CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2514 DE 23 DE JULHO DE 2025

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Ano 11 | nº 2514 | 23 de julho de 2025

 

NOTÍCIAS

Cotação do “boi China” e da vaca recuou em São Paulo

Ontem, o dia começou com grande parte das indústrias frigoríficas ainda fora das compras. Entre as que estiveram ativas na manhã de terça-feira, os negócios ocorreram com preços mais baixos para a arroba do “boi China” e para a da vaca.

O dia começou com grande parte das indústrias frigoríficas ainda fora das compras. Entre as que estiveram ativas na manhã de terça-feira, os negócios ocorreram com preços mais baixos para a arroba do “boi China” e para a da vaca. A cotação recuou R$2,00/@ para o “boi China” e R$3,00/@ para a vaca. As escalas de abate estiveram, em média, entre oito e nove dias. Muitas indústrias têm evitado alongar as programações, adotando uma postura cautelosa e avaliando o mercado dia a dia, visando evitar estoques, diante de um consumo interno que segue sem sinais de recuperação. Com isso, também tem diminuído o número de dias da semana em que os abates têm sido realizados. Na Bahia, o mercado apresentou uma oferta mais enxuta ontem e hoje, em comparação com a semana anterior. No entanto, o escoamento interno de carne bovina seguiu como um dos principais desafios no estado, sem reações de melhora. Com isso, a pressão de baixa seguiu no mercado na manhã de terça-feira, com recuo para todas as categorias na região Oeste e Sul.  Na região Oeste, a cotação do boi, a da vaca e a da novilha recuou R$5,00/@. Na região Sul, a arroba do boi gordo e a da novilha recuou R$5,00, enquanto a da vaca caiu R$3,00. Na exportação de carne bovina in natura, até a terceira semana de julho, o volume movimentado foi de 172,7 mil toneladas – a média diária foi de 12,3 mil toneladas, aumento de 19,6% frente ao embarcado por dia em julho de 2024. A cotação média da tonelada ficou em US$5,5 mil, alta de 25,8% na comparação com o mesmo período de 2024. A semana entre os dias 14 e 18 de julho, foi a melhor do ano em preço da tonelada exportada, a segunda maior em volume embarcado e a terceira melhor na média diária de embarques. Apesar do cenário favorável, o mercado enfrenta incertezas. A tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros, prevista para 1o de agosto, preocupa exportadores. No 1o semestre, os EUA importaram 156 mil t de carne bovina do Brasil, e a China liderou com 631 mil t. Com a tarifa, a carne brasileira pode perder competitividade, o que pode pressionar margens e reduzir embarques caso a demanda seja redirecionada.

Scot Consultoria

Boi gordo: cotações seguem influenciadas pelos EUA

Mercado norte-americano absorveu grandes quantidades de carne brasileira no primeiro semestre e futura ausência dessas negociações impacta mercado. O mercado físico do boi gordo apresentou manutenção do padrão de negócios na terça-feira.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as questões envolvendo o adicional tarifário imposto recentemente pelos Estados Unidos ainda impactam sobre a formação dos preços da arroba. “Os Estados Unidos ocupam papel relevante nas compras de carne bovina do Brasil em 2025, absorvendo grandes quantidades durante o primeiro semestre. A entrada de animais confinados no mercado é outro aspecto a ser mencionado, fazendo com que os frigoríficos não encontrem dificuldades na composição de suas escalas de abate”, disse. Média da arroba do boi gordo: São Paulo: R$ 294,37 — ontem: R$ 294,43. Goiás: R$ 276,21 — R$ 277,04. Minas Gerais: R$ 281,76 — R$ 281,47. Mato Grosso do Sul: R$ 295,80 — R$ 295,57. Mato Grosso: R$ 294,04 — R$ 295,14. O mercado atacadista ainda se depara com manutenção do padrão das negociações. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela queda das cotações no curtíssimo prazo, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. “Além disso, a carne de frango segue muito mais competitiva em comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparado a carne bovina”, assinalou o consultor. O quarto dianteiro segue no patamar de 17,50 por quilo; a ponta de agulha segue no patamar de R$ 17,50 por quilo.

