
Ano 11 | nº 2513 | 22 de julho de 2025
NOTÍCIAS
Queda na cotação do boi gordo e do “boi China” em São Paulo
A semana começou com indústrias fora das compras e volume de ofertas elevado, o que pressionou a cotação do boi gordo, que caiu R$3,00/@, e a do “boi China”, que caiu R$2,00/@.
A semana começou com indústrias fora das compras e volume de ofertas elevado, o que pressionou a cotação do boi gordo, que caiu R$3,00/@, e a do “boi China”, que caiu R$2,00/@. A escala de abate estava, em média, para nove dias. Na região Sudeste de Rondônia, parte dos frigoríficos não esteve comprando com o anúncio do tarifaço, e iniciou a semana fora do mercado. Com isso, as cotações não mudaram. A escala de abate estava, em média, para nove dias. Em Santa Catarina, os compradores reduziram o volume de negócios, o que pressionou as cotações. A cotação do boi gordo e da novilha caiu R$2,00/@. A cotação da vaca não mudou. A escala de abate estava, em média, para dez dias. No atacado de carne com osso, o mercado apresentou um movimento de vendas que variou de lento a razoável, refletindo a tendência típica do período de menor escoamento. A cotação da carcaça casada do boi capão caiu 3,5% ou R$0,70/kg. Enquanto a carcaça do boi inteiro caiu 1,6% ou R$0,30/kg. A cotação da carcaça do traseiro do boi capão caiu 5,5% ou R$1,25/kg, e a do boi inteiro caiu 2,7% ou R$0,55/kg. A cotação da carcaça casada da vaca caiu 2,7% ou R$0,50/kg, e a da novilha caiu 2,4% ou R$0,45/kg. No mercado de carnes alternativas, o preço do frango médio* caiu 2,7% ou R$0,18/kg. A cotação, no atacado, do suíno especial** caiu 0,8% ou R$0,10/kg.
Scot Consultoria
Tarifaço dos Estados Unidos ao Brasil continua interferindo na relação entre indústria e pecuaristas
O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com preços mais baixos no início da semana. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o adicional tarifário imposto pelos Estados Unidos ainda gera problemas para o Brasil.
“Com o segundo maior importador de carne bovina do país ausente, as exportações brasileiras tendem a recuar. As indústrias já interromperam a produção de novas remessas de carne para os Estados Unidos”. Segundo ele, a entrada de animais confinados no mercado alongou as escalas da indústria brasileira e acelerou o processo de queda nos preços da arroba em diversos estados produtores. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 294,43 — na sexta: R$ 295,52. Goiás: R$ 277,04 — R$ 278,75. Minas Gerais: R$ 281,47 — R$ 282,65. Mato Grosso do Sul: R$ 295,57 — R$ 295,45. Mato Grosso: R$ 295,14 — R$ 295,61. O mercado atacadista apresenta estabilidade em seus preços no decorrer da segunda-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para fragilidades, em linha com o perfil da demanda no decorrer da segunda quinzena do mês, naturalmente deprimida. “Também é importante mencionar que a carne de frango dispõe de maior competitividade na comparação com as concorrentes, em especial se comparado a carne bovina”, assinalou. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,80 por quilo; o dianteiro segue no patamar de R$ 17,50 por quilo; e a ponta de agulha se mantém em R$ 17,50, por quilo.
Agência Safras
Exportações de carne bovina in natura crescem em ritmo e valor em julho. tarifas dos EUA seguem no radar do setor
Com alta de 19,6% na média diária embarcada e avanço de 25,8% no preço por tonelada, Brasil alcança US$ 958,1 milhões em receita até a terceira semana.
