
Ano 11 | nº 2465 | 14 maio de 2025
NOTÍCIAS
Boi China”: caiu a cotação nas praças paulistas
Com mercado moroso e escalas confortáveis, ponta compradora caiu o preço do “boi China” em R$3,00/@. Preço do boi gordo, vaca e novilha se mantiveram estáveis. As escalas de abate atendiam, em média, a dez dias.
Na Bahia, região Oeste, na região, a novilha recuou R$2,00/@. As escalas estavam alongadas, em média, 13 dias úteis. Não há referência de “boi China” no estado. Na Pesquisa trimestral do abate de bovinos, segundo os dados da Pesquisa Trimestral do Abate, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem, em 2025, o abate de bovinos cresceu 3,8% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Foram abatidas 9,7 milhões de cabeças recorde de abate em um único trimestre. Foram registradas a produção de 2,4 milhões de toneladas de carcaças bovinas, um crescimento de 1,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na exportação de carne bovina in natura até a segunda semana de maio o volume de carne bovina exportado até a segunda semana de maio foi de 67,2 mil toneladas. A média diária foi de 11,2 mil toneladas, aumento de 10,9% no desempenho em relação ao mesmo período de 2024. O preço médio da tonelada ficou em US$5,1 mil, alta de 13,3% na comparação feita ano a ano.
Scot Consultoria
Imea: 1ª pesquisa de confinamento em MT aponta redução no envio de animais aos cochos em 2025
Segundo os analistas do Imea, a retração esperada no sistema de engorda no cocho se concentra nos confinamentos de médio porte (1.001 a 3.000 cabeças)
O 1º levantamento das intenções de confinamento de 2025 apontou a previsão de 669,44 mil cabeças bovinas terminadas em Mato Grosso, o que significou queda de 7,65% frente ao volume projetado em abril/24 (724,90 mil cabeças) e redução de 24,99% em relação ao resultado consolidado de outubro/24 (892.49 mil cabeças), informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), responsável pela elaboração da pesquisa, que contou com a participação de 115 pecuaristas e foi concluída em abril/25. Segundo os analistas do Imea, a retração esperada no sistema de engorda no cocho se concentra nos confinamentos de médio porte (1.001 a 3.000 cabeças), cuja intenção caiu 13,61% em comparação com o ano anterior – essa faixa de capacidade responde por 13,73% do rebanho total previsto para confinamento neste ano. Em contrapartida, os confinamentos de maior porte apresentaram aumento na intenção de confinamento, assim como os estabelecimentos menores. As estruturas com menor capacidade estática (até 1.000 cabeças), embora representem uma parcela reduzida do rebanho total confinado (2,35%), apresentaram o maior crescimento percentual no volume de animais em relação ao ano anterior: alta de 30,21%. Porém, o destaque ficou para os confinamentos com capacidade entre 3.001 e 5.000 cabeças, cuja previsão de animais confinados em 2025 é 29,94% superior ao volume registrado no ano anterior. Na avaliação dos consultores do Imea, porém, “a retração na perspectiva de volume confinado é natural nos primeiros levantamentos do ano”. No primeiro levantamento de 2025, 69,57% dos confinadores entrevistados declararam já estar decididos a realizar confinamento neste ano. Por outro lado, 23,48% afirmaram que não irão confinar animais para engorda, enquanto 6,96% ainda não haviam tomado uma decisão definitiva até o momento da pesquisa (em abril/25). A reposição de animais se tornou uma preocupação crescente entre os confinadores de Mato Grosso, diz o Imea. “A transição do ciclo pecuário vem resultando em menor oferta de animais para reposição, o que já se reflete em preços mais altos”, observa. O custo da diária no cocho subiu para 12,42/cabeça/dia, puxado pelo milho, que passou de R$ 49,68/sc, no levantamento anterior, para R$ 71,66/sc – um avanço de 44,24%. No entanto, diz o instituto, mesmo com o cenário de baixa nos preços do boi gordo observado nas últimas semanas de abril/25, a expectativa de virada no ciclo pecuário trouxe uma certa segurança para os confinadores para o segundo semestre. Do total de animais que se pretende confinar ao longo do ano, 69,88% já foram adquiridos ou estão garantidos pelos confinadores, enquanto, no que diz respeito aos insumos, 59,38% já estão assegurados, informa o relatório. Quanto aos custos, observou-se um aumento na diária de confinamento em relação ao consolidado de 2024, saindo de R$ 11,84/cab/dia para os R$ 12,42/cab/dia. Esse acréscimo decorre principalmente da valorização do milho, que subiu mais que o boi gordo no período, enfatizam os pesquisadores.
