Ano 11 | nº 2543 | 02 de setembro de 2025
NOTÍCIAS
Cotações estáveis no mercado do boi gordo em São Paulo
A semana começou com o mercado pouco ofertado e com poucos negócios. Vendedores e compradores aguardam o início do mês para avaliar o comportamento da demanda pela carne bovina e definir os próximos passos.
A semana começou com o mercado pouco ofertado e com poucos negócios. Vendedores e compradores aguardam o início do mês para avaliar o comportamento da demanda pela carne bovina e definir os próximos passos. As escalas de abate atendiam, em média, a nove dias. Na região Noroeste – PR, a cotação da novilha subiu R$3,00/@, e a das demais categorias não mudou. No mercado atacadista de carne com osso, na semana, a demanda esteve razoável, apesar da expectativa do avanço nas vendas do varejo com o início de setembro e, consequentemente, de maior giro no mercado atacadista devido à possíveis reposições de estoque. Ainda assim, a oferta mais restrita abriu espaço para ajustes positivos nas cotações das carcaças casadas. Para a carcaça casada do boi capão, o aumento na cotação foi de 1,7% ou R$0,35/kg. Para as demais carcaças casadas, a alta foi de 0,5% ou R$0,10/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio* não mudou. A cotação do suíno especial** subiu 1,5% ou R$0,20/kg. Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%. Já no vencimento do contrato futuro do boi gordo (B3) em agosto/25, no último dia útil de agosto (29/8), na B3, aconteceu a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIQ25. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador da B3, ficou em R$310,49. O indicador do Cepea ficou em R$310,95/@. O indicador do boi gordo da Scot Consultoria ficou em R$312,51/@.
Scot Consultoria
Arroba do boi gordo teve aumento de até 7,5% em agosto; setembro também promete altas
Exportação de carne bovina em nível recorde continua dando suporte às cotações
O mercado brasileiro de boi gordo chega no final de agosto registrando uma boa recuperação nos preços da arroba na comparação com os valores praticados no término de julho. De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, a boa demanda voltada à exportação seguiu contribuindo para o avanço dos preços, especialmente na primeira quinzena do mês. “Nos últimos dias os negócios andaram um pouco de lado, uma vez que os frigoríficos conseguiram boas ofertas para avançar nas escalas de abate. Contudo, para a primeira semana de setembro, é possível que haja espaço para alguma alta de preços, considerando a boa reposição entre o atacado e o varejo com a entrada dos salários na economia”, diz. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 28 de agosto: São Paulo (Capital): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300 do final de julho. Goiás (Goiânia): R$ 305, aumento de 7,02% frente aos R$ 285. Minas Gerais (Uberaba): R$ 305, valor 5,17% acima dos R$ 290. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 315, alta de 3,28% frente aos R$ 305. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 315, avanço de 6,78% ante os R$ 295. Rondônia (Vilhena): R$ 285, avanço de 7,55% frente aos R$ 265. Iglesias comenta que o mercado atacadista conseguiu trabalhar com preços mais altos ao longo de agosto, em meio ao quadro de oferta mais equilibrado no cenário doméstico com a forte demanda registrada para a carne bovina na exportação. O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 22,90 o quilo, alta de 7,01% frente aos R$ 21,40 praticado no final de julho. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18,25 o quilo, aumento de 4,29% frente ao valor registrado no fechamento do mês anterior, de R$ 17,50 o quilo.