O volume exportado de carne bovina chegou em 172,7 mil toneladas até a terceira semana de julho/25, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. No ano anterior, o volume exportado no mês de julho foi de 237,2 mil toneladas em 23 dias úteis. A média diária movimentada ficou em 12,3 mil toneladas, avanço de 19,6% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 10,3 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.547 por tonelada na terceira semana de julho/25, e isso representa um ganho anual de 25,8%, quando se compara com os valores observados em julho de 2024, em que estavam em US$ 4.409,0 mil por tonelada. O valor negociado para a carne bovina na terceira semana de julho ficou em US$ 958,1 milhões, sendo que em julho do ano anterior a receita total foi de US$ 1,045 bilhão. A média diária do faturamento na terceira semana de julho ficou em US$ 68,4 milhões, ganho de 50,5%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, que ficou em US$ 45,4 milhões. No entanto, o cenário positivo enfrenta incertezas. A adoção de novas tarifas sobre carnes por parte dos Estados Unidos — um dos principais destinos da carne bovina brasileira — já começa a gerar preocupação entre os exportadores. De acordo com a Scot Consultoria, os Estados Unidos são o segundo principal destino da carne bovina brasileira, com um total de 156,0 mil toneladas de carne in natura adquiridas no primeiro semestre de 2025 – a China, principal destino, comprou 631,0 mil toneladas. Com o menor rebanho das últimas décadas e um estímulo à retenção de matrizes no país, os norte-americanos estão na fase de alta (retenção das fêmeas) do ciclo pecuário local. A produção de carne, em milhões de toneladas de equivalente carcaça (tec.), está em queda, e o consumo doméstico, crescente – fato que coloca a arroba estadunidense como a mais cara do mundo em 2025. Analistas alertam que, embora o Brasil esteja diversificando seus destinos, com destaque para a China e países do Oriente Médio, o impacto das tarifas poderá refletir na formação de preços e na estratégia de negociação dos frigoríficos para o restante do ano.
SECEX/MDIC
Efeito tarifa: frigoríficos suspendem compras e entram em férias coletivas
Especialistas indicam janelas de oportunidades no mercado pecuário brasileiro mesmo diante de incertezas com taxação dos EUA
A cadeia pecuária brasileira vive dias de incerteza e de mercado travado, pressionada pela indefinição sobre a imposição de tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros. Em reação imediata, frigoríficos no Brasil alongaram escalas de abate e algumas plantas colocaram parte dos funcionários em férias coletivas, conforme a Scot consultoria. O impacto direto sobre o preço da arroba já aparece. No indicador Cepea, a cotação recuou de R$ 305,00 no dia 09 de julho — quando as tarifas foram anunciadas — para R$ 296,75, na sexta-feira, 18, acumulando queda de 2,7% no período. Segundo analistas, o setor, que está acostumado a lidar com choques, segue tentando absorver o golpe. “A indústria é rápida. Então, se eles preveem que eles não vão mais produzir, que as encomendas foram suspensas, então, eles cortam pessoas. O agro é diferente. Por mais difícil que seja a situação, o agro não demite em massa, ele absorve os impactos”, explicou Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria. Para Torres, o efeito observado no mercado é mais especulativo e de incerteza, do que real. “Em resumo, o mercado vive muito mais da expectativa do que do fato porque o fato é que os EUA absorvem só 2% do que o Brasil produz, então, o mercado deveria continuar”, sinaliza. Pedro Gonçalves, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot, destaca o efeito imediato dessa incerteza. “A indústria aperta a arroba, compra menos, pressiona. Estamos vendo mais especulação do que uma reação real”, diz. Gonçalves lembra que, embora os EUA representem cerca de 12% das exportações brasileiras, o anúncio das tarifas mexeu com todo o mercado. “Isso cria ruído, trava negócios, e o mercado sente”, afirma. Ele indica ainda que, em algumas regiões, como em Mato Grosso, estado com o maior rebanho bovino do país, a pressão se refletiu até na reposição. “A correlação entre o preço da arroba do boi gordo e das categorias de reposição é alta. Então, se um está sentindo, o outro sente junto”, destaca. Mesmo em meio à tensão provocada pelo anúncio das tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros, uma certeza ainda sustenta o setor pecuário: a virada de ciclo da pecuária, com alta dos preços. “Estamos caminhando para um ciclo de alta. Esse movimento tem um peso maior do que a crise das tarifas”, afirma Torres. Segundo ele, os fundamentos do mercado seguem inalterados diante da taxação — com uma oferta menor prevista para os próximos meses e uma tendência natural de valorização da arroba. Mesmo com o mercado travado e as indústrias segurando compras ou alongando escalas, a perspectiva é de que o preço volte a reagir. “A gente vem de um cenário extremamente positivo para a pecuária de corte no nosso país. Então, quem está pensando em investir e aumentar o rebanho, que é uma situação um pouco mais difícil, principalmente nessa virada de alta, talvez tenha criado uma janela de oportunidade para fazer compras do gado de reposição para esse momento já que a relação de troca melhorou”, indica Gonçalves. Nesse contexto e diante do nervosismo e incertezas, os especialistas não descartam um cenário positivo no médio prazo. “Temos indicativos de alta no preço do boi. A oferta vai diminuir e, mais cedo ou mais tarde, isso deve sustentar preços”, diz Gonçalves.
