CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2537 DE 25 DE AGOSTO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2537 | 25 de agosto de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo fechou a semana com alta nas cotações

Após sete dias úteis de estabilidade nas cotações em São Paulo, o mercado iniciou o dia com alta para o boi gordo e para a vaca gorda.

Após sete dias úteis de estabilidade nas cotações em São Paulo, o mercado iniciou o dia com alta para o boi gordo e para a vaca gorda. O cenário seguiu dividido em dois movimentos distintos. De um lado, as indústrias frigoríficas que não conseguiram alongar suas escalas sentiram a retração dos pecuaristas, que reduziram as ofertas de bovinos terminados na expectativa de negociar em patamares mais elevados. De outro, os frigoríficos que já garantiram escalas mais confortáveis optaram por se retirar das compras ou mantiveram firmeza nos preços ofertados. Dessa forma, a arroba do boi gordo subiu R$2,00 e a da vaca, R$3,00. Para as demais categorias, a cotação ficou estável em relação ao dia anterior. No Tocantins, o quadro é de estabilidade para todas as categorias na região Sul, que completou uma semana sem alterações nas cotações. Na região Norte, a menor oferta de novilhas elevou as pedidas de compra em R$5,00/@, enquanto os preços das demais categorias permaneceram inalterados. Em Santa Catarina, não houve mudança na cotação na comparação diária, completando sete dias úteis de estabilidade no preço da arroba do boi gordo e três dias úteis das fêmeas. No Rio de Janeiro, a cotação da arroba está inalterada na comparação diária para todas as categorias

Scot Consultoria

Preço do boi gordo encerra a semana com alta no Estado de São Paulo

Na maior parte do país, cotações seguiram estáveis na sexta-feira. Animais que entraram em confinamento no mês de julho, com perspectiva de venda em outubro e/ou novembro, podem ter rentabilidade ao redor de 10%

Após sete dias úteis de estabilidade nas cotações do boi gordo no Estado de São Paulo, o mercado registrou alta nos preços aos pecuaristas, segundo a Scot Consultoria. Na sexta-feira (22/8), a arroba do boi godo subiu R$ 2, para R$ 310 no pagamento a prazo nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), que são referência para os negócios de bovinos. A cotação da vaca aumentou R$ 3, para R$ 285 a arroba. As demais categorias permaneceram estáveis. Além das duas praças paulistas, o preço do boi gordo registrou alta apenas no sudeste de Rondônia. Em todas as demais 29 regiões monitoradas pela Scot, as cotações permaneceram estáveis. Em São Paulo, segundo a consultoria, o cenário seguiu dividido em dois movimentos distintos. De um lado, as indústrias frigoríficas não conseguiram alongar suas escalas e sentiram a retração dos pecuaristas, que reduziram as ofertas de bovinos terminados na expectativa de negociar em patamares mais elevados. De outro, as indústrias que já garantiram escalas mais confortáveis optaram por se retirar das compras ou mantiveram firmeza nos preços ofertados. A consultoria Agrifatto destaca que, no varejo, a demanda por carne bovina segue sem alterações, com ritmo lento e pouca sustentação nos preços. No mercado físico, a combinação de oferta restrita e demanda externa aquecida sustenta os preços, mantendo a perspectiva favorável ao produtor no curto prazo. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que animais que entraram em confinamento no mês de julho, com perspectiva de venda em outubro e/ou novembro, podem ter rentabilidade ao redor de 10% em Estados como Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Em Mato Grosso, que concentra o maior rebanho tanto em pasto quanto confinado, a rentabilidade pode se aproximar dos 15%, e esse nível já tem realimentado o crescimento consistente da pecuária no Estado, afirma o Cepea. Já no Rio Grande do Sul, as raças europeias sinalizam retorno superior a 25%. Essas rentabilidades médias são estimadas pelo Cepea em parceria com a DSM-Tortuga, e os resultados dos confinamentos com entrada em julho e saída em outubro/novembro são os melhores deste ano.

