CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2504 DE 09 DE JULHO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2504 | 09 de julho de 2025

 

NOTÍCIAS

Queda na cotação do boi gordo em São Paulo

Houve lentidão nas vendas de carne bovina, o que levou a ponta compradora a adotar uma postura mais cautelosa. Com isso, a cotação do boi gordo recuou R$1,00/@, enquanto as cotações do “boi China”, da vaca e da novilha se mantiveram estáveis

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na terça-feira (8/7), o “boi comum” recuou R$ 1/@ na praça paulista, para R$ 309/@, no prazo (valor bruto). O “boi-China” segue valendo em R$ 315/@ no Estado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 280/@ e R$ 295/@, respectivamente. No Rio Grande do Sul, a oferta de bovinos foi maior no estado, mas os preços ainda se sustentaram. Na região Oeste, não houve alteração na cotação em nenhuma categoria. Na região de Pelotas, a cotação se manteve estável para todas as categorias. No mercado atacadista com osso, apesar da expectativa de melhora nas vendas com a virada do mês, o desempenho ficou abaixo do esperado para o período. Como resultado, as cotações de todas as categorias registraram queda. No fechamento de ontem, a cotação da carcaça casada do boi capão caiu 2,8%, ou R$0,60/kg, enquanto a do boi inteiro recuou 2,8%, ou R$0,55/kg. Para a carcaça da vaca, o preço caiu 1,8%, ou R$0,35/kg. Já a da novilha teve recuo de 2,5%, ou R$0,50/kg. No mercado de carnes alternativas, o frango médio* apresentou queda de 2,2%, ou R$0,15/kg. Já a cotação da carcaça de suíno especial* caiu 0,8%, ou R$0,10/kg. 

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo têm nova queda

Frigoríficos estão com escalas de abate confortavelmente posicionadas entre oito e nove dias úteis na média nacional

O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com pressão baixista. O ambiente de negócios ainda sugere por tentativas de compra em patamares mais baixos de preço. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, isso acontece porque os frigoríficos desfrutam de uma frente confortável em suas escalas de abate, posicionadas entre oito e nove dias úteis na média nacional. Tal movimento é consequência da entrada de bois terminados em regime intensivo no mercado, com boa incidência de animais de parceria (contratos a termo). “Por outro lado, as exportações ainda são um elemento importante a ser considerado, com crescimento importante de volume embarcado e principalmente de receita arrecadada”, disse o analista. Média da arroba do boi: São Paulo: R$ 308,25 — ontem: R$ 310,33. Goiás: R$ 289,64 — R$ 290,89. Minas Gerais: R$ 297,65 — R$ 299,12. Mato Grosso do Sul: R$ 310,34 — R$ 310,68. Mato Grosso: R$ 312,64 — R$ 314,73. O mercado atacadista ainda se depara com preços acomodados para a carne bovina. Para a segunda semana do mês, a expectativa é de maior espaço para reajustes, considerando a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “Porém, as proteínas concorrentes seguem mais competitivas na comparação com a carne bovina, o que tende a direcionar o consumo para essas proteínas, em especial quando se trata das famílias de menor renda (um a dois salários-mínimos)”, disse Iglesias. O quarto traseiro permanece precificado a R$ 23,00 por quilo; o dianteiro ainda é cotado a R$ 18,50 por quilo; e a ponta de agulha segue precificada a R$ 18,00 por quilo.

Agência Safras

Em junho/25, abates de fêmeas no Brasil atingem menor nível desde fev/25

No mês passado, entre vacas e novilhas, foram enviados aos ganchos das plantas com selo SIF 1,030 milhão de cabeças, uma queda de 6,22% sobre o resultado de maio/25