Agência Safras

Compra de carne brasileira pelos EUA despenca 80% em três meses

Queda reflete tarifas já aplicadas e ameaça de sobretaxa; preço do produto subiu para os americanos

As tarifas extras já impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump derrubaram a venda de carne bovina brasileira para os americanos, mesmo antes de entrar em vigor a sobretaxa de 50%, prevista para valer a partir de 1º de agosto. Em abril, mês em que Trump passou a impor a taxação adicional de 10%, as exportações brasileiras de carne para os EUA chegaram a 47,8 mil toneladas. Em menos de três meses, porém, o volume despencou: foram registradas as vendas de 27,4 mil toneladas em maio. Em junho, houve uma nova redução, para 18,2 mil toneladas. Neste mês, mais um tombo, e o volume das compras americanas chega a 9,7 mil toneladas neste momento, uma redução de 80% sobre as exportações de abril. Os dados do comércio bilateral são do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Em curva oposta, embora bem menos acentuada, o preço da carne brasileira subiu para os americanos. Se em abril o valor médio pago pelo importador era de US$ 5.200 por tonelada de carne, esse preço passou para US$ 5.400 em maio e chegou a US$ 5.600 em junho. Nesta semana, o valor médio praticado está em US$ 5.850, uma alta de 12%. Com a incerteza do que pode ocorrer a partir de agosto, algumas remessas de carne já fechadas e que tinham os EUA como destino chegaram a trocar o destino portuário em território americano, para evitar que a embarcação chegasse após o dia 1º. Nos bastidores, a indústria da carne e o governo federal têm procurado importadores americanos para tentar sensibilizar o setor sobre os reflexos que uma tarifa de 50% terá sobre as transações. Os articuladores envolvidos nessas discussões acreditam que será possível incluir esse passo numa negociação por etapas. O cenário geral, porém, permanece obscuro, dada a posição do governo americano de não abrir espaço para negociações e impor condições sem nenhuma relação econômica, como a revisão de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. O Brasil é hoje o maior exportador de carne bovina para os EUA, seguido por Austrália, Nova Zelândia e Uruguai. Paralelamente, os americanos são o segundo maior destino da carne brasileira, só atrás da China. As vendas de carne para os EUA seguiam em níveis recordes até o início deste ano. De janeiro a junho de 2025, o Brasil exportou 181,5 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, com faturamento de US$ 1,04 bilhão no período. O resultado representa um crescimento de 112,6% em volume e 102% em valor em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportadas 85,4 mil toneladas, totalizando US$ 515 milhões. O preço médio brasileiro ainda está abaixo da média de exportadores como o Canadá e Argentina, mas essa situação mudaria drasticamente com a sobretaxa de 50% ameaçada por Trump. Historicamente, os Estados Unidos impõem limites de importação para a carne bovina que entra no país. Cada país exportador tem um teto (cota) de quantas toneladas de carne pode vender aos EUA com tarifa baixa (ou até isenção). Se o país quiser exportar mais do que essa cota, é possível, mas paga uma tarifa mais alta, o que geralmente encarece o produto e reduz sua competitividade. O Brasil tem uma cota de 65 mil toneladas por ano. O país vinha exportando muito mais carne bovina para os EUA, com mais de 181 mil toneladas de janeiro a junho, ou seja, quase o triplo da cota permitida com tarifa reduzida. Isso mostra que a carne brasileira entra nos EUA mesmo pagando tarifas maiores. Com as novas ameaças de Trump, porém, esse cenário tende a se tornar inviável. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera os diálogos, sinalizou, em conversas com auxiliares que acompanham o tema, que os setores produtivos brasileiros podem funcionar como ponta de lança dessa estratégia. Neste roteiro, em primeiro lugar, estão as reuniões com setores do mercado brasileiro, que começaram na terça-feira (15). Cerca de 70% de toda a carne produzida fica no mercado nacional. Os 30% que são exportados, em sua maioria, correspondem a cortes que o brasileiro não consome com frequência. Principalmente do dianteiro do boi, que vai para os Estados Unidos, onde é utilizado na produção de hambúrgueres, e miúdos, que vão para a Ásia, onde são usados em ensopados e preparações típicas, por exemplo.

