CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2478 DE 02 DE JUNHO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2478 | 02 de junho de 2025

 

NOTÍCIAS

Cotações do boi seguem estáveis em São Paulo

Queda na oferta pressiona preço do boi no Maranhão

As cotações da arroba do boi gordo se mantiveram estáveis na sexta-feira (30) nas principais praças pecuárias de São Paulo, de acordo com o informativo Tem Boi na Linha, da Scot Consultoria. A estabilidade ocorre mesmo diante de sinais de redução na oferta de animais para abate, o que, segundo a consultoria, pode estar relacionado à expectativa de produtores por preços mais altos. “Apesar da oferta ainda satisfatória, há indícios de retração, já que alguns vendedores esperam valorização, o que pode não se concretizar devido à entressafra de capim”, apontou a Scot. Ainda assim, a demanda pela carne bovina apresentou melhora, fator que contribuiu para sustentar as cotações. As escalas de abate nas indústrias paulistas estão, em média, programadas para sete dias. No Oeste do Maranhão, a situação foi distinta. A maior oferta de bois prontos para o abate pressionou os preços para baixo. A cotação do boi e da novilha gordos caiu R$ 3,00 por arroba, enquanto os valores pagos pela vaca permaneceram estáveis. “Com o fim das chuvas, cresceu a necessidade de venda dos animais, o que impactou negativamente as cotações”, informou a consultoria. Na região, as escalas de abate atendem, em média, a seis dias. Em Goiânia (GO), a oferta de bovinos também deu sinais de retração. No entanto, as negociações seguem em ritmo lento, o que contribuiu para a manutenção das cotações em todas as categorias. As escalas de abate estão, em média, ajustadas para nove dias.

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo teve queda de até 10% em maio

Indústria conseguiu avançar em suas escalas de abate, movimento comum para o período do ano

O mercado brasileiro de boi gordo enfrentou forte retração nos preços da arroba em maio. Em Minas Gerais, por exemplo, a queda chegou a 9,7% ao longo dos últimos 30 dias. O analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, destaca que a expectativa é de que os frigoríficos ainda tentem forçar quedas nos preços pagos pelo boi no curto prazo, diante das escalas de abate mais confortáveis, fechadas em média para oito dias úteis no país. Segundo ele, ao longo da segunda metade do mês em diante, o mercado passou a ficar mais apreensivo também com relação aos desdobramentos do foco de influenza aviária de alta patogenicidade, a gripe aviária, registrado em granja comercial de matrizeiros no município gaúcho de Montenegro. “O embargo às exportações de boa parte da carne de frango do Brasil não gerou grande impacto nas cotações da proteína no atacado, o que era motivo de preocupação para a cadeia pecuária”, considera. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 30 de maio: São Paulo (Capital): R$ 306,50, baixa de 2,7% frente os R$ 315 praticados no encerramento de abril. Goiás (Goiânia): R$ 289,29, queda de 3,5% perante os R$ 300 registrados no final do mês passado. Minas Gerais (Uberaba): R$ 288,82, recuo de 9,7% frente aos R$ 320,00 praticados no fechamento do mês anterior. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 304, retração de 5% em relação aos R$ 320 registrados anteriormente. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 300, desvalorização de 7,69% ante os R$ 320 observados no final de abril. Rondônia (Vilhena): R$ 265, queda de 5,36% frente aos R$ 280 praticados no encerramento do mês anterior. Iglesias informa que o mercado atacadista apresentou queda em seus preços no decorrer de maio, especialmente a partir da segunda quinzena. Ele acrescenta que o ambiente de negócios ainda sugere novos recuos no curto prazo em meio a reposição mais lenta entre o atacado e o varejo.

Agência Safras

Preços do boi gordo encerraram maio em níveis firmes e até subiram em algumas regiões

Cenário indica possível melhora na demanda por carne bovina. Oferta de bovinos seguiu satisfatória, mas começou a apresentar indícios de recuo.

