
Ano 11 | nº 2412 |21 de fevereiro de 2025
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo em queda nas praças paulistas
O mercado apresentou queda. Os relatos foram de ofertas de bovinos em boas quantidades. Com isso, a cotação do boi gordo caiu R$1,00/@ e a da novilha caiu R$3,00/@. A cotação da vaca permaneceu estável. As escalas de abate estão, em média, para oito dias.
O preço do boi gordo paulista caiu mais R$ 1/@ na quinta-feira (20/2), repetindo o mesmo comportamento observado no dia anterior, segundo apurou a Scot Consultoria. Com isso, pelos dados da Scot, o animal terminado “comum” agora vale R$ 315/@ (no prazo, valor bruto) em São Paulo, enquanto o “boi-China” é negociado por R$ 317/@ – no caso do bovino padrão-exportação a queda foi R$ 3/@ sobre o preço de quarta-feira (19/2). Os preços das fêmeas também seguem em tendência de baixa. Na quinta-feira, a novilha gorda caiu R$ 3/@, para R$ 303/@, enquanto o valor da vaca permaneceu estável, em R$ 285/@, de acordo com os números da Scot. Em Goiás, na região Sul, a oferta de boiadas aumentou, o que pressionou as cotações. Com isso, o preço de todas as categorias caiu R$5,00/@. As escalas de abate atendem, em média, a sete dias. Na região de Goiânia, o cenário é de aumento na oferta de boiadas, e, dessa forma, a cotação de todas as categorias caiu. Para o boi e para a novilha, a queda foi de R$5,00/@ e para a vaca foi de R$2,00/@. As escalas de abate estão, em média, para 12 dias. Em Rondônia os relatos são de muita oferta de bovinos. O preço do boi gordo caiu R$2,00/@, o da vaca caiu R$3,00/@ e o preço da novilha permaneceu estável. As escalas de abate atendem, em média, a sete dias.
Scot Consultoria
Arroba do boi: preços continuam em queda e devem retrair mais
Enfraquecimento da demanda doméstica por carne bovina é uma das justificativas para este movimento de baixa, diz analista
O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com queda nos preços. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo. Segundo ele, isso acontece em linha com a atual posição das escalas de abate, somado ao comportamento dos preços da carne no atacado. “O enfraquecimento da demanda doméstica por carne bovina é uma das justificativas para este movimento. O fato é que as indústrias seguem exercendo pressão sobre o mercado, estratégia que deve prevalecer, ao menos no curto prazo.”, disse. Preços médios da arroba do boi: São Paulo: R$ 315,33 (R$ 315,92 ontem). Goiás: R$ 298,57 (R$ 300,18 anteriormente). Minas Gerais: R$ 305,59 (R$ 305,82 na quarta). Mato Grosso do Sul: R$ 304,43 (R$ 305,34 ontem). Mato Grosso: R$ 305,07 (R$ 310,27 anteriormente). O mercado atacadista volta a apresentar queda de seus preços, em linha com o perfil de consumo traçado para a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. “Além disso, o consumo delimitado para o primeiro bimestre também aponta para a preferência por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango e dos embutidos”, disse Iglesias. O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,80 por quilo, queda de R$ 1,20. Já o quarto dianteiro está apontado em R$ 17,00 por quilo. A ponta de agulha, por sua vez, retraiu R$ 0,50, para R$ 17 por quilo.
Agência Safras
Boi/Cepea: Com pressão compradora, preços da arroba caem
Agentes de frigoríficos do Brasil têm pressionado os valores de compra de novos lotes de boi gordo
Segundo pesquisadores do Cepea, esses demandantes estão atentos às recentes desvalorizações da carne. Do lado da oferta, o Cepea verifica maior disponibilidade de vacas no spot nacional – esses animais ganharam algum peso desde o retorno das chuvas. Também o volume de animais de confinamentos está maior que há um ano. No front externo, segundo dados da Secex, nesta parcial de fevereiro, as exportações diárias de carne bovina registram média de 10 mil toneladas, aumento de 6,2% sobre a de fevereiro do ano passado.
