
Ano 11 | nº 2470 | 21 maio de 2025
NOTÍCIAS
Preços do boi gordo caem novamente em São Paulo
O aumento da oferta de bovinos continuou de forma satisfatória. Nesse sentido, compradores ofertaram menos e fizeram negócios. O preço do boi gordo e do “boi China” caiu R$2,00/@. O preço não mudou para as fêmeas. As escalas de abate estão, em média, para oito dias.
Na região Oeste do Maranhão, a oferta de bovinos seguiu boa, mas não o suficiente para pressionar a cotação. Sendo assim, não houve alteração no preço dos bovinos em relação à ontem. As escalas de abate atendem, em média, a sete dias. No Noroeste do Paraná, a ótima oferta de bovinos pressionou as cotações. Além disso, casos de gripe aviária causaram certa volatilidade na região e compradores estavam incertos sobre o escoamento de carne. O preço do boi gordo caiu R$2,00/@ e o da vaca e o da novilha caiu R$3,00/@. As escalas de abate estão, em média, para oito dias. Na exportação de carne bovina in natura, o volume de carne bovina in natura exportado até a terceira semana de maio, foi de 123,0 mil toneladas. A média diária está em 11,2 mil toneladas, aumento de 10,8% frente ao embarcado por dia em maio do ano passado. O preço médio da tonelada ficou em US$5,1 mil, alta de 13,6% em comparação com maio de 2024.
Scot Consultoria
Preço médio do boi gordo em MT registra queda semanal de 4,5%
Na mesma base de comparação semanal, o preço do garrote de 9,5@ recuou 3,14%, informa o Imea
Durante a terceira semana de maio/25 (12/05 a 16/05), preço médio do boi gordo em Mato Grosso registrou queda de 4,51% (ou R$ 14,18/@) em relação ao preço médio da segunda semana do mês, fechando o período a R$ 300,37/@, no prazo, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). “Essa desvalorização na arroba foi influenciada pela alta oferta de bovino terminados no pasto e, como consequência, pelo alongamento nas escalas de abates nos frigoríficos do Estado”, justificam os analistas do instituto. No que se refere a escala de abate, acrescenta o Imea, a média semanal do indicador (entre 12/05 a 16/05) ficou em 9,42 dias úteis, mostrando uma oferta confortável por parte das indústrias frigoríficas em relação ao volume de animais terminados já negociados. Na mesma base de comparação semanal, o preço do garrote de 9,5@ recuou 3,14% nas praças de MT, encerrando a semana cotado a R$ 371,96/@, em média. A queda reflete a fraca demanda pela categoria, diz o Imea. Por sua vez, o bezerro de 7@ apresentou desvalorização por mais uma semana consecutiva, cotado a R$ 13,70/kg, redução de 2,15% no comparativo semanal.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar avança com maior pressão sobre moedas ligadas a commodities
Em outros mercados, o comportamento foi diferente, com o dólar depreciando levemente em meio ao mau humor dos agentes com a questão fiscal americana
O dólar à vista exibiu leve valorização frente ao real na terça-feira, em um dia em que moedas ligadas à economia chinesa e aos preços de commodities sofreram pressão maior pela divisa americana. Em outros mercados, no entanto, o comportamento foi diferente, com o dólar depreciando levemente em meio ao mau humor dos agentes com a questão fiscal americana. Encerradas as negociações, o dólar à vista exibiu valorização de 0,26%, cotado a R$ 5,6692, depois de ter batido a mínima de R$ 5,6424 e encostado na máxima de R$ 5,6831. Já o euro comercial apreciou 0,60%, a R$ 6,3940. O dólar abriu as negociações de ontem em queda frente ao real, mas ao longo da manhã reverteu o sinal. A dinâmica de dólar mais forte se observou mais nos mercados em que moedas são mais sensíveis a preços de commodities e ao crescimento chinês. Entre as divisas com pior desempenho hoje estavam o dólar australiano e o won sul-coreano. Apesar da queda do real hoje, o banco holandês ING aponta para a melhora de divisas emergentes, em relatório diário sobre moedas. “Uma nova tendência na última semana é que a maioria das moedas emergentes ao redor do mundo está se valorizando em relação ao dólar”, disse o banco. “Na Ásia, especula-se que um acordo monetário poderia ser incluído em qualquer acordo comercial com os EUA. Na América Latina, a região parece ter evitado o pior das tarifas americanas, e os rendimentos implícitos estão relativamente altos”, disse o banco. “Se o Federal Reserve começar a cortar as taxas de juros e – mais importante – a volatilidade se estabilizar um pouco mais, começaremos a ouvir falar mais sobre ‘carry trades’ financiados em dólar. Isso pode ser assunto para este verão”, aponta. Já o HSBC afirma, em nota, que mantém uma perspectiva relativamente positiva para o real, embora o relatório fiscal a ser divulgado na quinta-feira deva ser analisado com atenção, pois o tamanho das despesas deve ser congelado para atingir a meta fiscal primária até o final do ano. “Não há previsão oficial do mercado para esses congelamentos orçamentários, mas acreditamos que um número em torno de R$ 10 bilhões deve ser uma notícia positiva para o real, que voltou a ser pressionado recentemente pelas notícias fiscais.” Também em relatório, a equipe de research de moedas do Deutsche Bank aponta que o real deve se beneficiar da sua subvalorização e de seu alto carry. “O real está barato em nossos modelos baseados em trocas comerciais, que somados ao alto carry, como o BC sugeriu sobre manter as taxas altas por muito tempo, deve beneficiar a moeda.”