Globo Rural

Boi/Cepea: Produção de carne bovina não acompanha avanço das exportações

Recentes dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram, mais uma vez, que a produção de carne bovina não tem acompanhado o avanço das exportações.

No primeiro semestre deste ano, o volume de carne bovina exportado (in natura e processada) superou em 164,1 mil toneladas os embarques do mesmo período de 2024, ao passo que a produção formal foi ampliada em apenas 122 mil toneladas. Pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, indicam que, como resultado da menor disponibilidade interna, os preços do boi e da carne se moveram para um novo patamar do ano passado para cá.

Cepea

ECONOMIA

Dólar recua quase 1% após Powell sinalizar possível corte de juros em setembro

O dólar à vista recuou quase 1% ante o real na sexta-feira, na esteira das fortes perdas da moeda norte-americana no exterior, conforme os investidores reagiram positivamente ao discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,99%, a R$5,4227. Na semana a moeda acumulou alta de 0,43%. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,89%, a R$5,436 na venda. Em falas mais cedo para o evento anual promovido pelo Fed, Powell disse observar riscos crescentes para o mercado de trabalho dos EUA, acrescentando que a perspectiva básica do banco central norte-americano é afrouxar sua política monetária, diante do patamar restritivo em que se encontra. “Embora o mercado de trabalho pareça estar em equilíbrio, trata-se de um equilíbrio curioso, resultante de uma desaceleração acentuada tanto na oferta quanto na demanda por trabalhadores. Essa situação incomum sugere que os riscos de queda no emprego estão aumentando”, disse Powell. No entanto, ele não sinalizou quando ou em qual velocidade a taxa de juros poderá ser cortada, ressaltando também a importância de se ter cautela conforme as autoridades aguardam por mais dados econômicos antes da próxima reunião do Fed, em 16 e 17 de setembro. As falas de Powell foram suficientes para os agentes financeiros reforçarem apostas de que o banco central dos EUA poderá retomar os cortes de juros a partir de setembro. No momento, operadores precificam 80% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa, segundo dados da LSEG, ante 65% de probabilidade antes do discurso. Um segundo corte de mesma magnitude está totalmente precificado até dezembro. Por outro lado, a maior economia do mundo ainda enfrenta um cenário incerto devido à imposição de tarifas elevadas pelo presidente Donald Trump, o que foi mencionado por Powell, sinalizando que as autoridades continuam preocupadas com um impacto altista sobre a inflação. O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,88%, a 97,740. O dólar ainda acumulou um ganho semanal no mercado brasileiro, onde os agentes financeiros seguem preocupados com o impasse comercial entre Brasil e EUA, após a imposição por Washington de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A percepção entre investidores é de agravamento das relações bilaterais desde uma decisão judicial do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, na prática, impede que o ministro Alexandre de Moraes sofra as consequências de sanções econômicas impostas pelos EUA. Após a decisão emitida na segunda-feira, o mercado doméstico passou a ver mais dificuldades para as negociações e ainda teme que uma resposta norte-americana possa impactar as operações de bancos nacionais.

Reuters

Ibovespa sobe mais de 2% com efeito Powell nos mercados

O Ibovespa fechou com forte alta na sexta-feira, tocando os 138 mil pontos no melhor momento e com quase todas as ações no azul, diante de apostas maiores de corte na taxa de juros norte-americana após discurso mais cedo do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,41%, a 137.751,73 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 134.511,49 pontos na mínima e 138.071,55 pontos na máxima do dia. Na semana, acumulou ganho de 1,03%. O volume financeiro somava R$20,85 bilhões antes dos ajustes finais do pregão.