Após a boa notícia do reconhecimento do status sanitário do Brasil como país livre de aftosa sem vacinação, o mês de maio se encerra com preços firmes no mercado pecuário. Nesta sexta-feira (30/5), foram registrados, inclusive, aumentos de preços pagos pela arroba do boi gordo em algumas regiões do país. Das 32 praças pecuárias analisadas pela Scot Consultoria, as cotações do boi gordo ficaram estáveis em 24 nesta sexta-feira. Em sete delas, houve até aumentos de preços: Belo Horizonte (MG); Dourados (MS); Cuiabá (MT); norte, sudeste e sudoeste de Mato Grosso; e Redenção (PA). Apenas o oeste do Maranhão registrou queda nos valores. Nas praças de Araçatuba e Barretos, referências para o mercado de São Paulo, a cotação da arroba do boi gordo ficou estável, a R$ 302 para pagamento em 30 dias. As escalas de abate estão, em média, para sete dias. Segundo a Scot, a oferta de bovinos seguiu satisfatória, mas começou a apresentar indícios de recuo, possivelmente por conta dos vendedores esperando preços melhores, ação que pode não surgir efeito por conta da entressafra de capim. Com preços estáveis, o movimento indicou possível melhora na demanda por carne bovina, o que sustentou as cotações e manteve os compradores ativos, mesmo com a oferta de bovinos. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que o cenário é de preços mais firmes em meio à queda de braços acirrada entre pecuaristas e frigoríficos. “Como as indústrias têm grande parte das escalas preenchidas com animais de contrato, continuam em situação confortável. Mas, nas ocasiões em que precisam comprar no mercado de balcão, encontram resistências de muitos produtores, principalmente aqueles que têm lotes maiores, homogêneos, padrão exportação, que firmam suas ofertas e não cedem à pressão dos compradores”, destaca o Cepea. De acordo com o Cepea, o frio mais intenso ainda não está motivando o aumento das ofertas de gado. “Muitas regiões ainda têm boas pastagens, e o pecuarista costuma ser otimista a e tem acreditado que os preços possam voltar a subir”, afirma o Centro de Estudos. Além disso, conforme o período de estiagem vai avançando, aumenta o interesse por confinamentos. O Cepea destaca que, neste ano, o volume já posto em confinamento é bem maior que no ano passado. Conforme cálculo da equipe FarmTell da DSM/Tortuga, em maio, a ocupação está 36,7% acima da observada em 2024. Esse volume reforçado em confinamentos terá impacto sobre a oferta de animais e disponibilidade de carne bovina, tanto para exportação quanto para os brasileiros em julho e agosto. Em relação à carne bovina, no atacado da grande São Paulo, os varejistas começam a se abastecer para as vendas do começo do mês. Como o volume ofertado e a procura estão bem alinhados, os preços têm se mantido praticamente os mesmos. Representantes de frigoríficos ouvidos pelo Cepea estão afirmando que a carne começa a ter reajuste para cima.

Globo Rural

As cotações de todas as categorias de bovinos prontos para o abate cederam em Santa Catarina

A semana decorreu com quedas no mercado do boi gordo em diversas praças monitoradas pela Scot Consultoria, com destaque para Santa Catarina, onde, houve recuo para todas as categorias. Esse movimento é resultado de uma boa oferta de bovinos e um escoamento interno lento de carne bovina.

Deste modo, na comparação semanal, a cotação do boi gordo caiu 1,6% ou R$5,00/@, sendo comercializado em R$300,50/@. Para a vaca e para a novilha houve queda de 1,0%, ou R$3,00/@, sendo negociadas em R$276,00/@ e R$285,50/@, respectivamente. Preços são a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$3,00/@, ou menos 1,0%, com a arroba negociada em R$297,50 nas praças paulistas, considerando o preço a prazo e livre de impostos. No curto prazo, a perspectiva é que as cotações sigam pressionadas.

