CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2533 DE 19 DE AGOSTO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2533 | 19 de agosto de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado de boi começa semana com vendas mais lentas

Preço do boi cai no Triângulo Mineiro

Segundo a análise da segunda-feira (18) do informativo Tem Boi na Linha, publicado pela Scot Consultoria, o mercado de bovinos iniciou a semana com recuo no escoamento da carne e aumentos pontuais na oferta, o que resultou no alongamento das escalas de abate. Apesar desse cenário, “a semana começou com poucos negócios e, assim, as cotações de todas as categorias permaneceram inalteradas”, informou. As escalas de abate foram estimadas, em média, em oito dias. Na região do Triângulo Mineiro, o informativo destacou que houve maior oferta de bovinos, associada ao fraco escoamento da carne, o que pressionou os preços para baixo. “Na região do Triângulo, a cotação caiu R$2,00/@ para todas as categorias”, informou a Scot. As escalas de abate foram registradas em torno de dez dias. Em Belo Horizonte, por sua vez, o mercado abriu a semana estável, com as escalas atendendo, em média, a oito dias.

No atacado de carne com osso, a consultoria avaliou que a sazonalidade típica do mês resultou em menor volume de vendas, ampliando o estoque. Nesse cenário, “a maioria das carcaças casadas manteve suas cotações, com exceção da carcaça do boi capão, que registrou recuo”. Segundo o levantamento, a carcaça casada do boi capão caiu 1,2%, ou R$0,25/kg, enquanto a do boi inteiro permaneceu estável. Entre os cortes avulsos, apenas o traseiro do boi capão apresentou variação, com queda de 1,1% ou R$0,25/kg. Já a cotação das carcaças casadas das fêmeas não sofreu alteração. No mercado de carnes alternativas, o informativo registrou que “o frango médio recuou 3,0% ou R$0,20/kg, enquanto o suíno especial avançou 3,1% ou R$0,40/kg”.

Scot Consultoria

Exportações de carne bovina in natura avançam em preços e média diária até a terceira semana de agosto/25

Os embarques de carne bovina alcançaram 135,7 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. No ano passado, o volume exportado no mês de agosto foi de 217,4 mil toneladas em 22 dias úteis.  

Com relação à média diária exportada, ela ficou em 12,3 mil toneladas, um avanço de 24,9% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 9,8 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 5.629 por tonelada até a terceira semana de agosto/25, e isso representa um ganho anual de 26,9%, quando se compara com os valores observados em agosto de 2024, com US$ 4.435 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina na terceira semana de agosto/25 ficou em US$ 764,3 milhões, sendo que em agosto do ano anterior a receita total foi de US$ 964,2 milhões. A média diária do faturamento na terceira semana de agosto ficou em US$ 69,4 milhões e registrou um ganho de 58,5%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, que ficou em US$ 43,8 milhões.

SECEX/MDIC

Ciclo de alta dos bovinos eleva custo de confinamento no país

Em julho, gastos aumentaram mais de 2% no Centro-Oeste e no Sudeste. A arroba valorizada deu fôlego ao pecuarista e, como resposta, a cadeia puxou seus preços para recompor margens

O momento favorável para o setor pecuário contribuiu para o aumento nos custos de confinamento no país em julho. De acordo com o Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP), a alta foi de 2,17% na região Centro-Oeste, com média de R$ 14,58, e de 2,09% no Sudeste, a R$ 12,68. “A arroba valorizada deu fôlego ao pecuarista e, como resposta, a cadeia puxou seus preços para recompor margens”, explica a empresa em nota. No Centro-Oeste a alta foi puxada pelo custo 5,48% maior entre os alimentos proteicos, com destaque para a valorização do caroço de algodão, da casca de soja e da silagem de milho, que subiram 14,37%, 12,67% e 10,37%, respectivamente. Com isso, o custo por tonelada de matéria seca da dieta de terminação ficou em R$ 1.187,80, segundo a Ponta Agro. No Sudeste, o preço médio dos insumos proteicos ficou 2,66% mais caro, enquanto o volumoso subiu 5,19% no último mês. Dentre as principais altas, o ICAP destaca a valorização de 9,08% do caroço de algodão e de 3,85% do DDG. Com isso, o custo da dieta de terminação foi de R$ 1.202,19 por tonelada de matéria seca no Sudeste em julho. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta acumulada nos custos de confinamento ficou em 13,72% na região Sudeste e em 3,11% no Centro-Oeste. Considerando os valores apontados pelo indicador, a Ponta Agro estima um custo total de R$ 213,96 por arroba no Centro-Oeste e de R$ 201,28 no Sudeste, com margem de lucro superior a R$ 570 e R$ 700 por cabeça, respectivamente.