Reuters

Crédito contra tarifaço prioriza empresas com exportações aos EUA que representem mais de 5% do faturamento

O governo federal apresentou na sexta-feira o detalhamento e critérios de acesso aos R$30 bilhões em crédito incentivado anunciados para apoiar empresas afetadas pela tarifa dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, prevendo ainda R$10 bilhões complementares em financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O plano terá linhas para capital de giro, gastos operacionais, máquinas e equipamentos, diversificação de mercados e inovação tecnológica, com uma priorização a companhias que tenham no mínimo 5% do faturamento ligado a exportações de produtos que foram tarifados pelos EUA. Em entrevista coletiva de imprensa para detalhar as medidas, autoridades do governo afirmaram ainda não ser possível estimar o volume de subsídio implícito das linhas de crédito, que cobrarão dos tomadores juros abaixo da taxa Selic. “Para além do subsídio implícito, o prejuízo explícito seria muito maior se nós não tivéssemos uma resposta como esta”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Dias após a gestão do presidente Donald Trump implementar a tarifa de importação de 50% sobre uma série de produtos brasileiros, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na semana passada o plano de apoio a setores afetados pela taxação, incluindo as linhas de crédito. Para Mercadante, o impacto fiscal previsto para o plano, estimado em R$4,5 bilhões para garantias de crédito e R$5 bilhões para incentivo tributário a exportadores, será compensado porque as empresas apoiadas vão gerar mais atividade, mais vendas e, portanto, mais impostos. De acordo com o governo, a linha para capital de giro terá taxa de juros fixa de 0,66% ao mês para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), e de 0,82% ao mês para companhias grandes. No caso da linha para diversificação de mercados, a taxa será de 0,66% ao mês para todos os portes. Ambas terão prazo de até cinco anos, incluindo carência de até um ano, com valores máximos de R$35 milhões para MPMEs e R$200 milhões para grandes, somadas as duas linhas. O juro será de 0,58% ao mês nas linhas para aquisição de máquinas e equipamentos e para investimentos em inovação tecnológica, adaptação da atividade produtiva e adensamento de cadeia, com valor máximo de R$150 milhões por empresa. Nesses casos, o prazo será de até cinco anos para bens de capital e de até 10 anos para investimentos em inovação. O presidente do BNDES afirmou que os R$10 bilhões adicionais disponibilizados pelo banco de fomento terão juros similares aos praticados em mercado. As linhas serão voltadas a gastos operacionais gerais e diversificação de mercados das empresas atingidas pelo tarifaço. De acordo com Mercadante, após período de análise para enquadramento das empresas que terão direito a acessar as linhas incentivadas, as primeiras operações devem ser liberadas a partir de 15 de setembro. Para a efetiva liberação das linhas de crédito com garantia, o Congresso Nacional ainda precisará aprovar um projeto de lei complementar proposto pelo governo para que sejam autorizados e excluídos de regras fiscais os gastos com o plano de apoio, incluindo o aporte de R$4,5 bilhões aos fundos garantidores. O plano do governo prevê que empresas beneficiadas com as linhas subsidiadas precisarão comprovar a manutenção do número de empregados. Caso contrário, perderão o incentivo e passarão a pagar juros equivalentes à taxa Selic.

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Brasil tem melhor 1º semestre em produção de carne suína

Produção de carne suína soma 2,72 milhões de toneladas no 1º semestre

O Brasil registrou no primeiro semestre de 2025 o maior volume de produção de carne suína já apurado para o período desde o início da série histórica, em 1997. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado na quinta-feira (21) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), foram produzidas 2,72 milhões de toneladas. O resultado só fica atrás do recorde obtido no segundo semestre de 2024, quando a produção alcançou 2,73 milhões de toneladas. “O desempenho do setor confirma a consolidação da atividade e mantém o ritmo de expansão dos últimos anos”, apontaram os analistas do Deral. A produção foi resultado do abate de 29,2 milhões de animais, o segundo maior volume da série. Em relação ao mesmo período de 2024, houve aumento de 1,6%, equivalente a 471 mil suínos. Na comparação com o segundo semestre de 2024, recorde atual, ocorreu retração de 0,9%, o que representa 267 mil animais a menos. Do total produzido, aproximadamente 699,6 mil toneladas foram destinadas ao mercado externo, segundo dados do Agrostat/Mapa, o que corresponde a 26% da produção nacional. O percentual superou o registrado no mesmo período de 2024, quando 22% da carne suína produzida foi exportada. Para o segundo semestre de 2025, a expectativa é de novo recorde. “Historicamente, os resultados do segundo semestre superam os do primeiro, e a tendência observada nos últimos cinco e dez anos reforça a projeção de superação do atual recorde”, afirmaram os técnicos do Deral.