Os abates brasileiros de vacas e novilhas em plantas com SIF (Serviço de Inspeção Federal) recuaram 6,22% em junho/25, para 1,030 milhão de cabeças, na comparação com o resultado obtido em maio/25, de 1,098 milhão de cabeças, informa boletim da Agrifatto enviado na terça-feira (8/7) aos seus assinantes. “Esse foi o menor nível registrado desde fevereiro de 2025”, observa a consultoria. Na comparação com junho/24, porém, os abates do mês passado de fêmeas avançaram 16,6%. A participação das fêmeas no total abatido no Brasil ficou em 43,4% em junho/25. Segundo a Agrifatto, o histórico do setor mostra que os primeiros meses do ano concentram os maiores percentuais de fêmeas nos abates, com tendência de queda nos meses seguintes até os níveis mais baixos observados entre setembro e outubro, período em que os machos voltam a ganhar maior representatividade. No que se refere aos machos, os frigoríficos abateram 1,34 milhão de cabeças no mês passado, com recuo mensal de 4,74% sobre maio/25, e queda de 7,3% na comparação com o resultado obtido em junho/24. No total, entre fêmeas e machos, as unidades com SIF abateram 2,37 milhões de cabeças em junho/25, com queda de 5,39% em relação ao resultado de maio de 2025 e acréscimo de 1,7% na comparação com o resultado computado em igual mês do ano passado. No acumulado de janeiro a junho de 2025, foram abatidos 14,39 milhões de bovinos nas plantas SIF, alta de 1,65% em relação ao resultando mesmo período de 2024, marcando um novo recorde histórico para o intervalo, relata a Agrifatto.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar volta a cair e fecha abaixo dos R$5,45 sob influência do exterior

O dólar voltou a cair no Brasil e encerrou a terça-feira novamente abaixo dos R$5,45, em uma sessão de modo geral mais favorável a moedas emergentes em todo o mundo, ainda que o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha ameaçado aplicar novas tarifas de importação sobre produtos e países.

A moeda norte-americana à vista fechou com queda de 0,63%, aos R$5,4466. No ano, a divisa acumula baixa de 11,85%. Às 17h18 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido — cedia 0,82%, aos R$5,4755. Na segunda-feira o dólar havia subido mais de 1% ante o real após Trump ameaçar impor tarifas a países do Brics com políticas “antiamericanas”, além de estabelecer novas taxas a alguns parceiros comerciais, como Japão e Coreia do Sul. Passado este primeiro impacto, o dólar despencou ante o real já no início da sessão desta terça-feira, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior. Ainda que Trump tenha feito novas ameaças tarifárias na terça-feira, inclusive para países do Brics, o dia foi de baixa para o dólar ante a maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real, o rand sul-africano e o peso mexicano — moedas de países do Brics que, na véspera, haviam sido penalizadas. Internamente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou durante a tarde a intenção da autarquia de buscar a meta contínua de 3% de inflação. “Ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e os meus colegas do Copom vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025. Mas eu durmo muito tranquilo sabendo que o que eu estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta, e tenho absoluta convicção que este é o papel do Banco Central”, disse Galípolo. Pela manhã, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional. No exterior, apesar de ceder ante boa parte das divisas de emergentes, o dólar sustentava ganhos ante o iene no fim da tarde, após o Japão ter sido penalizado na véspera pela artilharia tarifária de Trump.

Reuters

Ibovespa tem leve queda em dia de maior cautela dos investidores; avanço de Petrobras e Vale limita perdas

Segundo agentes financeiros, as incertezas sobre a política tarifária, juntamente com as férias de verão no Hemisfério Norte, ajudaram a postergar decisões de investimento e a reduzir a liquidez