Globo Rural

Pecuaristas contestam projeto que proíbe exportação de gado vivo

União Nacional de Pecuária afirma que não é apenas o modelo de exportação que está em jogo, mas o direito do produtor de decidir para quem vender 

A União Nacional de Pecuária (UNAPEC) manifestou oposição ao Projeto de Lei nº 2.627/2025 que busca encerrar a exportação de gado vivo no Brasil em até dez anos, com vedação integral em cinco anos, após a entrada em vigor da lei. O projeto deve ser debatido em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, nesta terça-feira, 19. Segundo a UNAPEC, hoje, nada impede que os países importadores adquiram carne brasileira processada. Ainda assim, muitos optam pelos animais vivos, seja por questões culturais, religiosas ou pela organização de suas cadeias produtivas. Na visão da entidade, uma lei nacional proibindo a exportação não mudará essa realidade. “O que ocorrerá, de fato, é que esses países buscarão novos fornecedores, e o Brasil perderá espaço nesse comércio”, destaca o comunicado. Ainda conforme a UNAPEC, a exportação de animais vivos funciona também como uma ferramenta de autonomia dos pecuaristas, permitindo negócios diretos, sem dependência dos frigoríficos. “Frear essa alternativa é condenar o pecuarista a ficar definitivamente à mercê da concentração de mercado, onde poucos compradores ditam as regras”, alerta a União. Em relação ao bem-estar animal, a entidade salienta que o transporte segue uma regulamentação rígida, com fiscalização constante do Ministério da Agricultura (Mapa). Além disso, afirma que, durante a viagem, os animais recebem alimentação, água e acompanhamento veterinário, chegando muitas vezes a ganhar peso ao longo do trajeto. “Se há pontos a aperfeiçoar, o caminho é a discussão transparente e baseada em evidências — e não proibições arbitrárias e ideológicas”, indica. Conforme os pecuaristas, a exportação de gado em pé é uma oportunidade de ampliar mercados, fortalecer o produtor e dar competitividade à pecuária. Para a UNAPEC, o que está em jogo não é apenas um modelo de exportação, mas o direito do produtor de escolher a quem vender sua mercadoria. Em 2024, as exportações brasileiras de gado vivo foram recordes — 1 milhão de bovinos embarcados, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Até então, o melhor desempenho tinha sido em 2018, com 784,5 mil cabeças.

O Estado de SP/Agro

ECONOMIA

Dólar sobe na esteira de ganhos no exterior com incertezas geopolíticas no radar

O dólar à vista subiu ante o real na segunda-feira, na esteira dos ganhos da moeda norte-americana no exterior, à medida que os mercados globais demonstraram aversão ao risco em meio às incertezas geopolíticas e na expectativa pelo simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve.

O dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$5,4352. Às 17h11, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,73%, a R$5,453 na venda. O movimento do real nesta sessão teve como pano de fundo a busca dos agentes por ativos seguros, ainda em reação a uma cúpula na sexta-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que acabou sem acordo para acabar com a guerra na Ucrânia. Apesar dos relatos de progresso feitos pelas duas partes após a reunião dos líderes, não houve entendimentos concretos na cúpula ou mesmo o acordo por um cessar-fogo, deixando os mercados pessimistas quanto à possibilidade de resolução do conflito. Os investidores monitoraram ao longo desta segunda-feira um encontro de Trump com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, conforme o mandatário norte-americano busca convencer o lado ucraniano a aceitar um acordo de paz. Na reunião, Trump afirmou que os EUA “ajudariam” a Europa a fornecer segurança para a Ucrânia como parte de qualquer acordo para acabar com a guerra. Ele também expressou esperança de que possa haver uma reunião trilateral com Putin e o presidente ucraniano. O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,29%, a 98,116. Além da questão geopolítica, os agentes financeiros seguem atentos às perspectivas para a política monetária do Federal Reserve, de olho, em particular, no discurso do chair Jerome Powell, na sexta-feira, no simpósio econômico de Jackson Hole. Apostas recentes de que o banco central dos EUA poderá cortar a taxa de juros em setembro gerou um movimento de fraqueza global do dólar ao longo do último mês, o que pode ser revertido caso Powell faça um discurso agressivo contra a inflação no país. Na cena doméstica, o mercado nacional continua monitorando as tentativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negociar a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a negociação tarifária entre os dois parceiros não está ocorrendo porque o lado norte-americano quer impor aos brasileiros uma solução “constitucionalmente impossível”.