Agrolink

Cotações do suíno voltam a subir em agosto

O IBGE publicou no dia 13 de agosto, dados preliminares de abate do segundo trimestre de 2025 que confirmam uma retomada tímida do crescimento da produção de suínos no Brasil.

As três proteínas (frango, boi e suíno) cresceram no 2º trimestre de 2025, tanto na comparação com o 2º trimestre de 2024 quanto com o 1º trimestre de 2025. O abate de suínos somou 14,87 milhões de cabeças no 2° trimestre de 2025, aumento de 1,64% (+240.527 cabeças) em relação ao 2º trimestre de 2024 e de 3,78% na comparação com o 1° trimestre de 2025. As carcaças totalizaram 1,40 milhão de toneladas, alta de 4,72% (+63.134) em relação ao 2º trimestre de 2024 e de 6,10% em comparação ao 1º trimestre de 2025. Chama a atenção, que nos meses de maio e junho/25 o peso médio das carcaças aumentou significativamente, atingindo 95 kg em junho. Este é um indicativo de retenção nas granjas, o que se confirmou com a queda dos preços do suíno vivo no período, se estendendo até julho. Não há como negar que esta queda das cotações teve influência, ainda que parcial, dos problemas enfrentados pelas cadeias de frango e de bovinos. Por outro lado, o anúncio da sobretaxa de 50% de Trump sobre as importações do Brasil provocou grande apreensão junto a cadeia de bovinocultura de corte no Brasil. Isso por que os EUA chegaram a representar ao redor de 12% dos embarques de carne bovina brasileira, ou 3% da nossa produção. Porém, as compras estadunidenses já vinham diminuindo antes mesmo deste anúncio e, em julho/25, o Brasil bateu recorde de exportação de carne bovina, com quase 280 mil toneladas embarcadas, sendo somente 12,6 mil (4,57% do total) para os EUA. As exportações de carne suína, em julho, pela primeira vez no ano, recuaram em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, no acumulado do ano, o crescimento das exportações continua bastante expressivo (mais de 14%) e, dados parciais de agosto, apurados até dia 15, com volume diário médio próximo a 6 mil toneladas de carne suína in natura embarcada, indicam retomada de volumes superiores aos de 2024, demonstrando que o recuo dos embarques em julho foi pontual. Todo este contexto de redução das exportações de frango, especulações sobre o impacto das tarifas estadunidenses sobre a carne bovina, recuo pontual das exportações de carne suína e esfriamento da demanda doméstica durante as férias escolares, determinaram recuo significativo das cotações do suíno em julho, tanto no animal vivo, quanto nas carcaças, porém, agosto apresenta uma subida consistente das cotações, com tendência de alta para as próximas semanas, indicando que o ajuste de oferta e procura da carne suína está menos afetado pelas turbulências recentes do frango e do bovino.

Cepea

Frango/Cepea: Segunda quinzena volta a pressionar cotações

Após duas semanas em alta, os preços da carne de frango voltaram a cair no mercado brasileiro, apontam levantamentos do Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio sobretudo do típico enfraquecimento da demanda na segunda quinzena do mês. Diante da retração no consumo, pesquisadores explicam que muitos atacadistas passaram a realizar reajustes negativos nos valores de venda da proteína, no intuito de evitar acúmulo de estoques. A menor liquidez e as baixas de preços foram verificadas na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Cepea

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

POWERED BY NORBERTO STAVISKI EDITORA LTDA

041 3289 7122

041 996978868

 

 

abrafrigo

Leave Comment