CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2530 DE 14 DE AGOSTO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2530 | 14 de agosto de 2025

 

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Exportações brasileiras de carne bovina batem recorde em julho, em meio ao tarifaço dos EUA

As exportações totais do setor de carne bovina (incluindo carnes in natura e processadas, miudezas comestíveis, sebo bovino, entre outros), bateram recorde no mês de julho de 2025, a despeito das tarifas adicionais impostas pelo governo dos Estados Unidos.

A carne bovina não está entre os produtos que entraram na lista de exceções e passou a sofrer uma taxa adicional de 40%, a partir de 1º de agosto de 2025, chegando a uma tarifa total de 76,4% para entrar no mercado dos Estados Unidos (nas vendas extraquota). A partir do anúncio da nova tarifa, em 9 de julho, algumas indústrias suspenderam a produção destinada aos EUA em razão do impacto que a nova taxa traria sobre os negócios com aquele mercado. Apesar do tarifaço norte-americano, as exportações totais do setor no mês de julho alcançaram US$ 1,726 bilhão, resultado 48,4% maior em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto a movimentação foi de 366.920 toneladas, num aumento de 27,4%, registrando novo recorde histórico para um único mês, tanto em receitas como em volume. No ano passado, no mesmo mês, as receitas foram de US$ 1,163 bilhão, com o embarque de 288.014 toneladas. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).  No acumulado, de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor renderam US$ 9,170 bilhões (+31,3%) com o embarque de 2.055.273 toneladas (+19%). No ano passado, no mesmo período, a receita foi de US$ 6,983 bilhões e o volume de 1.728.454 toneladas. Segundo a ABRAFRIGO, a China foi responsável por 44,5%% da receita e por 38,5% das exportações de carne bovina nos sete primeiros meses do ano. Comprou 790.337 toneladas (+14,6%), que proporcionaram uma receita de US$ 4,082 bilhões (+33,7%). No ano passado, no mesmo período, a China importou 689.840 toneladas, com receita de US$ 3,052 bilhões. Os Estados Unidos se mantiveram na segunda posição entre os maiores importadores, com vendas de US$ 1,468 bilhão e 484 mil toneladas embarcadas, participando com 23,6% do volume e 16% das receitas no acumulado de janeiro a julho de 2025. Mas as vendas para o país norte-americano vêm apresentando queda após o mês de abril de 2025, quando atingiram o recorde de US$ 306 milhões. Em julho último, foram de US$ 183 milhões. Na terceira posição está o Chile, que elevou suas aquisições de 57.241 toneladas em 2024 para 68.804 toneladas (+20,2%) no acumulado até julho de 2025, com receita subindo de US$ 271 milhões no ano passado para US$ 372,9 milhões (+37,6%) neste ano. O México passou a ocupar a quarta posição saindo das 22.892 toneladas importadas em 2024 para 67.766 toneladas em 2025 (+ 196%), e propiciando uma entrada de divisas de US$ 364,79 milhões (+249,2%) contra US$ 104,5 milhões até julho do ano passado. No total, 124 países aumentaram suas importações enquanto 48 reduziram suas compras.

Publicado em: Valor Econômico/O Estado de SP Agro/Poder 360/Portal DBO/Globo Rural/Notícias Agrícolas/Agrolink/Times Brasil/Broadcast Notícias/Canal Rural/Canal Agro+/Página Rural/Agrofy News/Times Brasil/Compre Rural

NOTÍCIAS

Boi gordo mantém preços após altas recentes

Boi gordo e “boi China” têm alta no Espírito Santo

O mercado do boi gordo em São Paulo iniciou a quarta-feira (13) estável, após as altas registradas no dia anterior, sustentadas pela melhora no escoamento da carne e pela redução na oferta de animais para abate. Segundo análise do informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, as escalas de abate atendiam, em média, a sete dias. Os números levantados pela Scot Consultoria indicam um valor de boi gordo “comum” de R$ 308/@ no Estado de São Paulo, e um bovino com perfil para o mercado chinês com ágio de R$ 5/@ – ou seja, está apregoado em R$ 313/@. Na região Noroeste do Paraná, as ofertas para o “boi China” e para a vaca gorda abriram em patamar mais elevado, enquanto os preços do boi gordo e da novilha permaneceram inalterados na comparação diária. As escalas de abate tinham, em média, oito dias. No Espírito Santo, o mercado iniciou o dia com reajuste positivo para o boi gordo e o “boi China”, sem alterações nas cotações da vaca e da novilha. As escalas atendiam, em média, a sete dias. No Oeste do Maranhão, o boi gordo registrou dois dias consecutivos de alta, enquanto os preços das fêmeas se mantiveram estáveis. Dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o abate de bovinos no segundo trimestre de 2025 somou 10,4 milhões de cabeças sob algum tipo de inspeção sanitária. O resultado representa alta de 3,3% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2025, configurando desempenho recorde para o período.

