Ano 11 | nº 2536 | 22 de agosto de 2025
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo: cotação estável para todas as categorias em São Paulo
O escoamento da carne bovina perdeu a força. Parte dos frigoríficos reduziu o ritmo das compras, pois estavam com as escalas de abate mais alongadas. Por outro lado, a exportação esteve com bom desempenho. Desta forma, a cotação da arroba não mudou em relação ao dia anterior
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, parte dos frigoríficos de São Paulo reduziu o ritmo das compras de boiadas gordas, pois estão com as escalas de abate mais alongadas. Porém, o setor de exportação de carne bovina in natura segue em ritmo forte, o que reflete em preços firmes no mercado físico do boi gordo. Desta maneira a cotação da arroba não mudou na quinta-feira (21/8), ou seja, o boi paulista direcionado ao mercado interno se mantém em R$ 308/@, a vaca em R$ 282/@, a novilha em R$ 302/@ e o “boi-China” em R$ 315/@ (preços brutos, no prazo). As escalas de abate estavam, em média, para 10 dias. No Mato Grosso, o cenário foi de estabilidade na maior parte das regiões e mais ofertado. A cotação do boi gordo não mudou, com exceção na região de Cuiabá, onde subiu. Para as fêmeas, o quadro também foi de estabilidade, exceto na região Norte, onde a cotação da novilha e a da vaca subiu. Na região Norte, a cotação do boi gordo não mudou. A cotação da vaca e a da novilha subiu R$3,00/@. Na região Sudoeste, a cotação se manteve estável para todas as categorias. Na região de Cuiabá, a cotação do boi gordo subiu R$1,00/@ e a da vaca R$2,00/@. Na região Sudeste, a cotação não mudou na comparação feita dia a dia. A cotação do “boi China” não se alterou. Na região Sudeste de Rondônia não houve mudança na cotação na comparação diária. As escalas de abate atenderam, em média, a oito dias.
Scot Consultoria
Brasil abre mercado de carne bovina para São Vicente e Granadinas
No ano passado, Brasil acumulou US$ 288 milhões exportados em produtos agropecuários para países da comunidade caribenha
Os Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE) anunciaram, na quinta-feira, 21, o fim da negociação sanitária e a abertura de mercado para carne bovina, produtos cárneos e miúdos bovinos para São Vicente e Granadinas, na região do Caribe. Segundo nota oficial, a abertura faz parte da estratégia do governo brasileiro de diversificação de parcerias comerciais. Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 403 aberturas de mercado desde o início de 2023. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 288 milhões em produtos agropecuários para países da Comunidade do Caribe (Caricom), da qual São Vicente e Granadinas é membro. Nesta semana, o governo também anunciou o início das exportações da proteína para a Indonésia, o quarto país mais populoso do mundo, com cerca de 283 milhões de habitantes. “O consumo de carne bovina no país asiático vem crescendo nos últimos anos, impulsionado pelo aumento da renda da população e pela expansão da classe média urbana”, disse o governo federal em nota.
Estadão/Agro
CEPEA: Menor liquidez pressiona carne; arroba segue praticamente estável
A menor liquidez típica de segunda quinzena vem pressionando as cotações da carne bovina no mercado doméstico, apontam levantamentos do Cepea.
Os negócios de animais para abate, por sua vez, se mantêm predominantemente estáveis, com algumas novas altas, na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Quanto às exportações brasileiras de carne bovina, na primeira metade de agosto, as vendas seguiram firmes, mesmo com a barreira tarifária imposta pelos Estados Unidos. A média diária de embarques de carne in natura foi de 12,3 mil toneladas, aumento de quase 25% sobre a média de agosto do ano passado e 2,5% acima da de julho, mês de exportação recorde. Caso sigam nesse ritmo, os embarques de agosto devem renovar a máxima histórica, conforme avaliam pesquisadores do Cepea.