Reuters

Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e com Raízen em destaque

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, chegando perto de 138 mil pontos no melhor momento, com bancos entre os principais suportes, em pregão também marcado pelo salto de Raízen em dia de ajustes, enquanto Prio capitaneou a coluna negativa após interdição de plataforma de petróleo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 137.321,64 pontos, marcando 136.340,60 pontos na mínima e 137.901,59 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$19,77 bilhões. Na visão do analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, a bolsa paulista continuou apoiada pela “surpresa positiva” com a temporada de balanços, que caminha para o final, com agentes monitorando uma possível solução para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. “Se isso realmente acontecer, se houver as trocas de território, o risco deve diminuir bastante”, afirmou. Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que é possível chegar a um acordo de paz para a guerra na Ucrânia, ao se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e com líderes europeus. No fim de semana, Trump se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin. Além dos movimentos relacionados à temporada de balanços, o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, também pontuou que o começo da semana trouxe alguns elementos que corroboram as perspectivas de que um cenário para a queda da Selic começa a se aproximar. “Essa discussão continua bastante forte”, disse. Ele citou as estimativas para o IPCA de 2025 abaixo de 5% pela primeira vez desde o início de janeiro na pesquisa Focus e o IBC-Br de junho mostrando que a economia iniciou um processo de arrefecimento. A bolsa paulista descolou mais uma vez de Wall Street, onde o S&P 500 fechou praticamente estável nesta segunda-feira, no começo de uma semana carregada com balanços corporativos de grandes varejistas, além do simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, entre 21 e 23 de agosto.

Reuters

Mercado passa a ver inflação abaixo de 5% este ano pela 1ª vez desde janeiro, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver a inflação abaixo de 5% em 2025 pela primeira vez desde o início de janeiro, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA este ano caiu a 4,95%, de 5,05% na semana anterior, na 12ª semana seguida de recuo na expectativa. Apesar do recuo, a previsão mediana do mercado ainda segue acima da meta oficial para a inflação, que é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em julho, o IPCA subiu 0,26%, resultado que ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,37%. Em 12 meses, o índice passou a subir 5,23%. Para 2026 a projeção para a inflação no Focus foi a 4,40%, de 4,41% antes. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não houve mudança no cenário para a taxa básica de juros, com a Selic calculada em 15% em 2025 e em 12,50% no próximo ano. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento no Focus seguiram em 2,21% para este ano e 1,87% em 2026.

Reuters

IBC-Br cai 0,1% em junho ante maio, na série com ajuste

“Prévia do PIB do Banco Central” registrou, em relação ao mesmo mês de 2024, alta de 1,4%, e no trimestre encerrado no junho, avanço de 0,3% em relação ao trimestre anterior

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,1% em junho na comparação com maio, conforme divulgou o Banco Central (BC) na segunda-feira (18). Em maio, o indicador teve queda de 0,73% (dado revisado de queda de 0,74%). O resultado de junho veio abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo VALOR DATA, de alta de 0,18%. O dado também ficou dentro do intervalo das projeções, que iam de queda de 0,20% a crescimento de 0,40%. No trimestre encerrado em junho, o índice conhecido como “Prévia do PIB do Banco Central” registrou alta de 0,3% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, por sua vez, houve alta de 1,4%, acima da mediana de 1,30% colhida pelo VALOR DATA, e dentro do intervalo de +0,70% a 2,80%. Em 12 meses encerrados em junho, o indicador apresentou avanço de 3,9%. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. No ano, a variação foi de 3,2%. Por fim, na média móvel trimestral, usada para captar tendências, o IBC-Br teve queda de 0,22% em junho, na comparação dessazonalizada com maio. O IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia. O Banco Central também publicou as aberturas setoriais do indicador. O IBC-Br Agropecuária caiu 2,3% em junho ante maio, o IBC-Br Impostos subiu 0,1%, o IBC-Br Ex-Agropecuária também subiu 0,1%. Já o IBC-Br Indústria caiu 0,1% e o IBC-Br Serviços avançou 0,1%. Segundo o BC, por conta das diferenças metodológicas, se espera que as diferenças entre o IBC-Br e as contas nacionais do IBGE sejam maiores nas aberturas setoriais do que nos agregados.