Safra News
Arroba bovina a R$ 350? Especialistas revelam o que ainda esperar em 2025
Exportações aquecidas impulsionam um cenário de alta, mas demanda interna, câmbio e investigação da China devem ser observados
Os pecuaristas não negociam a arroba do boi gordo no patamar de R$ 350,00 há quase um ano. Atualmente, os contratos de novembro na B3, bolsa de valores brasileira, têm girado em torno de R$ 330,00 por arroba, sinalizando uma recuperação frente ao mercado físico. Mas, será que há fôlego para impulsionar os preços nos últimos meses de 2025? Segundo analistas, a aposta, neste momento, é de estabilidade dos preços, com um leve viés de alta. Nessa perspectiva, o cenário externo tem sido um dos principais sustentadores da demanda. Este ano, o Brasil abriu mercados relevantes: a Indonésia passou a comprar carne bovina e o Vietnã também liberou as importações. Além disso, apesar do tarifaço dos Estados Unidos, o México vem ampliando suas compras desde junho, e novas plantas frigoríficas devem ser habilitadas ainda neste ano para atender os mexicanos. Adiciona-se a esse quadro a demanda chinesa, que segue aquecida, contribuindo para o cenário de exportações elevadas. No entanto, Felipe Fabbri, coordenador de inteligência de mercado da Scot Consultoria, lembra que o câmbio está jogando contra uma possível repetição dos valores máximos da arroba observados no final de 2024. “O preço em dólar está muito bom, mas, convertido em reais, a margem da indústria fica mais apertada. Isso limita até onde o frigorífico pode pagar pelo boi”, afirma. Outro ponto que pesa é a concorrência das proteínas alternativas no mercado doméstico. Conforme a consultoria, o frango segue mais competitivo, já que a produção não foi ajustada após o episódio da gripe aviária no país. Apesar do Brasil ter retomado o seu status internacional livre do vírus, importantes compradores, como China e União Europeia, ainda mantêm o mercado fechado ao produto. Assim, com maior oferta interna e preços em queda, a carne de aves pressiona o consumo de carne bovina. Já o suíno se mantém em patamares semelhantes ao ano passado, sem grande influência adicional sobre o boi. Mesmo assim, Pedro Gonçalves, analista da Scot Consultoria, avalia que a tendência de alta no mercado futuro pode levar a arroba a patamares bem mais elevados. Porém, não este ano. “Um dia vai chegar a R$ 400. Talvez este ano ainda não, mas o cenário é de alta”, afirma. Ele pondera que a força da demanda internacional continua sendo um pilar importante, apesar da incerteza em torno da investigação da China sobre a importação de carne bovina de todos os países. As investigações no principal comprador da carne bovina do Brasil foram abertas no fim de 2024. A previsão era de conclusão do processo em agosto deste ano, porém a avaliação foi prorrogada até novembro. “Esperamos que não aconteça nada de grave como essa questão do tarifaço dos Estados Unidos. É importante lembrar que o mercado norte-americano representa cerca de 2% da nossa produção total de carne bovina. Mas, se fosse a China impor restrições ou decidir estabelecer cotas para nossas exportações, qual seria o impacto? Por isso, esperamos que nada nesse sentido aconteça”, pondera. Enquanto o mercado aguarda o encerramento das investigações, os especialistas acreditam que, se nenhum novo episódio negativo acontecer, a arroba deve encerrar 2025 sustentada em torno dos R$ 330,00 com exportações aquecidas, mas sem condições de retomar os R$ 350,00 ainda este ano. Esse nível pode ficar para 2026, quando se espera uma oferta mais ajustada, com uma maior retenção de fêmeas, e um ambiente de preços mais favoráveis.
O Estado de São Paulo/Agro
ECONOMIA
Dólar tem leve alta em sessão de baixa liquidez com mercado fechado nos EUA
O dólar fechou em leve alta ante o real na segunda-feira, em um movimento que se seguiu à forte perda da moeda norte-americana no mês anterior, em sessão com poucos catalisadores devido a um feriado nos Estados Unidos e a uma agenda esvaziada no Brasil. O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$5,4391.
Às 17h21, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,22%, a R$5,478 na venda. Os movimentos do real neste pregão tiveram como pano de fundo a baixa volatilidade do dólar nos mercados globais devido ao fechamento do mercado norte-americano por conta do feriado do Dia do Trabalho, o que limitou a influência externa sobre a moeda brasileira e conteve a liquidez local. O noticiário local tampouco trouxe novidades que justificassem apostas acentuadas para qualquer direção, mas o fato de a moeda dos EUA ter acumulado uma queda de 3,18% frente à divisa brasileira em agosto abriu espaço para ajustes de algumas posições na primeira sessão de setembro. A divisa de reserva global variou em faixa estreita durante toda a sessão, oscilando apenas 3 centavos de real entre a maior e a menor cotação do dia. O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,17%, a 97,667. O resto da semana, por outro lado, será de agenda movimentada. O destaque doméstico ocorrerá já na terça-feira, quando serão divulgados dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o segundo trimestre. Nos EUA, as atenções dos agentes estarão voltadas para sexta-feira, quando o governo norte-americano publicará o relatório de emprego do mês de agosto, com o foco em possíveis sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve. Qualquer novidade sobre o impasse comercial entre Brasil e EUA também pode impactar o mercado doméstico, à medida que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tenta abrir canais de diálogo para negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.