Cepea
ECONOMIA
Dólar fecha perto da estabilidade com diferencial de juros compensando pressões
O dólar à vista fechou perto da estabilidade ante o real nesta quinta-feira, com a moeda brasileira registrando um desempenho melhor que a maioria de seus pares, conforme o diferencial de juros ainda grande entre Brasil e Estados Unidos contribuiu para proteger a divisa das pressões domésticas e externas.
O dólar à vista fechou em alta de 0,08%, a R$5,4771. Às 17h11, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,05%, a R$5,493 na venda. Os movimentos da moeda brasileira variaram em uma faixa estreita na sessão, enquanto globalmente o dólar avançava sobre divisas fortes e emergentes na esteira de reajustes na perspectiva para a política monetária do Federal Reserve. Um dia antes de aguardado discurso do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole, promovido pelo banco central dos EUA, os mercados foram surpreendidos com uma pesquisa PMI, da S&P Global, que mostrou que o setor industrial do país retomou o crescimento em agosto. Com isso, operadores reduziram a 70% a chance de o Fed retomar os cortes na taxa de juros a partir de setembro, segundo dados da LSEG, ante uma probabilidade de 84% no dia anterior. A mudança impulsionou o dólar, que se beneficia de um patamar mais alto para os custos dos empréstimos. “O cenário da economia norte-americana é bastante complexo e incerto, tem dúvidas importantes, porque a gente ainda não entende muito bem quais são as mudanças que estão acontecendo na economia”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. No Brasil, a pressão externa do dólar era controlada pelo elevado diferencial de juros entre o país e os EUA, o que favorece o uso da divisa brasileira em estratégias de “carry trade” de investidores estrangeiros. Enquanto o Fed parece a caminho de cortar os juros, o Banco Central tem indicado que a taxa Selic, agora em 15%, permanecerá elevada por tempo bastante prolongado. “Mercado vem colocando prêmio de risco no Brasil de forma geral, mas o câmbio não vem sofrendo tanto. Subiu pouco para todos os riscos no radar. O custo de apostar contra é muito alto por conta do diferencial de juros”, afirmou Marcelo Bacelar, gestor de portfólio da Azimut Brasil Wealth Management. Esse cenário permitiu ainda uma proteção do real diante de outro risco local: a percepção de agravamento no impasse comercial entre Brasil e EUA. Os agentes também veem menos espaço para o Brasil negociar a tarifa de 50% imposta pelos EUA. A decisão de Dino indicou, na prática, que o ministro Alexandre de Moraes não poderá sofrer as consequências das sanções econômicas impostas por Washington a ele.
Reuters
Ibovespa fecha quase estável e com volume baixo, tendo Vale como contrapeso a incertezas locais
O Ibovespa fechou quase estável na quinta-feira, em mais um pregão de volume reduzido, com Vale oferecendo um contrapeso positivo, diante de investidores melindrados com incertezas domésticas e cautela antes de discurso do chair do Federal Reserve na sexta-feira.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,02%, a 134.689,54 pontos, segundo dados preliminares, após marcar 133.874,43 pontos na mínima e 134.836,72 pontos na máxima. O volume financeiro somava apenas R$13,56 bilhões antes dos ajustes finais.
