CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2485 DE 11 DE JUNHO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2485 | 11 de junho de 2025

 

NOTÍCIAS

Alta na cotação do boi gordo e da vaca em São Paulo

Com ofertas reduzidas e poucos negócios sendo realizados, a cotação do boi gordo e a da vaca subiu R$2,00/@. Para o “boi China” e para a novilha, a cotação não mudou.

No Tocantins, o mercado abriu com alta na cotação para região Sul e Norte do estado. Na região Sul, a cotação do boi gordo e a da novilha subiu R$3,00/@. Para a vaca, a cotação subiu R$4,00/@. Na região Norte, a cotação do boi gordo não mudou. Para a vaca e para a novilha, houve alta de R$3,00/@ na cotação. A cotação do “boi China” não mudou. Na região Oeste do Maranhão, a cotação subiu R$5,00/@ para a vaca e R$3,00/@ para a novilha. A cotação do boi gordo, não mudou. Na exportação de carne bovina in natura, o volume exportado até a primeira semana de junho foi de 64,2 mil toneladas. A média diária está em 12,8 mil toneladas, aumento de 33,5% frente ao embarcado por dia em junho do ano passado. O preço médio da tonelada ficou em US$5,3 mil, alta de 20,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Scot Consultoria

Boi gordo tem expectativa de alta graças à China

Indústria tem tido dificuldade na aquisição de animais que cumprem requisitos de exportação ao país asiático e, com isso, cotações se elevam

O mercado físico do boi gordo se depara com predominante acomodação em seus preços, com registros pontuais de negociações acima da referência média. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as indústrias ainda se deparam com escalas de abate encurtadas, posicionadas entre cinco e sete dias úteis na média nacional. “A aquisição de animais jovens, que cumprem os requisitos de exportação para a China segue complicada, o que pode resultar em elevação dos preços. As exportações permanecem em ótimo nível, e são a grande variável de demanda para a atual temporada”, disse. Preços médios da arroba do boi gordo: São Paulo: R$ 316,33 — ontem: R$ 316,67. Goiás: R$ 301,43 — na segunda: R$ 300,54. Minas Gerais: R$ 300,29 — estável. Mato Grosso do Sul: R$ 313,86 — inalterado. Mato Grosso: R$ 311,89 — anteriormente: R$ 310,54. O mercado atacadista segue com preços acomodados para a carne bovina. Para Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela elevação dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “A situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango ainda é preponderante para o andamento do mercado no curto prazo”, pontuou. O quarto traseiro segue no patamar de R$ 24,50 por quilo, o dianteiro ainda é cotado a R$ 19,50 por quilo e, por fim, a ponta de agulha continua no patamar de R$ 18,50 por quilo.

Agência Safras

Frigoríficos reduzem ritmo dos abates de fêmeas em maio/25

Foram enviados aos ganchos das unidades com Selo de Inspeção Federal (SIF) 1,066 milhão de cabeças (entre vacas e novilhas), com recuo de 2% sobre abril/25

Os pecuaristas brasileiros reduziram o ritmo dos abates de fêmeas em maio/25, conforme apuração da Agrifatto com base em resultados apontados pelas plantas com SIF (Selo de Inspeção Federal). Neste momento, os agentes do setor seguem atentos aos desempenhos das fêmeas na linha de processamento de carne bovina das indústrias brasileiras, pois o ritmo menor dos abates pode ativar definitivamente o processo de reversão do ciclo pecuário – para a fase de alta nos preços. Segundo os dados relatados pela Agrifatto, os abates de fêmeas recuaram 2,07% em maio/25, para 1,066 milhão de cabeças, em comparação ao resultado de abril/25, de 1,089 milhão de toneladas. Com isso, a participação das fêmeas no total abatido no mês passado atingiu 42,7%, um recuo de 4,28 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Porém, na comparação com maio de 2024, os abates de fêmeas em maio/25 ainda estão altos: no mesmo mês do ano passado, os frigoríficos com SIF abateram 941,3 mil cabeças, entre vacas e novilhas, ou seja, 124,7 mil cabeças a menos do que o resultado do mês passado. Segundo a Agrifatto, o histórico do setor mostra que os primeiros meses do ano concentram os maiores percentuais de fêmeas na linha de abate, com tendência de queda nos meses seguintes – atingindo os níveis mais baixos entre setembro e outubro, período em que os machos voltam ganhar maior força. No geral, considerando machos e fêmeas, o ritmo de abate de bovinos nas plantas SIF acelerou em maio/25, atingindo o maior volume mensal desde agosto/24, relata a Agrifatto. No total, foram abatidas 2,50 milhões de cabeças, representando uma alta de 5,29% sobre abril/2025. Os machos foram protagonistas nos abates, somando 1,42 milhão de cabeças em maio/25, com um avanço mensal de 11,54%.