Valor Econômico
Ibovespa ganha fôlego extra após revisão do Morgan Stanley e renova recorde
Banco elevou perspectiva para as ações brasileiras; índice fechou aos 140.110 pontos, alta de 0,34% no dia. No setor de proteínas, JBS ON teve alta de 4,79%, em um pregão mais favorável para frigoríficos. Marfrig ON avançou 4,31%. As ações reverteram as perdas da véspera após um movimento de correção
Depois de passar boa parte do dia no campo negativo, o Ibovespa devolveu as perdas e passou a subir na reta final do pregão. Segundo operadores e gestores, a virada positiva foi turbinada pela divulgação de um relatório do Morgan Stanley, que elevou a perspectiva para as ações brasileiras para “overweight” (compra) e aumentou o preço alvo da principal referência acionária local para 189 mil pontos em meados de 2026. Com o fôlego extra, o índice fechou em nova marca histórica nominal, aos 140.110 pontos, alta de 0,34% no dia. Durante o pregão, o índice oscilou entre os 138.966 pontos e os 140.244 pontos, também renovando a máxima histórica intradiária. “Acreditamos que o calendário eleitoral carregado dos próximos 18 meses abre espaço para o início de uma mudança de política, especialmente fiscal. Gostamos da relação risco-retorno no Brasil, onde o cenário otimista se tornou mais provável, em nossa visão”, destacaram os estrategistas Nikolaj Lippmann, Juan Ayala e Julia Nogueira, em relatório enviado a clientes. Os profissionais do banco revelam ter aumentado a exposição aos setores de serviços financeiros, estatais e concessões públicas. Para os especialistas, eles poderiam ser beneficiados com a proximidade das eleições; sinais de enfraquecimento na aprovação da plataforma política atual; taxa de juros no pico; e chance de que o dólar e os juros globais fiquem mais baixos. A sessão também foi marcada pela revisão para cima na projeção do Ibovespa pelo Safra, que passou de 141 mil pontos no fim de 2025 para 170 mil pontos, em meados de 2026. O banco justifica a mudança com a perspectiva de que o fim do ciclo de aperto da Selic, reforçada por sinais de moderação na atividade econômica, resultou em uma melhora do sentimento do mercado para o primeiro trimestre deste ano. Outras casas estrangeiras, por outro lado, permanecem com uma visão mais cautelosa. O grupo suíço Mirabaud é uma delas. “O Brasil vive uma recuperação técnica. Não estamos pessimistas com a bolsa, estamos pessimistas com a política econômica do Brasil”, destaca o diretor de investimentos do banco, Eric Hatisuka. Ele explica que está tático em renda variável, diante da falta de reequilíbrio fiscal e do tamanho reduzido do mercado nacional. No Brasil, Hatisuka diz que o Mirabaud está posicionado em renda fixa, especialmente em NTN-Bs (títulos públicos atrelados à inflação), e que vem expandindo a compra em papéis com vencimentos mais longos, como 2030, como mecanismo de proteção contra a alta de preços. A retomada de ações de frigoríficos, como JBS, que avançou 4,79%, também foi um dos destaques do pregão. O volume financeiro do Ibovespa no pregão foi de R$ 15,0 bilhões e R$ 21,7 bilhões na B3.