Scot Consultoria 

Exportação de gado vivo cresce no Brasil em 2025

Países árabes e muçulmanos estão entre os principais compradores, para abate ou melhoramento genético. Exportação de gado vivo aumenta; para especialistas, segmento ajuda a compor preços do boi gordo

O Brasil está exportando mais bovinos vivos, ou gado em pé, como também se costuma chamar. É o que mostram os dados do governo federal. De janeiro a abril deste ano, dados mais recentes, o volume embarcado foi de 118,220 mil toneladas, com uma receita de US$ 286,55 milhões. No mesmo período em 2024, foram 57,370 mil toneladas para um faturamento de R$ 125,86 milhões. Em todo o ano de 2024, os embarques somaram 365,84 mil toneladas, 84% a mais que no ano anterior, quando o total foi de 198,89 mil toneladas. A receita dos exportadores foi 69,75% superior. Passou de US$ 488,65 milhões para US$ 829,55 milhões. Nas contas da Scot Consultoria, o volume dos primeiros quatro meses de 2025 equivale a 300,6 mil cabeças de gado. De janeiro a abril de 2024, foram 145,5 mil. Alcides Torres, diretor da empresa, avalia que as exportações estão aquecidas. E os preços médios, mais elevados. Neste ano, os valores estão em torno de R$ 360 por arroba. No ano passado, eram de R$ 300. A expectativa é fechar 2025 com embarques de 1,5 milhão de cabeças, afirma o consultor, com base em informações de representantes do segmento. “Caso essa projeção se confirme, o volume estará entre os maiores da história, representando uma via de retorno ao produtor e uma opção adicional para a cadeia produtiva da pecuária brasileira”, diz. O amplo domínio neste tipo de comércio é dos países árabes e muçulmanos: são os principais destinos. O líder é o Iraque, seguido por Turquia (que não é um país árabe, mas tem uma forte influência muçulmana) e Egito. Também integram a lista Líbano, Marrocos, Jordânia, Arábia Saudita, Argélia, Irã (outro país que não é árabe, mas com forte influência muçulmana) e Paquistão. Alguns dos compradores também estão entre os líderes nas importações de carne bovina brasileira. O Egito, por exemplo, é o terceiro maior. Hong Kong é o segundo, e está em 17º no ranking dos compradores de bovinos vivos, considerando os valores de 2024. Mohammad Mourad, secretário-geral e vice-presidente de Relações Internacionais da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), relaciona a situação à diversidade de clientela. Há empresas que preferem revender carne com a marca do exportador e as que preferem abater o boi e vender o produto com sua própria marca. Mourad acrescenta que a procura pelo bovino em pé está, em parte, relacionada à produção halal, que obedece aos preceitos e tradições muçulmanas. Há todo um conjunto de regras que deve ser seguido, desde e local de origem do animal até a distribuição da carne para o consumidor. “Quem importa o gado vivo, vê a oportunidade de agregar valor e aumentar margem no mercado de destino. E tem muito a ver com o abate halal. O importador faz o embarque e o abate conforme os preceitos”, explica o executivo. Diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Exportadores de Zebu (ABCZ), Juan Lebron reconhece que o gado em pé representa uma pequena parcela do que a pecuária bovina brasileira vende para o exterior. Entretanto, não deixa de citar alguns aspectos positivos para o país, de modo geral, e para o pecuarista, em particular. “Se você tem uma matriz de produção única, escoada em forma de carne ou de boi vivo, cada animal que você exporta, diminui a pressão sobre o mercado interno. E acaba, em tese, melhorando os preços para o produtor”, diz Lebron. O melhoramento genético é outro segmento em que o gado em pé do Brasil tem sua participação. Além de sêmen e embriões, bovinos vivos vão para outros países com o objetivo elevar a qualidade e produtividade dos rebanhos. Enviar o animal, evidentemente, é uma operação relativamente mais cara do que apenas o material genético, mas há quem tenha também essa preferência. A exportação de gado em pé, que o setor pecuário defende, sofre críticas de organizações ligadas à defesa dos animais. Em fevereiro, essa discussão teve mais capítulo na Justiça. O Tribunal Regional Federal da 3a Região decidiu que embarcar o bovino vivo para outro país não fere a legislação nem configura maus tratos aos animais. A posição reverteu sentença de primeira instância. Juan Lebron afirma que as exigências ambientais, sanitárias e de bem-estar animal para a exportação de gado vivo estão cada vez mais rigorosas, especialmente em relação aos animais destinados a abate. “Tem toda uma agenda neste sentido que deve ser considerada. É algo que pesa em termos de imagem. Uma coisa é se a exportação é boa ou não. Outra é se vale a pena”, pontua. Para o frigorífico Minerva, um dos principais exportadores de carne bovina do Brasil, a operação foi perdendo relevância. Nas demonstrações financeiras, o valor da venda de bovinos vivos estava na rubrica “outros”, com negócios que, juntos, somam de 2% a 3% da receita total. No ano passado, a empresa decidiu não mais atuar no segmento. “É um negócio que tem uma volatilidade grande e, para nossa estratégia, não faz mais sentido do ponto de vista de risco/retorno”, disse, na época, o diretor de Relações com Investidores da empresa, Edson Ticle.