Reuters
GOVERNO
BNDES tem ganho de quase R$ 1 bilhão com JBS no 2º trimestre de 2025
Do total, R$ 267 milhões foram com a venda de papéis da companhia e R$ 634 milhões com a dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou na quinta-feira (21) ter obtido R$ 901 milhões em operações envolvendo ações da JBS no 2º trimestre de 2025. Do total, R$ 267 milhões foram com a venda de papéis da companhia e R$ 634 milhões com a dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos. O BNDES registrou lucro líquido de R$ 13,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, valor estável em relação ao reportado no mesmo período do ano anterior. De acordo com a instituição, os principais efeitos não recorrentes sobre o resultado foram as receitas de dividendos e juros sobre o capital próprio de R$ 3,4 bilhões de e JBS, além de R$ 900 milhões decorrentes das alienações de ações e da dupla listagem da JBS. O presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, destacou que o banco traçou uma estratégia importante sobre a participação na empresa do setor de alimentos: “Na dupla listagem, pactuamos um preço de referência das ações. Se a empresa atingisse esse pico, ela não deveria nada ao BNDES. Se não atingisse o valor no prazo que foi estabelecido, nós não votaríamos na assembleia.” Além disso, o BNDES reduziu a participação da subsidiária BNDESPar na posição acionária na JBS de 20,81% para 18,18%. A operação ocorreu entre 23 de abril e 21 de maio, envolvendo 58,3 milhões de papéis, e representou o primeiro grande movimento de venda de ações da atual gestão do banco. Mercadante lembrou que a venda da carteira faz parte de uma estratégia do BNDES de retomar as operações em equity (participação acionária) por meio compra de ações e participação em fundos com critérios específicos. “Vamos voltar a fazer equity com critérios muito transparentes para qualquer empresa com foco em descarbonização e inovação”, afirmou. Em julho, o banco de fomento informou ter aprovado um investimento de R$ 114 milhões ao Grupo Santa Clara, sediado em Ribeirão Preto (SP), a partir da subscrição primária de ações ordinárias da companhia de bioinsumos. Na semana passada, a BNDESPar anunciou um aporte de R$ 403,5 milhões na Eve Air Mobility e se tornou sócia da empresa, com cerca de 4% de participação. O banco não informou se vai ampliar a alienação de participações da JBS ou de outras companhias investidas. “A gente não fala sobre o que o BNDES vai fazer em companhias abertas”, disse o diretor financeiro e de crédito digital para MPMEs, Alexandre Abreu. A carteira de participações societárias do banco de fomento totalizou R$ 80,3 bilhões, queda de 2,1% em relação à posição de dezembro de 2024. O resultado foi influenciado pela desvalorização de investimentos em empresas não coligadas e alienações de ações, informou a instituição. As principais empresas investidas em termos de carteira total continuam sendo Petrobras, JBS, Eletrobras e Copel.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
Em busca do mercado externo, Austrália continua lotando os currais de confinamento
O número de bovinos engordados em confinamentos atingiu níveis recordes no país da Oceania
O número de bovinos engordados em confinamentos na Austrália atingiu níveis recordes, chegando a 1,6 milhão de cabeças, segundo pesquisa trimestral divulgada na quinta-feira (21/8) e detalhada em reportagem divulgada no portal beefcentral.com. Os resultados do último trimestre (abril-junho) apontaram 1,579 milhão de cabeças em engorda intensiva, enquanto a capacidade do confinamento também atingiu patamares máximos – 1,706 milhão de cabeças. A utilização dos confinamentos também avançou no último trimestre, com os currais operando a 92,55% da capacidade, taxa superior aos 90% do trimestre anterior e aos 86,6% do trimestre de igual período do ano passado, informou Beef Central. O presidente da Associação Australiana de Confinadores de Gado (Alfa), Grant Garey, disse que as operações do setor continuam em plena expansão. “Foi quinto trimestre consecutivo de crescimento para os confinamentos australianos”, destaca ele, acrescentando: “O papel do setor em fornecer carne bovina de alta qualidade para os mercados doméstico e internacional nunca foi tão importante”. Na reportagem da Beef Central, Garey ressalta o crescimento do uso de confinamentos como ferramenta de acabamento e qualidade, juntamente com a adoção de sistemas para mitigação da seca. No último trimestre, o abate de gado alimentado com grãos também atingiu um novo recorde, com 894.178 cabeças processadas, o que impulsionou volumes recordes de produção e exportação deste tipo de produto. “A expansão contínua da capacidade e da utilização reflete a forte confiança no setor. À medida que quebramos novos recordes, a carne bovina australiana de animais alimentados com grãos continua a encontrar demanda nos mercados globais”, disse Garey. No texto da Beef Central, a analista de mercado Erin Lukey, da Meat & Livestock (MLA), observou que, embora os custos dos insumos tenham aumentado, a demanda global continua robusta. A Austrália exportou 112.935 toneladas de carne bovina advinda de animais alimentados com grãos no último trimestre, um aumento de 25% em relação ao resultado de igual período do ano passado, que na época era um recorde. A carne bovina de animais fechados no cocho representou 29% do total exportado pela Austrália no último trimestre. Erin Lukey destaca que a demanda global por carne bovina de animais confinados permanece sólida. “A Austrália exportou carne bovina de animais alimentados com grãos para 51 países durante o trimestre”, diz a analista da MLA. A participação da China nas exportações australianas continua crescendo, respondendo por 35% do total registrado o último trimestre de junho. Japão e Coreia do Sul continuam sendo parceiros comerciais importantes, contribuindo com 26% e 18%, respectivamente.