Valor Econômico
GOVERNO
Governo vai convocar auditores agropecuários aprovados em concurso
Objetivo é usar a autorização legal existente e chamar também 25% dos excedentes do certame. Ministro reforçou que é necessário ‘reforçar a defesa sanitária’ diante das emergências sanitárias que o Brasil passa
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou na terça-feira (20/5) que vai autorizar a convocação imediata dos 200 auditores fiscais federais agropecuários aprovados no concurso público mais recente, realizado no ano passado, para reforçar as equipes de servidores da Pasta em meio às emergências sanitárias em curso. Segundo ele, o objetivo é usar a autorização legal existente e chamar também 25% dos excedentes do certame, ou seja, convocar mais pessoas do que o previsto. “Hoje estamos autorizando o chamamento para os novos auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura. Queremos aproveitar esse momento. Vamos adicionar 25% a mais no concurso, para chamar 25% a mais do que está no concurso. Se precisar, vou pedir um decreto do presidente Lula para adicionar mais 50%”, afirmou Fávaro em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Fávaro reforçou que é necessário “reforçar a defesa sanitária” diante das emergências sanitárias que o Brasil passa. Além da gripe aviária no Rio Grande do Sul, há preocupação com doenças vegetais, principalmente no Norte do país: monilíase do cacaueiro, vassoura-de-bruxa da mandioca e a mosca da carambola. Ontem, em coletiva de imprensa, Fávaro disse que a Pasta avalia o pedido de reforço orçamentário ao governo federal para ações de controle das quatro emergências sanitárias.
Globo Rural
Ministro pede apoio da bancada ruralista para criar fundo sanitário nacional
Carlos Fávaro também recomendou a aprovação de projeto que permite às empresas privadas pagarem horas extras de servidores públicos que atuam na inspeção. Crises sanitárias serão cada vez mais intensas e recorrentes, lembrou o ministro da Agricultura
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pediu apoio à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para articular a votação no Congresso Nacional do projeto de lei 4.538/2020, que cria o Fundo Nacional de Defesa Sanitária Animal (Fundesa). Segundo Fávaro, o mecanismo pode ajudar na indenização de produtores que tiveram perdas econômicas com crises e episódios sanitários, como o da gripe aviária. “Que possam pedir ao presidente [da Câmara] Hugo Motta para pautar o projeto que trata do fundo sanitário. Que possamos criar um fundo. Se ainda tem divergência sobre a forma de administração ou contribuição do fundo, o Parlamento sabe fazer isso muito bem e negociar”, disse Fávaro, em reunião com a FPA. “As crises sanitárias serão cada vez mais intensas e recorrentes (…) A forma de combater uma crise sanitária é destruição da lavoura e dos animais, e quem paga essa conta é o produtor rural. Se temos esse fundo, pode indenizar. É muito importante a aprovação desse projeto de lei para levar mais segurança e estabilidade ao setor”, completou Fávaro. O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA, disse que a bancada vai elaborar o pedido de urgência para votação do projeto, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Lupion ressaltou que será preciso encontrar uma solução para integrar os fundos estaduais já existentes ao novo mecanismo nacional, sem geração de novo custo aos produtores rurais. Lupion ressaltou que a criação do fundo é uma pauta com apoio incondicional da bancada, mas que ela não resolve a crise atual. “Já trabalhamos nesses projetos. Precisamos melhorá-los, por exemplo, a forma como os fundos estaduais vão conversar com o nacional, elaborar melhor o texto. Criar um fundo é para médio e longo prazos, não resolve essa crise agora”, disse. O presidente da FPA destacou ainda a necessidade de regulamentação da lei do autocontrole para ajudar na pauta sanitária do país. Fávaro também pediu o apoio da bancada ruralista para a aprovação de outro projeto, que permite às empresas privadas pagarem horas extras de servidores públicos que atuam na inspeção. “O Estado não pode pagar hora extra e em crises tem necessidade [de realizar hora extra], mas o servidor não pode receber. A forma de compensação é com folga em dia normal de trabalho, o que aumenta a crise”, disse o ministro.
