
Ano 11 | nº 2475 | 28 maio de 2025
NOTÍCIAS
Preços estáveis para boi gordo, vaca e novilha nas praças paulistas
Com poucas negociações realizadas a cotação ficou estável para todas as categorias.
No Tocantins, na região Sul, a cotação não mudou. Na região Norte, a cotação da vaca caiu R$2,00/@. Para o boi gordo e para a novilha não houve mudança. No Pará, na região de Marabá, o boi gordo registrou queda de R$3,00/@, enquanto as cotações da vaca e da novilha permaneceram estáveis. Em Redenção, os preços permaneceram estáveis. A cotação do “boi China” não mudou para as duas regiões. Em Paragominas, houve queda de R$5,00/@ na cotação da novilha e para o “boi China”. Para as demais categorias, a cotação não mudou. Na exportação de carne bovina in natura, o volume de carne bovina exportado até a quarta semana de maio foi de 174 mil toneladas. A média diária ficou em 10,8 mil toneladas, o que representou um aumento de 7,6% em relação ao embarcado por dia em maio do ano passado. O preço médio da tonelada foi de US$5,1 mil, uma alta de 15,0% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Scot Consultoria
Preços acomodados no mercado do boi gordo
Analista da Safras & Mercado acredita que os frigoríficos já não possuem mais tanto espaço para pressionar por baixas da arroba
O mercado físico do boi gordo teve preços acomodados na maioria das regiões na terça-feira (27).
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos já não estão mais com tanto espaço para pressionar os preços junto aos pecuaristas. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 304. Goiás: R$ 286,07. Minas Gerais: R$ 289,29. Mato Grosso do Sul: R$ 301,02. Mato Grosso: R$ 298,78. O mercado atacadista voltou a registrar preços estáveis para a carne bovina. O ambiente de negócios sugere por recuo das cotações, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,90 por quilo, o dianteiro segue no patamar de R$ 19,00 por quilo e ponta de agulha ainda é precificada a R$ 17,80, por quilo.
Agência Safras
Brasil será declarado livre da febre aftosa sem vacinação em cerimônia histórica
O Brasil será oficialmente reconhecido como livre da febre aftosa sem vacinação nesta quinta-feira (29.mai.2025), durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), em Paris
O marco culmina um esforço de mais de 50 anos para erradicar a doença do rebanho nacional e abre portas para mercados exigentes, como Japão e Coreia do Sul. No entanto, o governo federal não enviará autoridades de alto escalão para a cerimônia, deixando a representação do país a cargo de uma fiscal agropecuária de Pernambuco. A ausência do governo contrasta com a mobilização de estados e entidades do setor agropecuário. Estados como Mato Grosso, Piauí e Amazonas enviaram comitivas próprias, destacando a importância regional do reconhecimento sanitário. Enquanto isso, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) enfrentou dificuldades de credenciamento devido à falta de interlocução com o Ministério da Agricultura, que se recusou a comentar o assunto. A cerimônia ocorre em um momento sensível para a imagem sanitária do Brasil, após recentes focos de gripe aviária que levaram à suspensão temporária de importações por 25 países. A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, deve ser a principal voz brasileira no evento, representando a Frente Parlamentar da Agropecuária. O reconhecimento da Omsa é visto como uma oportunidade para consolidar o país como líder global na exportação de proteína animal, mas a falta de engajamento federal pode diminuir seu impacto.