Valor Econômico

Inflação de alimentos e bebidas cai 0,27% em julho

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,26% em julho de 2025, ficando 0,02 p.p. acima da taxa registrada em junho (0,24%). Em julho de 2024, o índice teve alta de 0,38%.

O IPCA acumulado nos últimos 12 meses ficou em 5,23%, abaixo dos 5,35% dos 12 meses imediatamente anteriores, porém acima do teto da meta para 2025, de 4,5%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,26% em julho de 2025, ficando 0,02 p.p. acima do registrado no mês de junho, quando apresentou alta de 0,24%. Como base de comparação, em julho de 2024 o índice havia apresentado aumento de 0,38%. Quando observado a média histórica para o mês, julho de 2025 ficou acima do resultado dos últimos cinco anos (0,23%). O grupo de Alimentação e Bebidas registrou queda de 0,27% de junho para julho, assim como os grupos Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%). A contribuição do grupo de Alimentação e Bebidas para o IPCA do mês de julho foi de -0,06 pontos percentuais (p.p.). O subgrupo Alimentação no Domicílio recuou 0,69%, dando continuidade ao recuo observado em junho, quando o grupo apresentou uma queda de 0,43%. Contribuíram para esse resultado a queda nos preços da batata-inglesa (-20,27%), da cebola (-13,26%), da manga (-11,08%), do arroz (-2,89%) e das carnes (-0,30%). No lado das altas, destacam-se o pimentão (14,33%), o mamão (12,40%), o leite em pó (0,47%), o óleo de soja (0,46%) e o pão francês (0,22%). A Alimentação fora do Domicílio, por sua vez, reportou alta de 0,87%. No acumulado dos últimos 12 meses até julho, o índice geral registrou aumento de 5,23%, com o grupo Alimentação e Bebidas apresentando alta de 7,44% e Alimentação no Domicílio de 7,11%. Os demais grupos registraram alta de junho para julho, com destaque para Habitação que, assim como no mês anterior, reportou as maiores variação e impacto sobre o IPCA de julho, com alta de 0,91% e 0,14 p.p. de impacto. O resultado é justificado pela vigência da bandeira tarifária vermelha, patamar 1, no mês de julho, que adiciona R$4,46 à conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Com isso, a energia elétrica residencial (3,04%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice geral (0,12 p.p.). O grupo de Despesas Pessoais foi o segundo grupo de maior impacto no IPCA do mês, igual a 0,08 p.p., com variação de 0,76%, seguido do grupo de Transporte, o qual apresentou alta de 0,35% e impacto de 0,07 p.p. no índice do mês de julho em função do aumento dos preços das passagens aéreas (19,92%). Destaca-se, por outro lado, que os preços dos combustíveis seguiram recuando no mês de julho (-0,64%), com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).

CNA

Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 1,09 bi na 3ª semana de agosto

O montante é resultado de exportações de US$ 6,632 bilhões e importações de US$ 5,542 bilhões.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,09 bilhão na terceira semana de agosto, informou a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic). O valor é resultado de exportações de US$ 6,632 bilhões e importações de US$ 5,542 bilhões. Em agosto, o superávit comercial soma US$ 3,048 bilhões e, no ano, totaliza US$ 40,03 bilhões. A média diária de exportações em agosto, até a terceira semana, avançou 7,2%, para US$ 1,4 bilhão, quando comparada com o mesmo mês de 2024. A alta foi puxada pelos embarques da agropecuária (14,9%), seguidos pela indústria extrativa (12%) e indústria de transformação (1,8%). Já a média diária de importações (US$ 1,123 bilhão) cresceu 2% na mesma base de comparação, sustentada pelas compras da indústria extrativa (23,5%) e da indústria de transformação (0,8%). Na contramão, recuaram os desembarques da agropecuária (-1,9%).