No acumulado de 2025, foram abatidos 11,96 milhões de bovinos nas unidades SIF, um acréscimo a de 1,15% frente ao resultado de mesmo período de 2024 (11,82 milhões de cabeças), marcando um novo recorde histórico para o período.

Portal DBO

Brasil livre de aftosa: Secretários de Agricultura pedem revisão de regra sanitária

O Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (CONSEAGRI) enviou na sexta-feira, 06, ofício ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) solicitando a suspensão da exigência da noventena sanitária para a movimentação de animais suscetíveis à febre aftosa. O pedido ocorre após o reconhecimento internacional do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação.

Na noventena sanitária — período de 90 dias corridos —, atualmente, a movimentação de animais suscetíveis à doença, como bovinos, suínos, caprinos e ovinos, é restrita ou proibida. A medida serve para prevenir a disseminação do vírus, especialmente em momentos de transição no status sanitário. No entanto, segundo o Conseagri, diante do reconhecimento internacional, outorgada pela Organização Mundial de Saúde Animal, há a necessidade de atualização normativa e procedimental, em especial no que se refere às restrições sanitárias anteriores. “A manutenção dessa exigência [noventena sanitária], em especial nas movimentações interestaduais entre regiões igualmente reconhecidas como zonas livres sem vacinação, não apenas contraria a lógica técnico-sanitária vigente, como impõe obstáculos logísticos e econômicos desproporcionais aos produtores e à cadeia pecuária nacional”, aponta o ofício assinado pelo presidente do Conseagri e secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai. Segundo ele, a medida compromete a fluidez comercial e operacional de diversos segmentos, em especial da bovinocultura de corte e de leite.

O Estado de São Paulo 

Preço médio da carne bovina exportada pelos frigoríficos de MT atinge maior patamar desde out/22

A China desempenhou um papel importante no processo de valorização da proteína embarcada pelo Estado

O preço médio da carne bovina exportada pelas indústrias de Mato Grosso ultrapassou, pela primeira vez desde outubro/22, a marca de US$ 4.000/tonelada em maio/25, alcançando uma média de US$ 4.067,99/tonelada, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o instituto, a China desempenhou um papel importante nessa valorização, respondendo por 54,81% do total exportado e pagando o maior preço médio dos últimos meses, de US$ 4.075,43/tonelada. “A expectativa é que a demanda permaneça aquecida nos próximos meses, especialmente no segundo semestre, com destaque para o mercado chinês, que deve continuar a impulsionar os preços e os volumes exportado”, acreditam os analistas do Imea. No mês passado, o Mato Grosso exportou 65,84 mil toneladas de equivalente carcaça (TEC), com redução de 6,9% quando comparado ao volume exportado em abril/25. “Embora tenha ocorrido o recuo no comparativo mensal, este foi o segundo maior volume exportado em 2025 até o momento”, destaca o Imea.