Brasil em Folhas
ECONOMIA
Dólar recua em dia favorável a moedas da América Latina e surpresa com IPCA-15
Agentes ficaram mais otimistas com o mercado local diante da composição melhor do IPCA-15 de maio
O dólar à vista exibiu desvalorização frente ao real na terça-feira, apagando a apreciação observada no último pregão, que foi marcado pela menor liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos. Hoje, além de um dia mais construtivo para divisas da América Latina, por conta de ajustes de posição, os agentes ficaram mais otimistas com o mercado local diante da composição melhor da prévia da inflação de maio, o IPCA-15. Assim, fluxos podem ter vindo para o país (seja pela perspectiva de corte de juros beneficiando empresas, na bolsa, ou pela perspectiva da aposta na queda da Selic, nos juros), o que poderia ter dado um suporte ao real ao longo do pregão. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,53%, cotado a R$ 5,6451, depois de ter batido na mínima de R$ 5,6412 e encostado na máxima de R$ 5,6719. Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,99%, cotado a R$ 6,3965. O dólar também recuava 0,23% contra o peso chileno e 0,99% ante o peso colombiano perto do fechamento do mercado “spot” no Brasil. A sessão desta terça-feira começou com dólar mais fraco frente ao real, apesar de a divisa americana ter mostrado valorização na maioria dos mercados mais líquidos. Um possível ajuste na emissão de títulos ultralongos no Japão e dados mais fortes na confiança dos consumidores americanos deram brecha para que o dólar ganhasse força frente ao iene e outras divisas da mesma classe de mercados desenvolvidos. A América Latina, porém, seguiu quase totalmente ilesa, com os pesos e o real apreciando frente ao dólar. Operadores entendem que o movimento pode ser uma calibragem de carteira que beneficia os ativos da região. Em relatório a clientes, o banco alemão Berenberg diz que devido a mudanças nos fluxos globais de capital, no sentimento dos investidores e na dinâmica política nos EUA, o dólar americano provavelmente perderá parte de sua supremacia global. “O recente enfraquecimento do dólar americano não deve ser interpretado como uma correção tática ou desvio temporário. Em vez disso, é provável que represente uma mudança estratégica nos fluxos globais de capital – afastando-se gradualmente dos EUA e direcionando-se para outras regiões”, dizem. “Após anos de ‘excepcionalismo’ dos EUA, os investidores estão mais uma vez reconhecendo os benefícios de uma maior diversificação global, especialmente porque a correlação entre regiões diminuiu desde a crise financeira global devido à menor globalização.”
Valor Econômico
Ibovespa avança 1% com perspectiva do fim de ciclo de alta de juros
Índice renovou recorde intradiário de pontuação ao alcançar 140.382 pontos
A surpresa baixista apresentada pelo IPCA-15 reforçou a percepção de agentes financeiros de que o fim do ciclo de alta está próximo, o que ajudou a alimentar uma queda firme dos juros futuros na sessão da terça-feira. O movimento na curva teve efeito direto sobre a bolsa local. No fim do dia, o Ibovespa fechou com alta de 1,02%, aos 139.541 pontos, chegando a tocar os 140.382 pontos, no ápice do dia, renovando o recorde máximo intradiário. O economista-chefe da Reach Capital, Igor Barenboim, destaca que o IPCA-15 “cheio” veio melhor do que o esperado e que os serviços subjacentes subiram 0,45%, também mostrando uma composição mais favorável. “Certamente, é mais um passo na direção de parar a alta de juros, junto com o aumento do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras], que deve restringir o crédito”, destaca Barenboim. O responsável pela mesa de ações do BTG Pactual, Jerson Zanlorenzi, vai na mesma linha e avalia que o impacto do aumento do IOF no crédito — que pode equivaler a uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros na visão do banco — ajudou a precificar o fim do aperto da Selic. Ele observa que, com o resultado positivo do IPCA-15 de hoje, o debate não é mais se haverá novas altas, mas quando o Banco Central deverá realizar o primeiro corte nas taxas. “O mercado está dividido em cortes entre dezembro e janeiro, mas, obviamente, dependerá dos dados. Se a atividade começar a sentir a desaceleração, tem chance de o BC antecipar para novembro. Mas só ‘trocar a discussão’ já ajuda muito”, afirma Zanlorenzi. “Mudar para quando começar a cortar é uma discussão mais positiva e está entre os fatores que ajudam a explicar os 140 mil pontos do Ibovespa.” Além da leitura mais favorável de fim de ciclo de aperto monetário, Zanlorenzi, do BTG, cita os preços atrativos da bolsa, que negocia a 9,5 vezes preço sobre lucro, e a entrada relevante de fluxo estrangeiro, como os principais pontos de otimismo com as ações brasileiras. “Os bancos estrangeiros alteraram suas recomendações em sequência e os emergentes estão mais em discussão. Achamos que esse movimento de entrada de capital estrangeiro na bolsa não é pontual. Pode ser uma tendência [de longo prazo], já que esse investidor faz alocações estruturais”, ressalta o profissional. Após um pregão de liquidez reduzida na véspera, o giro financeiro do Ibovespa foi de R$ 17,9 bilhões. Já na B3, o montante alcançou R$ 22,9 bilhões. Em Wall Street, os principais índices americanos fecharam em forte alta: o Nasdaq subiu 2,47%; o S&P 500 teve ganhos de 2,05%; e o Dow Jones avançou 1,78%.