Scot Consultoria

ECONOMIA

Dólar tem leve alta com plano de contingência contra tarifa dos EUA em foco

O dólar à vista fechou em leve alta ante o real na quarta-feira, recuperando parte da forte perda da véspera, mas oscilando em faixa estreita, depois que o governo anunciou um plano de contingência para empresas afetadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos sem grandes surpresas.

O dólar à vista fechou em alta de 0,28%, a R$5,4014. Às 17h12, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,07%, a R$5,425 na venda. As atenções dos investidores nesta sessão estiveram voltadas novamente para o impasse comercial entre Brasil e EUA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória para ajudar exportadores, com destaque para uma linha de crédito de R$30 bilhões. Além disso, haverá aportes de R$4,5 bilhões em diferentes fundos garantidores e até R$5 bilhões em créditos tributários a exportadores, informou o Palácio do Planalto. Das despesas previstas, R$9,5 bilhões devem ficar fora da contabilidade da meta fiscal. O plano de ajuda era amplamente esperado pelo mercado, tanto por conta do potencial de proteger o setor produtivo como pelas preocupações com o impacto fiscal das medidas. Agentes financeiros temiam que o pacote pudesse comprometer as metas para as contas públicas. No entanto, a MP não destoou do que já vinha sendo antecipado por autoridades envolvidas no assunto, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. O próprio Lula já havia sinalizado o valor da linha de crédito em entrevista na terça-feira. Com isso, o anúncio do pacote não gerou muitas movimentações no mercado cambial ao longo do dia. Por outro lado, o mercado segue receoso com a perspectiva para negociações entre Brasil e EUA, uma vez que o governo brasileiro parece não conseguir abrir canais de diálogo com Washington. Os ganhos da divisa norte-americana neste pregão se seguiram a uma perda de 1,06% na véspera, quando atingiu seu menor valor desde junho do ano passado, a R$5,3864. A valorização recente do real está atrelada a uma onda de fraqueza global do dólar, na esteira do aumento das apostas de que o Federal Reserve vai cortar a taxa de juros já em seu próximo encontro, em setembro, após dados fracos de emprego e números moderados de inflação. Pela manhã, as apostas dos operadores passaram a ver 100% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual em setembro, logo depois que Bessent afirmou em entrevista achar possível uma redução maior de 0,5 ponto percentual devido aos números fracos de emprego.

Reuters

Ibovespa recua em dia com vencimentos e varejo na ponta negativa

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, com ajuste após registrar uma máxima em cerca de um mês na véspera, com ações de varejo entre os destaques negativos na sessão após dados fracos no setor, enquanto MRV&Co avançou bem após uma sinalização positiva sobre margens e guidance para 2025.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,88%, a 136.704,65 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 136.534,63 pontos na mínima e 137.912,9 pontos na máxima. Na véspera, chegou a superar os 138 mil pontos no melhor momento. Antes dos ajustes finais, o volume financeiro somava R$20,3 bilhões, em pregão também marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice.

Reuters

Brasil tem fluxo cambial positivo de US$118 milhões em agosto até dia 8, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$118 milhões em agosto até o dia 8, em movimento puxado pela via financeira, informou na quarta-feira o Banco Central.

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de US$986 milhões em agosto até o dia 8. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de agosto até o dia 8 foi negativo em US$868 milhões. Na semana passada, de 4 a 8 de agosto, o fluxo cambial total foi negativo em US$305 milhões. No acumulado do ano até 8 de agosto, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$14,528 bilhões.