Valor Econômico

EMPRESAS

Marfrig se diz otimista com cenário do comércio e com a fusão com a BRF

Marcos Molina, controlador da empresa, afirmou estar confiante com o andamento do processo de criação da MBRF. Marfrig vê boas perspectivas para o segundo semestre, apesar do tarifaço de Donald Trump

A Marfrig deve aproveitar sua diversificação geográfica para contornar os efeitos do tarifaço que o presidente americano, Donald Trump, impôs ao Brasil, e sinalizou que está “otimista” com o segundo semestre, apesar das restrições comerciais. Além de produzir carne em outros países, a companhia também está buscando mercados alternativos para vender a carne bovina que hoje exporta aos Estados Unidos a partir do Brasil. No segundo trimestre, os EUA representaram 2% da receita de embarques da Marfrig na América do Sul a partir da operação brasileira. A companhia também atua em frigoríficos na Argentina e no Uruguai, onde os preços da carne já subiram 10% desde o início do tarifaço americano contra o Brasil. “Nossa diversificação geográfica nos trouxe algumas vantagens”, disse Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul da Marfrig, em teleconferência de resultados com analistas, na sexta-feira (15/8). Apesar do tarifaço, ele disse estar “otimista” com as vendas do segundo trimestre. Só neste ano, a companhia obteve 24 novas habilitações para exportação de carne bovina, e o Brasil também está abrindo novos mercados. Na sexta-feira (15), o governo brasileiro anunciou que as Filipinas abriram seu mercado para a importação de miúdos e carne bovina com osso do Brasil. Mendonça também citou a Indonésia como um país que abriria mercado para o produto brasileiro. Segundo ele, os miúdos e a carne com osso oferecem uma rentabilidade “interessante”. Para a produção brasileira que hoje vai aos EUA, a Marfrig disse estar atenta “aos desdobramentos desse novo cenário, ocasionado pela elevação de tarifas, e prontos para capturar as melhores oportunidades comerciais, avaliando os melhores destinos de substituição, ou mesmo o incremento da produção de hambúrgueres e outros processados, sem redução de produção, e sempre focado em maximizar margens”, declarou David Tang, diretor financeiro da Marfrig, na teleconferência. Mendonça, por sua vez, ressaltou que nos próximos meses começam a aquecer os pedidos da China para os preparativos do Ano Novo Chinês. Já no segundo trimestre, o preço médio de vendas para o país asiático subiu 25%. “As expectativas são muito favoráveis”, afirmou. A empresa também se diz otimista com o andamento do processo de fusão com a BRF. Marcos Molina, o controlador das duas companhias, demonstrou confiança com a análise do processo de fusão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Vemos o processo com serenidade. A votação virtual indicou 4 a 1, votos técnicos, e aguardamos a reunião final em 20 de agosto, confiantes de que a aprovação será concedida”, disse ele na teleconferência com analistas na sexta-feira. Segundo Molina, a MBRF, empresa que será o resultado da união entre Marfrig e BRF, “nasce eficiente, com uma estrutura de capital forte, mesmo após o pagamento de dividendos aos acionistas BRF e Marfrig”. Ele disse que a MBRF seguirá com a política de distribuição de dividendos, “assim como a Marfrig nos últimos anos”. O empresário afirmou ainda que a MBRF será “uma empresa competitiva, multiproteína, que permitirá ao consumidor brasileiro [ter] acesso a produtos de alta qualidade a custo mais baixo, beneficiando-se da eficiência operacional”.

Globo Rural

GOVERNO

Mais um recorde para o agro brasileiro: 400 mercados abertos em 2,5 anos

O agro brasileiro alcançou mais um feito histórico. A abertura de mercado número 400 permite ao país exportar carne bovina com osso e miúdos bovinos para as Filipinas, importante parceiro comercial que em 2024 comprou mais de US$1,5 bilhão em produtos agropecuários brasileiros.