Beef Central
FRANGOS & SUÍNOS
Com oferta restrita, preços da suinocultura independente registram mais uma semana de alta
Cotações registraram ganhos em SP, GO, SC e PR
Na quinta-feira (21), o mercado da suinocultura independente registrou mais uma semana de novas valorizações nas principais praças. O mercado tem registrado valorização diante da oferta restrita de animais para o abate. De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo teve valorização de 4,35% e está em R$ 9,60/kg, sendo que na semana passada estava em R$ 9,20/kg vivo. No mercado mineiro, o valor do animal também apresentou valorização de 3,37% em que passou de R$ 08,90/kg vivo visto na semana anterior para R$ 9,20/kg no fechamento desta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal também registrou avanço de 3,44% nesta semana, em que os preços passaram de R$ 8,42/kg para R$ 8,71/kg. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 07/08/2025 a 13/08/2025), o Indicador do Preço do Kg vivo do Suíno LAPESUI/UFPR teve alta de 1,44%, fechando a semana em R$ 8,08. “Espera-se que na próxima semana o preço do suíno tenha alta, podendo ser cotado a R$8,08”, destacou o Lapesui.
APCS/ Asemg/ ACCS/ LAPESUI/UFPR
Por que os casos de gripe aviária em aves de subsistência cresceram em julho
No mês passado, governo confirmou oito focos da doença, sendo sete em aves não comerciais
Rota migratória das aves pode explicar aumento de casos de gripe aviária, segundo especialistas
Em julho, o Brasil registrou um aumento expressivo nos focos de gripe aviária em aves de subsistência, aquelas de criações domésticas. Esse quadro ligou o alerta do setor avícola para a necessidade de reforçar as medidas de biossegurança para evitar que a doença volte a afetar granjas comerciais, como ocorreu em maio, no Rio Grande do Sul, episódio que ainda gera embargos de alguns países ao frango brasileiro. Dos oito focos de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) confirmados no Brasil em julho pelo Ministério da Agricultura, sete foram em aves de subsistência e um em animal silvestre. Esse é o maior número de focos em aves de criação doméstica desde o início do levantamento, em junho de 2023. De lá até agora, foram confirmados 185 focos no Brasil. Por que, afinal, cresceram os focos em aves de fundo de quintal? Segundo Luizinho Caron, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, isso acontece porque mudou a rota feita pelas aves migratórias e a espécie que faz o trajeto, em relação aos dois últimos anos. “Nas duas últimas temporadas, as aves que migraram do Hemisfério Norte para cá [Hemisfério Sul] passaram principalmente pela rota do Atlântico. Eram aves da espécie trinta-réis, que transitam por zonas costeiras. Agora, as aves que rumam para o Hemisfério Norte são limícolas, presentes em lagos e rios. Esses animais estão utilizando a rota do Mississipi, se deslocando mais pelo interior do continente”. De acordo com o pesquisador, as aves limícolas têm maior predisposição para carregar o vírus da gripe aviária. Entre as aves dessa espécie, o quero-quero está entre as mais populares. “Não dá para dissociar a presença do vírus trazido pelas aves migratórias nessas aves de subsistência. É muito difícil evitar esse contato entre as espécies num país de dimensões continentais como é o Brasil”, diz Raphael Lucio Andreatti Filho, professor de Ornitopatologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP). Ainda que a gripe aviária esteja se espalhando longe de zonas de produção avícola comercial, o risco de o vírus chegar a esses estabelecimentos é maior devido ao crescimento dos focos em aves de subsistência, dizem os especialistas. “É claro que, com a maior presença do vírus no meio ambiente, também