Reuters
Ibovespa começa setembro em queda após recordes em agosto e com giro baixo por feriado nos EUA
O Ibovespa fechou com um declínio discreto na segunda-feira, em meio a feriado nos Estados Unidos, o que reduziu o volume de negócios no primeiro pregão de setembro após agosto terminar com novas máximas históricas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,1%, a 141.283,01 pontos, tendo marcado 141.949,94 pontos na máxima e 140.878,3 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou apenas R$11,98 bilhões, de uma média diária de cerca de R$24 bilhões no ano. A queda ocorreu após o Ibovespa encerrar agosto na máxima histórica de 141.422,26 pontos (considerando fechamento), com ganho de 6,5% no mês. Também na sexta-feira, registrou o topo intradiário de 142.378,69 pontos. De acordo com analistas, tal movimento ocorreu após uma safra de resultados de segundo trimestre acima do esperado das empresas brasileiras combinada com um cenário mais favorável para a queda dos juros nos Estados Unidos e no Brasil. Na segunda-feira, destacou o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, a pesquisa Focus mostrou nova revisão para baixo em previsões de mercado para o IPCA em 2025 e 2026, corroborando o quadro cada vez melhor para queda da Selic. Mas, acrescentou, números mais fracos sobre a atividade da indústria no país, embora endossem as apostas de um movimento de recuo dos juros, acabam trazendo preocupações sobre o resultado das empresas e desencadeando uma certa aversão a risco. Na visão de Paletta, diante dessa combinação e um feriado nos EUA, que tira um pouco de liquidez dos mercados, o que se viu nesta sessão foi um mercado “um pouco mais lateralizado, em compasso de espera”. Ele chamou a atenção para dados do PIB brasileiro do segundo trimestre, previstos para a terça-feira, que podem referendar apostas sobre o começo de um movimento de corte de juros no Brasil no início de 2026 ou no final deste ano.
Reuters
Focus: Mercado reduz IPCA pela 14ª vez e vê PIB maior para 2025 e 2026
Pesquisa mostrou ainda expectativa de cotação do dólar em R$ 5,56 ao final deste ano, ante R$ 5,59 na semana anterior
Agentes do mercado ajustaram para baixo suas estimativas para a inflação neste ano e no próximo, ao mesmo tempo que também alteraram ligeiramente suas expectativas para o crescimento da economia brasileira também para 2025 e 2026, mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central, na segunda-feira (1º). Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referência do Banco Central para a meta de inflação, os agentes ajustaram em 0,01 ponto percentual para baixo a previsão para o final deste ano, a 4,85% ante 4,86%, ao passo que para 2026 o movimento foi de redução em 0,02 ponto, para 4,31% ante 4,33%. A meta de inflação é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O mercado reduziu pela 14ª semana seguida sua estimativa de inflação para este ano e pela sétima semana seguida as expectativas para a alta dos preços no próximo ano. Já para o PIB (Produto Interno Bruto), os agentes ajustaram as expectativas para este ano em 0,01 ponto percentual, a 2,19% ante 2,18% na semana anterior, e realizaram movimento de mesma magnitude ao estimar o crescimento da economia para 2026, agora em 1,87% ante 1,86%. O IBGE divulgará na terça-feira (2) os dados do PIB do segundo trimestre, com expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 0,3% em relação aos três primeiros meses do ano, com alta de 2,2% na comparação anual. A pesquisa, realizada junto a uma centena de economistas, mostrou ainda expectativa de cotação do dólar em R$ 5,56 ao final deste ano, ante R$ 5,59 na semana anterior, enquanto para 2026 a previsão é de R$ 5,62, ante R$ 5,64. O Focus apontou ainda manutenção das expectativas para a taxa de juros Selic neste ano e no próximo, a 15,00% e 12,50%, respectivamente.