Cepea
ECONOMIA
Dólar segue exterior e cai ante real enquanto mercado monitora tarifas dos EUA
O dólar fechou a quinta-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo generalizado da moeda norte-americana no exterior, ainda que o mercado siga operando sob tensão em meio às promessas de tarifas de importação dos Estados Unidos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, aos R$5,7045. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 7,68%.
Às 17h02 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido — cedia 0,31%, aos R$5,7125. Em mais um dia de agenda econômica esvaziada no Brasil, os investidores se voltaram para o cenário externo, onde o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu anunciar novas tarifas no próximo mês ou antes, acrescentando madeira e produtos florestais à lista de produtos no alvo de seu governo. Anteriormente, Trump já havia anunciado a intenção de tarifar carros importados, semicondutores e produtos farmacêuticos. O fato de Trump indicar que as tarifas não serão imediatas, porém, abriu espaço para uma queda do dólar nesta quinta-feira, mesmo porque a sessão da véspera já havia sido de elevação da moeda norte-americana pelo mesmo motivo — as promessas de tarifas. “Tivemos ontem um movimento meio global de aversão ao risco, com as moedas (de emergentes) performando pior com a questão das tarifas dos Estados Unidos”, comentou durante a tarde o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. “Hoje o câmbio está voltando um pouco para abaixo dos R$5,70, devolvendo”, acrescentou. Após marcar a cotação máxima de R$5,7271 (+0,02%) às 9h01, na abertura do mercado, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6865 (-0,69%) às 14h43. No restante da tarde, recuperou algum fôlego, mas ainda encerrou em baixa. “O dólar está caindo hoje, mas o cenário ainda é de volatilidade”, avaliou Lucas Almeida, especialista em investimentos e sócio da AVG Capital. “Acredito que as novas tarifas anunciadas pelo governo Trump aumentam a incerteza no comércio global, e esse tipo de medida protecionista pode ter efeitos contraditórios: por um lado, fortalece o dólar no curto prazo pela busca de segurança; por outro, pode gerar ajustes nos fluxos de capitais, beneficiando algumas moedas emergentes, como o real.” No exterior, o dólar seguia em queda ante praticamente todas as demais divisas — a exceção era o peso argentino. Às 17h11, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,73%, a 106,400.
Reuters
Ibovespa fecha com alta discreta sustentada por Vale
O Ibovespa fechou com uma alta discreta na quinta-feira, sustentada pelo avanço da Vale na esteira de balanço acompanhado de anúncio de recompra de ações e dividendos, enquanto Banco do Brasil e Gerdau figuraram entre as maiores quedas, com os respectivos resultados e perspectivas para 2025 também ocupando as atenções.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,17%, a 127.871,29 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 127.063,47 pontos na mínima e 127.871,29 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$22,5 bilhões antes dos ajustes finais do pregão.
Reuters
Linhas equalizadas do Plano safra são suspensas por falta de orçamento
Apenas a linha destinada a agricultura familiar pode ser acessada pelos bancos. Linhas equalizadas do Plano safra são suspensas por falta de orçamento
O Tesouro Nacional determinou a suspensão de novas contratações de financiamentos com subvenção federal nas linhas do Plano Safra 2024/25 a partir da sexta-feira (21/2). Apenas as operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) poderão ser acessadas. Em ofício encaminhado na quinta-feira (20/2) às 25 instituições financeiras que operam recursos equalizados nesta temporada, o órgão destaca que houve “aumento relevante dos gastos” por conta da forte elevação da Selic. “Devido à divulgação de nova grade de parâmetros oficial pela Secretaria de Política Econômica no início do presente