
Ano 11 | nº 2469 | 20 maio de 2025
NOTÍCIAS
Cotação no mercado do boi gordo seguiu em queda em São Paulo
Com parte dos frigoríficos fora das compras, o aumento da oferta e o fraco escoamento da carne bovina, a cotação do boi gordo e a da novilha caiu R$3,00/@. A cotação da vaca não mudou em relação à sexta-feira.
Nas regiões de Dourados e Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com a piora das pastagens, os pecuaristas têm acelerado a retirada das boiadas dos pastos, elevando a oferta. Na região de Dourados, a cotação do boi gordo não mudou. Para a vaca e a novilha o preço caiu R$2,00/@. Na região de Campo Grande, a cotação caiu R$3,00/@ para o boi gordo e para a novilha. Para a vaca, o preço não mudou. A cotação do “boi China” caiu R$2,00/@. No mercado atacadista de carne com osso, com o ritmo de vendas lento e poucas negociações ao longo da semana, os preços de todas as categorias de carne registraram queda. A cotação da carcaça do boi capão caiu 3,4% ou R$0,75/kg e, para a do boi inteiro a queda foi de 2,9% ou R$0,60/kg. A cotação da carcaça da vaca caiu 3,9% ou R$0,75/kg, enquanto a da novilha caiu 3,2% ou R$0,65/kg. No mercado de carnes alternativas não foi diferente, as cotações caíram para ambas as proteínas. O preço do frango médio* caiu 3,6% ou R$0,30/kg. Já para a carcaça de suíno especial**, a retração foi de 3,1% ou R$0,40/kg. Ponto de atenção para os próximos dias com a notificação do Ministério da Agricultura (MAPA), em 15/5, sobre a ocorrência de gripe aviária em granja comercial no RS, o que levou à suspensão das exportações da carne de aves do Rio Grande do Sul para a China e outros países. Essa restrição pode, pontualmente, aumentar a oferta no mercado interno, fortalecendo a concorrência entre as proteínas pressionando os preços em todo o setor.
Scot Consultoria
Preços de boi gordo caem com escalas confortáveis e consumo lento
Com pouco fôlego no mercado interno, arroba de boi gordo segue pressionada; confira os dados de mercado
Os preços da arroba de boi gordo voltaram a cair nesta segunda-feira (19) nas principais praças de produção e comercialização do país. Segundo a consultoria Safras & Mercado, as indústrias seguem com escalas de abate confortáveis, entre oito e nove dias úteis na média nacional, o que aumenta a pressão sobre os preços. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria, a expectativa para o curto prazo é de manutenção dessa pressão, sobretudo devido à grande oferta de animais, especialmente na região Centro-Norte. A Influenza Aviária ainda preocupa o mercado, mas o trabalho das autoridades gera confiança na resolução rápida do problema e na normalização das exportações. Preços da arroba de boi gordo por regiões: São Paulo: R$ 305,75 (modalidade a prazo). Goiás: R$ 289,29. Minas Gerais: R$ 294,12. Mato Grosso do Sul: R$ 301,25. Mato Grosso: R$ 298,72. No mercado atacadista, os preços da carne bovina também registraram queda. O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,90 por quilo, o quarto dianteiro ficou no patamar de R$ 19,40 por quilo, e a ponta de agulha caiu para R$ 17,80 por quilo. A expectativa para o consumo na segunda quinzena de maio é negativa, com um ritmo mais lento previsto, o que pode manter a pressão sobre os preços.
Agência Safras
Embarque de carne bovina até a 3ª semana de maio tem elevação de 25,9% na receita, em média diária
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne bovina in natura até a terceira semana de maio (11 dias úteis), registraram aumento de 25,9% no faturamento por média diária.