O Estado de São Paulo/Agro
ECONOMIA
Real se recupera com queda global do dólar, mas tensões com EUA seguem no radar
Agentes financeiros permanecem atentos às novidades em torno das negociações comerciais entre os países
O dólar à vista encerrou a segunda-feira em queda firme contra o real, acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana. O câmbio doméstico reverteu parcialmente as perdas registradas na sessão de sexta-feira, quando houve um movimento que sugeriu um aumento na busca por proteção (“hedge”) no mercado local antes do fim de semana, diante da escalada das tensões entre Estados Unidos e Brasil. Nesse contexto, os agentes financeiros permanecem atentos às novidades em torno das negociações entre os países. No fim da sessão, o dólar recuou 0,41% no segmento à vista, cotado a R$ 5,5644. No dia, a moeda americana bateu a mínima de R$ 5,5502 e encostou na máxima de R$ 5,6114. Já o euro comercial teve alta de 0.16%, a R$ 6,5044. No fim da tarde, o índice DXY, que mede a força da divisa americana contra uma cesta de seis moedas principais, avançava 0,61%, a 98,884 pontos. Embora o conflito entre Washington e Brasília tenha se acirrado após as medidas cautelares da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a represália do governo americano, que suspendeu os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não houve novas sinalizações de agravamento do impasse entre os países. A ausência de novidades se somou à desvalorização do dólar entre pares e divisas emergentes, o que trouxe alívio ao mercado local, avalia o gestor Eduardo Aun, da área macro da AZ Quest. “Tinha um temor muito grande no fim de semana de que os EUA poderiam impor sanções que ultrapassariam as tarifas, mas, no fim das contas, isso não aconteceu. Poderia ser pior. O mercado trabalhava com a chance de vir algo pior”, destaca. Nesse sentido, houve um ajuste no mercado na segunda-feira, já que os piores cenários não se concretizaram. O real vinha em uma trajetória positiva frente a outras moedas emergentes, destaca o profissional da AZ Quest. Segundo ele, o otimismo dos investidores era sustentado principalmente pelo “carry trade”, devido ao elevado diferencial das taxas no Brasil. Com retornos de 8% a 9% nos vencimentos mais curtos da curva de juros e expectativas de menor volatilidade, afirma, o câmbio se tornou especialmente atrativo. No entanto, as tarifas de 50% do presidente americano, Donald Trump, podem reverter esse cenário.