Entre 2019 e 2022 foram abertos 241 mercados para os produtos do agro. Agora, em apenas 2,5 anos, o país alcança a marca recorde de 400 mercados abertos, destacando a posição do Brasil como líder confiável na oferta de alimentos, fibras e energia de qualidade, com garantia de sanidade e sustentabilidade. Vale destacar também que desde 2023 o país ampliou o acesso de seus produtos em aproximadamente 200 mercados previamente conquistados. “Cada novo mercado aberto ou ampliado é uma vitória para o produtor brasileiro. Não se trata apenas de negócios, mas de mostrar ao mundo a qualidade, o compromisso e a dedicação de quem faz o agro do Brasil acontecer. Estamos criando oportunidades e reafirmando nossa posição como parceiros confiáveis no comércio internacional”, afirma o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Essa conquista é resultado da colaboração entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)e ApexBrasil em parceria também com o setor privado. Entre as aberturas mais notáveis, não apenas pelos potenciais de mercado, mas também pelo simbolismo que carregam, estão produtos tradicionais e nichos emergentes: Sorgo para a China (2024) – Potencial de US$ 35,65 milhões. Gergelim para a China (2024) – Projeção de US$ 142,63 milhões. Farinha de aves para a Indonésia (2023) – US$ 17 milhões exportados em 2024. Carne bovina para o Vietnã (2025) – Potencial de US$ 183 milhões. Carne bovina para o México (2023) – US$ 214,32 milhões exportados em 2024. Carne suína para o México (2023) – US$ 102,06 milhões exportados em 2024. Carne suína para a República Dominicana (2023) – US$ 31,56 milhões exportados em 2024. Algodão para o Egito (2023) – US$ 56,01 milhões

Abacate Hass para o Japão (2024) – Estimativa de US$ 570 mil. Destacam-se, ainda, mais de 80 mercados abertos para as proteínas animais, mais de 30 para o setor de reciclagem animal e mais de 20 para as frutas brasileiras. No primeiro semestre de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 82,8 bilhões. Esse valor está em linha com os números do mesmo período do ano anterior. Demonstrando os resultados da política de diversificação de produtos e destinos, os gêneros menos tradicionais da pauta exportadora já apresentam crescimento de 21% no acumulado do ano. As conquistas são resultado do trabalho articulado entre as áreas internacional e técnica do Mapa, com atuação das adidâncias agrícolas, de outros ministérios, agências governamentais e setor produtivo. O Brasil mantém hoje 40 adidos em 38 países, tendo incrementado o número em 38% no ano passado. “Esses acessos são fruto de uma construção que alia negociação e parte técnica. Um trabalho muitas vezes silencioso e contínuo. Quero destacar o papel dos adidos agrícolas que abrem caminhos e, ao abri-los, reduzem riscos e ampliam a previsibilidade para quem produz no Brasil e compete globalmente. Não se trata apenas de onde podemos vender hoje, mas de onde poderemos vender também amanhã”, afirma Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa. Desde 2023 o Mapa esteve presente em 110 missões internacionais e ainda investiu na elaboração de ferramentas de inteligência voltada para o agro como o AgroInsight e o Passaporte Agro.

Mapa

FRANGOS & SUÍNOS

Exportações de carne suína somam 64,3 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25

De acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada atingiram 64,3 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25. O volume embarcado de carne suína em agosto do ano anterior chegou a 105,9 mil toneladas, em 22 dias úteis.

A média diária exportada de carne suína ficou em 5,8 mil toneladas, avanço de 21,4%, frente ao observado em agosto do ano passado, com 4,8 mil toneladas. Com relação ao preço médio, o valor está em US$ 2.590 por tonelada, leve avanço de 5,3% frente ao valor negociado no ano anterior, que estava em US$ 2.459 por tonelada. Com relação ao valor negociado para o produto ele ficou em US$ 166,6 milhões, sendo que no ano anterior a receita total em agosto foi de US$ 260,6 milhões. A média diária ficou em US$ 15,1 milhões e registrou um avanço de 27,8%, frente ao observado no mês de agosto do ano passado, que ficou em US$ 11,8 milhões.

SECEX/MDIC 

Exportações de carne de frango mantêm avanço na média diária em agosto, mas volume e receita recuam frente a 2024

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, informou que o volume exportado de carne de aves in natura alcançou 201,8 mil toneladas até a terceira semana de agosto/25. No ano passado, o volume exportado em agosto alcançou 355.821,1 mil toneladas em 22 dias úteis em 2024.

A média diária até a terceira semana de agosto/25 ficou em 18,3 mil toneladas, sendo que isso representa um avanço de 13,4% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 16,1 mil toneladas. O preço pago pelo produto ficou em US$ 1.772 por tonelada, e isso representa uma alta de 13,4% se comparado com os valores praticados em agosto do ano anterior, com US$ 2.070 por tonelada. A receita obtida até a terceira semana de agosto ficou em US$ 357,7 milhões, enquanto em agosto do ano anterior o valor ficou em US$ 736,7 milhões. A média diária do faturamento está em US$ 32,5 milhões, queda de 2,9% frente a média diária observada em agosto do ano anterior, que ficou em US$ 33,4 milhões.

SECEX/MDIC

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