Globo Rural

ECONOMIA

Dólar sobe quase 1% puxado por exterior e fecha semana acima dos R$5,70

O dólar fechou a sexta-feira com alta firme e novamente acima dos R$5,70, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior após novos atritos comerciais entre Estados Unidos e China, em sessão marcada ainda pela disputa no Brasil pela formação da taxa Ptax de fim de mês.

O dólar à vista fechou em alta de 0,96%, aos R$5,7205. Na semana, a divisa acumulou elevação de 1,30% e, no mês, avanço de 0,78%. Às 17h26, na B3, o dólar para julho — que passou a ser o mais líquido nesta sexta-feira — subia 0,94%, aos R$5,7590. Desde cedo os negócios com moedas foram impactados por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, acusando a China de violar um acordo entre os dois países para reduzir mutuamente as tarifas e as restrições comerciais sobre minerais essenciais. Os receios em torno da guerra tarifária entre EUA e China penalizaram ativos de países emergentes ao redor do mundo, incluindo o real. “O dólar está subindo lá fora, e é claro que o mercado no Brasil anda junto com este movimento”, comentou durante a tarde João Oliveira, head da mesa de operações do Banco Moneycorp, ao justificar o avanço da moeda norte-americana ante o real. “Também continuamos com a discussão sobre o IOF, que não acabou e não deve acabar tão cedo. A semana foi inteira impactada por isso, e hoje continua”, acrescentou. Na semana passada o governo Lula anunciou elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para uma série de operações cambiais e de crédito, para aumentar a arrecadação e, deste modo, cumprir sua meta fiscal. Ainda que o governo tenha voltado atrás em algumas medidas, as demais seguem ameaçadas pela ação do Congresso, que pressiona pela derrubada do decreto que alterou alíquotas do imposto. A divulgação pela manhã da alta de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre do ano, na comparação com os três meses anteriores, teve impacto direto na curva futura de juros, mas acabou ficando em segundo plano no mercado de câmbio.

Reuters

Ibovespa fechou em queda com realização de lucros, mas acumulou alta em maio

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, com o viés externo desfavorável a risco endossando movimentos de realização de lucros, conforme encerrou mais um mês com desempenho acumulado positivo, período em que renovou máximas históricas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,09%, a 137.026,62 pontos, contabilizando perda de 0,58% na semana, mas alta de 1,45% em maio. Na máxima do dia, o Ibovespa marcou 138.637,35 pontos. Na mínima, foi a 136.725,85 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$31,28 bilhões. “Após mais um mês de rali positivo para as ações brasileiras, o Ibovespa corrigiu parte dos ganhos recentes”, afirmou o analista-chefe da Levante Inside Corp, Eduardo Rahal. Novas ameaças na disputa comercial entre Estados Unidos e China corroboraram a cautela, com a Casa Branca afirmando que prepara novas ações contra Pequim após o presidente Donald Trump acusar o país asiático de violar um acordo com Washington. Em Wall Street, o S&P 500 fechou estável, tendo ainda no radar dados de abril sobre a inflação nos EUA. “Trump reacendeu o risco de uma guerra comercial ao acusar a China de violar o acordo tarifário firmado recentemente. Isso gerou uma nova onda de aversão ao risco”, afirmou o especialista em investimentos Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital. No Brasil, o último pregão de maio também foi marcado pela repercussão do PIB no Brasil, que cresceu 1,4% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, puxado pela agropecuária, em linha com as expectativas. “Já antevíamos um PIB mais forte no primeiro trimestre, com uma participação relevante da agricultura. Isso foi justamente o que aconteceu”, afirmaram economistas do Bradesco, em relatório a clientes na sexta-feira. “Por outro lado, as componentes cíclicas tiveram desempenho mais moderado, refletindo um menor dinamismo da demanda doméstica do que o resultado agregado pode aparentar”, acrescentaram, vislumbrando uma desaceleração ao longo do ano.