Reuters
EMPRESAS
Fim do prazo para negócio entre Marfrig e Minerva no Uruguai pode ser positivo, diz Santander
Empresas discordam sobre a validade do contrato de vende de três plantas industriais. Unidade da Marfrig. Empresa diz que contrato de venda de frigoríficos no Uruguai expirou. Minerva discorda
O fim do prazo para conclusão da venda de três unidades da Marfrig para a Minerva no Uruguai pode trazer efeitos positivos para as duas empresas, avaliam Guilherme Palhares e Laura Hirata, analistas do Santander. A Marfrig anunciou na semana passada que o contrato expirou e perdeu a validade, enquanto a Minerva discorda e segue aguardando a posição da autoridade antitruste uruguaia sobre o negócio. “Vemos isso como um resultado ligeiramente positivo para ambas as empresas. A Minerva evita riscos antitruste, preserva a flexibilidade do balanço e mantém espaço para potenciais dividendos extraordinários”, afirmaram os analistas do banco em relatório. “A Marfrig, por sua vez, mantém exposição ao Uruguai, onde o ciclo favorável do gado e o potencial de alta das tarifas americanas sobre a carne bovina brasileira podem sustentar os resultados”, acrescentaram. Apesar dos benefícios para as duas companhias, o Santander acredita que o cenário é ainda mais favorável para a Minerva, por conseguir aproveitar por mais tempo o ciclo de alta do gado no Brasil, enquanto continua a reduzir seus níveis de endividamento e alavancagem. As três unidades do Uruguai que fazem parte da negociação estão localizadas em San José, Salto e Colônia, e continuam operando normalmente. Desde que o contrato foi firmado, em agosto de 2023, a decisão está nas mãos da Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia (Coprodec), órgão antitruste do Uruguai, que já negou algumas vezes o fechamento do negócio. Diante da negativa, a Minerva fez uma nova proposta em fevereiro deste ano, de que compraria as plantas e revenderia a de Colônia para a Allana Group, companhia indiana de produção e exportação de itens como carne halal. “A decisão final da Coprodec pode ser tomada em setembro, mas a resistência regulatória sugere baixa probabilidade de aprovação”, avalia o Santander. Guilherme Guttilla e Thiago Duarte, analistas do BTG Pactual, comentaram em relatório que, como os termos do contrato nunca foram públicos, é difícil prever quais serão os próximos desdobramentos. No entanto, o fim do contrato pode trazer impactos menores atualmente. “As implicações para ambas as empresas, independentemente de o acordo avançar ou não, são provavelmente menos significativas hoje do que pareciam à primeira vista”, afirmaram os especialistas. Para o BTG, como a Marfrig está em processo de fusão com a BRF, a desalavancagem por meio da venda de ativos é muito menos significativa do que inicialmente. Na outra ponta, segundo Guttilla e Duarte, a Minerva ainda teria que pagar R$ 675 milhões – ou R$ 750 milhões, incluindo os juros – pelos ativos no Uruguai e as plantas gerariam cerca de R$ 100 milhões em lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). “A Minerva já levantou capital para fortalecer seu balanço, enquanto vem entregando (resultados) consistentemente com os ativos que já foram integrados”, completou o BTG.
