silvestre no Espírito Santo. O status de emergência zoossanitária permite acelerar a liberação de recursos para ações contra a disseminação da doença. Com a detecção de um caso em granja comercial, diversos mercados fecharam as portas para exportações de carnes de aves do Brasil. Gradualmente, os países retomaram as compras após o encerramento do foco e a declaração, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), de país livre da doença. Mesmo assim, o principal comprador, a China, mantém o embargo. Em setembro, uma missão técnica de chineses visitou granjas, frigoríficos, laboratórios e outras instalações no Brasil para auditar o sistema de inspeção federal. A China deve emitir um relatório sobre a visita. A expectativa no setor produtivo, principalmente do Rio Grande do Sul, é de reabertura do mercado ainda em 2025. Os gaúchos estão com as vendas suspensas desde julho de 2024, quando um caso da Doença de Newcastle (DNC) foi identificado em Anta Gorda (RS).

Globo Rural

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