Portal DBO
Custo de confinamento caiu no Sudeste e aumentou no Centro-Oeste em abril
No Centro do país, valorização da arroba do boi gordo promoveu maior demanda por insumos. O avanço nos custos alimentares acompanha o forte aquecimento do mercado pecuário
Com maior diversidade de ingredientes e coprodutos da agroindústria destinados à alimentação animal, a região Sudeste apresentou queda de 2,56% no custo médio de confinamento de bovinos em abril, segundo o Índice de Custo Alimentar Ponta (Icap), calculado pela Ponta Agro. A deflação na região contrasta com a alta de 15,24% registrada no Centro-Oeste, onde a valorização da arroba do boi gordo também promoveu aumento da demanda por esses insumos. A valorização foi puxada pelos custos dos alimentos energéticos e proteicos, cujas valorizações foram de 24,23% e 4,68%, respectivamente. Já o custo por tonelada de matéria seca da dieta de terminação, a mais cara do ciclo produtivo, fechou em R$ 1.355,52, alta de 6,28% sobre março, segundo a Ponta Agro. No Sudeste, por sua vez, os custos dos insumos energéticos caíram 1,94%, com destaque para a queda de 32,13% nos preços da silagem de milho, de 10,15% no valor do bagaço de cana e de 5,59% para o milho grão seco. Já o custo por tonelada de matéria seca foi de R$ 1.259,47 em abril, retração de 0,32% na comparação com março. Na comparação com o mesmo período do ano passado, os custos com alimentação dos bovinos confinados nas duas regiões registraram alta, sendo de 7,87% no Centro-Oeste e 2,86% no Sudeste. “O avanço nos custos alimentares acompanha o forte aquecimento do mercado pecuário, estimulado principalmente pela valorização expressiva da arroba do boi gordo no período”, destaca a Ponta Agro em nota. Em doze meses, a alta acumulada da arroba bovina foi de 50% no Centro-Oeste e de 37% no Sudeste. Ainda conforme a empresa, o “abril revela um mercado aquecido, porém, mais caro”. “Com a chegada da safrinha, espera-se um aumento na oferta de milho, o que pode levar a uma estabilização ou até mesmo redução nos preços. No entanto, fatores como condições climáticas e demanda internacional continuarão influenciando o mercado”, destaca a Ponta Agro. Com base nos números levantados, a empresa estima um custo de R$ 235,24 e R$ 205,25 por arroba produzida para Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente. Considerando o valor médio da arroba negociada nessas regiões, a avaliação da Ponta Agro é de que atividade esteja gerando lucro superior a R$ 850,00 por cabeça na região Sudeste e superior a R$ 680,00 por cabeça para a região Centro-Oeste.
Globo Rural
ECONOMIA
Dólar tem queda forte e vai a R$ 5,60, no menor patamar em 7 meses
Dados de inflação nos Estados Unidos em linha com o esperado e a trégua nas tensões comerciais ajudaram os agentes financeiros a verem com mais chances um “pouso suave” da economia americana
O dólar à vista registrou queda firme frente ao real na sessão da terça-feira, dia de alívio global e busca por ativos mais arriscados. A moeda americana caiu para o menor patamar em sete meses. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou queda de 1,34%, cotado a R$ 5,6086, no menor patamar desde 14 de outubro de 2024, quando fechou a R$ 5,5821. Dados de inflação nos Estados Unidos em linha com o esperado e a trégua nas tensões comerciais ajudaram os agentes financeiros a verem com mais chances um “pouso suave” da economia americana, o que tirou força do dólar e beneficiou divisas de mercados emergentes e ligadas aos preços de commodities. Diante desse cenário e do maior apetite a risco, o real pode ter se beneficiado ainda dos juros mais elevados no Brasil.