A receita obtida, US$ 629,2 milhões, representa 65,92% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 954,4 milhões. No volume embarcado, as 123.005 toneladas representam 58,03% do volume registrado em maio de 2024, com 211.956 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 57,2 milhões quantia 25,9% a maior do que a registrada em maio de 2024. Em toneladas por média diária, foram 11.182 toneladas, incremento de 10,8% no comparativo com o mesmo mês de 2024. No preço pago por tonelada, US$ 5.115, ele é 13,6% superior ao praticado em maio do ano passado.
SECEX/MDIC
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em queda em dia de desvalorização global da moeda americana
As dúvidas em torno da sustentabilidade da dívida pública americana, após o rebaixamento da nota soberana de crédito do país pela Moody’s na sexta-feira, criaram um leve sentimento de aversão a ativos dos Estados Unidos
O dólar à vista exibiu leve desvalorização frente ao real na sessão da segunda-feira, em dinâmica semelhante à observada na maioria dos mercados mais líquidos acompanhados pelo Valor. As dúvidas em torno da sustentabilidade da dívida pública americana, após o rebaixamento da nota soberana de crédito do país pela Moody’s na sexta-feira, criaram um leve sentimento de aversão a ativos dos Estados Unidos nesta sessão, o que explica o enfraquecimento generalizado do dólar ontem. No Brasil, a perspectiva de juros elevados por tempo prolongado, conforme apontado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também deu suporte ao real. Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em queda de 0,25%, cotado a R$ 5,6546, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6333 e encostado na máxima de R$ 5,6912. Já o euro comercial registrou valorização de 0,56%, a R$ 6,3559. Perto das 17h15, no exterior, das 33 moedas mais líquidas, o dólar só não desvalorizava frente ao rublo russo e ao rand sul-africano.
Valor Econômico
Ibovespa bate recorde e se aproxima dos 140 mil pontos, com apoio dos juros futuros
Em um pregão em que preocupações com o déficit fiscal americano ganharam força, a manutenção do movimento de rotação para o Brasil ajudou a potencializar os ganhos do Ibovespa
Impulsionado pelo recuo dos juros futuros e pela continuação de um fluxo favorável de investidores estrangeiros, o Ibovespa encerrou em nova máxima histórica nominal, aos 139.636 pontos, o que representa uma alta de 0,32%. Durante o dia, o índice oscilou entre os 138.587 pontos e os 140.203 pontos, batendo mais um recorde de máxima intradiária. Em um pregão em que preocupações com o déficit fiscal americano ganharam força, com o rebaixamento da nota dos EUA pela Moody’s, a manutenção do movimento de rotação para o Brasil ajudou a potencializar os ganhos do Ibovespa, em uma sessão em que falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também promoveram um alívio na curva de juros, o que favoreceu ações domésticas. Ações como Lojas Renner e Fleury foram alguns dos destaques de alta, com avanço de 2,62% e 2,55%, nessa ordem. Já a maior perda foi registrada pelos papéis da Marfrig, que caíram 6,42%, em um dia de correção depois de subir mais de 21% após anunciar uma proposta de fusão com a BRF na semana passada. O dia também foi negativo para ações ligadas a commodities. As ações da Vale fecharam em queda de 0,27%, enquanto as PN da Petrobras recuaram 0,12%. O volume financeiro do Ibovespa na sessão foi de R$ 16,4 bilhões e de R$ 20,9 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices acionários fecharam em alta: o Dow Jones subiu 0,32%; o S&P 500 avançou 0,09%; e o Nasdaq teve ganhos de 0,02%.
Valor Econômico
Mercado reduz projeção do IPCA de 2025 pela quinta semana seguida, de 5,51% para 5,50%, aponta Focus
Economistas e analistas que contribuem para a pesquisa do BC elevaram a mediana das projeções para o crescimento do PIB este ano de 2% para 2,02%
A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira em 2025 caiu pela quinta semana seguida, de 5,51% para 5,50%, segundo o relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (19) com estimativas coletadas até sexta-feira (16). Para 2026, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se manteve em 4,50%. Para 2027, seguiu em 4,00%. Para a taxa básica de juros (Selic), a mediana das estimativas manteve-se em 14,75% no fim de 2025 pela segunda semana consecutiva, em 12,50% no fim de 2026 pela 16ª semana seguida, e em 10,50% em 2027 pela 14ª semana. A mediana das projeções dos economistas do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2025 subiu de 2% para 2,02%. Para 2026, a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) também ficou estável, em 1,70%, e, para 2027, se manteve em 2,00%. Para 2026, a mediana das expectativas para a moeda americana ficou estável em R$ 5,90 entre uma semana e outra. Para 2027, também se manteve inalterado, em R$ 5,80.