aumenta a facilidade do contato, mesmo que de forma indireta”, acrescenta Ceron. Mas Andreatti Filho reforça a dificuldade de monitorar de forma eficaz a produção brasileira. “O Brasil é um país muito grande, com muitas criações de fundo de quintal. (…) Há uma dificuldade enorme de fiscalizar todos os plantéis de quintal”. É consenso entre os pesquisadores que o ideal é redobrar a atenção e manter todos os cuidados já estabelecidos pelo governo, como a rápida identificação dos sintomas e isolamento de aves em caso de contaminação. Como ocorreu com o foco na granja comercial de Montenegro (RS), em maio. Essas medidas devem ser adotadas independentemente da espécie, já que a gripe em aves de subsistência também pode prejudicar o comércio brasileiro. No final de julho, o governo do Japão anunciou a suspensão temporária das importações de carne de frango, ovos e derivados provenientes do município de Quixeramobim (CE), após a confirmação de um foco de influenza em uma ave de quintal. “Apesar do desafio territorial, o ministério e as secretarias de Defesa Animal estão fazendo um grande trabalho de prevenção e pesquisa, pois dentre os grandes players da avicultura, o Brasil foi o último a ter problemas com a gripe aviária. Quando a gente faz a comparação com os Estados Unidos, que é um outro grande produtor [de carne de ave], eles têm o problema há muito mais tempo do que nós, e estão lidando com ele inclusive na avicultura comercial, enquanto nós tivemos problema só agora” avalia o professor da Unesp.
Globo Rural
Caso de gripe aviária paralisa exportações argentinas
Brasil segue livre do vírus em granjas comerciais, mas tem duas investigações ativas
As exportações de carne de frango da Argentina estão temporariamente suspensas. A medida foi adotada após a confirmação de um surto de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) do tipo H5 em aves de uma granja comercial na cidade de Los Toldos, na província de Buenos Aires. Conforme o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar do país (Senasa), o estabelecimento envolvido notificou o órgão de saúde sobre a presença de sinais clínicos compatíveis com a doença. Na sequência, amostras foram coletadas e analisadas, tendo apresentado resultado positivo para H5 HPAI. Para conter o vírus e evitar sua disseminação, o Senasa estabeleceu uma zona de controle sanitário em uma área perifocal de três quilômetros ao redor do foco, onde foram intensificadas as medidas de contenção, biossegurança e restrição de movimento. Uma zona de vigilância também foi adotada, com um raio de sete quilômetros ao redor da área perifocal, onde foram realizados o monitoramento, o controle e a triagem epidemiológica. As ações sanitárias dos agentes do Senasa ainda incluirão o despovoamento e a destinação final das aves, seguidas da implementação de medidas de higiene e desinfecção das instalações. “Ressalta-se que, com base na vigilância epidemiológica realizada, a região onde o estabelecimento está localizado não representa uma área significativa de produção avícola”, destacou o órgão, em comunicado. O caso foi reportado à Organização Mundial da Saúde Animal (OMC). Caso não ocorram novos surtos em estabelecimentos comerciais e tenham se passado pelo menos 28 dias desde o abate, limpeza e desinfecção das instalações, a Argentina poderá se declarar livre do vírus à OMS. Depois, o país poderá restaurar o seu status sanitário, possibilitando a retomada das exportações de aves. Atualmente, o mundo tem mais de 1.700 casos de gripe aviária registrados, em mais de 50 países, conforme é possível observar no mapa abaixo do Sistema Global de Informação sobre Doenças Animais da FAO.
Estadão/Agro
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