Ano 11 | nº 2540 | 28 de agosto de 2025
NOTÍCIAS
Cotação do boi gordo sobe em São Paulo
A cotação do boi gordo e do boi China subiu R$2,00/@
Nesta semana, alguns fundamentos se alteraram em relação à semana passada. O primeiro é que embora a oferta de bovinos continue boa, diminuiu, com vendedores pedindo acima da referência – fato que, embora tenha efeito, era limitado com base no alongamento das escalas feito na última semana, permitiu que as indústrias tivessem um poder de barganha maior. O escoamento de carne bovina via exportação continuava excelente, em volume e em preço, entretanto, o escoamento via mercado interno poderia ser melhor. As escalas de abate estavam, em média, para nove dias. Na região Oeste do Maranhão, nos últimos dias, as escalas encurtaram e a oferta de bovinos diminuiu. Entretanto, na comparação diária, a cotação de todas as categorias se manteve a mesma, embora o preço da vaca tenha subido R$3,00/@ na segunda-feira. As escalas de abate atendiam, em média, a seis dias. Na região de Belo Horizonte e Triângulo em Minas Gerais, em Belo Horizonte, no começo da semana e até ontem, o mercado estava bem ofertado de boiadas, mas hoje o volume diminuiu um pouco. O escoamento de carne estava mediano. Nesse sentido, o preço permaneceu o mesmo para todas as categorias em relação à ontem. As escalas de abate estavam, em média, para cinco dias. No Triângulo, o mercado estava bem ofertado, o que tinha limitado altas e, nesse sentido, não havia tido alteração no preço de todas as categorias. As escalas de abate atendiam, em média, a 12 dias.
Scot Consultoria
México deve habilitar 14 novos frigoríficos para exportar carne bovina brasileira
Com a autorização, serão 50 unidades aptas a exportar ao País
O México é a nova aposta do mercado da carne bovina brasileira, segundo o ministro da Agricultura e Pecuária brasileiro, Carlos Fávaro. Após ocupar o lugar dos Estados Unidos nas compras de agosto, somando pouco mais de 10 mil toneladas adquiridas até segunda-feira, 25, o objetivo agora é ampliar o número de plantas habilitadas para exportar ao país. Caso recebam autorização, subirá para 50 o número de plantas habilitadas a exportar para o país latino-americano. Veja a lista de plantas que podem receber autorização para exportar para o México: Espírito Santo: Frisa. Rondônia: Minerva, Distriboi e JBS. Mato Grosso: Marfrig, Minerva e Agra. Minas Gerais: Minerva. Goiás: JBS e Prima. São Paulo: Meat Snack e Better Beef. Rio Grande do Sul: BRF. Mato Grosso do Sul: Iguatemi.
O Estado de São Paulo
Mesmo sob tarifaço, exportação de carne bovina pode bater novo recorde em agosto
Média diária de embarques no mês está 36% maior que a de agosto de 2024. Exportação de carne bovina cresce, mesmo com a ausência do segundo principal comprador do Brasil
As exportações de carne bovina caminham para alcançar um novo recorde em agosto, mesmo sem o fechamento de novos negócios com os Estados Unidos, que eram o segundo maior comprador do produto até o mês passado. “Até agora tivemos um acumulado de 212,93 mil toneladas, tudo indica para um novo recorde para um mês de agosto. Nossa projeção está em 265 mil toneladas de carne bovina in natura”, estimou a diretora da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel. O movimento ocorre após o anúncio de tarifas adicionais de 50% dos americanos contra produtos do Brasil, que passaram a valer neste mês e levaram as taxas da carne brasileira a 76,4%, inviabilizando novos negócios entre os dois países. O tarifaço só não se aplica às mercadorias que saíram dos portos brasileiros antes da meia-noite de 6 de agosto em direção ao mercado americano. No entanto, estas cargas ainda podem ser alvo da nova taxa caso não sejam disponibilizadas para consumo até 5 de outubro. O governo do presidente Donald Trump fez uma lista com mais de 600 produtos que foram isentos do tarifaço, mas a carne bovina ficou de fora. Apesar do cenário, o ritmo de vendas brasileiras se manteve aquecido. A média diária de embarques atingiu 13,3 mil toneladas de carne bovina in natura até a quarta semana de agosto, conforme dados preliminares do mês divulgados pelo governo federal. O desempenho representa alta de 34,6% em relação à média diária registrada em agosto do ano passado, quando 9,88 mil toneladas eram exportadas ao dia. Os preços também se mantêm elevados. De acordo com o levantamento, o preço médio está em US$ 5,6 mil por tonelada de carne, aumento de 26,3% no comparativo anual. “O dólar se desvalorizou de julho para cá, mas o preço médio em dólar avançou o suficiente para manter estável o valor em real”, ressaltou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em nota.