Globo Rural
Juros para médios produtores rurais podem ficar em um dígito na safra 25/26
Ministro da Agricultura aposta no fortalecimento de linhas dolarizadas para grandes produtores para tirar a pressão sobre o Tesouro Nacional. Há expectativa no governo e no mercado que os juros aumentem a partir de julho
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sinalizou na terça-feira (20/5) que as taxas de juros do Plano Safra 25/26 para agricultores e pecuaristas de médio porte podem ficar em um dígito, mesmo com a escalada da Selic. Para isso, ele aposta no fortalecimento de linhas dolarizadas para grandes produtores para tirar a pressão sobre o Tesouro Nacional e abrir espaço orçamentário para incrementar a equalização do Pronamp. “Podemos ampliar as opções de crédito em dólar, para quem tem hedge natural nas exportações, e na linha oficial o juro pode ser na casa de um dígito. Isso vai permitir que amplie de forma significativa a equalização para o Pronamp e manter a viabilidade aos médios que não têm esse hedge natural”, afirmou Fávaro. “Com taxa de juro de um dígito para o Pronamp, uma opção [para os grandes] é a linha dolarizada”, completou. Na safra 2024/25, os juros para médios produtores são de 8% ao ano. Há expectativa no governo e no mercado que os juros aumentem a partir de julho. A fala do ministro indica que a alta pode ser contida, de cerca de um ponto percentual, caso haja esse rearranjo de orçamento da equalização direcionada ao Pronamp. Fávaro afirmou ainda que a alta da Selic tornou “proibitivo” para o produtor rural buscar recursos sem equalização nos agentes financeiros. Por outro lado, salientou que há um regime fiscal no país que impede “excesso de gastos”, o que limita o aumento do orçamento para subvenção federal no crédito rural. O setor produtivo e a FPA pedem, por exemplo, R$ 25 bilhões para equalizar juros dos financiamentos da temporada 2025/26. Fávaro pediu o apoio da FPA para o projeto de modernização do seguro rural. A ideia do ministro é fortalecer a adesão ao seguro paramétrico, baseado em índices, para ampliar a base de cobertura e reduzir riscos das seguradoras. Uma das possibilidades é tornar obrigatória a contratação de apólice por produtores que acessarem recursos com juros controlados do Plano Safra. Segundo Fávaro, a ideia é fazer um teste por um ano. O modelo já contaria com apoio orçamentário do Ministério da Fazenda. “Temos a sinalização clara do ministro Fernando Haddad para ampliar a verba da subvenção para R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões”, disse. O recurso pode ser remanejado do caixa do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). O objetivo é fazer uma integração dos programas, com a migração de público atendido e valores. “Não basta só aumentar recursos para a subvenção do seguro, não é só orçamento geral da União que vai dar solução. Temos que dar um voto de confiança para o seguro paramétrico”, disse Fávaro. “Vamos ampliar para que todo produtor brasileiro que tem acesso a recurso controlado, que tenha subvenção de juro, que paga menos, que tenha seu custeio segurado. Se fizer isso, vamos ampliar muito a base do modelo”, afirmou. Ele disse que o seguro paramétrico oferece coberturas diferenciadas e personalizadas, que atendem a todo tipo de público, até mesmo os produtores que não têm a cultura de contratar apólices. “Podemos fazer o teste, por um ano, do seguro paramétrico e o tradicional (…) Vamos dar a possibilidade de tentar, o produtor é sempre aberto a inovação, que possa inovar também no seguro rural. Que inovemos e façamos esse teste no Plano Safra 2025/26”, concluiu.