Folha de SP 

Custos da recria/engorda em MT sobem 49,8% no 2º trimestre/25

Avanço dos gastos na atividade, diz o instituto, foi impulsionado pela adição no custo com aquisição de animais, que subiu R$ 68,66/@ em relação ao resultado consolidado em 2024

O custo operacional efetivo (COE) – que faz referência aos desembolsos anuais para o custeio de uma atividade – do sistema de recria/engorda em Mato Grosso atingiu R$ 283,84/@ no segundo trimestre/25, o que significou um forte aumento de 49,80% sobre o resultado consolidado em 2024, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse avanço, diz o instituto, foi impulsionado pela adição no custo com aquisição de animais, que subiu R$ 68,66/@ no mesmo comparativo. No sistema de cria, relata o Imea, o COE registrou alta de 31,55% no segundo trimestre/25 ante o consolidado de 2024, puxado pelos gastos com suplementação, que aumentaram R$ 24,25/@, reflexo do acréscimo nos preços das rações de engorda com a alta do valor do milho. Por sua vez, o sistema de ciclo completo de Mato Grosso registrou recuo de 19,63% no COE, alcançando R$ 121,81/@ na média do segundo trimestre/25. “Esse resultado se deve ao fato de esse sistema não depender diretamente dos preços de reposição e por contar com um ciclo produtivo mais longo, o que permite diluir os impactos do avanço nos custos com suplementação”, justificam os analistas do Imea.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar fecha o dia estável com tarifas no radar dos investidores

O dólar oscilou em margens estreitas nesta terça-feira e encerrou o dia praticamente estável ante o real, numa sessão de liquidez reduzida e agenda esvaziada, em que os investidores pouco se movimentaram à espera de novidades sobre o tarifaço dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana à vista fechou com leve alta de 0,04%, aos R$5,5671. No ano, a divisa acumula baixa de 9,90%. Às 17h03 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil – cedia 0,09%, aos R$5,5790. O dólar alterou altas e baixas em diferentes momentos da sessão sem um gatilho forte o suficiente para que os agentes alterassem suas posições. Tanto no Brasil quanto no exterior os investidores aguardavam por novidades sobre as negociações dos Estados Unidos com seus parceiros comerciais, a pouco mais de uma semana do início da cobrança de tarifas sobre produtos de vários países, em 1º de agosto. Nesta terça, fontes disseram à Reuters que as perspectivas de um acordo comercial provisório entre a Índia e os EUA antes de 1º de agosto diminuíram. Já o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse que usará todo o tempo disponível para fechar um acordo com os EUA. A falta de novidades concretas nas negociações foi vista também no Brasil, em meio às dificuldades do governo Lula em negociar com os EUA. A principal barreira é a exigência do presidente dos EUA, Donald Trump, como contrapartida à tarifa de 50% aos produtos brasileiros, do fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. No exterior, o dólar recuou ante uma cesta de divisas fortes e ante a maioria das demais moedas. Às 17h13, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,46%, a 97,400.