Globo Rural
Carne brasileira encontra mercado nas hamburguerias argentinas
Os EUA estão destruindo “80 anos de construção de regras internacionais; é lei da selva”, disse o embaixador durante evento em Buenos Aires
Em entrevista ao jornal Clarín, o embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli, disse que a carne brasileira que seria exportada para os EUA “agora encontra mercado nas hamburguerias argentinas”. “Não se trata de cortes premium, como os que a Argentina exporta, mas de carne industrial. O salto foi notável: de 1.000 toneladas em 2023 para 7.000 toneladas neste ano até agora”, afirmou Bielli, referindo-se aos embarques da proteína brasileira ao país portenho. Os Estados Unidos aplicaram uma tarifa abusiva à carne bovina brasileira de mais de 70%, inviabilizando as negociações. esta semana, o embaixador brasileiro participou de um evento no Museu Malba (no bairro de Palermo, em Buenos Aires), organizado pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços Argentino-Brasileira (CAMBRAS). Segundo reportagem do Clarín, Bitelli afirmou em sua palestra que “não se pode chamar de negociações” os métodos de Donald Trump. “O que os Estados Unidos estão fazendo é destruir 80 anos de construção de regras internacionais. Não se pode chamar de negociações o que eles fazem, é uma chantagem, a lei da selva. É o país mais protecionista do mundo e agora está interferindo nas empresas privadas”. Também presente no evento da CAMBRAS, Andrea Padilla, adida agrícola da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, resultou que o “Brasil e Argentina são parceiros estratégicos que competem em mercados globais, mas ao mesmo tempo se complementam”. No texto do Clarín, Andrea destacou os números da balança agroindustrial entre os dois países: Em 2024, o Brasil exportou produtos agroindustriais para a Argentina no valor de US$ 1,51 bilhão, enquanto a Argentina vendeu ao Brasil bens no total de US$ 4,13 bilhões. Cerca de 30% das exportações agroindustriais brasileiras foram de produtos florestais, seguidos por cacau (16%), café (10%), soja (6%) e carnes, informa ela, segundo o Clarín. “Parte da soja brasileira vem para a Argentina porque aqui está o complexo de processamento mais eficiente do mundo”, explicou. Do lado argentino, continua Andrea, 44% das exportações agroindustriais para o Brasil em 2024 corresponderam a trigo e cevada, totalizando US$ 1,82 bilhão.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar à vista encerra em queda ante o real com ajuste de posições e exterior
Divisa brasileira encerrou o pregão entre as cinco moedas com melhor desempenho do dia, das 33 mais líquidas acompanhadas pelo Valor
O dólar à vista encerrou o pregão da quarta-feira em queda leve, em um dia marcado pela ausência de gatilhos para o movimento do câmbio, o que levou a ajustes de posições, conforme a leitura de operadores. Pela manhã, a moeda americana abriu em alta, em linha com o exterior diante da atenção dos agentes financeiros com o atrito entre Donald Trump e Federal Reserve (Fed), enquanto à tarde houve uma reversão de movimento, também em conformidade com o que ocorreu no ambiente global. O real encerrou o pregão entre as cinco moedas com melhor desempenho do dia, das 33 mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou depreciação de 0,32%, cotado a R$ 5,4164, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,4145 e encostado na máxima de R$ 5,4568. Já o euro comercial teve queda de 0,37%, a R$ 6,3014. No exterior, perto das 17h20, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,02%, aos 98,209 pontos.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em alta de 1% com apoio de blue chips, mas volume decepciona
A melhora das bolsas americanas perto do fim do pregão ajudou a incrementar o avanço da principal referência acionária da bolsa local
Depois de passar por uma manhã de forte instabilidade, o Ibovespa ganhou força no começo da tarde, apoiado pela intensificação dos ganhos de blue chips e por dados do Caged. A melhora das bolsas americanas também ajudou a incrementar o avanço da principal referência acionária da bolsa local. Após encostar nos 137.456 pontos, na mínima da sessão, o índice encerrou em alta forte de 1,04%, aos 139.206 pontos, perto da máxima intradiária de 139.281 pontos. A forte movimentação ocorreu em um dia em que o volume financeiro do Ibovespa foi de apenas R$ 11,7 bilhões e de R$ 16,9 bilhões na B3.