Valor Econômico
Atividade econômica sobe mais que o esperado em março e fecha 1º tri com expansão de 1,3%, mostra BC
A atividade econômica brasileira subiu mais do que o esperado em março e fechou o primeiro trimestre com crescimento graças ao impulso da agropecuária, mostraram dados do Banco Central na segunda-feira, mesmo em um cenário de política monetária restritiva e expectativa de acomodação da economia.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou em março 0,8%, em dado dessazonalizado, informou o BC. A leitura do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%, e mostrou aceleração em relação à alta de 0,5% registrada em fevereiro, em dado revisado pelo BC de um crescimento de 0,4% informado antes. Com isso, o índice encerrou o primeiro trimestre com expansão de 1,3% na comparação com os três meses anteriores. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 3,5%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 4,2%, de acordo com números não sazonalizados. A abertura dos dados do BC mostra que o destaque no primeiro trimestre foi o IBC-Br da agropecuária, com crescimento de 6,1% sobre os três meses anteriores, em dado dessazonalisado. Analistas já esperavam um forte desempenho do setor no primeiro trimestre, com safras recordes. Na mesma base de comparação, o índice da indústria teve expansão de 1,6%, enquanto o de serviços cresceu 0,7%. O IBC-Br excluindo agropecuária apresentou alta de 1,0%. Somente em março, os índices setoriais mostraram expansão de 1,0% da agropecuária, de 2,1% da indústria e de 0,3% de serviços. Dados do IBGE mostraram que, no mês, a produção industrial cresceu no ritmo mais forte em nove meses, a 1,2%. As vendas no varejo avançaram 0,8%, enquanto o volume de serviços teve alta de 0,3%. Analistas esperam uma acomodação do crescimento econômico ao longo deste ano, em meio a uma taxa de juros elevada e inflação persistente, o que afeta o consumo. Pairam ainda as incertezas em torno da política tarifária dos Estados Unidos. “Vale ressaltar que, apesar de alguns sinais de desaceleração da economia brasileira, em especial no setor de serviços, a atividade econômica ainda mostra resiliência, apoiada em um mercado de trabalho sólido e no elevado consumo das famílias, o que vêm mitigando os efeitos defasados da política monetária contracionista”, destacou Rafael Perez, economista da Suno Research, calculando expansão de 1,3% do PIB no primeiro trimestre.
Reuters
Fazenda eleva projeções de inflação para 2025 e 2026, vê PIB mais forte neste ano
O Ministério da Fazenda revisou para cima suas projeções para a inflação brasileira em 2025 e 2026, elevando ainda a previsão para o crescimento do país neste ano, informou a Secretaria de Política Econômica (SPE) na segunda-feira.