Valor Econômico
Ibovespa dispara e bate recorde com perspectiva de fim do ciclo de alta da Selic
Índice alcança máximas históricas intradiária e de fechamento, chegando a superar os 139 mil pontos durante o pregão
A leitura de que o Banco Central está perto do fim do ciclo de alta de juros, reforçada ontem pela ata do Copom, somada à trégua comercial entre Estados Unidos e China, ajudou a turbinar os ganhos do Ibovespa na terça-feira, que encerrou em alta de 1,76%, aos 138.963 pontos, recorde de fechamento. Na máxima intradiária, o índice chegou a alcançar os 139.419 pontos, o maior valor intradiário registrado pela referência acionária local. A alta de blue chips, combinada ao avanço de ações domésticas, garantiu um desempenho bastante favorável ao Ibovespa no pregão. O destaque ficou para os papéis PN do Bradesco, que avançaram 2,15%. Já as ações da Vale tiveram alta de 1,64%, em dia de ganhos dos contratos futuros de minério de ferro em Dalian. Depois de iniciar o dia pressionada pelo avanço, as ações da Petrobras fecharam em alta: as PN da petroleira subiram 1,52%, enquanto as ON avançaram 0,59%. Ações domésticas lideraram os ganhos, caso de Hapvida (+11,30%) e CVC (+9,29%). Por outro lado, as ações da Yduqs responderam pelas maiores perdas, com uma queda de 8,48%. O volume financeiro do índice foi de R$ 20,6 bilhões e chegou a R$ 27,5 bilhões na B3. Já em Wall Street, os principais índices americanos fecharam mistos: o Nasdaq subiu 1,61%; o S&P 500 teve alta de 0,72%; e o Dow Jones cedeu 0,64%.
Valor Econômico
Expectativas desancoradas demandam aperto maior e por mais tempo nos juros, diz BC
Todos os integrantes da diretoria do Banco Central avaliam que, em um ambiente de expectativas de mercado desancoradas, é necessária uma restrição monetária maior e por mais tempo do que o apropriado em outro momento, mostrou na terça-feira a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A ata destacou que o cenário de incerteza ampliou tanto as chances de alta quanto as de baixa para a inflação, com a diretoria debatendo se o balanço de riscos para os preços à frente ainda se mantinha levemente assimétrico, mas menos assimétrico do que na reunião anterior, ou se já se podia defini-lo como neutro. O documento apontou que as expectativas de inflação seguem acima da meta de 3% em todos os horizontes, o que torna o cenário mais adverso, citando que o tema gera desconforto ao BC e aumenta o custo do combate à alta dos preços sobre atividade econômica. “Na discussão sobre o tema das expectativas de inflação, a principal conclusão obtida e compartilhada por todos os membros do Comitê foi de que, em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado”, disse. A ata afirmou ainda que, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta. “Um estímulo significativo nos últimos anos adveio da política fiscal… O Comitê segue utilizando a política fiscal como insumo em sua análise e, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta”, afirmou. Na semana passada, o BC decidiu elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 14,75% ao ano, e deixou em aberto o que fará na reunião de junho, apontando uma dependência de dados e indicando a necessidade de uma dose alta de juros por período prolongado.
Reuters
EMPRESAS
Com Seara, lucro da JBS saltou 77,6% no primeiro trimestre, para R$ 2,92 bilhões
Unidade de aves e suínos viu seu Ebitda ajustado subir 109%, para R$ 2,5 bilhões. O desempenho da JBS vai contra a sazonalidade desta época do ano, em que, tradicionalmente, a demanda é mais fraca