mês e ao recebimento de informações atualizadas da previsão de gastos com o estoque de operações rurais contratadas com equalização de taxas de juros, as estimativas dos gastos para 2025 com a referida subvenção econômica foram atualizadas, tendo como resultado um aumento relevante dos gastos devido à forte elevação nos índices econômicos que compõem os custos das fontes em relação aos utilizados na confecção do Projeto de Lei Orçamentária — PLOA 2025, ainda em tramitação no Congresso Nacional”, explica o ofício. “Diante desse quadro e considerando que o Projeto de Lei Orçamentária para o exercício ainda não foi aprovado, determino a suspensão, a partir de 21/02/2025, de novas contratações de financiamentos subvencionados pelo Tesouro Nacional do Plano Safra 2024/25 — excetuando-se as linhas de financiamento de Pronaf Custeio”, completa o documento. Na semana passada, o governo federal havia anunciado que faria uma realocação de recursos, de linhas que estavam com demanda aquém do esperado, para fortalecer o custeio do Pronaf. A medida informada hoje, porém, é mais abrangente, pois determina o fechamento dos protocolos em todos as instituições financeiras. Técnicos do governo já consideravam que o orçamento para pagamento da equalização dos juros estava “quase esgotado” diante do aumento do gasto ocasionado pela elevação da Selic. A alta nos juros da economia impacta os custos de captação dos bancos e aumentam a diferença que o Tesouro precisa bancar entre a taxa que o agricultor paga na ponta e o que o dinheiro realmente custa, mais os spreads bancários. Esse cálculo vale tanto para operações contratadas neste Plano Safra quanto para um estoque de financiamentos equalizados nos últimos anos. Algumas contratações de investimentos feitas na pandemia, por exemplo, tinham juros de 4,5%, como na linha ABC, hoje RenovAgro. O Moderfrota, para aquisição de máquinas no Plano Safra 2020/21 foi de 7,5%. Com a Selic em 13,25% e expectativas de o índice chegar ou ultrapassar 15% neste ano, a conta ficou mais cara e obrigou o governo a fechar a porta mais cedo. Como essa é uma despesa obrigatória da União, o não pagamento da equalização, por falta de orçamento ou qualquer outro motivo, pode configurar crime de responsabilidade fiscal. Apesar da avaliação unânime de cenário mais apertado em 2025, a medida pegou de surpresa várias instituições financeiras na quinta-feira (20/2). A suspensão pode atrapalhar os planos de alguns agentes, que se programaram para oferecer recursos equalizados, que têm ficado “mais em conta” para o produtor com a subida da Selic, nesse primeiro semestre do ano — segundo semestre da safra. O cenário é muito complexo para o governo federal, disse outro executivo. “A pressão em cima do crédito rural está absurda. Todo estoque de crédito concedido, a preços da pandemia, o governo está tendo que equalizar até hoje. A alta de juros não estava prevista nesse ritmo”, afirmou. Dos mais de R$ 476 bilhões anunciados para o Plano Safra 2024/25, da agricultura familiar e empresarial, R$ 133,6 bilhões poderiam ser acessados em linhas com a equalização de juros, que garante taxas mais baixas aos produtores rurais. O limite equalizável para o custeio do Pronaf, linha preservada na determinação de hoje, era de R$ 17,5 bilhões no início do Plano Safra. Atualmente, há R$ 5,6 bilhões disponíveis, a maior parte no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que repassa os recursos para bancos e cooperativas financeiras credenciadas. De julho de 2024 a janeiro de 2025, foram concedidos R$ 226,8 bilhões em financiamentos do Plano Safra. Desses, ao menos R$ 77 bilhões tinham equalização. São recursos livres equalizáveis (R$ 32,6 bilhões), poupança rural com subvenção econômica (R$ 25,7 bilhões), BNDES equalizável (R$ 17,9 bilhões) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) com subvenção (R$ 797,5 milhões). Os dados são do Banco Central, acessados em 6 de fevereiro deste ano.