Valor Econômico
Brasil abre 129.775 vagas formais de trabalho em julho
O Brasil abriu 129.775 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em resultado abaixo do esperado divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado foi fruto de 2.251.440 admissões e 2.121.665 desligamentos e ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 135.577 vagas. O saldo de julho foi o mais baixo desde março, que teve abertura de 79.521 vagas, e o resultado mais fraco para o mês desde 2020, início da pandemia de Covid-19, com saldo positivo de 108.476 postos. No mesmo mês em 2024, foram criadas 191.373 vagas de trabalho. Já no acumulado do ano, o saldo positivo é de 1.347.807 postos, o menor número desde 2023, que registrou abertura de 1.173.720 vagas. Os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos de vagas em julho. O setor de serviços liderou a abertura, com 50.159 postos, seguido pelo comércio, com 27.325 vagas. Em último lugar, depois dos setores industrial e de construção, ficou o setor agropecuário, com abertura de 8.795 vagas. Os dados dos grupamentos não têm ajustes, com informações prestadas pelas empresas fora do prazo. Questionado, na coletiva de imprensa para a divulgação dos dados, sobre o efeito no mercado de trabalho das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, citou estimativa de impacto direto e indireto sobre 320.000 vagas de emprego, sem detalhar. “Temos um impacto de, no máximo, na ordem de 320.000, 330.000 (vagas) direto e indireto, 121.000 direto e 210.000…no ano”, disse, citando um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. “Se tudo der errado, vai dar esse impacto…não vai dar tudo errado”, acrescentou.
Reuters
Dívida pública federal sobe 0,71% em julho, a R$7,939 trilhões, diz Tesouro
A dívida pública federal subiu 0,71% em julho ante junho, para R$7,939 trilhões, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira.
No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$7,631 trilhões, um crescimento de 0,66%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$308,1 bilhões, avanço de 1,96%. Contribuiu para a elevação da dívida pública no mês passado a incorporação de juros no valor de R$89,6 bilhões, em meio a emissões líquidas negativas de R$33,8 bilhões. De acordo com os dados do Tesouro, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve um aumento no mês passado, indo de 11,41% ao ano em junho para 11,63%. O custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna, por sua vez, subiu de 13,52% para 13,68% ao ano. Em relação ao perfil de vencimentos da dívida pública, o Tesouro informou que o prazo médio do estoque passou de 4,14 anos para 4,16 anos em julho. A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$1,030 trilhão em junho para R$988 bilhões em julho. O valor é suficiente para quitar 7,75 meses de vencimentos de títulos, contra 8,44 registrados um mês antes.
Reuters
Convergência da inflação à meta está ocorrendo de maneira lenta, diz Galípolo
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse na quarta-feira que a convergência da inflação à meta de 3% está ocorrendo de maneira lenta, com projeções da autoridade monetária e do mercado para os preços nos próximos anos ainda fora do alvo.
Em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, Galípolo afirmou que esse cenário tem demandado do BC uma política monetária mais restritiva, ressaltando que a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, deve permanecer por período prolongado nesse patamar. “A gente está num cenário de ter descumprido a meta… e com expectativas e projeções do Banco Central e do mercado que ainda (mostram que) essa convergência está se dando de uma maneira lenta para a meta de inflação”, disse. Galípolo enfatizou que o alvo perseguido pelo BC é o centro da meta de 3%, ressaltando que a banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos tem o objetivo de amortecer efeitos de eventuais surpresas. Agentes de mercado têm melhorado gradualmente as expectativas para a inflação, mas ainda esperam que o índice de preços fique acima da meta neste e nos próximos anos, prevendo altas de 4,86% em 2025, 4,33% em 2026 e 3,97% em 2027, segundo o mais recente boletim Focus. O BC, por sua vez, projetou em julho que a inflação ficará em 4,9% neste ano e 3,6% em 2026. No evento, Galípolo disse que o mercado de trabalho no Brasil segue forte, mesmo diante dos juros elevados, e a economia está resiliente. O presidente do BC afirmou que a inflação começou a dar alguns sinais positivos com ajuda da valorização do real frente ao dólar, mas ponderou que a autarquia observa o cenário com parcimônia e não pode se emocionar com um dado pontual.