Valor Econômico
GOVERNO
Brasil fecha acordo para exportar farinhas ao México
Brasil conquista 417 aberturas de mercado desde 2023
O governo brasileiro e o governo do México concluíram a negociação sanitária que permitirá ao Brasil exportar farinhas de origem animal, produzidas a partir de bovinos e suínos, para o mercado mexicano. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a abertura consolida um avanço importante para o setor. “Essa nova abertura representa uma oportunidade para produtores e exportadores brasileiros do setor de reciclagem animal, uma vez que o México é um grande importador desses produtos”, destacou a pasta. Com cerca de 130 milhões de habitantes, o México é a segunda maior economia da América Latina, atrás apenas do Brasil. De acordo com o levantamento, entre janeiro de 2023 e julho de 2025, o país importou US$ 7,7 bilhões em produtos agropecuários brasileiros, com destaque para soja, café e proteína animal. O Mapa informou ainda que, com este anúncio, “o agronegócio brasileiro alcança 417 aberturas de mercado, em 71 destinos, desde o início de 2023”. A pasta ressaltou que esses resultados são fruto da cooperação com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
Abertura de mercado para produtos agropecuários do Brasil na Costa Rica, diz Mapa
O governo brasileiro e o governo da Costa Rica concluíram negociações sanitárias e fitossanitárias para que o Brasil exporte subprodutos de origem bovina destinados à alimentação animal e milho de pipoca para aquele país.
Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 272 milhões em produtos agropecuários para a Costa Rica, com destaque para cereais, farinhas e preparações, além de produtos do complexo soja. Com este anúncio, o Brasil alcança 419 aberturas de mercado desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
INTERNACIONAL
Carne bovina atinge preço recorde em julho de 2025 nos EUA
O preço da carne bovina no atacado dos EUA segue subindo e novamente renovou a máxima para o período do ano, em 2025.
O preço da carne bovina nos EUA alcançou o patamar mais alto para um mês de julho, em 2025, muito acima dos valores observados no mesmo período dos anos anteriores e igualmente acumulando o terceiro ano consecutivo de valorização. A produção de carne bovina nos EUA se mantém em queda e, abaixo da demanda doméstica do país, o que reforça a dependência cada vez maior por importação. Aliás, desconsiderando dados de importação e exportação, a diferença entre a produção e o consumo de carne bovina tem aumentado ano a ano nos EUA. Em 2025 a expectativa é que o consumo seja 1,0 milhões de toneladas em equivalente carcaça acima da oferta proveniente do país. Em 2020 essa diferença, ainda que negativa, era de apenas 0,14 milhões de toneladas. O preço da carne bovina no atacado dos EUA em julho de 2025 foi quase 20,0% acima do valor nominal praticado no mesmo período do ano anterior. Além da alta em relação ao mesmo período do ano anterior, a carne bovina no atacado dos EUA também subiu frente ao mês anterior. O preço da carne bovina no atacado dos EUA em julho de 2025 ficou, pelo segundo mês consecutivo, acima de US$380,0 por cwt. Lembrando que a unidade de medida cwt ou hundredweight equivale a 112,0 libras ou 50,8kg.
Scot Consultoria
FRANGOS & SUÍNOS
Média mensal do frango ficou negativa em agosto
Em agosto, a semana e os negócios do mês foram encerrados no dia 29. Não fosse isso, talvez o frango abatido terminasse o período nas mesmas condições observadas no final de julho, quando seus preços (5ª semana) retroagiram ao menor valor em mais de 12 meses.
Os resultados, porém, não foram muito diferentes e comparados os preços registrados em datas, R$7,11/kg em 29 de julho; R$7,22/kg em 29 de agosto, o “ganho” foi de apenas 1,5%, índice que cai para não mais que 0,26% ao compararem-se os preços mensais em média de R$7,307/kg em julho e de R$7,325/kg em agosto. O desempenho da última semana de agosto voltou a ser inferior com redução próxima de 1% ao de um ano antes – como já havia ocorrido no final de julho e, ainda, na 4ª semana de agosto. Em consequência, pela primeira vez desde janeiro de 2024, a média mensal ficou negativa (-0,06%) em relação ao valor registrado no oitavo mês do ano passado. Como é óbvio, tais condições se refletem sobre o mercado do frango vivo produzido por criadores independentes, que permanece pouco demandado. Em São Paulo, como a oferta continua limitada, a cotação máxima, de R$5,60/kg, permaneceu inalterada e completou sete semanas de vigência. Já em Minas Gerais, onde prevalecia uma diferença a mais de R$0,15/kg, os preços perderam a sustentação e, sofrendo duas baixas consecutivas, caíram para R$5,60/kg, voltando a igualar-se aos praticados em São Paulo, fato que não ocorria desde junho passado.
Cepea/Esalq
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