A gigante de carnes JBS lucrou R$ 2,92 bilhões no primeiro trimestre deste ano, aumento de 77,6% comparado ao mesmo período de 2024. A Seara foi a galinha dos ovos de ouro do grupo, ao mais que dobrar o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) e conseguir uma margem de quase 20%. O Ebitda ajustado consolidado da JBS alcançou R$ 8,9 bilhões no intervalo de janeiro a março, avanço de 38,9% na variação anual. A receita líquida, por sua vez, cresceu 28% no período, para expressivos R$ 114,1 bilhões. Com isso, a JBS fechou seu segundo melhor primeiro trimestre da história em 2025. O desempenho vai contra a sazonalidade desta época do ano, em que, tradicionalmente, a demanda é mais fraca após as festas de fim do ano anterior e, no hemisfério norte, o inverno também arrefece o consumo. “Temos um aumento de demanda estrutural crescendo no mundo inteiro. Frango está em um momento muito bom, suínos [estão] em momento muito bom”, disse ao Valor o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni. De acordo com o executivo, a oferta está equilibrada em relação à demanda, uma vez que existem limitações genéticas que impedem avanços mais expressivos na disponibilidade de ovos, por exemplo. Em suínos, a oferta também não possui flexibilidade para grandes saltos. Há também surtos de gripe aviária pelo mundo que diminuem a competitividade dos concorrentes do Brasil. “Vejo um ano positivo para aves e suínos”, estimou o CEO. Neste contexto, a Seara, unidade de aves e suínos do Brasil, viu seu Ebitda ajustado saltar 109% no primeiro trimestre, para R$ 2,5 bilhões. A margem Ebitda aumentou 8,2 pontos percentuais, para 19,8%. A companhia ainda obteve receita de R$ 12,6 bilhões, alta de 22%. Tomazoni ressaltou que a Seara segue em uma trajetória de otimização de processos, com melhoria na gestão de mix de produtos, agregação de valor, inovações operacionais e, com isso, “conseguiu mitigar os custos com grãos” usados na ração animal, que estão maiores do que os do ano passado. O cenário também favoreceu a precificação dos produtos. “A Seara teve aumento de preço sim, mas esses aumentos de preços foram na maior parte nas vendas internacionais”, disse Tomazoni. No mercado externo, como um todo, o executivo vê elevação nos valores das carnes, mas atrelados à demanda dos países compradores. Para ele, ainda não houve efeito significativo decorrente da guerra comercial entre Estados Unidos e China, e a diversificação geográfica da JBS permite mitigar os riscos. Também com atuação na área de frangos, a americana Pilgrim’s Pride se sobressaiu no primeiro trimestre com crescimento de 56% no Ebitda ajustado, para R$ 3,9 bilhões. A margem subiu 3,3 pontos percentuais para R$ 14,8%. Em suínos, a Ebitda da JBS USA Pork caiu 7% para R$ 1,4 bilhão, enquanto a receita aumentou 24% para R$ 11,7 bilhões. Na área de bovinos, as operações no Brasil, dona da marca Friboi, e na Austrália ficaram com desempenho no azul, ao passo que a JBS Beef North America continua com os resultados mais adversos do grupo em função do ciclo de baixa oferta de gado nos Estados Unidos. O Ebitda ajustado da unidade americana de boi ficou negativo em R$ 587,2 milhões, com as margens apertadas, apesar do aumento de 36% na receita, para R$ 37,5 bilhões. “Não vemos que esse negócio vai mudar estruturalmente esse ano. Talvez comece a mudar no final do ano que vem”, afirmou o CEO sobre a operação de gado nos EUA. A JBS fechou o primeiro trimestre com alavancagem em dólar reduzida de 3,66x para 1,99x (dívida líquida/Ebitda), em 12 meses, patamar confortável para seguir com os planos de investimento, ressaltou o diretor financeiro e de relações com investidores, Guilherme Cavalcanti. “Esse ano, por estar com essa alavancagem, vamos investir R$ 1 bilhão em manutenção e aumentamos para R$ 1 bilhão o investimento em crescimento no mundo todo. Seara é grande parte desse investimento”, disse ele, citando que no ano passado o aporte para expansão ficou em torno de R$ 300 milhões. Paralelo a isso, permanece a expectativa de que seja aprovada a dupla listagem da JBS, no Brasil e nos EUA, em assembleia marcada para a próxima semana e início das negociações na bolsa de Nova York Nyse em junho.