Em meio a um maior sentimento de cautela dos investidores, o Ibovespa adotou um movimento negativo desde o início do pregão da terça-feira. No fim do dia, o índice fechou em leve queda de 0,13%, aos 139.303 pontos, oscilando entre os 138.770 pontos e os 139.591 pontos. Depois de estender o prazo-limite para a implementação das tarifas a parceiros comerciais para 1º de agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse ontem que um novo adiamento não está nos planos do governo, o que elevou as incertezas sobre a política tarifária americana. Entre as blue chips, o recuo de boa parcela dos papéis de bancos ajudou a ampliar as perdas do índice, ao passo que a subida das ações da Petrobras e da Vale atuou como contrapeso. A sessão foi de menor liquidez no mercado acionário local. O volume financeiro negociado pelo Ibovespa no dia chegou a R$ 14,2 bilhões e a R$ 18,5 bilhões na B3. O montante está abaixo dos R$ 16,7 bilhões diários registrados pelo índice, em média, desde o começo do ano até o pregão de ontem. Segundo agentes financeiros, as incertezas sobre a política tarifária, juntamente com as férias de verão no Hemisfério Norte, ajudaram a elevar a necessidade de os agentes financeiros adotarem uma postura mais “parcimoniosa” na hora de alocar. Para a economista-chefe da Mirae Asset Corretora, Marianna Costa, o adiamento da implementação das tarifas para o dia 1º de agosto deve manter a tensão elevada nos mercados porque o novo prazo-limite ainda está muito próximo. Depois de registrar certa perda de tração nos fluxos de investidores estrangeiros para o segmento secundário da (ações já listadas) entre maio e junho, a economista avalia que a tendência de vinda de capital para emergentes deve seguir positiva neste mês e nos próximos, mas em menor velocidade, com investidores observando os próximos passos da política tarifária de Trump e após um forte segundo trimestre de maior apetite ao risco. Em maio, os aportes de investidores estrangeiros no segmento secundário da somaram R$ 10,6 bilhões, número que caiu para R$ 5,4 bilhões no mês seguinte. Embora o dia tenha sido mais negativo para a bolsa brasileira, o Itaú BBA elevou o preço-alvo do Ibovespa ao fim de 2025, de 145.000 para 155.000 pontos, diante da continuidade de um cenário considerado favorável para as ações brasileiras. Segundo o banco, esse ambiente positivo deve se manter à medida que o mercado começa a precificar um ciclo de afrouxamento monetário e acompanha possíveis mudanças no quadro macroeconômico.

Valor Econômico

Vendas no varejo do Brasil frustram expectativa e recuam em maio pelo 2º mês seguido

O varejo registrou queda de 0,2% nas vendas em maio em relação a abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira, contrariando a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,2% e marcando o resultado mais fraco para o mês desde 2023.

Nem o Dia das Mães, importante data para o comércio brasileiro, ajudou a impulsionar o varejo, e a leitura de maio foi a segunda no vermelho depois de as vendas terem aumentado nos três primeiros meses do ano, tendo atingido em março o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. “São dois meses seguidos de queda na taxa muito perto de zero. Mas esse valor perto de zero tem viés negativo para o comércio”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. Além disso, “o Dia das Mães acabou não tendo um impacto muito forte para o comércio, não houve nada muito claro de influência de Dia das Mães esse ano”. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve alta de 2,1% nas vendas, contra expectativa de avanço de 2,4%. “O que está mais pesando agora é a alta dos juros e isso aparece no crédito à pessoa física. Esse é um elemento que fica mais claro nesses últimos dois meses”, completou Santos. Dados recentes vêm indicando uma desaceleração gradual da atividade econômica no segundo trimestre de 2025, conforme esperado diante da política monetária restritiva. No caso do comércio, o movimento reflete um cenário desafiador com taxa de juros alta e inflação ainda elevada, mas por outro lado dão sustentação o mercado de trabalho e a renda robustos. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, resultados negativos foram registrados por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%). Os resultados positivos vieram de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%), Móveis e eletrodomésticos (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). “Com as condições financeiras adversas e boa parte do aperto monetário realizado pelo Banco Central ainda por ser sentido, esperamos que o setor perca força gradualmente ao longo do restante do ano”, avaliou André Valério, economista sênior do Inter. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve aumento de 0,3% das vendas em maio contra o mês anterior. Veículos e motos, partes e peças tiveram crescimento de 1,5% nas vendas, enquanto as de Material de Construção ficaram estáveis.

Reuters

Corrente de comércio brasileira chega a US$ 312,2 bi de janeiro a 1° semana de julho

Na 1ª semana de julho, a Balança Comercial registrou superávit de US$ 1,3 bilhão e corrente de comércio de US$ 10,5 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 5,93 bilhões e importações de US$ 4,6 bilhões.