IMEA

ECONOMIA

Dólar encerra em leve alta com negociação entre EUA e China no radar

Com a reversão nos preços das matérias-primas, em especial do petróleo, houve também um enfraquecimento do real

O dólar à vista terminou o pregão da terça-feira em leve alta frente ao real, em um dia em que os agentes financeiros ficaram atentos às negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Pela manhã, a expectativa em torno de algum acordo entre os países deu suporte para os preços de commodities, beneficiando levemente o câmbio brasileiro. Na parte da tarde, porém, com a reversão nos preços das matérias-primas, em especial do petróleo, houve também um enfraquecimento do real. O intervalo de oscilação do câmbio hoje ficou bastante contido, com o dólar sempre perto da estabilidade, até pelas indefinições sobre a guerra comercial e com outros temas também sem criar gatilhos para maior volatilidade. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou valorização de 0,14%, cotado a R$ 5,5699, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,5387 e encostado na máxima de R$ 5,5770 – a média da amplitude de oscilação das negociações de 2025 está em torno de R$ 0,07, enquanto ontem esteve em R$ 0,04. Na sessão de ontem, o euro comercial teve alta de 0,16%, cotado a R$ 6,3637. Moedas ligadas aos preços de commodities e à economia chinesa estiveram entre as que mais depreciaram frente ao dólar, com a moeda americana apreciando 1,63% ante o peso colombiano, 0,85% contra o won sul-coreano e 0,83% frente a coroa norueguesa, perto das 17h05.

Valor Econômico

Ibovespa sobe com Vale e Petrobras e apostas sobre Selic

O alívio inflacionário promovido por dados de inflação abaixo do esperado no Brasil alimentou um recuo dos juros futuros, o que também favoreceu ações mais voltadas ao mercado doméstico

A disparada das ações da Petrobras e o avanço dos papéis da Vale ajudaram a turbinar os ganhos do Ibovespa na sessão da terça-feira, que fechou em alta de 0,54%, aos 136.436 pontos, oscilando entre os 135.716 pontos e os 137.369 pontos. O alívio inflacionário promovido por dados de inflação abaixo do esperado no Brasil alimentou um recuo dos juros futuros, o que também favoreceu ações mais voltadas ao mercado doméstico. O índice chegou a subir mais de 1% ao longo da sessão, mas perdeu força no começo da tarde, com a virada negativa de algumas ações de bancos. Enquanto não há apresentação do texto definitivo da Medida Provisória (MP) que trará as alternativas propostas pelo Ministério da Fazenda ao aumento do IOF, operadores afirmam que investidores têm adotado uma postura mais cautelosa em relação a alguns papéis de olho em possíveis efeitos negativos para o setor, caso dos bancos. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a expectativa é que a publicação da MP ocorra nesta semana. O destaque negativo ficou para as ações do Banco do Brasil, que recuaram 0,87%. Os papéis reagiram à redução do preço alvo da ação, de R$ 29 para R$ 25, e nas estimativas de lucro feitas por analistas do Itaú BBA. Reprecificações das apostas para a Selic também marcaram a sessão, com o mercado passando a ficar dividido entre a manutenção da taxa básica de juros e uma alta de 0,25 ponto percentual. O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 15,8 bilhões e de R$ 20,7 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices subiram: o Nasdaq teve alta de 0,63%; o S&P 500 avançou 0,55% e Dow Jones teve ganho de 0,25%.

Valor Econômico

IPCA sobe 0,26% em maio, menor taxa para o mês desde 2023

Resultado ficou também abaixo das projeções de analistas ouvidos pelo Valor Data, de 0,34%. Em 12 meses, índice de preços apresentou elevação de 5,32% 