Reuters

Ibovespa tem queda discreta após flertar com 135 mil pontos

O Ibovespa fechou com um declínio modesto na terça-feira, apesar do avanço das blue chips Vale e Petrobras, uma vez que permanecem receios com potenciais reflexos econômicos da recente escalada na tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,1%, a 134.035,72 pontos, tendo marcado 135.300,29 pontos na máxima e 133.986,03 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$18,2 bilhões, abaixo da média diária do mês, de R$21,66 bilhões, que está abaixo da média do ano, de R$24,48 bilhões. Não houve novidade para apoiar alguma expectativa de mudança no plano norte-americano de tarifar produtos brasileiros em 50% a partir de agosto, mantendo o apetite ao risco reduzido na bolsa paulista, em dia sem sinal único em Wall Street. “O investidor está de olho ainda nos acontecimentos relacionados à guerra das tarifas”, afirmou o sócio e advisor da Blue3 Investimentos Willian Queiroz, acrescentando que ainda há um clima de indefinição sobre o tema globalmente. Em Nova York, o S&P 500 fechou quase estável, com a safra de balanços dos EUA sob os holofotes, bem como possíveis reflexos na nova política comercial norte-americana. A sessão ainda teve declarações de Trump de que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, é um “idiota” que manteve as taxas de juros muito altas, mas que ele sairá em oito meses. De acordo com o analista João Daronco, Suno Research, há também expectativa para a temporada de resultados das empresas brasileiras, que está começando, o que pode explicar uma certa volatilidade em alguns papéis. No final da tarde, o governo federal apontou necessidade de uma contenção de R$10,7 bilhões nos gastos dos ministérios para cumprir regras fiscais, valor menor do que os R$31,3 bilhões apontados em maio diante de uma melhora de receitas.

Reuters

Mercado prevê inflação negativa mês que vem com ‘bônus’ nas contas de luz

O mercado financeiro atualizou as expectativas para a inflação dos próximos meses e passou a prever uma leve deflação no mês de agosto

A estimativa é justificada pelo pagamento do bônus de R$ 883 milhões nas contas de luz. O desconto será aplicado diretamente nas contas de clientes residenciais ou rurais que tiveram consumo inferior a 350 kWh em ao menos um mês do ano passado. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ainda não divulgou o valor médio dos abatimentos e nem o número de beneficiados. Mercado prevê deflação de 0,04% em agosto. As informações são do último Boletim Focus, publicado segunda-feira. A nova expectativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do próximo mês é 0,31 ponto percentual menor. Se confirmado, o resultado vai representar a primeira inflação negativa do Brasil desde agosto do ano passado (-0,02%). O movimento é justificado pelo repasse de R$ 883 milhões do bônus vindo da distribuição do saldo positivo da Hidrelétrica de Itaipu. O valor foi aprovado na semana passada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O total supera em 35% o cálculo inicial, que previa o repasse de R$ 656,6 milhões. Já em setembro, sem esse alívio, o índice ganhará fôlego. Após a variação negativa em agosto, os analistas projetam o avanço de 0,55% dos preços no mês seguinte, com a recomposição do benefício distribuído. A expectativa aparece 0,23 ponto percentual acima da projeção apresentada há uma semana. O desconto do bônus de Itaipu foi maior do que o projetado, implicando em maior queda da energia elétrica em agosto, com alta equivalente em setembro. Esse efeito tem impacto neutro para a projeção de inflação do ano. Benefício é resultado do desempenho da hidrelétrica. O desconto nas tarifas de energia elétrica será possível porque a Usina de Itaipu registrou um excedente de quase R$ 1,6 bilhão entre receitas e despesas no ano passado. Do total, R$ 365 milhões foram utilizados para quitar o déficit da Conta de Comercialização de Itaipu deste ano e os demais R$ 656,6 milhões serão abatidos das contas de luz.