No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 171,8 bilhões e as importações, US$ 140,4 bilhões, com saldo positivo de US$ 31,39 bilhões e corrente de comércio de US$ 312,2 bilhões. A Balança Comercial da primeira semana de julho foi divulgada, nesta segunda-feira (07/07), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Nas exportações, comparadas as médias até a 1ª semana de julho/2025 (US$1,48 bi) com a de julho/2024 (US$ 1,34 bi), houve crescimento de 10,6%. Em relação às importações houve crescimento de 14,3% na comparação entre as médias até a 1ª semana de julho/2025 (US$ 1,15 bi) com a do mês de julho/2024 (US$ 1,01 bi). Assim, até a 1ª semana de julho/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,639 bilhões e do saldo, também por média diária, foi de US$ 325,31 milhões. Comparando-se este período com a média de julho/2024, houve crescimento de 12,2% na corrente de comércio. No acumulado das exportações, até a 1ª semana do mês de julho/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 76,11 milhões (24,4%) em Indústria Extrativa e de US$ 108,46 milhões (15,2%) em produtos da Indústria de Transformação e queda de US$ 42,85 milhões (-13,8%) em Agropecuária. No acumulado das importações, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 0,61 milhão (2,9%) em Agropecuária e de US$ 152,87 milhões (16,6%) em produtos da Indústria de Transformação e queda de US$ 4,02 milhões (-6,4%) em Indústria Extrativa.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

EMPRESAS

Previ entra com recurso para suspender assembleia sobre fusão de Marfrig e BRF

Previ solicita que se adiante os efeitos do julgamento e quer entender como foi definida troca de ações. Fundo de pensão quer entender como foi feito o cálculo de troca de ações das empresas

Maior fundo de pensão do Brasil, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, acaba de entrar com agravo de instrumento na Justiça na tentativa de suspender a assembleia de acionistas que vai deliberar a proposta de fusão entre a Marfrig e BRF, marcada para a próxima segunda-feira, no dia 14. Na ação, a fundação solicita que se adiante os efeitos do julgamento, por meio de um pedido liminar. Em paralelo os acionistas já entraram com pedido de arbitragem contra a relação de troca na combinação das companhias, seguindo o estatuto das empresas, que têm suas ações listadas no Novo Mercado. No entanto, como a assembleia já tem data para ocorrer é necessário recorrer à Justiça comum, por meio de uma ação cautelar preparatória à instauração de procedimento arbitral. No documento, ao qual o Valor teve acesso, a Previ e o acionista Alex Fontana afirmam que a decisão da primeira instância, que manteve a assembleia, precisa ser restaurada, já que a BRF não teria cumprido determinação da Comissão de Valores Mobiliários, ao entregar documentação com dados suprimidos. Assim, deixou de explicar como os comitês independentes contratados chegaram à relação de troca de 0,85 da ação da Marfrig para cada ação da BRF, conforme a proposta da fusão. “Nenhuma expectativa, premissa, projeção ou estimativa foi apresentada para embasar como (e porque) os membros dos comitês “independentes” teriam considerado como adequado o preço base de cada uma das companhias!”, segundo a ação, assinada pelos escritórios Chiarottino e Modesto Carvalhosa. A assembleia para tratar da fusão havia sido marcada previamente para 18 de junho, mas depois de um pedido da Previ, a CVM solicitou às empresas informações adicionais e pediu um adiamento do encontro em 21 dias após a entrega dessa documentação. As empresas depositaram os documentos e remarcaram o encontro, dessa vez para o dia 14 de julho. “Ao reconvocarem suas as assembleias gerais, as referidas companhias disponibilizaram três apresentações preparadas pelo assessor financeiro da Marfrig (JP Morgan) e uma apresentação preparada pelo assessor financeiro da BRF (supostamente o Citibank), mas tarjaram todas — efetivamente todas — as informações de referidas apresentações”, segundo a reclamação feita pela Previ à CVM no fim do mês passado. A autarquia ainda não se manifestou após a entrega desses documentos. No agravo, os acionistas minoritários da BRF voltam a frisar que a relação de troca proposta pela Marfrig é “inexplicável” e que privilegia os interesses da controladora. No documento, a fundação cita que os próprios assessores financeiros da operação tinham um preço-alvo para a ação da BRF superior ao utilizado no âmbito da operação com a Marfrig. Os minoritários mencionam a importância de serem comprovadas efetivas negociações e de condições justas, principalmente porque se trata de uma operação entre partes relacionadas. Frisam, que além da constituição de um comitê independente, que tenham todos os documentos disponibilizados evitando assimetria com o controlador, e que a documentação “deve ser inteiramente disponibilizada aos acionistas”. Os minoritários apontam que o comitê tinha nomes que não podiam ser considerados independentes por serem próximos do controlador das empresas Marcos Molina e que a negociação entre os comitês das companhias não ocorreu de fato, visto que teriam durado menos de oito dias úteis. Procuradas pela reportagem, as empresas não comentaram.