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,26% em maio, após marcar 0,43% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a menor da taxa para maio desde 2023 (0,23%). A taxa de maio ficou abaixo da mediana das projeções de 30 instituições financeiras e consultorias, ouvidas pelo Valor Data, de 0,34%, e abaixo do piso das estimativas. O intervalo das projeções ia de alta de 0,29% a 0,43%. Nos 12 meses até maio, o IPCA teve elevação de 5,32%, a menor taxa para o intervalo de 12 meses desde fevereiro de 2025 (5,06%). A taxa, no entanto, significa o quarto mês seguido em que o resultado fica acima dos 5% e o oitavo mês conseguido em que o IPCA fica acima do teto da inflação, que é de 4,5%. No acumulado de 12 meses até abril, o índice acumulou ganho de 5,53%. Para o resultado em 12 meses, a expectativa do mercado era de 5,40%, segundo o Valor Data, com intervalo das estimativas entre 5,35% e 5,51%. Apesar da desaceleração, o resultado em 12 meses até maio segue acima do teto da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e perseguida pelo Banco Central (BC). A meta para 2025 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, tiveram desaceleração da alta na passagem entre abril e maio alimentação e bebidas (de 0,82% para 0,17%), vestuário (de 1,02% para 0,41%); saúde e cuidados pessoais (de 1,18% para 0,54%); despesas pessoais (de 0,54% para 0,35%); e comunicação (de 0,69% para 0,07%). Artigos de residência mudaram de direção (de 0,53% para -0,27%) enquanto houve avanço mais acentuado em habitação (de 0,14% para 1,19%). Educação manteve o ritmo de alta estável (0,05%), enquanto transportes seguiram com deflação (de -0,38% para -0,37%).

Valor Econômico

IPCA traz boas notícias em alimentos e bens industriais; serviços ainda mostram pressões

No geral, o IPCA de maio trouxe um quadro mais benigno para a inflação, mostrando que o câmbio um pouco menos desvalorizado e os juros altos fazem efeito sobre os preços 

O resultado do IPCA de maio trouxe boas notícias sobre a inflação. Ainda que não seja um quadro de grande alívio, indica o efeito da valorização do câmbio ao longo deste ano e dos juros elevados sobre os preços. O indicador subiu 0,26%, abaixo do consenso de 0,34%, com pressões inflacionárias um pouco menos disseminadas e avanços modestos dos preços de alimentação no domicílio e bens industriais. Houve desaceleração das medidas de núcleo, que buscam reduzir ou eliminar a influência dos itens mais voláteis. Os serviços também perderam força, mas o movimento desse grupo foi menos intenso naqueles mais sensíveis à demanda. Em 12 meses, a variação acumulada pelo IPCA passou de 5,53% em abril para 5,32% em maio, ainda bem acima da meta de 3% e do teto da banda de tolerância, de 4,5%. O índice de difusão, que mede o percentual de itens em alta no mês, ficou em 59,68% em maio, abaixo dos 66,84% de abril, mas ainda superior aos 57,29% de maio de 2024, segundo números da MCM Consultores Associados. É um sinal de pressões inflacionárias um pouco menos espalhadas. A inflação de alimentos no domicílio, uma das principais dores de cabeça do governo, desacelerou com força, de 0,83% em abril para 0,02% em maio. Em 12 meses, porém, a alta ainda é de 7,19%. Embora abaixo dos 7,87% nos 12 meses até abril, ainda é uma variação elevada. Os números são da MCM. Além disso, o nível de preços continua alto, depois dos aumentos muito fortes dos preços de alimentos entre 2019 e 2024, que subiram quase 70% nesses cinco anos, o que ajuda a explicar o descontentamento de boa parte da população com a economia. No período, o único ano em que esses produtos tiveram uma trégua foi 2023, quando recuaram 0,5%. De qualquer modo, a inflação de alimentos perdeu força em maio. Os preços industriais tiveram um comportamento bastante favorável. A alta em maio foi de 0,05%, bem abaixo do 0,6% de abril, de acordo com dados da MCM. Em 12 meses, a variação passou de 4,09% para 3,82%. “Dentro do grupo, destaca-se a fraqueza dos bens duráveis, que registraram deflação no mês (-0,17%). Os dados mensais sugerem que o repasse cambial decorrente da desvalorização do final do ano passado ficou para trás e a apreciação cambial recente começa a ser incorporada nos preços, gradualmente”, dizem os economistas do Bradesco, para quem “a dinâmica dos bens industriais foi significativamente mais benigna”. Os núcleos também mostraram desaceleração. A média dos cinco acompanhados com mais atenção pelo Banco Central (BC) passou de 0,48% em abril para 0,35% em maio, segundo a MCM. Em 12 meses, a variação acumulada recuou de 5,26% para 5,17%, ainda muito acima da meta de 3%, e para métricas que buscam um retrato da inflação livre das oscilações mais fortes de preços. A inflação dos serviços que mais respondem ao ciclo econômico desacelerou, mas o quadro aí ainda não é dos melhores, num momento em que o mercado de trabalho segue aquecido. Os serviços subjacentes tiveram alta de 0,42% em maio, abaixo do 0,61% de abril. Em 12 meses, o grupo subiu levemente, de 6,74% para 6,75%. O ponto é que o IPCA segue bem acima da meta de 3%. Para o Bradesco, o indicador deverá encerrar o ano em 5,4%. No entanto, o comportamento mais favorável da inflação em maio é mais um fator que pode contribuir para o BC encerrar o ciclo de alta da Selic na semana que vem, mantendo a taxa em 14,75% ao ano.