Reuters 

Confiança do empresário industrial recua para 46,1 PONTOS em agosto, aponta CNI

Segundo a entidade, foi o oitavo mês seguido abaixo da linha de 50 pontos, que ilustra a falta de confiança, o que reflete aumento do pessimismo dos empresários do setor

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 1,2 ponto em agosto na comparação com julho e atingiu 46,1 pontos, segundo dados divulgados na quarta-feira (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o oitavo mês seguido abaixo da linha de 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança, o que reflete aumento do pessimismo dos empresários da indústria. Segundo a CNI, a piora da avaliação dos empresários quanto ao futuro da economia e dos próprios negócios foi o fator que mais contribuiu para a queda da confiança em agosto. O Índice de Expectativas – um dos dois componentes do Icei – caiu de 49,7 pontos para 47,8 pontos entre julho e agosto. Segundo a CNI, após 29 meses em patamar positivo, o Índice de Expectativas já acumula dois meses em patamar negativo. A avaliação dos empresários foi de piora das expectativas para a economia brasileira, que se tornaram mais negativas no mês (-1,9 ponto, para 38,6 pontos), e das expectativas para as próprias empresas, que se tornaram menos otimistas em agosto (-1,9 ponto, para 52,4 pontos). “A confiança tem sido contaminada pela elevação da taxa de juros, que ocorre desde o fim do ano passado, e há maior incerteza no cenário externo, o que ajuda a explicar esse cenário negativo”, avaliou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Já o Índice de Condições Atuais praticamente não mudou. Passou de 42,4 pontos para 42,6 pontos. Na prática, significa que a percepção dos empresários sobre o momento vivido pelas empresas e pela economia continua bastante negativa, dada a distância entre o índice e a linha de 50 pontos. A estabilidade do mês resulta da combinação entre uma piora nas condições atuais da economia brasileira (-0,6 ponto, para 34,8 pontos) e uma melhora na avaliação das condições atuais das próprias empresas (+0,6 ponto, para 46,5 pontos), que se tornaram menos negativas no mês, de acordo com a CNI. O Icei é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria. Para esta edição, foram consultadas 1.177 empresas: 474 de pequeno porte; 423 de médio porte; e 280 de grande porte, entre os dias 1º e 7 de agosto de 2025.

Valor Econômico

EMPRESAS

Lucro da JBS cresceu 60,6% no segundo trimestre, para US$ 528 milhões

Tarifas dos EUA não geram impacto material para a JBS, diz CEO global. Os resultados da JBS foram impulsionados pelo bom desempenho das operações de frango

No primeiro balanço financeiro que divulgou após concluir sua dupla listagem — atualmente, a companhia tem sede na Holanda e ações negociadas nas bolsas de Brasil e Estados Unidos —, a JBS informou ontem que encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de US$ 528,1 milhões. O resultado foi 60,6% maior do que o do mesmo período de 2024. O bom desempenho das operações de frango deu impulso aos ganhos da companhia. No segmento, a JBS é dona da brasileira Seara e da americana Pilgrim’s Pride. No caso da Seara, a empresa entregou indicadores positivos no trimestre mesmo com o registro de um foco de gripe aviária em granja comercial — pertencente a outra companhia — no Rio Grande do Sul, que prejudicou os negócios em junho. O caso levou a suspensões temporárias das exportações de carne bovina brasileira a diversos destinos. A receita líquida da JBS cresceu 8,9% no segundo trimestre e alcançou US$ 20,99 bilhões, um recorde. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, por sua vez, caiu 7,4% no segundo trimestre, para US$ 1,75 bilhão, pressionado pelo desempenho negativo da operação de carne bovina nos Estados Unidos, que passa por um forte aperto nas margens. “A gente está vivendo um momento desafiador nos Estados Unidos, e conseguimos entregar esse resultado mesmo com um terço do nosso negócio com margem negativa. Isso mostra a força da nossa plataforma”, afirmou ao Valor o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. O Ebitda ajustado da JBS Beef North America ficou negativo em US$ 233 milhões no segundo trimestre; no mesmo intervalo de 2024, a companhia teve um resultado de US$ 29 milhões positivos. A receita líquida da unidade, porém, subiu 13,6%, para US$ 6,8 bilhões. “Se está difícil com beef (carne bovina) nos Estados Unidos, está melhor na Austrália, está melhor no Brasil, mas, principalmente, está melhor no frango”, comentou o executivo. No caso da Pilgrim’s Pride, o Ebitda ajustado cresceu 4,5%, para US$ 817,7 milhões, e a receita, 4,4%, a US$ 4,75 bilhões. Já a receita líquida da Seara caiu 2,5% no segundo trimestre, para US$ 2,16 bilhões, mas o Ebitda ajustado cresceu 1,2%, para US$ 391,8 milhões. Segundo Tomazoni, a ocorrência de gripe aviária no Brasil, em junho, teve um efeito de 5% sobre a margem Ebitda da Seara. Uma vez que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) voltou, no fim de junho, a considerar o Brasil área livre de gripe aviária em granjas comerciais, o executivo acredita que não há mais razão para que alguns mercados, como China e União Europeia, mantenham suspensas as compras de frango brasileiro. “São mercados importantes. O presidente Lula está se envolvendo diretamente nas negociações, e a China valoriza alguns cortes que outros mercados não valorizam, como as patas”, exemplificou. Tomazoni disse que ainda é cedo para estimar os efeitos das tarifas que os EUA passaram a cobrar para a importação de produtos brasileiros, mas ressaltou que os produtos estão indo para outros mercados. “Olhando a JBS como um todo, o impacto (das tarifas) não é material”, afirmou. Antes da vigência das novas taxas, os americanos cobravam 26,4% sobre a carne bovina. Com a medida, a tarifa subiu para 76,4%. A baixa oferta de gado nos Estados Unidos pode continuar a afetar o Ebitda do grupo tanto neste ano quanto em 2026, avalia o diretor de finanças e relações com investidores da JBS, Guilherme Cavalcanti. Ele acrescentou que, por outro lado, há perspectiva de melhora na área de suínos. A receita da JBS USA Pork caiu 4,8% no segundo trimestre, para US$ 2,06 bilhões, e o Ebitda ajustado subiu 5,6%, para US$ 253,6 milhões.