Segundo boletim divulgado pela SPE, a Fazenda passou a ver o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechando este ano com alta de 5,0%, ante avanço de 4,9% na projeção de março. Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,6%, de 3,5% anteriormente. Os números estimados para ambos os anos seguem abaixo das projeções de economistas do mercado, que veem IPCA de 5,5% este ano e de 4,5% em 2026, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. A Fazenda ainda elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2,3% para 2,4% neste ano, mantendo inalterada a previsão de expansão de 2,5% em 2026. As projeções da pasta apontam para uma atividade mais forte do que a estimativa mais recente do Banco Central, que previu em março que o PIB crescerá 1,9% em 2025 – a autarquia ainda não apresentou dados para 2026. O governo também está mais otimista do que analistas de mercado, que projetam uma alta de 2,02% neste ano e 1,70% no próximo. De acordo com a SPE, a revisão da projeção para o PIB em 2025 está relacionada a uma maior expectativa de crescimento no primeiro trimestre e ao aumento esperado para a produção agropecuária no ano. “Após aceleração da atividade no primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade no segundo semestre”, disse. No documento, a SPE ainda mencionou que o quadro de incertezas no cenário externo se manteve, apesar da redução temporária das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Para a secretaria, dúvidas quanto aos rumos da política comercial dos EUA continuaram pressionando para baixo a cotação do dólar, ao contrário do esperado em contexto de maior aversão ao risco. “Esse enfraquecimento do dólar, em paralelo à redução no ritmo mundial de crescimento e queda nos preços de commodities, pode reduzir pressões inflacionárias para países latino-americanos no curto prazo”, avaliou.
Reuters
EMPRESAS
Marfrig ganha R$ 3,78 bi em valor de mercado após anúncio de fusão com BRF
Empresa dona da Sadia teve pequena valorização na B3 após perdas no pregão; acionistas da BRF sofrerão diluição de participação se aprovarem operação
No dia seguinte ao anúncio da fusão entre Marfrig e BRF, as ações da empresa fundada pelo empresário Marcos Molina subiram 21,35% na B3, e a companhia ganhou R$ 3,78 bilhões em valor de mercado na sexta-feira. As da BRF passaram boa parte do dia em queda e fecharam com alta, de 0,78%, o que levou a um aumento de R$ 270 milhões no valor de mercado da empresa. Embora seja consenso entre analistas que a operação que criará a MBRF é capaz de destravar valor para o grupo, abrindo portas para um crescimento a nível global, a perspectiva de que os acionistas da BRF tenham perdas momentâneas penalizou os papéis da empresa dona da Sadia em parte da sexta-feira. Isso porque os acionistas da BRF terão diluição em sua participação, pois a transação prevê a incorporação das ações da empresa pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. Assim, se um investidor tem 100 ações da BRF, ele passará a ter 85 papéis da Marfrig. Sobre a estrutura definida para a troca das ações, o vice-presidente de finanças e relações com investidores da BRF, Fábio Mariano, explicou, na teleconferência, que as duas companhias criaram comitês e contrataram bancos de primeiro escalão que fizeram o cálculo. No caso da BRF, foi o Citibank. Mariano citou que o segundo maior acionista da BRF — em referência ao fundo árabe Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic) — tem participação em torno de 11,6% e, com a fusão, passaria a 10,6% por causa da diluição de ações. “Se você tivesse uma relação de troca de 1 para 1, você manteria sua participação na empresa combinada, e na estrutura proposta com essa relação de troca haverá uma diluição limitada a esses 8%”, disse o executivo. Os acionistas que concordarem com a fusão também receberão proventos. A BRF distribuirá até R$ 3,52 bilhões e a Marfrig, por sua vez, distribuirá R$ 2,5 bilhões. Segundo Mariano, não há expectativa de que os acionistas da Marfrig saiam de suas posições. Nas duas empresas, se houver acionista que decida não acompanhar a combinação de negócios, há a opção de se retirar da ação, o chamado “direito de recesso”. Quem exercer esse direito não receberá os proventos adicionais da fusão. Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, observou que, em caso de saída das ações, os valores de reembolso foram definidos em R$ 3,32 por ação da Marfrig e R$ 19,89 por ação para BRF. “Isso, em nossa visão, estabelece um piso para os papéis, especialmente os da BRF”, afirmou. Na avaliação do estrategista, como a Marfrig já é controladora da BRF, ela terá um forte poder de voto na assembleia e, portanto, a aprovação da fusão é “praticamente certa”. O BB Investimentos alertou, também, que o investidor da BRF que aceitar a fusão passará a ter participação em uma empresa com maior alavancagem financeira e exposição significativa ao mercado de carne bovina na América do Sul e América do Norte — negócios atualmente com rentabilidade inferior às operações da BRF. Nesse sentido, o BTG Pactual classificou a proposta de fusão entre a Marfrig e a BRF como “a terceira potência global de proteínas”, atrás apenas de JBS e Tyson, e em linha com o conglomerado chinês WH Group. Os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Gustavo Fabris, do BTG, disseram, porém, em relatório, que as sinergias obtidas com a combinação dos frigoríficos são restritas. Marfrig e BRF preveem uma economia anual de R$ 485 milhões com integração de cadeia de suprimentos, além de R$ 320 milhões em ganhos logísticos e comerciais. O principal impacto viria da eficiência fiscal, com valor presente líquido projetado de R$ 3 bilhões.