Globo Rural
Frigol lucrou R$ 1 milhão no primeiro trimestre, após prejuízo no ano anterior
O grande responsável pelo resultado foi o preço da carne, que trouxe recomposição de margem. Frigol prevê um cenário mais promissor neste ano
A Frigol, um dos maiores frigoríficos de carne bovina do país, registrou lucro líquido de R$ 1 milhão no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período de 2024, a companhia havia obtido um prejuízo de R$ 5 milhões. O grande responsável pelo lucro foi o preço da carne, que trouxe recomposição de margem, especialmente em março, com previsão de reflexo ainda maior no segundo trimestre, informou a empresa em balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira (12/5). “Tradicionalmente, o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco em nosso setor. Em 2023 e 2024, tivemos prejuízo no período. Agora, registramos aumento nas receitas e no lucro mesmo em meio aos desafios da baixa oferta de gado”, disse em nota Luciano Pascon, CEO da Frigol. A redução na oferta de gado e, consequentemente, o patamar alto da arroba, trouxeram impactos no número de animais abatidos e no desempenho operacional da empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 56% no primeiro trimestre, para R$ 9,7 milhões. O volume de animais abatidos, por sua vez, atingiu 159 mil cabeças bovinas, queda de 7%. “A alta da arroba pressionou as margens no mercado interno e no mercado externo, mesmo com uma valorização de 9% no preço da tonelada exportada na comparação anual”, destacou a Frigol As vendas para o mercado externo representaram 51% da receita bruta, enquanto a comercialização no mercado doméstico representou 49%. Resultado da estratégia de diversificação, o Canadá, pela primeira vez, ficou entre os quatro primeiros destinos das exportações da Frigol, representando 7% do faturamento com vendas externas. A China, principal mercado da companhia, passou de 79% de representatividade no primeiro trimestre de 2024 para 68% neste ano. Israel, maior comprador, passou de 12% para 9%, Hong Kong de 1% para 3%, enquanto os outros mercados aumentaram a participação de 6% para 13%. Olhando para frente, a Frigol prevê um cenário mais promissor. “Já neste segundo trimestre, estamos vendo um cenário mais positivo, com tendência de queda na arroba, elevação no preço da tonelada no mercado externo e consistência nas margens no mercado interno”, disse Carlos Corrêa, diretor financeiro e de sustentabilidade da empresa.
Globo Rural
EVENTOS
BRF e Marfrig presentes na maior feira de alimentos da Arábia Saudita
Empresas fortalecem laços comerciais com o Oriente Médio, apresentam inovações e destacam produtos locais de 12 a 14 de maio em Riade
A BRF e a Marfrig estão presentes na Saudi Food Show 2025, a mais importante feira de alimentos e bebidas da Arábia Saudita, realizada em Riade entre os dias 12 e 14 de maio. Este é o segundo ano consecutivo em que BRF e Marfrig marcam presença nesta feira que reúne líderes de mercado, profissionais da indústria e consumidores em um ambiente inovador e dinâmico. Durante o evento, considerado uma das principais plataformas do setor alimentício no Oriente Médio, a BRF reforça sua presença local. Os visitantes poderão degustar uma variedade de itens produzidos localmente, como os Empanados com novos sabores Sadia Broasted Garlic Parmesan e Sadia Broasted Mango Habanero, além das inovações da linha Sadia Bites: Breaded Onion Rings, Breaded Mozzarella Sticks e Sadia Beef Tenderloin em parceria com Marfrig. Em um estande conjunto de 168 m², o público poderá explorar as novidades em displays digitais simulando gôndolas e nos quais será apresentado todo o portfólio disponível para a região. “Participar mais uma vez da Saudi Food Show é uma oportunidade valiosa para a BRF e Marfrig reforçarem sua presença no mercado saudita e apresentar a multiplicidade e qualidade de nossos produtos. Estamos entusiasmados para compartilhar nossos lançamentos e estabelecer conexões com parceiros e consumidores locais”, afirmou Igor Marti, vice-presidente de Mercado Halal da BRF, em comunicado. A participação de BRF e Marfrig no Saudi Food Show 2025 reafirma o compromisso das empresas em expandir sua presença global e fortalecer suas relações comerciais na região.
Carnetec
GOVERNO
China abre cinco novos mercados para produtos do agro brasileiro e avança na cooperação sanitária e fitossanitária
Acordos foram assinados pelo ministro Carlos Fávaro no Grande Palácio do Povo. As aberturas são para exportação de carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e farelo de amendoim.
Na cerimônia de assinatura de atos no Grande Palácio do Povo em Pequim, durante o encontro do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com o presidente chinês Xi Jinping, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assinou mais três acordos bilaterais para o desenvolvimento da agropecuária brasileira. Abertura de cinco novos mercados e avanço nas medidas sanitárias e fitossanitárias foram os temas dos acordos bilaterais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) nesta terça-feira (13). As aberturas são para exportação de carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e farelo de amendoim. “Foram cinco produtos abertos para o nosso agronegócio, que se somam aos pescados, abertos agora no fim de abril. Um impacto estimado em aproximadamente US$ 20 bilhões. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto de muitas equipes do Mapa, do MRE e da Embaixada do Brasil na China”, destacou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Luis Rua. Com a autorização, o agronegócio brasileiro alcança a 62ª abertura de mercado em 2025, totalizando 362 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023. Em 2024, a China importou US$ 155 milhões de miúdos de frango, US$ 50 milhões de carne de peru, US$ 1,4 milhão de carne de pato, mais de US$ 66 milhões em DDG e DDGS e US$ 18 milhões em farelo de amendoim, segundo dados da aduana chinesa. Também foi assinado o Memorando de Entendimento (MoU) entre o Mapa e a GACC na área de medidas sanitárias e fitossanitárias, com o objetivo de promover a comunicação e a cooperação bilateral nesse setor. A iniciativa visa proteger a saúde humana, animal e vegetal, além de aumentar a segurança dos alimentos comercializados entre Brasil e China.