Valor Econômico
IPCA-15 sobe menos que o esperado em maio e taxa em 12 meses tem alívio
A alta do IPCA-15 desacelerou e ficou abaixo do esperado em maio mesmo com o impacto dos custos da energia elétrica, levando o resultado em 12 meses a mostrar algum alívio em meio a uma política monetária restritiva, ainda que permaneça acima do teto da meta.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve alta de 0,36% em maio, após subir 0,43% no mês anterior. No acumulado em 12 meses até maio, o IPCA-15 avançou 5,40%, de 5,49% em abril, mostraram os dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do alívio, o índice ainda permanece bem acima do teto da meta oficial, de 3,0% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,44% para o mês e de 5,49% em 12 meses. Em maio, o maior peso individual no índice foi exercido pela energia elétrica residencial, que registrou alta de 1,68% devido à mudança na bandeira tarifária. O aumento nas contas de energia — a bandeira amarela impõe um custo extra de R$1,885 a cada 100 kWh consumidos — levou o grupo Habitação a um avanço de 0,67% em maio, forte aceleração ante o aumento de apenas 0,09% do mês anterior. Também se destacaram no IPCA-15 de maio os aumentos de 0,92% nos custos de Vestuário e de 0,91% de Saúde e cuidados pessoais. No caso de Saúde, o resultado se deveu a um aumento de 1,93% nos produtos farmacêuticos, reflexo da autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março, segundo o IBGE. Já a alta dos preços do grupo Alimentação e bebidas, com forte peso nas contas dos consumidores, desacelerou para 0,39% em maio, de 1,14% em abril. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (-7,28%), do arroz (-4,31%) e das frutas (-1,64%). Por outro lado, o grupo Transportes apresentou queda de 0,29%, uma vez que os preços da passagem aérea diminuíram 11,18% no período.
Reuters
Agroindústria cresce 1,6% no primeiro trimestre, revela FGVAgro
A expansão foi puxada por Produtos Não Alimentícios (4,1%). Em contrapartida, o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas contraiu 0,1%.
Uma pesquisa sobre o volume de produção agroindustrial, do FGVAgro, revela que a Agroindústria cresceu 1,6% no primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período de 2024. No mês de março, a alta foi ainda maior 3,6% ante mesmo mês do ano anterior. O resultado trimestral foi impulsionado pelo setor de Produtos Não-Alimentícios, cuja alta foi de 4,1%. Em contrapartida, o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas contraiu 0,1%. Já entre os resultados positivos do mês de março, o setor de Insumos Agropecuários registrou uma alta maior de 39,6%, está a nona expansão consecutiva, após um período longo de quedas sucessivas. Sendo o melhor mês de março para o setor da série histórica, iniciada em 2003. A explicação para esse excelente resultado se deve a redução dos preços dos nitrogenados e a razoável relação de troca para diversas culturas, que mantêm a demanda aquecida por esses produtos. Além da maior produção de defensivos, tratores e máquinas e adubos e fertilizantes. Apresentaram quedas interanuais, em março/2025, os setores de Bebidas Alcoólicas (-1,7%), Biocombustíveis (-18,6%) e Fumo (-10,9%). De acordo com o FGVAgro, o principal ponto a ser observado nos próximos meses será a capacidade da Agroindústria manter esse ritmo de crescimento frente às turbulências no mercado internacional e à desaceleração da economia brasileira.