Valor Econômico

CARNES

Abates de bovinos, suínos e aves cresceram no segundo trimestre de 2025

Produção de ovos e aquisição de leite e couros também avançaram, informa o IBGE. No primeiro trimestre, foram abatidos 10,4 milhões de bovinos no país

O abate de bovinos somou 10,4 milhões de cabeças no país no segundo trimestre de 2025, aumento de 3,3% ante igual período de 2024. Os dados são das “Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha: Primeiros resultados para o segundo trimestre de 2024”, divulgadas nesta quarta-feira (13/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre de 2025, houve aumento de 5,4%. O abate de bovinos resultou em 2,63 milhões de toneladas de carcaças, um crescimento de 1% em relação ao segundo trimestre de 2024 e de 6% em relação ao 1º trimestre de 2025. Já o abate de suínos cresceu 1,6% no segundo trimestre de 2025, ante igual período do ano passado, para 14,87 milhões de cabeças. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, o aumento foi de 3,8%. O peso acumulado das carcaças de suínos chegou a 1,4 milhão de toneladas no segundo trimestre, com aumento de 4,7% em relação a igual período de 2024 e de 6,1% ante o primeiro trimestre de 2025. O abate de frangos no Brasil somou 1,64 bilhão de frangos no segundo trimestre de 2025, o que representou aumento de 1,1% em relação a igual período de 2024 e estabilidade na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O peso acumulado das carcaças foi de 3,56 milhões de toneladas no segundo trimestre, com aumento de 2,7% em relação a igual período de 2024 e de 2,4% ante o primeiro trimestre. A aquisição de couro, por sua vez, avançou 2,6% no segundo trimestre de 2025, ante segundo trimestre de 2024, para 10,55 milhões de peças inteiras de couro. Na comparação com o primeiro trimestre de 2025, esse número indica redução de 1,9% do volume recebido pelos curtumes. Os dados vêm de instalações que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano.

Globo Rural 

INTERNACIONAL

Carne bovina recupera espaço na dieta dos consumidores argentinos

Considerando a média móvel dos últimos 12 meses encerrado em junho/25, o consumo per capita da proteína no país vizinho saltou de 47,6 quilos em 2024 para 50,2 quilos neste ano, informa a BCR

Os consumidores argentinos voltaram a comer mais carne bovina, mesmo com os preços da proteína permanecendo ligeiramente acima da inflação nos últimos meses, informam os economistas da Bolsa de Comércio de Rosário (BCR). O fenômeno é explicado pela recuperação na economia do país vizinho, com os salários superando a inflação, justificou a bolsa, acrescentando que tal movimento elevou o poder de renda da população local. Os argentinos “apertaram o cinto no ano passado devido à alta inflação, à recessão e ao aumento da pobreza e do desemprego, trocando a carne bovina por proteínas mais baratas”, lembra reportagem da Reuters. Considerando o período móvel de 12 meses terminado em maio/25, os salários médios dos trabalhadores argentinos aumentaram 62,5%. Por sua vez, a inflação ao consumidor desacelerou – foi contida em 39% considerando os últimos 12 meses encerrados em junho/25 –, embora os preços da carne bovina tenham subido 59% em igual intervalo de comparação. Embora ainda seja um problema, a taxa de inflação representa uma queda significativa em relação aos aumentos anuais de preços de três dígitos do passado recente, recorda o texto da Reuters. “As políticas de austeridade do presidente Javier Milei ajudaram a conter a inflação”, ressalta a agência. O aumento no poder de compra foi diretamente para a mesa de jantar, enfatiza a BCR. Além disso, o consumo de aves aumentou 1 quilo – de 44,9 para 45,9 quilos per capita – e o de carne suína subiu 1,3 quilo, aproximando-se de 18 quilos per capita por ano. Portanto, considerando as três principais carnes, o consumo local atingiu mais de 114 quilos per capita, segundo estatísticas oficiais. “À medida que a inflação começa a diminuir e permite que o bolso do consumidor se afrouxe, ainda que lentamente o consumo de carne bovina tende a recuperar o lugar de preferência que historicamente ocupou na cesta de compras do consumidor local”, afirma o estudo. O aumento do consumo doméstico de carne bovina neste ano absorveu um excesso de oferta, já que as exportações caíram 19% em volume, prejudicadas por uma taxa de câmbio volátil, disse o relatório.