MAPA
INTERNACIONAL
Carne bovina australiana preenche lacunas globais deixadas pelos EUA
Com o rebanho norte-americano em liquidação por três anos, os EUA estão com dificuldade de suprir seus próprios mercados internos e externos, informou o portal australiano beefcentral.com, com base em declarações do analista Simon Quilty, que participou do Forum Global Angus, realizado em Brisbane (Austrália), na semana passada.
A Austrália vem assumindo esse espaço, diz Quilty, acrescentando: “As exportações norte-americanas de carne bovina para o Japão caíram 22%, enquanto os embarques da Austrália cresceram 15%”. Na Coreia, continua o analista, a Austrália aumentou os embarques em 24%, e os EUA reduziram as exportações de carne bovina em 22%. E na China, a Austrália elevou as vendas externas da proteína em 22%; e os embarques de carne bovina dos EUA caíram 25%. Quilty destacou que o preço da carne dos EUA nesses mercados costuma ser muito mais alto, mas isso está mudando. “Vamos subir ao nível de preços norte-americano. Atualmente, na China, nossa carne é vendida com 34% de desconto em relação à norte-americana, mas isso vai mudar conforme o fornecimento norte-americano desaparece”, declarou o analista, segundo reportagem da Beef Central. Na avaliação, as tarifas de 10% impostas pelo governo Trump ao resto do mundo foram uma forma de dizer: “Os EUA estão abertos a negociações”. “Acredito que o mercado global pode lidar com uma tarifa norte-americana de 10%, especialmente a Austrália”, completou o analista. Na visão de Quilty, o mercado mundial da carne já se livrou das fortes turbulências recentes ocasionadas pela agressividade tarifária de Trump: “Houve quedas enormes nos mercados logo após as tarifas serem impostas, mas hoje, tudo se acalmou. Com o tempo, espero ver mais confiança voltando ao mercado de carnes à medida que novos acordos forem assinados.” Segundo Quilty, o verdadeiro problema no comércio de carne entre EUA e China é o atraso na renovação de licenças para centenas de indústrias norte-americanas exportarem para o mercado chinês. “A maioria (das autorizações para embarques de unidades norte-americanas) vencia em fevereiro e março deste ano”, informou ele, acrescentando: “As exportações dos EUA caíram de 3.000 toneladas por semana para apenas 50 toneladas/semana. Na prática, é um banimento da carne dos EUA pela China.” Segundo o texto da Beef Central, este banimento deve durar até pelo menos agosto/25, quando será feita uma revisão da política de salvaguardas da China, incluindo visitas da China à Austrália e aos EUA. A Austrália é o único país que possui um acordo formal de salvaguardas com a China, o que pode servir de modelo para outros, relata a reportagem. “Vejo oportunidades para a Austrália por conta disso”, afirmou Quilty. Embora os EUA sejam o maior cliente da carne australiana (quase 400 mil toneladas em 2024), também são um dos maiores concorrentes, destacou a reportagem da Beef Central. Segundo Quilty, no Japão, EUA e Austrália detêm 81% do mercado de importação. Na Coreia, chega a 92%. “Temos quase um monopólio”, ressaltou.
Com os preços da carne nos EUA em alta (impulsionados pelas tarifas), as exportações norte-americanas para Coreia e Japão encareceram. “Isso abre espaço competitivo para a Austrália”, disse Quilty. No caso da China, a restrição de licenças dos EUA remove o principal concorrente, o que favorece ainda mais a Austrália. “Os preços mais altos foram repassados para importadores e consumidores norte-americanos. O impacto na Austrália tem sido mínimo”, disse o analista. Cortes premium ainda enfrentam desafios, mesmo assim, o mercado norte-americano deve absorver o impacto dos 10% de tarifa, acrescentou Quilty.