Uol Economia 

China assume protagonismo nas importações brasileiras

No primeiro semestre de 2025, quase um terço das compras externas brasileiras vieram da China, um recorde histórico que sinaliza mudança na balança comercial nacional

Entre os meses de janeiro e junho deste ano, o Brasil passou por uma transformação em sua balança comercial, com forte avanço da China como principal parceira nas importações: 26,3% das compras externas brasileiras vieram do país asiático, marcando um recorde histórico, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. O crescimento foi de 37,2% sobre o mesmo período do ano anterior, um dado ainda superior ao desempenho das importações brasileiras, que subiram 16,7% no total durante os primeiros seis meses do ano. Ainda no período, os preços médios das importações chinesas tornaram-se ainda mais competitivos, com queda de 8,1%. O índice é sustentado por fatores como a melhor compreensão das características do mercado brasileiro por parte das empresas chinesas, investimentos em fábricas e infraestrutura no Brasil, como a participação em portos, o que contribui diretamente para o crescimento das trocas comerciais, além de clara evolução da qualidade de produtos chineses. A balança comercial aponta ainda uma queda de participação dos Estados Unidos para 16% no primeiro semestre – o segundo menor patamar em 10 anos.

SECEX/MDIC

Governo melhora previsão de déficit primário do governo central em 2025 para R$ 26,3bi

O número leva em conta Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central e considera o contingenciamento realizado

O governo federal alterou na terça-feira a sua projeção para o resultado primário do governo central deste ano, de um déficit de R$ 31 bilhões para um resultado negativo de R$ 26,3 bilhões. O número leva em conta Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central (BC) e considera o contingenciamento realizado. A meta para 2025 é de déficit zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos, o equivalente a R$ 31 bilhões. Os dados divulgados fazem parte do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. Levando em conta os precatórios, a projeção do governo federal passou de déficit de R$ 97 bilhões (0,8% do PIB) para déficit de R$ 74,9 bilhões (0,6% do PIB). A rigor, a meta fiscal estará formalmente cumprida se o governo registrar este ano um déficit de até R$ 76,3 bilhões. Esse valor corresponde à soma da margem de tolerância, de R$ 31 bilhões, e dos R$ 45,3 bilhões em precatórios que podem ser deixados fora das regras fiscais deste ano. A estimativa de receitas primárias em 2025 subiu R$ 25,4 bilhões, para R$ 2,924 trilhões, na comparação com o relatório anterior. Por sua vez, a estimativa para as receitas líquidas subiu R$ 27,1 bilhões, para R$ 2,345 trilhões. Já a previsão para as despesas primárias subiu R$ 5 bilhões, para R$ 2,420 trilhões. A estimativa para as despesas obrigatórias subiu R$ 5,1 bilhões, para R$ 2,209 trilhões. Por sua vez, a projeção para as despesas discricionárias (aquelas que podem ser cortadas livremente, como investimentos) caiu R$ 0,1 bilhão, para R$ 210,5 bilhões, já descontado o bloqueio. Indicadores O Relatório também traz atualização das projeções do Ministério do Planejamento para uma série de indicadores econômicos referentes a 2025. A projeção para a Selic média de 2025 passou de 14,28% para 14,25%. A estimativa para a taxa de câmbio médio, por sua vez, passou de R$ 5,81 para R$ 5,70 por dólar. Já a projeção para o preço do barril de petróleo variou de US$ 65,09 para US$ 68,38. Os números fazem parte do Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias.

Valor Econômico

Corrente de comércio chega a US$ 337,26 bi neste ano

Na 3ª semana de julho, a Balança Comercial registrou superávit de US$ 1,53 bilhão e corrente de comércio somou US$ 13,43 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7,48 bilhões e importações de US$ 5,95 bilhões, segundo dados divulgados na segunda-feira (21/07) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 185,48 bilhões e as importações US$ 151,78 bilhões, com saldo positivo de US$ 33,7 bilhões e corrente de comércio de US$ 337,26 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 3ª semana de julho/2025 (US$1,4 bi) com a de julho/2024 (US$ 1,34 bi), houve crescimento de 4,5%. Em relação às importações, o crescimento foi de 12,9% na mesma comparação – saindo de US$ 1,01 bi para US$ 1,14 bi). Assim, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,54 bilhões e a do saldo foi de US$ 257,71 milhões. Comparando-se este período com a média de julho/2024, houve crescimento de 8,1% na corrente de comércio. No acumulado das exportações, até a 3ª semana do mês de julho/2025, o desempenho dos setores pela média diária mostrou crescimento de US$ 51,39 milhões (7,2%) em produtos da Indústria de Transformação; e de US$ 15,43 milhões (5%) em Indústria Extrativa; com queda de US$ 5,79 milhões (-1,9%) em Agropecuária. No acumulado das importações, também na média diária do período, houve crescimento de US$ 137,49 milhões (14,9%) em produtos da Indústria de Transformação; e de US$ 1 milhão (4,8%) em Agropecuária; com queda de US$ 7,44 milhões (-11,9%) em Indústria Extrativa.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