Valor Econômico
FGV Ibre projeta PIB mais fraco e puxado por agro em 2025
Composição do crescimento deve ser mais similar ao de 2023 e recessão está descartada por ora, segundo Boletim Macro
Após um 2024 rodando acima de suas capacidades, a atividade no Brasil deve desacelerar em 2025. Embora o movimento abra brecha para o flerte com discussões sobre “recessão técnica”, sobretudo no segundo semestre, a economia ainda deve ter bom desempenho. Em termos de composição, o PIB também deve se mostrar um provável repeteco de 2023, quando a agricultura liderou o crescimento. A nova edição do Boletim Macroeconômico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) traz a estimativa de 3,5% para o crescimento do PIB em 2024. Se confirmada, será o melhor desempenho desde 2021, quando o PIB saltou 4,8% na saída da crise da covid-19. Para 2025, a estimativa é de desaceleração para 1,8%, número que não sofreu alteração mesmo com um fim de ano mais fraco que o esperado. “O fim do ano, sobretudo dezembro, surpreendeu para baixo. Esperávamos alta de 0,6% a 0,7% do PIB no quarto trimestre, na comparação trimestral, mas deve ficar mais baixo, perto de 0,5%”, diz a coordenadora do boletim, Silvia Matos. O importante, diz ela, é olhar a composição desse crescimento e como ele se comportará daqui para a frente. Isso porque a demanda doméstica saltou 5,6% no ano passado, bem acima do desempenho do PIB como um todo e grande responsável pela explosão das importações (14,7%). “Claro que houve recuperação do investimento (7,3%), que é uma coisa ótima, mas a impressão que fica é que estamos operando acima da capacidade da economia. Prova disso é a inflação, que está em altos níveis e espera-se que se mantenha nesses patamares ainda por um bom tempo.” Para 2025, a expectativa é que a expansão da demanda doméstica baixe para 1,6%. “Era algo desequilibrado, mas já é possível perceber, nos serviços prestados às famílias e na venda de bens duráveis que o ritmo vem caindo. O aperto da política monetária sobre o crédito e a desaceleração do impulso fiscal devem ajudar a esfriar o consumo”, diz Silvia. Este ano também deve ser mais parecido com 2023 em termos de quais setores vão liderar o crescimento. Naquela ocasião, agricultura e indústria extrativa, os chamados de setores não cíclicos por serem mais indiferentes a questões como a taxa básica de juros, responderam por mais da metade da expansão de 2,9% do PIB. Desta vez, o Ibre projeta uma alta de 7,3% para a primeira, na esteira de uma nova supersafra prevista pelo setor. No caso da indústria extrativa, a estimativa é de avanço de 5,1%, ajudada principalmente pela entrada em operação de novas plataformas de petróleo. Com isso, o setor não cíclico deve responder por 1 ponto percentual (p.p.) da alta do PIB, enquanto os setores cíclicos contribuirão com 0,8 p.p.
Globo Rural
EMPRESAS
A previsão da JBS para – enfim – concluir sua dupla listagem
Companhia reiniciou o processo para operar em duas bolsas em 2023. JBS finalmente pode ter dupla listagem
Após oito anos de planos, tentativas e preparações, a tão sonhada dupla listagem da JBS deve virar realidade nos próximos meses. Em conferência do setor de alimentos e bebidas em Orlando, promovida pela consultoria Cagny, a companhia brasileira disse que o processo deve ser concluído até o fim do primeiro semestre. A JBS havia tentado a listagem no exterior em 2016, que acabou barrada pelo BNDES, e voltou a anunciar um cronograma em julho de 2023. Havia expectativa da administração que a conclusão acontecesse ainda naquele ano. A companhia tem duas motivações principais: destravar valor com uma equiparação de múltiplos aos pares globais e permitir nova captações sem que a família Batista perca a posição de controle. Os trâmites envolvem a mudança de sede da empresa para a Holanda. Os acionistas controladores e minoritários passarão a deter ações da JBS N.V., empresa que será sediada na Europa, e a companhia negociará Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3 e diferentes classes de ações na Nyse. A JBS informou que continua trabalhando para atender os requerimentos da SEC, órgão regulador do mercado de capitais nos EUA, e acredita que pode ter a aprovação regulatória no fim do primeiro semestre, apontaram os analistas do Goldman Sachs em relatório. Segundo o Goldman, a JBS continua focada em buscar oportunidades de M&A nos EUA, mas dada a falta de oportunidades no curto prazo, a empresa espera usar o excesso de caixa para promover o crescimento orgânico e o retorno aos acionistas por meio de recompras de ações e dividendos.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