Portal DBO 

FRANGOS & SUÍNOS

Negociações entre China e EUA deixam instável mercado de carne suína

Chineses vêm diminuindo importações americanas nos últimos anos, ao mesmo tempo em que elevam seus plantéis. Crescimento das exportações de carne suína do Brasil e um modesto aumento dos embarques europeus em 2025 estão intensificando a concorrência por novos mercados

As negociações comerciais, especialmente entre Estados Unidos e China, causam instabilidade no mercado global de carne suína. A avaliação está em um estudo do banco holandês Rabobank. O trabalho destaca que a China vem diminuindo importações de carne suína dos Estados Unidos nos últimos anos, ao mesmo tempo em que eleva seu plantel. Mas ainda é um dos principais destinos do produto americano. “O desfecho das atuais negociações entre os dois países pode ter implicações de longo alcance para o comércio global. Enquanto isso, o rápido crescimento das exportações do Brasil e um modesto aumento dos embarques europeus em 2025 estão intensificando a concorrência por novos mercados”, diz o banco. O estudo do Rabobank cita ainda que os preços do milho estão em baixa na bolsa de Chicago, pressionados pelas boas condições climáticas nas lavouras americanas e pelo avanço da segunda safra de milho no Brasil. Na terça-feira (12/8), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou suas projeções para a safra mundial e americana do cereal. Nesta quarta-feira (13/8), as cotações subiram, mas os principais contratos acumulam queda.

“Já os mercados de soja e farelo de soja apresentam sinais mistos. As propostas de mandatos para biocombustíveis da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) para 2026 e 2027 sustentam os preços da soja, ao mesmo tempo que exercem pressão de baixa sobre os preços do farelo de soja”, diz o banco. Os técnicos do banco holandês afirmam ainda que a sanidade dos plantéis ainda é uma preocupação global. A peste suína africana (PSA) continua se espalhando em partes da Ásia e da Europa, enquanto o vírus da síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos (PRRSv) prejudica a produtividade na América do Norte e na Espanha. “A febre aftosa adiciona mais incerteza ao comércio. Medidas como biossegurança avançada, automação e operações não tripuladas ajudam a mitigar esses riscos”, diz o Rabobank.

Globo Rural

Queda na exportação de carne de frango está concentrada no Paraná e no Rio Grande do Sul

Entre os 23 estados que exportaram carne de frango nos sete primeiros meses de 2025, 10 deles registraram queda no volume embarcado, fazendo com que o total nacional recuasse 2,33% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esse índice representou perto de 69,4 mil toneladas a menos, queda que teria sido maior não fossem as Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte terem aumentado suas exportações em cerca de 20 mil toneladas no período. Juntos, Sul e Nordeste exportaram quase 90 mil toneladas a menos, mais de 99% desse volume (89,2 mil toneladas) por parte do Rio Grande do Sul e do Paraná. Tais quedas são reflexo, sobretudo, do caso de IAAP na avicultura gaúcha e seria natural concluir que a maior redução está no Rio Grande do Sul. Mas a redução de 4,54% no Estado correspondeu a, aproximadamente, 18,8 mil toneladas a menos, praticamente um quarto da redução enfrentada pelo Paraná (-5,74%), que exportou 72,4 mil toneladas a menos. Com tal retrocesso, as exportações paranaenses viram sua participação no total nacional recuar perto de 3,5% em relação aos sete primeiros meses de 2024. Mas isso não tirou a hegemonia do Estado, que continua respondendo por mais de 40% das exportações brasileiras de carne de frango e por mais da metade (quase 53%) do volume embarcado neste ano pelos três estados do Sul.

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