Valor Econômico

Exportação/Cepea: Apesar da alta de tarifas, faturamento externo do agronegócio cresceu nos primeiros meses de 2025

De janeiro a abril, o faturamento com as exportações do setor atingiu US$ 52,8 bilhões, avanço de 1,6% frente ao primeiro quadrimestre de 2024, conforme mostra pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex).

Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário é resultado da alta de 5,3% dos preços médios em dólar de janeiro a abril, tendo em vista que o volume embarcado recuou 3,5% no período. As carnes bovina, suína e de frango, a celulose e o algodão apresentaram os maiores crescimentos do volume vendido ao exterior, e o café e o suco de laranja registraram forte valorização. Segundo pesquisadores do Cepea, o bom desempenho das carnes brasileiras pode ser explicado pela aquecida demanda internacional – ressalta-se que as tarifas de importação impostas pelo governo dos Estados Unidos não impediram o crescimento da venda da carne brasileira ao país norte-americano. Já nos casos do café e do suco de laranja, a forte alta de preços esteve atrelada às baixas ofertas brasileira e mundial destas commodities. A China se mantém como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, mas reduziu um pouco sua participação no valor total dos embarques. Por outro lado, a Europa, Estados Unidos, países do Oriente Médio e Sudeste Asiático aumentaram a participação no balanço de janeiro a abril de 2025. As exportações brasileiras do agronegócio devem seguir avançando nos próximos meses, principalmente em volume, diante do novo recorde da safra nacional de grãos. Por outro lado, o imbróglio diante da política comercial norte-americana, da imposição de tarifas de importação, pode impactar esse cenário, devido à incerteza que gera no ambiente de negócios. Ainda assim, podem ser verificadas oportunidades aos produtos do Brasil, que não terão tarifas adicionais para entrar em outros destinos, como a China, o que deve elevar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático. Já nos Estados Unidos, o resultado de abril mostra que, mesmo diante de tarifas, as importações de carne bovina e suco de laranja do Brasil seguiram intensas. No entanto, um menor crescimento da economia mundial pode reduzir a demanda por commodities em geral e influenciar as vendas externas do agronegócio brasileiro.

Cepea

FRANGOS & SUÍNOS

Terça-feira de altas para o mercado de suínos

Cotação da carcaça suína especial registrou um avanço de 2,46%, enquanto do suíno CIF teve aumento de 2,56% na semana

De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suína especial teve alta de 1,63% no comparativo diário e está cotado em R$ 12,50/kg. O preço médio da arroba do suíno CIF também teve avanço de 1,27% frente ao dia anterior e está sendo negociado em R$ 160,00/@. A cotação da carcaça suína especial registrou um avanço de 2,46%, frente ao acompanhado na última sexta-feira (06), que estava trabalhando em R$ 12,20/Kg. Já a cotação do suíno CIF teve ganho de 2,56% frente ao valor da última sexta-feira, que estava em 156,00/@. Na última segunda-feira (09), o Cepea divulgou seu levantamento de preços em que registrou na maioria avanços nas praças acompanhadas. O Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou uma leve alta de 0,51% e precificado em R$ 8,34/kg. No Paraná, o preço do animal teve queda de 0,12% e está precificado em R$ 7,91/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal registrou ganho de 0,65% e está precificado em R$ 8,02/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,50/kg e com uma valorização de 0,71%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 0,65% e está cotado em R$ 7,80/kg.