 INTERNACIONAL

Importações de carne bovina da China recuam 10% no 1º semestre/25

O Brasil dominou a lista de fornecedores da proteína vermelha no primeiro semestre, alcançando uma participação de 47% do total importado pelos chineses

No acumulado de janeiro a junho de 2025, a China importou 1,29 milhão de toneladas de carne bovina, uma retração de 9,76% em relação ao resultado registrado no mesmo período do ano passado, informa a Agrifatto, com base em dados do governo chinês. Como usual, acrescenta a consultoria, o Brasil dominou a lista de fornecedores da proteína vermelha no primeiro semestre, alcançando uma participação de 47% do total importado pelos chineses. Foram 604 mil toneladas de proteína bovina brasileira embarcadas para o país asiático nos primeiros seis meses deste ano. “O Brasil tem conquistado espaço (no mercado chinês de importação de carne bovina) em detrimento de países como Uruguai, Nova Zelândia e Estados Unidos”, observa a Agrifatto, que acrescenta: “A principal razão disso é a desvalorização do boi gordo brasileiro frente à média dos principais exportadores nos últimos meses, potencializado pelo câmbio, o que tornou a carne brasileira mais atrativa para os importadores chineses”. Outro ponto de destaque é a maior presença da Austrália nas importações chinesas e a menor participação da carne bovina argentina no país asiático, observa a Agrifatto. O gigante asiático comprou 36,67% a mais de carne bovina australiana nos primeiros seis meses de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, ao mesmo tempo em que reduziu em 29,42% as compras da carne argentina. Com a proximidade do término das investigações chinesas sobre o impacto das importações de carne bovina, as expectativas é de que a China imponha cotas de importação para a proteína comprada de outros países, relata a Agrifatto. Uma das formas possíveis, diz a consultoria, é a criação de uma “cota global” em que haverá um número máximo de importação, não sendo diferido por país exportador. Outra forma em que o mercado espera é a cota por país, acrescenta a Agrifatto. “Diversos fornecedores globais de carne bovina ficaram com um grande receio em relação à possível existência de uma ‘cota global’, pois o Brasil é um fornecedor em potencial a preencher essa cota em um curto espaço de tempo”, analisa a consultoria.

Agrifatto

FRANGOS & SUÍNOS

Embarques de carne de frango registram pequena reação, mas permanecem em baixos níveis

Comparativamente ao registrado na semana anterior, os embarques de carne de frango in natura da terceira semana de julho corrente (13 a 19, cinco dias úteis) aumentaram perto de 9%.

Mas, na média do mês, permanecem baixos, pois a média diária exportada, da ordem de 16.570 toneladas, mesmo sendo 5,6% superior à de junho último, se encontra quase 13% abaixo da alcançada um ano atrás, em julho de 2024. Como, a esta altura do mês, é pouco provável uma reação significativa nos volumes embarcados (faltam apenas nove dos 23 dias úteis de julho), a tendência é a de manutenção das médias atuais, com ligeira evolução dos níveis até agora registrados. Assim, o total mensal pode girar em torno das 390 mil toneladas, cerca de 10% a menos que o registrado há um ano, quando foram exportadas perto de 436 mil toneladas de carne de frango in natura.

SECEX/MDIC

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