Valor Econômico
EMPRESAS
BNDESPar reduz fatia na JBS de 21% para 18%
Diminuição não teve como objetivo alterar o controle nem a estrutura da companhia, disse o banco de fomento. BNDESPar vendeu ações da JBS entre os dias 23 de abril e 20 de maio
No primeiro grande movimento de venda de ações da carteira de renda variável na atual gestão, a BNDESPar, braço de participações do BNDES, informou ontem que reduziu a posição acionária na JBS de 20,81% para 18,18%. A venda foi feita na B3 entre os dias 23 de abril e 20 de maio e envolveu 58.307.700 ações ordinárias da companhia. O BNDES não informou quanto arrecadou com a venda, mas estimativas de mercado indicam que o valor pode ter ficado perto dos R$ 2,5 bilhões. A decisão do banco de vender as ações na B3 em pequenos lotes se segue ao acordo entre a J&F, controladora da JBS, e a BNDESPar sobre o acordo para a listagem da companhia na bolsa de Nova York, anunciado em março. O acordo abriu caminho para a JBS ter ações listadas no Brasil e nos Estados Unidos. E permitiu ao BNDES tomar a decisão de começar a se desfazer aos poucos das ações da produtora de proteína animal. A decisão final sobre a dupla listagem das ações da JBS será tomada nesta sexta-feira (23/5), em assembleia de acionistas. Como J&F e BNDESPar acordaram que vão se abster de votar, a decisão ficará a cargo dos acionistas minoritários. No comunicado enviado à JBS, a BNDESPar destacou, segundo o banco, que a alienação não teve como objetivo a alteração do controle acionário nem da estrutura administrativa da JBS. E que também não foram celebrados pela BNDESPar contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela JBS. A ação da JBS está na carteira da BNDESPar desde 2007 e a avaliação do banco é que se trata de um investimento maduro, com taxa de retorno interno (TIR) superior ao do Ibovespa no período. É uma das principais ações da carteira de renda variável da BNDESPar ao lado de Petrobras, Eletrobras, Copel e Embraer. Na divulgação ocorrida na semana passada dos resultados do BNDES relativos ao primeiro trimestre, a direção do banco destacou a valorização das ações da JBS no período, que contribuiu para a alta da carteira de renda variável. O banco avaliou, na ocasião, que está sempre avaliando o melhor momento de vender ações de empresas maduras nas quais o BNDES acredita ter cumprido seu papel. É possível que o banco continue a olhar a oportunidade de venda de ações da JBS e venha a fazer novos movimentos se entenda que há possibilidade de obter um valor justo pela ação. Também não se pode descartar que a BNDESPar faça alguma venda estruturada no futuro, como venda de ações em bloco, mas a opção tem sido, pelo menos até agora, por se desfazer de pequenos lotes no mercado como forma de não afetar o valor do papel no mercado. De acordo com o comunicado, a BNDESPar alienou 58.307.700 ações ordinárias durante pregão eletrônico na B3, entre os dias 23 de abril e 20 de maio deste ano. Dessa maneira, a participação acionária, antes em 20,81%, foi reduzida para 18,18%. No comunicado, a BNDESPar destacou que a alienação não teve como objetivo a alteração no controle acionário ou da estrutura administrativa da JBS e que também não foram celebrados pela BNDESPar contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela JBS. O comunicado da BNDESPar foi divulgado ao mercado diretamente pelo BNDES e pela JBS. Na sexta-feira (23/5), haverá a assembleia de acionistas da JBS que vai deliberar sobre a dupla listagem da companhia, nos EUA e no Brasil, votação da qual o BNDESPar concordou em se abster após o fechamento de um acordo com a controladora da JBS, a holding J&F. Desta forma, a decisão sobre a dupla listagem ficará a cargo dos acionistas minoritários.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos registra quedas no PR e RS
De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suína especial não teve alteração e está cotado em R$ 12,50/kg. O preço médio da arroba do suíno CIF está estável e está sendo negociado em R$ 162,00/@.
De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última segunda-feira (19), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais está estável e precificado em R$ 8,53/kg. No Paraná, o preço do animal registrou queda de 0,12% e está precificado em R$ 8,22/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal registrou queda 0,12% e está precificado em R$ 8,14/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 8,63/kg e está estável. Em Santa Catarina, o valor do suíno apresentou estabilidade e está cotado em R$ 8,14/kg.
Cepea/Esalq
Com gripe aviária, mercado do frango trabalhou especulado na 3ª feira
Movimento já é esperado com arrefecimento do consumo
A Scot Consultoria divulgou que o mercado ficou bem especulado na sessão. “O movimento de preços, por ora, já era o esperado em função da entrada da segunda quinzena do mês que já envolve um arrefecimento do consumo”, destacou a consultoria. Em seu levantamento diário, a Scot Consultoria divulgou que o preço da ave no atacado paulista registrou queda de 0,38%¨e está sendo negociada em R$ 7,95/kg. Já a cotação da ave na granja registrou uma baixa de 1,56% e está cotada em R$ 6,30/kg. O Banco Citi informou que prevê uma migração no consumo de proteínas em que pode ter queda de preços no curto prazo do frango e impactar a carne bovina. A carne bovina, especialmente os cortes mais baratos, deve sentir o golpe. A instituição espera menor procura por esses cortes bovinos – o que também pode reduzir o preço do gado pontualmente e no curto prazo. Segundo o Farm News, a expectativa do mercado é que a carne de frango que seria exportada deve ser ofertada no mercado doméstico, aumentando a quantidade de produto disponível e a consequente queda no preço do produto no varejo. Com base no levantamento realizado na última segunda-feira (19), o preço do frango congelado apresentou desvalorização de 0,34% e está precificado em R$ 8,67 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também teve queda de 0,23% e está próximo de R$ 8,79 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 5,25/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) também seguiu estável e está sendo negociada em R$ 4,72/kg.