Valor Econômico

INTERNACIONAL

Impasse com a China pesa fortemente nas exportações de carne bovina dos EUA em maio

As exportações de carne bovina dos EUA caíram em maio, devido principalmente a fortes quedas nos embarques para a China, segundo dados divulgados pelo USDA e compilados pela U.S. Meat Export Federation (USMEF)

Em abril e na primeira metade de maio, a tarifa total da China sobre a carne bovina dos EUA atingiu 147%. Mesmo após um anúncio conjunto em 14 de maio que reduziu temporariamente as tarifas por 90 dias, a taxa ainda permanece em 32%. Além disso, a maior parte da produção de carne bovina dos EUA está atualmente inelegível para exportação à China, já que o país não renovou, desde fevereiro, os registros de plantas frigoríficas e unidades de armazenamento a frio. “A situação com a China teve obviamente um impacto severo nas exportações de maio, ressaltando a importância da diversificação e do desenvolvimento de mercados alternativos,” disse Dan Halstrom, presidente e CEO da USMEF. “O progresso nas negociações comerciais entre EUA e China é extremamente urgente, já que as tarifas podem voltar a subir em 12 de agosto. Esse prazo já está influenciando as decisões dos exportadores sobre continuar ou não produzindo para o mercado chinês. Por outro lado, apesar de toda essa incerteza, a demanda por carne bovina dos EUA continua forte em muitas regiões-chave.” As exportações de carne bovina totalizaram 97.266 toneladas métricas ™ em maio, queda de 12% e o volume mais baixo em quase cinco anos. O valor exportado foi de US$ 798,7 milhões, queda de 11,5% e o menor em 18 meses. De janeiro a maio, as exportações caíram 5% em volume (508.293 tm) e 3% em valor (US$ 4,15 bilhões) em comparação ao mesmo período de 2024. A carne bovina dos EUA teve um excelente desempenho em maio na Coreia do Sul, principal mercado, com exportações crescendo 40% em relação ao ano anterior, totalizando 25.228 tm – o maior volume desde março de 2023. O valor exportado atingiu US$ 233 milhões – alta de 39% e o maior valor desde junho de 2022. Com isso, as exportações de janeiro a maio somaram 106.867 tm (alta de 10%) e US$ 1,02 bilhão (alta de 12%). Embora os embarques de carne bovina para a América Central em maio tenham aumentado modestamente em volume (2.045 tm, alta de 4%), o valor cresceu expressivos 36%, chegando a US$ 18,5 milhões. No acumulado do ano até maio, as exportações para a região seguem em ritmo recorde: 10.716 tm (alta de 8%) e US$ 89,2 milhões (alta de 31%), impulsionadas por embarques recordes para a Guatemala e crescimento em Costa Rica e Panamá. O aumento do turismo, especialmente em El Salvador e Guatemala, e a busca por cortes de maior qualidade também estão impulsionando essa demanda. Na América do Sul, o crescimento no Chile e no Peru fez com que as exportações em maio atingissem 1.446 tm (alta de 3%) e US$ 32,3 milhões (alta de 21%). De janeiro a maio, o valor exportado cresceu 29%, alcançando US$ 56,4 milhões, apesar da leve queda de 2% no volume (7.770 tm). As exportações para a Colômbia estão se recuperando gradualmente após interrupções em 2024 causadas por restrições relacionadas à influenza aviária. No entanto, o Canadá ainda lidera como principal fornecedor de carne bovina para a Colômbia. No acumulado do ano, as exportações para a Colômbia caíram 30% em volume (1.501 tm), mas o valor subiu 4%, para US$ 13,5 milhões.