FGVAgro
INTERNACIONAL
Produção australiana de carne bovina deve se aproximar de níveis recordes em 2025
Rabobank indica que os altos volumes de oferta de proteína australiana são acompanhados por uma crescente demanda global
A produção de carne bovina na Austrália em 2025 deve se aproximar dos recordes estabelecidos em 2024, informa o portal australiano Beef Centra, com base no recém-lançado Australian Beef Seasonal Outlook 2025, do Rabobank. O relatório anual, elaborado pela divisão RaboResearch, indica que os altos volumes de produção estão sendo acompanhados por uma crescente demanda global — o que deve sustentar preços estáveis e bons retornos para os pecuaristas australianos, destacou o site. O autor do relatório, o analista sênior de proteínas animais do RaboResearch, Angus Gidley-Baird, disse que várias temporadas favoráveis — com exceção de áreas secas significativas em Vitória e no sudeste da Austrália do Sul — permitiram o crescimento do rebanho bovino do país. “O aumento de partos resultante desse rebanho maior está agora chegando ao mercado como gado pronto para o abate, e 2024 estabeleceu um novo recorde: 2,57 milhões de toneladas de carne bovina produzidas dentro da Austrália”, afirmou Gidley-Baird. A expectativa para 2025 é que o número de abates continue elevado, e com o peso de carcaça ainda alto, os volumes de produção devem permanecer próximos ao recorde de 2024, reforçou o estudo. Segundo a Beef Central, outros grandes países produtores de carne bovina devem registrar uma queda na produção em 2025. “Isso cria uma demanda por importações e reduz a concorrência nos mercados de exportação, sustentando a procura pela carne bovina australiana”, afirmou Gidley-Baird. No entanto, acrescenta o analista, ainda há incertezas comerciais, como tarifas e tensões geopolíticas, que podem causar interrupções no comércio. “Mesmo assim, 2025 está se desenhando como um bom ano para a pecuária de corte australiana, com preços estáveis e produção forte”, enfatizou. A distribuição das exportações australianas deve se manter semelhante ao quadro registrado em 2024, observa a reportagem da Beef Central. Os Estados Unido, que consumiram quase tanta carne australiana quanto o mercado doméstico, continuarão sendo o principal destino, diz o banco. Os mercados asiáticos devem manter uma demanda fraca, porém em lenta recuperação. A produção global de carne bovina deve aumentar ligeiramente no primeiro trimestre de 2025, mas o Rabobank prevê uma queda de 2% no total do ano em relação ao volume de 2024. Segundo o banco, os principais responsáveis pela contração serão: Brasil, com queda anual de 550 mil toneladas (-5%), EUA (baixa anual de 100 mil toneladas, ou -1%) e China (recuo anual de 40 mil toneladas, ou -0,5%). Essas reduções devem favorecer a carne bovina australiana nos mercados internacionais, reforça o banco. “Os EUA continuarão sendo o motor do mercado global de carne em 2025, com forte demanda por importações e preços mais altos”, disse Gidley-Baird, segundo a reportagem da Beef Central. O setor norte-americano de carne bovina deve iniciar um processo de recomposição do rebanho, embora esse movimento seja modesto em 2025. Isso deve diminuir a concorrência da carne americana em mercados compartilhados com a Austrália, como Japão e Coreia do Sul. A expectativa é que as importações chinesas permaneçam estáveis, com qualquer crescimento favorecendo fornecedores sul-americanos de preços mais baixos. A oferta limitada dos EUA pode abrir espaço para maiores volumes australianos no Japão e Coreia, ainda que em escala limitada, diz a matéria.
Beef Central
Foco contínuo na demanda é meta de longo prazo para a carne vermelha dos EUA
À medida que a Federação de Exportação de Carne dos EUA (USMEF, na sigla em inglês) se reúne em Fort Worth para sua Conferência de Primavera, de 21 a 23 de maio, discussões sobre o tamanho do rebanho bovino e sua reconstrução vêm à tona.