Reuters

Brasil cresce 1,4% no 1º tri com desempenho mais forte da agropecuária em 2 anos

A economia do Brasil cresceu acima de 1% no primeiro trimestre sustentada pelo desempenho mais forte da agropecuária em dois anos, iniciando com força um ano em que se espera moderação da atividade à frente diante da política monetária contracionista.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil expandiu 1,4% no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. O resultado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters para o período de janeiro a março e foi o mais elevado desde o segundo trimestre do ano passado (+1,5%). O desempenho mostrou ainda forte aceleração em relação ao ritmo do final do ano passado, quando o PIB expandiu 0,1% no quarto trimestre em dado revisado pelo IBGE de 0,2% informado antes. Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB teve expansão de 2,9%, contra expectativa de 3,2% nessa base de comparação. A agropecuária, com peso de cerca de 6,5% na economia, foi o principal responsável pela expansão da atividade econômica nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 12,2%% em relação ao quarto trimestre.

Esse desempenho foi o mais forte para o setor desde o primeiro trimestre de 2023 — a leitura forte já era esperada por analistas diante de condições climáticas favoráveis, ganhos de produtividade e uma produção recorde de soja. “O agro tem dois efeitos positivos, por conta do clima mais favorável e por conta de colheitas concentradas no primeiro semestre, como soja, arroz, milho e fumo. A soja é nossa principal lavoura e concentra no primeiro semestre”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. “Fora o efeito clima e concentração, tem a base deprimida de 2024 e um aumento da produtividade. A conjuntura está toda favorável para o setor agropecuário”, completou. Ainda no lado da produção, os serviços — setor que responde por cerca de 70% da economia do país — tiveram expansão de 0,3%, depois de crescerem 0,2% no quarto trimestre do ano passado. “O grande destaque dentro dos serviços … foi a atividade de serviços de informação e comunicação, especialmente devido ao aumento de Internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade cresceu mais de 38% desde a pandemia”, disse Palis, destacando o avanço de 3,0% dessa atividade no primeiro trimestre em relação ao quarto. Por outro lado, a indústria teve retração de 0,1% no período, após oito trimestres seguidos no azul, pressionada pelos setores de transformação (-1,0%) e de construção (-0,8%). “O setor industrial está sendo negativamente afetado pela política monetária restritiva”, disse Palis. Já do lado das despesas, o destaque foi a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, que cresceu 3,1%, ritmo mais intenso em um ano. Ainda assim, somente esse indicador e a indústria estão abaixo do pico da série, em 2013, sob o efeito dos juros elevados, segundo o IBGE. As despesas das famílias também ajudaram no desempenho do PIB no primeiro trimestre com um aumento de 1,0%, depois de apresentaram retração no final de 2024, refletindo um mercado de trabalho aquecido e aumento da renda. As despesas do governo cresceram 0,1%, desacelerando ante taxa de 0,5% no trimestre anterior. No setor externo, tanto as exportações de bens e serviços quanto as importações de bens e serviços cresceram, respectivamente 2,9% e 5,9%. Um mercado de trabalho aquecido e políticas de estímulo ao consumo e ao crédito adotadas pelo governo, como o novo programa de crédito consignado, vêm ajudando a mitigar os efeitos na economia da política monetária contracionista e da inflação persistente. Mas passado o tradicional efeito da agropecuária em início de ano, a expectativa é de que a economia mostre desaceleração gradual ao longo do ano, conforme o impacto dos juros altos sobre a atividade se torne mais visível. Em revisão na semana passada, o Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o PIB brasileiro de 2,3% para 2,4% neste ano, mantendo a previsão de expansão de 2,5% em 2026.

Reuters

Dívida pública bruta fica em 76,2% do PIB em abril, mostra BC

 A dívida pública bruta do Brasil como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 76,2% em abril, de 75,9% no mês anterior, informou o Banco Central nesta sexta-feira. No mês, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$14,150 bilhões. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de R$17,4 bilhões.