U.S. Meat Export Federation (USMEF).

FRANGOS & SUÍNOS

Receita de exportações de carne suína crescem 45,2% em junho e alcançam recorde histórico

Volume exportado foi 28% maior e alcançou segundo maior resultado da história

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 137,1 mil toneladas em junho, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado foi 28% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado, com 107,1 mil toneladas. É o segundo maior volume mensal já registrado na história do setor. A alta foi ainda mais expressiva em receita. Ao todo, foram registrados US$ 341,6 milhões em junho deste ano, saldo 45,2% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, com US$ 235,3 milhões.  O saldo obtido em junho de 2025 é o maior já registrado na história do setor. No semestre, as exportações acumuladas chegaram a 722 mil toneladas, volume 17,6% superior ao embarcado entre janeiro e junho de 2024, com 613,7 mil toneladas. Em receita, a alta das exportações chegou a US$ 1,723 bilhão, saldo 32,6% maior em relação ao total obtido no mesmo período do ano passado, com US$ 1,300 bilhão. Principal destino das exportações de carne suína em junho, as Filipinas importaram 33,8 mil toneladas, volume 141,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão a China, com 15,4 mil toneladas (-6,2%), Japão, com 12,8 mil toneladas (+27,7%), Chile, com 11,3 mil toneladas (+55,3%) e Singapura, com 9,1 mil toneladas (+0,1). Entre os principais estados exportadores, Santa Catarina liderou com 374,3 mil toneladas exportadas no primeiro semestre (+11% em relação ao mesmo período do ano passado), seguido pelo Rio Grande do Sul, com 158,9 mil toneladas (+21,29%), Paraná, com 111,3 mil toneladas (+38,81%), Mato Grosso, com 18,5 mil toneladas (+5,46%) e Minas Gerais, com 18,4 mil toneladas (+54,71%).

ABPA

Exportação de carne de frango cresce 0,5% no primeiro semestre

Nos seis primeiros meses do ano, foram exportadas 2,6 milhões de toneladas

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) encerraram o primeiro semestre deste ano com alta de 0,5%, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No total, foram exportadas 2,6 milhões de toneladas, número 0,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 2,588 milhões de toneladas. O saldo das exportações no primeiro semestre chegou a US$ 4,871 bilhões, número 5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 4,636 bilhões. Em junho, as exportações de carne de frango chegaram a 343,4 mil toneladas. O saldo é 21,2% menor em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, com 435,9 mil toneladas. A receita gerada no período chegou a US$ 637 milhões, saldo 19,7% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 793,6 milhões. O ranking dos principais destinos das exportações brasileiras no primeiro semestre é liderado pelos Emirados Árabes Unidos, com 231,1 mil toneladas (-3,7%), seguido pela China, com 228,6 mil toneladas (-17,2%), Arábia Saudita, com 201,9 mil toneladas (-2%), Japão, com 198,2 mil toneladas (-7,5%) e África do Sul, com 133,9 mil toneladas (-20,3%), União Europeia, com 125,3 mil toneladas (+20,8%), Filipinas, com 122,8 mil toneladas (+2,2%) e México, com 89,9 mil toneladas (+7,7%). Principal estado exportador, o Paraná embarcou 1,039 milhão de toneladas no primeiro semestre (-3,49% em relação ao ano anterior), seguido por Santa Catarina, com 573,3 mil toneladas (+1,72%), Rio Grande do Sul, com 348,5 mil toneladas (-1,62%), São Paulo, com 154 mil toneladas (+12,4%) e Goiás, com 131,1 mil toneladas (+4,2%).

ABPA 

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