Como palestrante principal, Randy Blach, CEO da CattleFax, abordou o tema destacando que a indústria ainda enfrenta uma oferta apertada de bois terminados, havendo mais ganchos (capacidade de abate) do que gado disponível para os preencher. “O abate de animais não terminados, vacas e touros, caiu significativamente, como era de se esperar,” afirma Blach. “Estamos estabilizando o rebanho devido à menor taxa de descarte de vacas. Estamos vendo uma expansão muito gradual, lenta, lenta, lenta, mas parece que, olhando para trás, janeiro de 2025 será o ponto mais baixo do rebanho de vacas de corte.” Ele afirma ser importante que as pessoas reconheçam que a oferta per capita de carne bovina está praticamente estável. “Esse aumento de preços que estamos vivenciando na indústria é impulsionado pela demanda,” acrescenta Blach. “A demanda por carne bovina está no maior nível em 37 anos. E acho que, quando as pessoas pensam em demanda, obviamente a qualidade tem sido a chave para isso. Temos visto um aumento substancial na qualidade dos animais produzidos.” O presidente e CEO da USMEF, Dan Halstrom, afirma que, com toda a perturbação causada por tarifas no primeiro trimestre de 2025, a indústria de carne vermelha precisa manter o foco no longo prazo — que é a demanda. “Esse é apenas o cenário natural do mercado em que estamos inseridos,” diz Halstrom. “A realidade é que a demanda continua. A demanda está batendo recordes tanto para carne bovina quanto suína, em diversos mercados. Temos capacidade de nos ajustar conforme necessário. Um bom exemplo é a China atualmente, mas acho que a mensagem é que precisamos manter o foco. No fim das contas, acredito que todo esse ruído em torno do que pode ou não acontecer será superado pela demanda.”
Drovers
FRANGOS & SUÍNOS
Preço da arroba suína em São Paulo caiu 3,14%
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve queda de 3,14%, com preço médio de R$ 154,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, fechando em R$ 12,20/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (26), houve queda de 1,90% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,28/kg, baixa de 1,10% no Paraná, alcançando R$ 8,12/kg, recuo de 1,11% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,02/kg, retração de 0,99% em Santa Catarina, atingindo R$ 7,99/kg, e de 0,24% em São Paulo, fechando em R$ 8,48/kg.
Cepea/Esalq
Em São Paulo, cotações do frango na granja e no atacado tem queda
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo caiu 1,67%, custando, em média, R$ 5,90/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 3,95%, custando, em média, R$ 7,30/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,25/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (26), o preço do frango congelado subiu 1,05%, chegando a R$ 8,65/kg, enquanto a ave congelada ficou estável em R$ 8,63/kg.
Cepea/Esalq
Brasil negocia com UE e EUA regionalização de embargos comerciais para gripe aviária
O Brasil está negociando com a União Europeia e os Estados Unidos a implementação de limites para restrições comerciais relacionadas à gripe aviária, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura brasileiro, na terça-feira.
Marcelo Mota acrescentou estar “muito confiante” de que acordos para limitar os embargos às regiões afetadas por surtos sejam alcançados. O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, confirmou seu primeiro foco de gripe aviária altamente patogênica em uma granja avícola em meados deste mês, desencadeando proibições comerciais para todo país por vários grandes importadores, enquanto outros implementaram restrições ao Estado atingido, o Rio Grande do Sul. As negociações com os dois blocos estão ocorrendo na sessão geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris. “Sabemos que este não é o momento perfeito para negociar, mas isso acontecerá eventualmente, já que grandes produtores de aves, como os EUA e o Brasil, enfrentam os mesmos desafios”, disse Mota à Reuters.