Globo Rural
Marfrig e BRF visam redomiciliação de nova empresa para os EUA no médio prazo
A Marfrig e a BRF estão trabalhando para realizar a redomiciliação da nova empresa resultante da fusão das companhias para os Estados Unidos, disse o presidente da BRF, Miguel Gularte, em conferência com analistas na quinta-feira (15).
“É importante entender que nesse processo de fusão por incorporação, nós trazemos para dentro da nova empresa, para a MBRF, a National Beef. A National Beef dá a materialidade para que o processo de redomiciliação seja factível e, mais que factível, seja um processo que já estamos trabalhando sobre ele”, disse Gularte. A National Beef, processadora de carne bovina da Marfrig nos EUA, deverá gerar 43% da receita anual da nova empresa MBRF Global Foods quando o processo de fusão for concluído. Gularte disse que a redomiciliação para os EUA trará vantagens fiscais, de custos e de captação. “Sim, a gente está preparado para que isso ocorra no médio prazo, a gente tem essas alternativas bem mapeadas e estamos trabalhando para que isso se transforme numa realidade e que a gente possa ter essa opção”, disse Gularte. A Marfrig e a BRF anunciaram na semana passada uma operação para fusão de seus negócios que criará uma nova gigante global no setor de multiproteínas, a MBRF, com receita líquida anual de cerca de R$ 152 bilhões.
Carnetec
FRANGOS & SUÍNOS
Estabilidade predominou nas cotações no mercado de suínos na segunda-feira (19)
Os preços no mercado de suínos nesta segunda-feira (19) ficaram, na maioria, estáveis. Segundo análise do Cepea, há um cenário de oferta equilibrada com a demanda em quase todas as regiões acompanhadas.
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, enquanto a carcaça especial caiu 0,79%, fechando em R$ 12,50/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (16), houve tímida alta de 0,12% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,15/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg), Paraná (R$ 8,21/kg), Santa Catarina (R$ 8,14/kg), e São Paulo (R$ 8,63/kg).
Cepea/Esalq
Receita com exportações de carne suína até a 3ª semana de maio chega a 69% do total da de maio/24
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de maio (11 dias úteis), teve a arrecadação que chega a 69% do total da receita de todo o mês de maio de 2024.
A receita obtida até este momento do mês, US$ 145,2 milhões representa 69,14% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 210 milhões. No volume embarcado, as 56.749 toneladas representam 61,93% do total registrado em maio do ano passado, com 91.629 toneladas. O faturamento por média diária até a terceira semana de maio foi de US$ 13,2 milhões, quantia 32% a mais do que a de maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 10,54% observando os US$ 14,7 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.159 toneladas, houve incremento de 18,2% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 10,81%, comparado às 5.784 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.559, ele é 11,6% superior ao praticado em maio passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 0,30% em relação aos US$ 2.499 anteriores.
SECEX/MDIC
Frango: segunda-feira (19) terminou com quedas pontuais
Esta segunda-feira (19) foi de quedas ou preços estáveis para o mercado do frango
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo caiu 1,54% estável, custando, em média, R$ 6,40/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,87%, custando, em média, R$ 7,98/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,25/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (16), tanto o preço da ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,70/kg e R$ 8,81/kg.