Reuters
Confiança da indústria do Brasil cai em agosto para menor nível desde outubro de 2023, diz FGV
A confiança da indústria do Brasil caiu em agosto para o menor patamar desde outubro de 2023 e registrou a maior queda mensal desde a pandemia de Covid-19, disse a Fundação Getulio Vargas na quarta-feira.
O Índice de Confiança da Indústria caiu 4,4 pontos em agosto sobre o mês anterior, para 90,4 pontos, de acordo com a FGV, puxado tanto por uma queda na avaliação sobre a situação atual quanto nas expectativas para o futuro. “A combinação entre a contração da política monetária e o aumento da incerteza, intensificada pelas novas taxações sobre produtos brasileiros, configura um cenário desafiador para o setor”, disse o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini. “A queda da confiança da indústria em agosto reforça a tendência de insegurança entre os empresários”, completou. De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,9 pontos, para 93,4 pontos, evidenciando a preocupação de alguns setores com o acúmulo de estoques, segundo Pacini. Já o Índice de Expectativas (IE) teve queda de 4,9 pontos, para 87,6 pontos, com pessimismo do setor em todas as categorias de uso, principalmente em relação às perspectivas para um horizonte de tempo maior, de seis meses, disse ele. “O resultado da sondagem está em linha com a complexidade da macroeconomia para o setor industrial no segundo semestre. Um cenário de contração da política monetária e de aumento da incerteza, em virtude das questões externas envolvendo Brasil e EUA, pode intensificar a desaceleração que já era esperada para o setor”, disse Pacini. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifa comercial de 50% sobre uma série de importações brasileiras ao país. Na cena local, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve no final de julho a taxa básica de juros Selic em 15% ao ano, alertando que antecipa uma manutenção da taxa por período bastante prolongado, também pregando cautela diante de incertezas geradas pela tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros.
Reuters
MEIO AMBIENTE
Emissões de metano do Brasil bateram recorde em 2023, aponta estudo
Pecuária foi responsável por 14,5 milhões de toneladas das 21,1 milhões de toneladas emitidas no período. Melhoramento da dieta animal e aumento do abate precoce de bovinos são propostas para reduzir as emissões de metano da pecuária
As emissões brasileiras de metano alcançaram 21,1 milhões de toneladas em 2023, segundo maior nível da série histórica, de acordo com levantamento divulgado hoje pelo Observatório do Clima com base em dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Desse total, 14,5 milhões de toneladas são atribuídos à atividade pecuária, um recorde para o setor. “Não é um aumento pequeno. O metano é um gás de efeito estufa que pode aquecer o planeta muito mais do que o gás carbônico (CO2). Suas moléculas, embora tenham vida útil mais curta na atmosfera (entre 10 e 20 anos), têm potencial de aquecimento global 28 vezes maior que o do CO2 num período de cem anos”, detalha a organização em nota. O intuito do levantamento é contribuir para as metas de descarbonização apresentadas pelo Brasil em 2021 durante COP26 em Glasgow, quando o país se comprometeu a reduzir em 30% suas emissões globais de metano até 2030. Atualmente, o Brasil é o quinto maior emissor de metano do mundo, atrás de e China, Estados Unidos, Índia e Rússia. Dentre os compromissos propostos pela organização para que o Brasil alcance sua meta, estão o melhoramento da dieta animal pelo melhor manejo das pastagens, melhoramento genético animal, o aumento do abate precoce de bovinos para corte totalizando 85% dos abates nacionais com até 30 meses em 2035 e o uso de aditivos alimentares por até 45% do rebanho nacional. “Para liderar a ambição climática mundial, o Brasil precisa focar em soluções de regeneração florestal, recuperação de solo e adoção de energias renováveis. Ao mesmo tempo, terá de reduzir as emissões de metano, lidando com a magnitude da atividade pecuária, a precariedade da gestão de resíduos sólidos e a pobreza energética”, afirma, em nota, o coordenador do SEEG, David Tsai.
Globo Rural
GOVERNO
Brasil e México vão ampliar cooperação agropecuária
Governo mexicano se comprometeu em adotar protocolo de regionalização em caso de surtos de doenças em granjas brasileiras. Acordo envolve interesses comuns na produção agrícola e pecuária dos dois países.