Cepea/Esalq 

Consumo per capita de carne suína cresceu 33% em uma década

Entre 2015 e 2025, consumo do produto no Brasil aumentou para 19,3 quilos. ABCS credita o aumento da demanda pela carne suína no país ao crescimento do volume de informações sobre o produto

O volume de consumo de carne suína no Brasil ainda é bem inferior ao das proteínas concorrentes, mas a distância diminuiu nos últimos dez anos: entre 2015 e 2025, o consumo per capita de carne suína cresceu 33,4% no Brasil, para 19,3 quilos, segundo Iuri Machado, consultor de mercado da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). No mesmo intervalo, o consumo per capita de carne bovina caiu 6,6%, e o de carne de frango, 2,9%, para 29,7 quilos e 43,9 quilos, respectivamente. Para ele, esse é um indicativo de que a carne suína tem potencial para crescer ainda mais no país. Neste ano, a produção nacional de carne suína deve crescer entre 2% e 2,5%, projeta a entidade. O consumo no mercado interno deve ficar próximo ao volume de 2024, na faixa de 20 quilos por pessoa. “Historicamente, o consumo de carnes aumenta no Brasil com a substituição, o consumidor troca uma carne pela outra”, pontuou Machado. A ABCS credita o aumento da demanda no país ao crescimento do volume de informações sobre o produto e à elevação dos preços da carne bovina, que leva à substituição de um item pelo outro. Para a entidade, a acomodação dos preços do frango por causa da gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS) não deve reduzir a demanda pelo suíno. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, que é suinocultor no Distrito Federal, diz que as exportações estão aquecidas. A entidade acredita que o volume dos embarques em 2025 deverá crescer 7% em relação ano passado, com a China mantendo um ritmo intenso de compras de miúdos e as Filipinas, de carcaças. “O Brasil só não exporta mais porque a logística não comporta”, afirma.

Globo Rural

Suinocultura ganha novo fôlego, mas preço da carne ronda ‘teto’

Com margens atrativas após três anos de aperto, criador quita dívidas e investe em plantel; demanda aumenta, e produto encarece no varejo. Marcelo Lopes: “Há investimentos, principalmente, em Mato Grosso do Sul, para aumentar a produção nos próximos dois anos’