Reuters 

GOVERNO

Lula irá à França para se encontrar com Macron e tratar do acordo eu Mercosul

A lei antidesmatamento da UE também estará na pauta do encontro dos dois presidentes, na próxima semana, confirmou o Ministério de Relações Exteriores (MRE) na sexta-feira (30)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá à França na próxima semana e conversará com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia e sobre a lei antidesmatamento. As tratativas sobre esses temas foram confirmadas pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE) na sexta-feira (30). Com a França sendo um país que já se opôs ao fechamento do acordo entre os blocos, o MRE vê o contexto político e de guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China como positivo para o andamento das negociações. Ao mesmo tempo, o Senado aprovou, na semana passada, um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental. Se sancionada como foi chancelada pela Casa, a matéria pode dificultar as negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A lei antidesmatamento, por sua vez, que vai entrar em vigor no final deste ano, restringe as importações de sete commodities e seus derivados produzidos em locais desmatados a partir de 2021. Essa norma da União Europeia preocupa o setor do agronegócio brasileiro e foi, inclusive, uma das motivações de uma lei aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula, este ano, que permite ao governo brasileiro aplicar a reciprocidade após medidas protecionistas adotadas de forma unilateral por outros países. As conversas entre Brasil e França acontecem também após a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a senadora Tereza Cristina (PP-MS), esta semana, pedirem à Comissão Europeia uma investigação formal contra o Carrefour e outras três varejistas francesas pela suspensão da compra de carne do Brasil em novembro do ano passado. Em coletiva de imprensa para a divulgação de como será a viagem do presidente, os embaixadores não deram mais detalhes sobre quais pontos seriam abordados por Lula em relação a esses temas. O órgão também não divulgou qual será a comitiva que o acompanhará. Além dos encontros com Macron, Lula participará entre os dias 4 e 9 de junho da 3ª Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, na cidade francesa de Nice, e de uma cerimônia de certificação do Brasil como um país livre de febre aftosa sem vacinação.

Valor Econômico

Abertura de dez novos mercados para a exportação agropecuária brasileira

Com os anúncios, o agronegócio brasileiro atinge 381 desde o início de 2023

O governo brasileiro concluiu, nesta semana, dez negociações na área agrícola com seis parceiros comerciais: Bahamas, Cameroun, Coreia do Sul, Costa Rica, Japão e Peru. As novas autorizações contemplam uma variedade de produtos, como carne bovina, carne suína, carne de aves e seus derivados, material genético bovino, material genético avícola, óleo de peixe e produtos do etanol de milho. Nas Bahamas, as autoridades locais aprovaram o certificado sanitário para que o Brasil exporte carne bovina, carne suína, carne de aves e seus produtos. Essa abertura reflete o elevado grau de confiança no sistema de controle sanitário brasileiro e poderá contribuir para a segurança alimentar da população bahamense. No Cameroun, as autoridades locais aprovaram a exportação de bovinos vivos para reprodução e material genético bovino pelo Brasil, o que permitirá o fortalecimento da pecuária local, além de oferecer aos produtores brasileiros oportunidades futuras para ampliação de negócios na África. Na Coreia do Sul, as autoridades locais autorizaram a exportação de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia), reforçando a liderança do Brasil nessa área e o reconhecimento internacional sobre a qualidade, a sanidade e a rastreabilidade do plantel brasileiro. Na Costa Rica, as autoridades locais autorizaram as exportações brasileiras de “grãos secos de destilaria” (DDG e DDGS, na sigla em inglês). Trata-se de um subproduto do etanol de milho que constitui fonte valiosa de proteína para alimentação animal e que, pelas características produtivas, reflete as credenciais de sustentabilidade da produção bioenergética brasileira. No Japão, as autoridades sanitárias autorizaram a exportação de óleo de peixe produzido no Brasil, o que corrobora o elevado nível de confiança depositado por aquele país nos padrões sanitários brasileiros. No Peru, as autoridades sanitárias aprovaram a exportação de filé de tilápia refrigerada ou congelada do Brasil. Essa abertura poderá ampliar as oportunidades de negócio para a piscicultura nacional, uma vez que o país andino é grande importador de pescados. Com os anúncios, o agronegócio brasileiro atinge 381 desde o início de 2023.