Beef Central
CARNES
Abates de bovinos, suínos e frangos cresceram no primeiro trimestre, diz IBGE
Aquisição de leite e produção de ovos também aumentaram no período. No primeiro trimestre, foram abatidas 9,71 milhões de cabeças de bovinos no Brasil
O abate de bovinos mostrou expansão de 3,8% no primeiro trimestre de 2025, ante mesmo período em 2024, para 9,71 milhões de cabeças, informou nesta terça-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta terça-feira (13/5), o instituto anunciou as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da produção de ovos de Galinha, referentes aos três primeiros meses desse ano. O instituto detalhou ainda que, na comparação com quarto trimestre de 2024, o abate de bovinos subiu 1,5%, no primeiro trimestre deste ano. O IBGE detalhou também que houve produção de 2,45 milhões de toneladas de carcaças bovinas no primeiro trimestre de 2025. Isso representa acréscimo de 1,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e queda 2% em relação ao apurado no quarto trimestre de 2024. No caso de suínos, foram abatidas, no primeiro trimestre de 2025, 14,25 milhões de cabeças. Isso representa aumento 1,4% em relação ao mesmo período de 2024 e redução de 0,2% em comparação ao quarto trimestre de 2024. O peso acumulado das carcaças, de suínos, por sua vez, registrou 1,31 milhão de toneladas no primeiro trimestre de 2025. Esse volume representa aumento de 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e alta de 0,2% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No setor de frangos, no primeiro trimestre de 2025, foram abatidas 1,63 bilhão de cabeças de frango. Esse volume foi 2,3% superior em relação ao mesmo período de 2024, e 0,9% acima em relação ao verificado no quarto trimestre de 2024. Já o peso acumulado das carcaças de frangos foi de 3,45 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025. Esse total representa acréscimo de 2,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024, e expansão de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior. Os curtumes investigados pelo estudo, por sua vez, no primeiro trimestre de 2025, declararam ter obtido 10,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, detalhou também o IBGE. Essa quantidade representa acréscimo de 8,4% em comparação à registrada em igual trimestre de 2024 e expansão de 1,3% em relação ao quarto trimestre de 2024.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Custos de produção de frangos de corte e de suínos sobem em abril
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos acumularam altas em abril de 2025 nos principais estados produtores e exportadores, conforme estudos conduzidos pela Embrapa Suínos e Aves através de sua Central de Inteligência de Aves e Suínos (embrapa.br/suínos-e-aves/cias).
O custo de produção do quilo do frango de corte subiu para R$ 4,88 no Paraná, ou +0,32% em relação ao mês de março. O aumento acumulado em 2025 é de 1,90% e, nos últimos 12 meses, é de 14,12%, com o ICPFrango alcançando 377,69 pontos. A ração, principal componente de custo, baixou em abril, -0,93%, mas os gastos com transporte (+10,00%), custo de capital (+4,56%) e aquisição de pintinhos de um dia de vida (+3,95%) influenciaram a alta no mês. Já o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 6,44 em Santa Catarina em abril, representando uma elevação de 0,32% em relação ao mês de março. No ano, o ICPSuíno já subiu 3,71%, e o acumulado nos últimos 12 meses é de 14,42%, com o índice da Embrapa chegando aos 368,25 pontos. A ração dos animais se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 0,22% no mês e 13,38% no acumulado dos últimos 12 meses, atingindo uma participação de 72,21% no custo total de produção.
Embrapa Suínos e Aves
Preço da carcaça suína caiu 2,33% na terça-feira (13) em São Paulo
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 162,00, enquanto a carcaça especial caiu 2,33%, fechando em R$ 12,60/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (12), houve alta somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,12%, chegando a R$ 8,13/kg. O preço caiu 0,37% no Paraná, custando R$ 8,17/kg, e 0,73% em Santa Catarina, valendo R$ 8,11/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,53/kg) e em São Paulo (R$ 8,60/kg).
Cepea/Esalq
Terça-feira (13) com estabilidade no mercado de frango
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo permaneceu estável, custando, em média, R$ 6,50/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,36%, custando, em média, R$ 8,25/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (12), tanto o preço da ave congelada quanto do frango resfriado ficou estáveis, valendo, respectivamente, R$ 8,73/kg e R$ 8,74/kg.
Cepea/Esalq
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