A carne suína é tradicionalmente uma coadjuvante na disputa com as carnes bovina e de frango pela preferência dos brasileiros, mas, neste ano, os produtores têm ao menos uma grande notícia a comemorar. O aquecimento da demanda no mercado interno e o aumento das exportações ajudaram os criadores a terem boa rentabilidade em 2025, abandonando três anos de aperto no segmento. Agora, criadores e agroindústrias correm para acertar as contas pendentes dos anos de dificuldades e para investir nos plantéis. “Há investimentos, principalmente, em Mato Grosso do Sul, para aumentar a produção nos próximos dois anos. Os criadores estão pagando as contas, investindo para melhorar o manejo e o bem-estar animal e para construir novas granjas”, diz o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes. Segundo ele, o aumento da demanda ajudou a elevar o preço pago ao produtor para uma média de R$ 7 a R$ 8 por quilo, valor que é remunerador para os criadores. “Não é o valor que nós queremos, mas ele vem remunerando”, pontua Lopes, sem detalhar o que seria um “melhor valor”. Em Santa Catarina, maior produtor do país, a cotação média do suíno vivo está em R$ 7,65 o quilo, valor 28% mais alto do que o dessa mesma época do ano passado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O quadro no segmento está muito melhor hoje do que em qualquer outro momento dos últimos três anos, mas avanços adicionais terão que ocorrer em um contexto de menos aumentos de preços. Varejistas e analistas da indústria acreditam que o preço da carne suína ao consumidor final estaria perto do teto, o que pode limitar o aumento da remuneração dos produtores. “A carne bovina subiu quase 30% de 2024 para 2025. A suína acompanhou essa tendência, assim como o frango. Não há espaço para aumentar mais o preço da carne suína”, disse ao Valor David Buarque, gerente comercial sênior do Carrefour Brasil, responsável pela área de açougues da rede. Um executivo de outra grande varejista afirmou que cortes como pernil, barriga e costela de porco são os que estão no limite, sem espaço para reajustes adicionais. Para a fonte, os demais cortes ainda podem subir sem que isso afete a demanda. Para Buarque, a carne suína tem grande potencial de crescimento no país. No campo, ele argumenta, a produção oferece boa rentabilidade ao produtor, e, no varejo, o produto tem preço mais acessível para o consumidor do que a carne bovina. No segundo semestre, a pecuária bovina deve entrar em fase de baixa oferta de animais no país, o que eleva o preço da arroba e da carne de gado. Como consequência, o valor da carne suína também pode subir, mas isso vai depender de quantos reajustes o consumidor ainda conseguirá absorver — e, para os varejistas, o espaço é curto. “Os preços das quatro proteínas, as carnes bovina, suína e de frango e do ovo, estão maiores já neste primeiro semestre porque aumentou a exportação, e o crescimento da produção (de carne suína) ainda é muito tímido”, afirma Iuri Machado, consultor de mercado da ABCS. Em maio, as exportações brasileiras de carne suína cresceram 13,7% em relação a maio do ano passado, para 118,7 mil toneladas, informou na segunda-feira (9/6) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A receita dos embarques aumentou 29,3%, somando US$ 291,1 milhões. No acumulado do ano, o volume das exportações cresceu 15,4%, somando 584,8 mil toneladas, e a receita cresceu 29,8%, chegando a US$ 1,4 bilhão. Machado lembra que, entre 2021 e 2022, a oferta do produto teve um aumento de cerca de 300 mil toneladas por ano. “Isso fez com que o preço pago ao produtor despencasse”, diz. Em 2023 e no ano passado, a estratégia foi tentar diminuir a produção até que houvesse um equilíbrio. Agora, afirma ele, é hora de o segmento consolidar sua recuperação e retomar o crescimento.

Globo Rural 

Embargo nacional ao frango brasileiro ameaça perdas de até US$ 380 milhões por mês

Estimativa é do relatório Gripe Aviária: Impactos no Setor Avícola Global e Nacional produzido pela Bateleur

Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil enfrenta o embargo de mais de 40 países ao produto nacional devido à notificação de casos de gripe aviária em granjas comerciais. Segundo o relatório Gripe Aviária: Impactos no Setor Avícola Global e Nacional, produzido pela Bateleur, o embargo pode representar perdas mensais de até US$ 380 milhões ao setor. Os países que mantêm o embargo nacional à compra de frango representam cerca de 45% do total exportado pelo Brasil – em abril, esses países compraram 210 mil toneladas do produto a um preço médio de US$ 1.811 a tonelada. “A relevância do Brasil no comércio internacional e a alta diversificação dos países de destino do frango brasileiro diminuem os prejuízos potenciais, assim como o fato de que os principais exportadores de frango do mundo também vêm sofrendo com surtos da doença”, destaca o relatório. O estudo da Bateleur também aponta que, até a notificação dos casos da doença, a conjuntura era positiva para a avicultura brasileira, com um crescimento nas exportações de 10% no acumulado do ano, somado à expectativa de diminuição nos custos a partir de uma safra robusta. Além disso, destaca que a piora do quadro da gripe aviária no Brasil não resulta em fatores negativos somente no âmbito nacional, mas também na oferta global da carne e na dinâmica de preços internacional. “A interrupção parcial das exportações brasileiras representa um choque de oferta relevante no comércio global de proteína animal. Esse movimento tende a gerar distorções de preços nos principais mercados consumidores e acentuar a volatilidade em países dependentes do frango brasileiro”, afirma o sócio da Bateleur, Henrique Trevisan. No atual cenário, o principal objetivo do Brasil é transformar os embargos nacionais em regionais – impedindo a exportação somente das regiões afetadas. Alguns países, inclusive, já definem o eventual embargo como regional no contrato de comércio com o Brasil, como é o caso dos Emirados Árabes Unidos e do Japão. Em relação ao excedente de produtos que deixará de ser exportado, o relatório da Bateleur enfatiza que ele deve ser direcionado ao consumo doméstico, aumentando a oferta interna e impactando os preços nos próximos meses. “O volume represado deve gerar uma sobre oferta significativa no curto prazo, o que pode provocar quedas nos preços ao produtor e margens mais apertadas para a indústria”, comenta Trevisan.