Cepea/Esalq
Gripe aviária: Brasil pede para China reduzir restrição à carne de frango
Embargo chinês vale para todo o território brasileiro, mas governo pede a aplicação da medida apenas para a região onde foi detectado o foco, em Montenegro (RS). Pelo menos 17 destinos das exportações de carne de frango do Brasil anunciaram restrições ao produto por causa da gripe aviária
O Ministério da Agricultura pediu para a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) reduzir a restrição às exportações de carne de frango do Brasil por conta do foco de gripe aviária. Em documento enviado às autoridades chinesas na segunda-feira (19/5), o país apresentou as medidas adotadas até agora para controle do vírus em Montenegro (RS), onde o caso foi detectado. A carta pede que a China considere a regionalização preconizada nos parâmetros da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que preveem restrição ao raio de dez quilômetros do foco. O documento não cita explicitamente o pedido para reduzir a suspensão à zona afetada, mas essa é a intenção brasileira. Há possibilidade de os chineses optarem por embargar o município ou o Estado. A mensagem enviada à GACC ressalta as “robustas medidas adotadas” pelo Brasil desde sexta-feira (16/5) para controlar e evitar a disseminação do vírus. O governo brasileiro pede “respeitosamente a possibilidade de uma abordagem regionalizada” para o caso da gripe aviária “em alinhamento com os princípios da OMSA”. Na terça-feira (20/5), em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou que o Brasil já tem tratativas em andamento com a China para alcançar a regionalização dos impactos sobre as exportações. “Confiamos que a regionalização vai acontecer nos próximos dias. Se não surgir novos casos, é possível que peçamos a suspensão, inclusive no caso da China e União Europeia. Mas, passados os 28 dias de incubação do vírus contados a partir desta quarta-feira (21/5), podemos nos autodeclarar livres de gripe aviária novamente”, disse Fávaro no encontro.
Globo Rural
Exportadores de frango do Brasil se preparam para rejeições de cargas em meio a foco de gripe aviária
Países como a China não aceitarão cargas de carne de frango do Brasil que já estavam em navios, a caminho do destino, em meio ao primeiro surto de gripe aviária no país, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa grandes empresas de processamento de alimentos, na terça-feira.
Em entrevista, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse à Reuters que a rejeição das cargas pode variar de acordo com a data de embarque antes da confirmação do surto, variando de 14 a 28 dias, a critério dos serviços veterinários oficiais dos países de destino. A situação coloca as empresas de processamento de carne, incluindo a BRF e a JBS, em uma situação difícil, pois lidam com custos logísticos adicionais e incertezas relacionadas à extensão dos embargos comerciais em andamento, desencadeados pela emergência sanitária. O Brasil responde por 39% das exportações globais de carne de frango, disse Santin, citando novos dados comerciais. A flexibilização das restrições para cargas em trânsito é uma possibilidade, disse Santin, principalmente se a carga vier de uma região distante do surto, registrado no Rio Grande do Sul. “Mas isso exigirá negociações”, disse Santin. México e Chile estão entre os países que também rejeitariam cargas, conforme os protocolos sanitários existentes relacionados a surtos de gripe aviária, acrescentou. Não é possível calcular perdas decorrentes das restrições à exportação em vigor após a confirmação do primeiro surto de gripe aviária em uma granja comercial brasileira, disse Santin. Isso ocorre porque o escopo e a duração das proibições comerciais podem variar de acordo com os protocolos sanitários e as negociações com os países importadores, disse Santin. Alguns protocolos sanitários preveem proibições regionais ou mesmo locais à exportação, enquanto outros preveem suspensões em todo o país. De acordo com os protocolos existentes, o Brasil suspendeu a emissão de certificados sanitários em todo o país para cargas destinadas à China, União Europeia e África do Sul, por exemplo. No entanto, outros grandes importadores, como Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, são menos rigorosos e aplicam proibições regionais de acordo com os protocolos existentes. Santin afirmou que cabe às empresas exportadoras lidarem com as cargas devolvidas, acrescentando que elas também têm a possibilidade de redirecionar algumas remessas.
Reuters
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