Valor Econômico
Ibovespa retoma 134 mil pontos em dia de correção; ação da Vale sobe quase 3%
Índice chegou a se aproximar dos 135 mil pontos, mas devolveu um pouco dos ganhos durante a tarde, em meio a uma virada negativa de bancos
Após encerrar com forte perda de 1,61% na sexta-feira, o Ibovespa passou por um movimento de correção desde o início dos negócios da segunda-feira, apoiado pelo avanço de blue chips de commodities. O índice chegou a se aproximar dos 135 mil pontos, ao tocar os 134.865 pontos, na máxima do dia, mas devolveu um pouco dos ganhos durante a tarde, em meio a uma virada negativa de bancos, além de uma alta um pouco menor da Vale, que chegou a avançar mais de 4%, e da Petrobras, que subiu acima de 1% em determinado momento do pregão. No fim do dia, o Ibovespa encerrou com ganho de 0,59%, aos 134.167 pontos, distante da mínima de 133.367 pontos. O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 12,8 bilhões e de R$ 17,4 bilhões na B3. Sem novidades que pudessem elevar ainda mais as preocupações dos investidores, os receios de que haja uma escalada nas tensões entre EUA e Brasil perderam um pouco de força na sessão, o que garantiu uma recuperação de outras classes de ativos, como o real. estrague tudo. É muito claro que o presidente Lula saiu ganhador com as tarifas”, acrescenta. Ontem pela manhã, em entrevista à CBN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o “Brasil não vai sair da mesa de negociação”, mas que não descarta a possibilidade de chegar ao dia 1º de agosto sem resposta dos americanos. Mais tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também disse que o país irá trabalhar para diversificar os parceiros comerciais. Já no exterior, o movimento em Wall Street foi misto: o Nasdaq subiu 0,38%; o S&P 500 avançou 0,14%; e o Dow Jones fechou estável, com queda de 0,04%.
Valor Econômico
GOVERNO
Coreia do Sul abre mercado para couro do Brasil
Setor busca novos destinos e alternativas de comércio devido à taxação dos Estados Unidos. A negociação para abertura do mercado coreano de couros levou alguns anos de idas e vindas
A Coreia do Sul abriu seu mercado para a exportação de couro cru e peles do Brasil. A confirmação, oficializada na segunda-feira (21/7) ao Ministério da Agricultura, ocorre em momento que o governo busca novos destinos e alternativas de comércio aos setores impactados pelo anúncio da taxação dos Estados Unidos. O setor produtivo e exportador de couros foi um dos ouvidos pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, na semana passada, nas reuniões para avaliar o impacto do tarifaço de Donald Trump sobre o Brasil. A negociação para abertura do mercado coreano levou alguns anos de idas e vindas. De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, a medida tem importância ainda maior por conta do momento turbulento vivido no comércio internacional com a taxação dos norte-americanos. Segundo ele, a abertura faz parte do esforço que foi intensificado para “buscar mercados alternativos, sem prejuízo das negociações” com os EUA. Rua disse que a abertura do mercado para couros e peles não tem relação direta com as negociações que o Brasil mantém para receber o aval da Coreia do Sul para exportação de carne bovina, mas ressaltou que essa interlocução foi reforçada. “Seguramente, a Coreia é um dos três mercados, no caso da carne bovina, que já estamos focando e intensificaremos a relação”, disse. Em agosto, o secretário irá para o Japão, onde tentará avançar nas tratativas para abertura de mercado para a proteína brasileira. Recentemente, os japoneses realizaram auditoria no sistema de inspeção nacional. A expectativa é que as autoridades em Tóquio tenham concluído o relatório da missão até a chegada da comitiva brasileira no próximo mês. Além de Coreia e Japão, o Brasil tenta abrir o mercado da Turquia para as exportações de carne bovina, um dos setores mais impactados com a possível taxação de 50% anunciada pelos EUA a partir de agosto. De janeiro a junho deste ano, o segmento exportou 181 mil toneladas da proteína aos norte-americanos.