Cepea/Esalq
Embarques de carne de frango registram números positivos até a 3ª semana de maio, ainda sem impactos da gripe aviária
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de maio (11 dias úteis), ainda teve leves aumentos, sem ainda contabilizar as suspensões de mercados por conta do primeiro caso de gripe aviária registrado em granja comercial no Brasil.
A receita obtida, US$ 403,5 milhões, representa 53,67% do total arrecadado em todo o mês de maio de 2024, que foi de US$ 751,8 milhões. No volume embarcado, as 222.858 toneladas representam 52,50% do volume registrado em maio de 2024, com 424.417 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 36,6 milhões quantia 16,9% a maior do que a registrada em maio de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 12,30% quando comparado aos US$ 41,8 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.259 toneladas, houve leve incremento de 0,2% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 12,79% em relação às 23.233 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.811, ele é 2,2% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve aumento de 0,56% no comparativo ao valor de US$ 1.800 visto na semana passada.
SECEX/MDIC
Gripe aviária: Japão oficializa embargo a produtos avícolas gaúchos
Estão suspensas compras de aves vivas do RS e da carne de aves e ovos para consumo humano do município de Montenegro. O protocolo sanitário com os japoneses foi atualizado recentemente para tentar diminuir os impactos de casos sanitários como este
O governo do Japão oficializou na segunda-feira (19/5) o embargo temporário para produtos avícolas gaúchos por conta da confirmação do primeiro foco de gripe aviária em uma criação comercial no Brasil. A decisão do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca japonês foi suspender as exportações de aves vivas de todo o Estado do Rio Grande do Sul e da carne de aves e ovos para consumo humano apenas do município de Montenegro (RS), onde o vírus foi detectado, a partir de 16 de maio. “Para tomar todas as medidas possíveis para evitar a entrada da doença no Japão, a importação de aves vivas do Estado do Rio Grande do Sul foi temporariamente suspensa na sexta-feira, 16 de maio de 2025 (…) A importação de carne de aves, ovos frescos com casca, etc. da cidade de Montenegro, foi temporariamente suspensa na sexta-feira, 16 de maio de 2025”, informou a Pasta em decisão publicada em seu site.
Segundo as autoridades japonesas, a importação de aves vivas, carne de aves, ovos frescos com casca, entre outros produtos, de países ou regiões afetados pela gripe aviária “está suspensa para evitar que aves vivas mantidas no Japão sejam infectadas com o vírus, e não por razões de higiene alimentar”. O protocolo sanitário com os japoneses foi atualizado recentemente para tentar diminuir os impactos de casos sanitários como este. Antes, o Japão embargava o Estado inteiro. Foi o que ocorreu em 2023 quando foram detectados os primeiros casos de gripe aviária em aves de criação doméstica. Os japoneses chegaram a embargar, por algumas semanas, as exportações do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Globo Rural
Exame preliminar descarta novo caso de gripe aviária em Tocantins
Ainda são esperados resultados sobre a suspeita da doença em criação comercial em Santa Catarina
A suspeita foi identificada em um abatedouro de aves no município de Aguiarnópolis (TO)
A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) informou, em nota, que o laudo preliminar do exame laboratorial sobre o caso suspeito em criação comercial de Aguiarnópolis (TO) deu negativo para gripe aviária de alta patogenicidade. “O laudo preliminar, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária no domingo, 18, descartou a presença dos vírus da gripe aviária (H5N1 e H7N9) de alta patogenicidade. O material analisado detectou a presença de influenza A de baixa patogenicidade”, informou o órgão. A suspeita foi identificada em um abatedouro de aves no município de Aguiarnópolis, segundo informou o Estadão/Broadcast. Durante inspeção de rotina, o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Adapec detectou, em um lote de 40 mil aves, sete animais com sintomas compatíveis com a Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. As