Reuters
Nova suspeita de gripe aviária em granja comercial no RS é investigada
Possível caso foi registrado em Anta Gorda (RS), onde ocorreu o primeiro registro de Doença de Newcastle no Brasil em 2024
Já são dois casos em plantéis comerciais sob avaliação para a gripe aviária neste momento no país. Autoridades de defesa sanitária investigam uma suspeita de gripe aviária em uma granja comercial em Anta Gorda (RS). A informação está no mapa do Ministério da Agricultura, atualizado no início da tarde de hoje. É o mesmo município onde, no ano passado, houve o primeiro registro de Doença de Necastle no Brasil. Com este, são dois casos em plantéis comerciais sob avaliação para a gripe aviária de alta patogenicidade neste momento no país. A outra suspeita está em Aguiarnópolis (TO). Ao todo, o governo federal registra até o momento 11 investigações de gripe aviária em curso no país. Em aves silvestres, estão em Montenegro (RS), Canoas (RS), Armação de Buzios (RJ), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE). Em criações de subsistência, são outras quatro suspeitas, em Eldorado do Carajás (PA), Quixadá (CE), Salitre (CE) e Aurelino Leal (BA). Desde maio de 2023, quando foi confirmado o primeiro registro de gripe aviária de alta patogenicidade no Brasil, o país registra 169 casos, apenas um em granja comercial, em Montenegro (RS). Na terça-feira, foi confirmado um foco de influenza em aves silvestres, no município de Mateus Leme (MG).
Globo Rural
Brasil notifica erradicação do foco de gripe aviária à OMSA
Segundo o relatório, as ações na região de Montenegro (SP), onde o caso foi registrado, foram concluídas em 21 de maio
O Brasil notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) sobre a conclusão da política de erradicação, prevista no Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, na granja comercial em que foi detectado um caso da doença em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Segundo o relatório, as ações na região foram concluídas em 21 de maio. O governo brasileiro informou também à OMSA que não foram identificados outros casos da doença durante a investigação epidemiológica conduzida pelo Serviço Veterinário Oficial na área perifocal (3 km ao redor do surto), e na área de vigilância (10 km do foco). Em relação à origem do foco, o Ministério da Agricultura destacou à OMSA que há similaridade no genoma sequenciado com genomas de aves silvestres infectadas já rastreados. “O sequenciamento completo do genoma detectou alta identidade com cepas previamente isoladas na América do Sul, e similaridade de 98,21% a 99,79% quando comparado com as sequências de aves silvestres relatadas. Foi detectada a presença de mutações indicando potencial adaptação a mamíferos, como já havia sido identificado nas sequências analisadas em evento anterior”, afirmou o governo brasileiro à OMSA. Segundo o ministério, não foi identificada, na análise laboratorial da doença, qualquer mutação relevante de resistência antiviral. “A genotipagem revelou que as amostras apresentam genótipos semelhantes aos previamente identificados em aves silvestres no Brasil”, acrescentou o ministério. A partir da conclusão da política de erradicação, o status do foco da doença foi alterado de “ocorre no país” para “ocorre na zona”, segundo a OMSA. O evento sanitário, que está em andamento, teve início em 12 de maio, conforme o relatório, e o agente é o vírus H5N1. Ao todo, 17.025 aves morreram ou foram sacrificadas, conforme relatório publicado no site da OMSA. À OMSA, o Ministério da Agricultura informou que já adotou medidas de controle do foco, como desinfecção, rastreabilidade, descarte oficial de carcaças, subprodutos e resíduos, eliminação oficial de produtos de origem animal, vigilância da zona em torno do foco, zoneamento, controle de movimentação dos produtos e abate sanitário. “Desde o início da investigação do Serviço Veterinário Oficial, o local foi colocado em quarentena, incluindo a suspensão da movimentação de aves e produtos”, esclareceu o ministério. Trata-se do primeiro caso no Brasil de gripe aviária no sistema comercial (influenza aviária de alta patogenicidade). O caso em uma granja comercial foi confirmado há dez dias em um matrizeiro (granja de produção de ovos férteis) de aves comerciais em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, segundo o ministério. A partir da desinfecção do local e contenção do foco, o Brasil está em vazio sanitário de 28 dias, período necessário para retomar o status de livre da doença, caso não haja novos casos.
O Estado de São Paulo/Agro
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