Globo Rural
LEGISLAÇÃO
Justiça determina que BRF ajuste condições de trabalho em unidades no RS
Ação civil pública foi ajuizada após inspeção realizada entre 10 e 14 de março de 2025
A BRF terá que adequar condições de trabalho relacionadas à movimentação manual de cargas em suas unidades, em Marau (RS). Foi o que decidiu a Justiça, em liminar obtida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a empresa. A decisão do juiz Bruno Luis Bressiani Martins estabelece prazos para o cumprimento das obrigações, sob pena de multa, conforme comunicado do MPT publicado hoje (21/7). A BRF afirma que ainda não foi notificada (leia o posicionamento da empresa no final desta reportagem). A ação civil pública foi ajuizada pelos procuradores do Trabalho Priscila Dibi Schvarcz, Alexandre Marin Ragagnin e Pedro Guimarães Vieira, após inspeção entre 10 e 14 de março de 2025, no âmbito do Projeto de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos no Rio Grande do Sul. Segundo os agentes, foram identificadas “violações sistemáticas às normas de segurança” nas unidades da BRF em Marau.
“As irregularidades incluem movimentação de cargas acima dos limites recomendados, distâncias horizontais de alcance superiores a 60 cm, alturas inadequadas de manuseio, ausência de controle da massa cumulativa diária movimentada e posturas nocivas que causam sobrecarga na coluna vertebral”, ressaltou o MPT. De acordo com o Ministério Público, a Previdência Social pagou R$ 7,4 milhões em benefícios relacionados às duas unidades da companhia, sendo R$ 1,88 milhão especificamente em benefícios ligados à movimentação inadequada de cargas. Além das adequações técnicas, o MPT pede indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 20 milhões. A BRF terá 90 dias para implementar medidas que incluem o estabelecimento de limites mais rigorosos para movimentação de cargas, distância horizontal máxima de 60 centímetros do corpo e peso máximo de 23kg em condições adequadas. A Justiça ainda determina um máximo de 2 horas contínuas de movimentação, com pausas de no mínimo 30% do tempo de atividade, além de capacitação específica para todos os trabalhadores. “A empresa também terá 150 dias para promover modificações estruturais em setores específicos, incluindo reformulação do layout das linhas de embalagem no setor de miúdos, reprojetar alimentação e deposição de produtos na desossa, implementar controles de peso em contentores e carrinhos e reduzir a necessidade de transporte manual na limpeza”, informou o MPT. Há previsão de multa de R$ 50 mil por obrigação não cumprida, além de R$ 2 mil por trabalhador prejudicado. Procurada pela reportagem, a BRF informou que, até o momento, não foi notificada sobre o assunto. “A Companhia destaca que possui um Acordo Nacional de Ritmo de Trabalho com o Ministério Público do Trabalho, uma iniciativa conjunta e proativa, voltada à promoção de condições laborais seguras e saudáveis, prevenindo o adoecimento ocupacional”, afirmou em nota a companhia. A BRF reiterou ainda que conta com um compromisso histórico com a integridade, segurança e saúde de seus colaboradores, e que sempre atua conforme a legislação vigente, com as normas aplicáveis e seguindo seu rigoroso programa interno de Saúde e Segurança Ocupacional. Além disso, a empresa destacou que vem ampliando a implementação de soluções de automação em diversos processos, que incluem a movimentação de cargas. “Por fim, a BRF reafirma seu compromisso com a transparência e o diálogo institucional, mantendo canais abertos com todas as autoridades competentes e reforçando sua postura colaborativa na construção contínua de ambientes de trabalho seguros e saudáveis”, completa a nota.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Importações de carne bovina da China recuam 10% no 1º semestre/25
O Brasil dominou a lista de fornecedores da proteína vermelha no primeiro semestre, alcançando uma participação de 47% do total importado pelos chineses