O Brasil e o México estabelecem um marco legal para cooperação agropecuária entre os dois países. A assinatura do Memorando de Entendimento aconteceu nesta quarta-feira, 27, após reunião entre o ministro da Agricultura e Pecuária brasileiro, Carlos Fávaro, com o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural mexicano (Sader), Júlio Antônio Berdegué Sacristán. Segundo o Mapa, o acordo trata de interesses de áreas mútuas entre os países na produção agrícola e pecuária, acompanhamento técnico de pequenos e médios produtores, soberania alimentar, sanidade animal e vegetal. Além disso, visa ainda a promoção de pesquisa e inovação tecnológica, financiamento e seguro rural, além de instrumentos que facilitem a comercialização de produtos agrícolas. De acordo com o memorando, Brasil e México realizarão intercâmbio de informações, tecnologias e boas práticas, assim como visitas técnicas e atividades estratégicas de facilitação do comércio bilateral. Para isso, será criado um grupo de trabalho com representantes das áreas técnicas de ambos os países que irá identificar as áreas de interesse comum, planejar, implementar e atualizar o plano de trabalho. No encontro, Fávaro destacou a importância da relação com o México e o comprometimento do Brasil com a rastreabilidade bovina. Segundo ele, a abertura do mercado de carne bovina e suína no México, em 2023, vem trazendo resultados muito positivos para ambos os países. Neste mês, os mexicanos ultrapassaram os Estados Unidos e se tornaram o segundo principal destino do produto brasileiro. O ministro da Agricultura afirmou que, após o período de consolidação dessa abertura, empresas privadas do Brasil começaram a efetivar negócios, resultando em um crescimento de aproximadamente 250% nas exportações de carne bovina em apenas 2 anos e 8 meses. “No mesmo período, as vendas de carne suína aumentaram 95% e as de frango, 14%. Esses avanços são benéficos não apenas para o Brasil, mas também para o México, que, em seu programa de combate à inflação dos alimentos, encontra a oportunidade de adquirir carnes de alta qualidade”, detalhou. Já o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Júlio Berdegué, reafirmou o compromisso do país em adotar, no prazo de até dez dias após a ocorrência de eventuais casos de infecção em plantel aviário, — como a gripe aviária — um protocolo de regionalização que assegure a continuidade das exportações brasileiras. Além do avanço nesse entendimento sobre o comércio de frango, também progrediram as negociações para a entrada do pêssego mexicano no mercado brasileiro e para a ampliação das vendas de atum do Brasil ao México.
O Estado de São Paulo
FRANGOS & SUÍNOS
China fecha 1º semestre de 2025 registrando recordes históricos na produção de carnes
O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China divulgou dia 26 dados sobre a produção chinesa de proteína animal no segundo trimestre de 2025. O Ministério ressaltou que o volume produzido no decorrer dos seis primeiros meses do ano alcançou recorde histórico.
O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela produção das carnes de frango e bovina, cujos volumes atingiram 12,7 milhões de toneladas e 3,42 milhões de toneladas, respectivamente. A produção de carne suína também retomou o crescimento, ajudando a aumentar a oferta geral no país, enquanto a produção de carne ovina diminuiu. A avicultura foi responsável por mais de 60% do crescimento da produção chinesa no período, com a carne suína representando 30% e a bovina, 10%. O excesso de oferta e a queda dos preços estão pressionando o setor produtivo.
UK Agro Consult
Peso médio do frango aumentou mais de 23%
Dados do IBGE acerca do abate de frangos em estabelecimentos sob inspeção federal, estadual ou municipal mostram que o número médio de cabeças abatidas no 2º trimestre de 2025, de pouco mais de 546 milhões/mês, foi perto de 2,5 vezes maior que o registrado nos primeiros meses dos anos 2000, ocasião em que os abates não foram muito além dos 215 milhões de cabeças/mês.
O aumento foi próximo de 155%. Já a carne de frango decorrente desses abates aumentou mais de três vezes, passando de 370 mil toneladas mensais para cerca de 1.140 toneladas mensais em junho passado. Aumento superior a 200%. O que fez a diferença é a combinação de melhoramento genético, nutrição, controle sanitário e manejo e incluso o bem-estar ambiental. Graças a isso, o frango que, criado e abatido no começo dos anos 2000, pesava menos de 1,750 kg, em 2025 vem sendo abatido com até 2,140 kg, aumento próximo de 23%.
IBGE
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