MAPA

Crescimento da economia brasileira é impulsionado pelo agro no primeiro trimestre, diz Mapa

PIB cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior. Comparando o último trimestre de 2024, avanço foi de 1,4%, com destaque para a agropecuária (12,2%)

Puxando o crescimento da economia do país, a agropecuária brasileira cresceu 12,2% no primeiro trimestre de 2025, no comparativo do último trimestre de 2024. O setor teve a maior alta entre as atividades e refletiu diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que aumentou 1,4%, neste comparativo. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), que divulgou os dados na sexta-feira (30). Segundo o relatório, pela ótica da produção, destaca-se o crescimento da Agropecuária e, também, houve alta nos Serviços (0,3%). “O agro foi o grande responsável por esse crescimento. É a força da economia brasileira puxada pela agropecuária. Fruto de um trabalho de investimento no Plano Safra recorde e ampliação das oportunidades comerciais”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Já no comparativo do mesmo período de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9% no primeiro trimestre de 2025. A Agropecuária cresceu 10,2%, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade. No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Lspa) divulgado em maio pelo Ibge, entre os produtos com safra no 1º trimestre e crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%). O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2025 cresceu 3,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou dos avanços de 3,2% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado nesta comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (1,8%), Indústria (3,1%) e Serviços (3,3%).

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado de suínos têm quedas leves na sexta-feira (30)

As cotações no mercado de suínos caíram com menos força na sexta-feira (30). Segundo análise do Cepea, após um período de estabilidade, os preços do suíno vivo posto na indústria caíram nos últimos dias, na maior parte das regiões acompanhadas pelo órgão. 

Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 154,00, enquanto a carcaça especial caiu 0,82%, fechando em R$ 12,10/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (29), houve queda de 0,12% no Paraná, chegando a R$ 8,00/kg, e de 0,77% em Santa Catarina, atingindo R$ 7,69/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,11/kg), Rio Grande do Sul (R$ 7,99/kg) e São Paulo (R$ 8,44/kg).

Cepea/Esalq

Frango: preços em queda na sexta-feira

De acordo com informações do Cepea, os preços internos da carne de frango têm caído com força. A pressão está atrelada sobretudo à maior oferta que vem sendo realocada ao mercado doméstico há duas semanas, com a confirmação de caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS). 

Agentes consultados pelo Cepea observaram nestes últimos dias um fluxo mais intenso de produtos avícolas do Sul do País a preços mais competitivos, resultando em um desequilíbrio de oferta e demanda na região. Vale lembrar que o Sul é a maior região produtora e exportadora de carne de frango do Brasil. Por sua vez, a demanda doméstica pela proteína está enfraquecida, principalmente neste período de encerramento de mês, quando o poder de compra da população é menor. Esse contexto reforça o movimento de retração nos valores de negociação da carne. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo caiu 1,75%, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 1,42%, custando, em média, R$ 6,95/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, enquanto no Paraná, houve queda de 0,19%, valendo R$ 5,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (29), a ave congelada ficou estável, custando R$ 8,19/kg, assim como o frango congelado, fechando em R$ 8,26/kg.

Cepea/Esalq

China emite proibição à importação de carne de frango de todo Brasil

A China proibiu todas as importações de carne de frango e produtos relacionados do Brasil devido a um caso de gripe aviária, duas semanas após suspender os pedidos de importação das granjas avícolas do país.

Todas as importações diretas e indiretas de carne de frango brasileira estão proibidas e serão devolvidas ou destruídas se trazidas ou enviadas para o país, informou a Administração Geral de Alfândegas da China em um aviso em seu site datado de 29 de maio. A Administração Geral de Alfândegas da China também informou que todos os resíduos animais e vegetais de navios que chegam do Brasil devem ser tratados sob supervisão aduaneira e não descartados sem autorização. O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango e maior fornecedor do produto para a China, confirmou um caso de gripe aviária em granja avícola comercial na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em 16 de maio, desencadeando uma série de proibições comerciais internacionais. O governo brasileiro já considerava o embargo total da China desde o início da crise, conforme regras de protocolos sanitários entre os países, mas solicitou que o país restringisse o embargo a produtos avícolas apenas da cidade onde ocorreu o caso. O anúncio sinaliza que Pequim ignorou o pedido de uma proibição limitada. China, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão entre os principais destinos das exportações de frango do Brasil. Os outros três países impuseram proibições apenas em nível estadual. A União Europeia e a Coreia do Sul também proibiram o frango brasileiro. O Brasil exportou cerca de US$10 bilhões em carne de frango em 2024, representando cerca de 35% do comércio global, tornando uma proibição nacional dolorosa não apenas para os produtores brasileiros, mas também para os grandes importadores. Os produtores brasileiros têm contado com a aproximação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente chinês Xi Jinping para flexibilizar a proibição do comércio de aves.