Bateleur 

Preços de frango e ovo acumulam alta em 2025, mas devem cair. Saiba os motivos

No campo e no atacado, valores vêm baixando, depois de ajustes de produção e do caso de gripe aviária em granja comercial, no RS. Preços de frango e ovo devem cair no mercado

Os preços da carne de frango e o ovo ao consumidor ainda acumulam alta neste ano. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidos Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De janeiro a maio, o valor médio da ave inteira subiu 4,55%. O frango em pedaços aumentou 6,44%. No período de 12 meses até maio de 2025, as altas são de 10,51% e de 11,69% respectivamente. O preço do ovo subiu 24,83% no ano 13,5% em 12 meses. Em maio, o frango voltou a subir. O inteiro, 1,25%; a ave em pedaços, 0,81%. Em abril, as altas foram de 0,38% e de 1,9%, respectivamente. A expectativa, no entanto, é de acomodação para queda nos próximos meses, avaliam os pesquisadores do centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O campo e o mercado atacadista já sinalizam esse movimento. Na Grande São Paulo, o frango inteiro congelado registrou média de R$ 8,60 o quilo em maio, em queda de 0,7% em relação a abril. O frango inteiro resfriado valia, em média, R$ 8,66 o quilo, em queda de 0,4%. O frango vivo foi negociado a R$ 6,29 o quilo, baixa 1,4% sobre as médias praticadas no mês anterior. Em Porto Alegre (RS), o recuo foi de 1,5% para o frango congelado e de 1,1% para o resfriado no mês de maio, com os preços médios a R$ 10,14 o quilo o produto congelado e a R$ 10,18 o quilo do resfriado, de acordo com boletim agro mensal do Cepea. Segundo os pesquisadores, a descoberta de um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS), em 15 de maio, mudou a situação do mercado. Até então, a expectativa era de mais um mês de valorização da carne de frango, com impulso da demanda nas primeiras semanas e com o Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio. No entanto, diante das restrições aos embarques do produto para o mercado externo (veja mapa abaixo), aumentou o volume no interno. E a demanda enfraqueceu no fim do mês, quando cai o poder de compra do consumidor. O analista Fernando Iglesias, da Safras e Mercado, pontua, no entanto, que as quedas registradas nos preços pagos ao produtor e no mercado atacadista chegam mais lentamente no varejo. É o que ajuda a explicar essa resiliência dos preços do frango inteiro e em pedaços no IPCA. Iglesias acrescenta que a indústria está encontrando maneiras de mitigar os efeitos negativos da gripe aviária. “Tem muito produto que está armazenado em câmaras frias e contêineres frigoríficos aguardando o aval de importantes compradores para a retomada das exportações”, explica.

Ainda assim, a tendência é de preços mais baixos no mercado interno.

Globo Rural 

Gripe aviária: México reduz ao Rio Grande do Sul restrições à carne de frango brasileira

Na terça-feira (10), o México reduziu as restrições impostas à carne de frango brasileira, após a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (Iaap) no município de Montenegro (RS). Agora, as restrições mexicanas se limitam apenas ao estado do Rio Grande do Sul.

Além disso, a Mauritânia anunciou a suspensão das importações de carne de frango de todo o território brasileiro. Já Omã passou a suspender as compras provenientes do estado do Rio Grande do Sul. A situação atual das exportações está da seguinte forma: Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Mauritânia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão. Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, México, Kuwait, Reino Unido, Omã, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão, Angola, Turquia, Bahrein, Cuba, Montenegro, Namíbia, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.

Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia.

Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)

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