No acumulado de janeiro a junho de 2025, a China importou 1,29 milhão de toneladas de carne bovina, uma retração de 9,76% em relação ao resultado registrado no mesmo período do ano passado, informa a Agrifatto, com base em dados do governo chinês. Como usual, acrescenta a consultoria, o Brasil dominou a lista de fornecedores da proteína vermelha no primeiro semestre, alcançando uma participação de 47% do total importado pelos chineses. Foram 604 mil toneladas de proteína bovina brasileira embarcadas para o país asiático nos primeiros seis meses deste ano. “O Brasil tem conquistado espaço (no mercado chinês de importação de carne bovina) em detrimento de países como Uruguai, Nova Zelândia e Estados Unidos”, observa a Agrifatto, que acrescenta: “A principal razão disso é a desvalorização do boi gordo brasileiro frente à média dos principais exportadores nos últimos meses, potencializado pelo câmbio, o que tornou a carne brasileira mais atrativa para os importadores chineses”. Outro ponto de destaque é a maior presença da Austrália nas importações chinesas e a menor participação da carne bovina argentina no país asiático, observa a Agrifatto. O gigante asiático comprou 36,67% a mais de carne bovina australiana nos primeiros seis meses de 2025, comparado ao mesmo período de 2024, ao mesmo tempo em que reduziu em 29,42% as compras da carne argentina. Com a proximidade do término das investigações chinesas sobre o impacto das importações de carne bovina, as expectativas é de que a China imponha cotas de importação para a proteína comprada de outros países, relata a Agrifatto. Uma das formas possíveis, diz a consultoria, é a criação de uma “cota global” em que haverá um número máximo de importação, não sendo diferido por país exportador. Outra forma em que o mercado espera é a cota por país, acrescenta a Agrifatto. “Diversos fornecedores globais de carne bovina ficaram com um grande receio em relação à possível existência de uma ‘cota global’, pois o Brasil é um fornecedor em potencial a preencher essa cota em um curto espaço de tempo”, analisa a consultoria.
Portal DBO
FRANGOS & SUÍNOS
Exportações de carne suína in natura recuam 15% em volume e 7% em receita diária até a terceira semana de julho/25
Segundo a Secex, foram embarcadas 61,6 mil toneladas até a terceira semana de julho/25, com média diária de 4,4 mil toneladas; apesar da queda nos embarques e na receita, o preço médio pago por tonelada avançou para US$ 2.637.
O volume exportado de carne suína in natura alcançou 61,6 mil toneladas até a terceira semana de julho/25, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex). No ano anterior, o volume exportado chegou em 119,2 mil toneladas em 23 dias úteis de julho/24. A média diária exportada até a terceira semana de julho/25 ficou em 4,4 mil toneladas e registrou uma queda de 15% frente a média diária embarcada em julho do ano passado, que ficou em 5,1 mil toneladas. A receita obtida com as exportações de carne suína até a terceira semana de julho/25 ficou em US$ 162,6 milhões, sendo que o faturamento de julho do ano anterior, que foi de US$ 287,2 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 11,6 milhões e teve uma redução de 7% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 12,4 milhões. Já o preço pago por tonelada até a terceira semana de julho/25 foi de US$ 2.637 por tonelada, um avanço de 9,4% frente ao observado em julho do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.409 por tonelada.
SECEX/MDIC
Exportações de carne de frango recuam 12,5% em volume diário e 16,3% em receita até a terceira semana de julho/25
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex, do Mdic, o volume exportado de carne de aves alcançou 231,9 mil toneladas até a terceira semana de julho/25.
No ano passado, o volume exportado em junho alcançou 435.658 toneladas em 23 dias úteis. A média diária ficou em 16,5 mil toneladas, sendo que isso representa uma queda de 12,5% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 18,9 mil toneladas. O preço pago pelo produto na ficou em US$ 1.808 por tonelada, recuo de 4,3% se comparado com os valores praticados em julho do ano anterior, com US$ 1.890 por tonelada. A receita obtida até a terceira semana de julho ficou em US$ 419,5 milhões, enquanto em julho do ano anterior o valor ficou em US$ 823,4 milhões. Já a média diária do faturamento está próxima de US$ 29,9 milhões, baixa de 16,3% frente a média diária observada em julho do ano anterior, com US$ 35,8 milhões.
SECEX/MDIC
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