Reuters

Frango/Cepea: Maior oferta realocada ao mercado doméstico derruba preços

Levantamento do Cepea mostra que os preços internos da carne de frango têm caído com força.

 A pressão está atrelada sobretudo à maior oferta que vem sendo realocada ao mercado doméstico há duas semanas, com a confirmação de caso do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS). Atualmente, a União Europeia e mais outros 24 países embargaram a commodity de todo o território brasileiro, 16 outros países restringiram as compras de carne com origem do Rio Grande do Sul e dois países deixaram de comprar a proteína oriunda do município de Montenegro. De fato, agentes consultados pelo Cepea observaram nestes últimos dias um fluxo mais intenso de produtos avícolas do Sul do País a preços mais competitivos, resultando em um desequilíbrio de oferta e demanda na região. Vale lembrar que o Sul é a maior região produtora e exportadora de carne de frango do Brasil. Por sua vez, a demanda doméstica pela proteína está enfraquecida, principalmente neste período de encerramento de mês, quando o poder de compra da população é menor. Esse contexto reforça o movimento de retração nos valores de negociação da carne.

Cepea 

Gripe aviária pode afetar resultados de empresas do agro no segundo trimestre

Para analistas, doença tende a pesar sobre balanços do intervalo de abril a junho. Produção de carne de frango: gripe aviária pode afetar resultados de empresas do agro no segundo trimestre

O primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial no Brasil, confirmado em 16 de maio em Montenegro (RS), levou dezenas de países a suspenderem as compras de carne de frango e subprodutos brasileiros. Em maior ou menor proporção, esse impacto deve aparecer nos balanços das empresas do agro no segundo trimestre. “Alguma coisa vai acontecer [nos balanços], é difícil fugir disso. Ainda que os exportadores consigam redirecionar a produção, mais de 40% das exportações brasileiras foram alvo de embargo. Um mercado do tamanho da China é difícil redirecionar”, disse Guilherme Palhares, analista do Santander, ao Valor. Por força de um protocolo firmado entre os dois países, os embarques de carne de frango de todo o Brasil para a China foi suspenso assim que saiu a confirmação da doença. O governo e as autoridades sanitárias brasileiras buscam regionalização dos embargos que ainda são nacionais, na tentativa de que o bloqueio ao comércio fique restrito ao Rio Grande do Sul, ao município de Montenegro ou ao raio de 10 km no entorno da cidade. Palhares ressalta que a intensidade dos efeitos sobre as empresas de proteína animal vai depender do andamento da doença no país. Para o especialista, a transparência de informações do Ministério da Agricultura na condução do problema é um fator relevante para as relações comerciais. Nesse contexto, as companhias mais afetadas seriam justamente algumas das que estiveram em destaque nos resultados do primeiro trimestre: Seara, do grupo JBS, e a BRF, que está em processo de fusão com sua controladora, a Marfrig. “Na segunda temporada de balanços, podemos esperar queda nas margens [dos frigoríficos de frango] que devem ser compensadas pela carne bovina, mas as próximas semanas podem ser cruciais para essa decisão”, afirmou Gabriel Hartt, analista agro da Terra Investimentos. Ainda em análise sobre o cenário para o segundo trimestre, Hartt estima que os preços do frango tendem a cair, o que pode atrair a demanda dos consumidores locais para essa proteína. Além disso, as exportações de carne bovina caminham para avançar de maneira expressiva, o que pode encarecer o produto no mercado interno, avalia. Em contrapartida, o especialista diz que, de forma geral, neste ano, as empresas de agro estão se mostrando muito resilientes aos movimentos do cenário macro, cada uma com uma estratégia diferente.

Valor Econômico

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