amostras foram coletadas e, em menos de 48 horas, enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas (SP). A Adapec disse que a situação “está sob controle e não representa risco à saúde humana”. A presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc, Celles Regina de Matos, afirmou que ainda aguarda o resultado dos exames relacionados ao caso suspeito em criação comercial de Ipumirim (SC). Ela reforçou que a investigação é uma ação de rotina. “Desde 2023, nos primeiros casos ocorridos em aves silvestres, tem havido notificações do campo para a Cidasc. É rotina da Cidasc ir às propriedades verificar os sintomas nas aves”, afirmou em vídeo encaminhado à reportagem. “Nesse momento, houve esse chamado no município de Ipumirim. A Cidasc avaliou os sintomas das aves e cumpriu o protocolo, que é coletar amostras e enviar para o laboratório oficial do Ministério da Agricultura. Estamos ainda aguardando o laudo”, completou. Ela ressaltou que as doenças respiratórias e nervosas em aves têm sintomas semelhantes e que é necessário exame laboratorial para identificar a enfermidade. “A única forma de definir qual é a doença é laboratorialmente. Estamos aguardando os laudos. Não há confirmação de foco em Santa Catarina”, reforçou. “Estamos agindo dentro da rotina. Houve notificação, fizemos coleta e estamos aguardando o laudo. Assim que sair o resultado, prontamente a comunidade será informada”, concluiu.
Globo Rural
Exportações de carne de frango do Brasil estão interrompidas para ao menos 17 destinos
As exportações de carne de frango de todo o Brasil estão suspensas para ao menos 17 destinos, após a confirmação de um foco de gripe aviária de alta patogenicidade em aves comerciais em Montenegro (RS) na semana passada, segundo levantamento inicial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
As exportações de carne de frango de todo o Brasil estão interrompidas para a China, União Europeia, África do Sul, Rússia, Peru, Marrocos, Paquistão, Sri Lanka, República Dominicana, Bolívia, México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Argentina, Uruguai e Malásia, segundo o Mapa.
Dentre os destinos citados na coletiva, apenas 11 haviam se manifestado ao Mapa sobre o fechamento do mercado, entre os quais México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Cuba e Bahrein anunciaram a suspensão das compras apenas para a carne de frango do Rio Grande do Sul. Cingapura informou o Mapa sobre a suspensão das compras para carne de frango produzida num raio de 10 km do foco. A interrupção nas exportações de carne de frango para outros destinos ocorreu por meio da suspensão das emissões de certificados para exportação, conforme preveem os protocolos sanitários fechados com esses parceiros. Quando um caso de gripe aviária é confirmado, o Mapa segue os protocolos sanitários com cada destino importador, mesmo antes que estes países se manifestem, visando respeitar o que está previsto nos acordos, segundo o ministro da Agricultura Carlos Fávaro. “Nós temos um protocolo e então nós paramos de emitir o certificado porque nós estamos cumprindo um acordo que temos. Por exemplo, a China não nos notificou, mas nós temos um acordo e nós paramos de emitir o certificado”, disse Fávaro. O Brasil tem relações comerciais no segmento avícola com mais de 160 países. O secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, disse que o Mapa ainda estava preparando um detalhamento sobre as suspensões para cada destino, considerando também outros produtos além da carne de frango. Os Estados Unidos, por exemplo, informaram que fechariam as compras de material genético do Rio Grande do Sul, mas não suspenderiam as compras de ovos. “Os EUA, que é o grande importador de ovos, neste momento não fechou o mercado. Então, se não fechou para os EUA e a gente exporta muito pouco (ovos em relação à produção total), o impacto vai ser quase zero”, disse Fávaro. Os países cujos protocolos preveem a interrupção apenas para a carne de frango no município ou raio de influência do foco, como o Japão e Cingapura, não terão impacto real nos fluxos de comércio, já que não existe processadores de carne de frango com registro SIF na região de Montenegro, segundo o Mapa.
Carnetec
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