Austrália abate 8,3 milhões de bovinos em 2024, maior quantidade desde 2019
Produção de cordeiros também teve desempenho expressivo no ano passado, com 26,4 milhões de cabeças abatidas, um novo recorde, informa a MLA
Em 2024, a Austrália abateu 8,3 milhões de bovinos, a maior quantidade desde 2019 e 18% superior ao resultado de 2023, informa a Meat & Livestock Australia (MLA), com base em dados do Australian Bureau of Statistics (ABS). No quarto trimestre do ano passado, o abate de bovinos atingiu 2,13 milhões de cabeças, 16% acima do mesmo trimestre de 2023. Com o avanço dos abates, a produção de carne bovina atingiu volumes recordes – 2,57 milhões de toneladas de carne bovina foram produzidas, um aumento de 16% em relação ao resultado de 2023. O crescimento na produção permitiu ao país da Oceania exportar um volume recorde de carne bovina no ano passado, chegando a 1.34 milhão de toneladas, um avanço de 24% (ou + 261.000 toneladas) em relação ao resultado de 2023. As últimas estatísticas trimestrais sobre abate de gado e produção de carne do ABS mostraram que 2024 foi o maior ano para abate de cordeiros e ovelhas em décadas. Números analisados pela Meat & Livestock Australia (MLA) mostram que 26,4 milhões de cordeiros foram abatidos no ano civil de 2024, o maior número já registrado. O abate de ovelhas atingiu 11,8 milhões de cabeças, o maior desde 2006. De acordo com o gerente de informações de mercado da MLA, Stephen Bignell, as taxas recordes de abate são significativas por uma série de razões. “Essas elevadas taxas de abate vistas em 2024 refletem uma combinação de um grande rebanho nacional de ovelhas, com maiores porcentagens de raças de carne ovina sendo processadas, além de condições geralmente mais secas vistas no sul da Austrália e Victoria”, disse.
Portal DBO
Exportações de carne bovina do Canadá devem atingir recorde
O Canadá deve estabelecer um recorde de valor na exportação de carne bovina em 2024. Albert Eringfeld, vice-presidente de desenvolvimento de mercado de exportação da Canada Beef, afirmou que 2022 foi um ano recorde e que 2024 superará essa marca, ultrapassando US$ 7 bilhões
O volume de gado vivo e carne bovina exportados também tem apresentado uma tendência de crescimento. Eringfeld disse que, em 2024, cerca de 46% de toda a carne bovina abatida no Canadá foi exportada. Os principais mercados de destino são os Estados Unidos, Japão, México, Coreia do Sul e Vietnã, seguidos por outros países do Sudeste Asiático, América Latina, Europa e Oriente Médio. “Em 2023, a carne bovina canadense foi exportada para 56 países diferentes”, afirmou Eringfeld durante a Saskatchewan Beef Industry Conference. O mercado europeu oferece o maior valor por quilo, mas em pequenos volumes. Em seguida, estão Hong Kong, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e, depois, os Estados Unidos. Eringfeld afirmou que o mercado dos EUA tem se mantido estável nos últimos cinco anos, valendo cerca de US$ 4 bilhões. O Canadá teve uma participação de mercado de 22% nas importações dos EUA no ano passado, uma pequena queda em relação ao ano anterior. Mais de 90% da carne exportada para os EUA é resfriada e a maioria é desossada. “A carne moída é o principal segmento das exportações canadenses para os EUA”, disse Eringfeld. “Outros cortes usados para moagem ou produção de carnes finas, especialmente para o mercado hispânico, provenientes do dianteiro e do traseiro, também são muito populares.” Ele ressaltou que, apesar de os EUA serem o maior produtor mundial de carne bovina, também são o segundo maior importador. O acesso isento de tarifas é essencial para o Canadá, que tem os EUA como seu principal concorrente em outros mercados de exportação. Eringfeld disse que a Canada Beef está planejando estratégias para lidar com tarifas, analisando onde pode redirecionar seus esforços de marketing. Os principais concorrentes do Canadá nos EUA são produtores de menor custo, como Austrália e Brasil, e as importações devem crescer devido à queda na produção doméstica. As exportações para o Japão não cresceram muito em volume ou valor, mas o país continua sendo um cliente fiel. O Canadá tem 7% de participação no mercado japonês, concorrendo com Austrália, EUA, Nova Zelândia e México. O mercado japonês foi avaliado em US$ 322 milhões em 2023. Cerca de 30% das exportações para o Japão são de carne resfriada, e aproximadamente 25% desse volume é destinado ao varejo. O restante vai para restaurantes e processamento industrial.
O mercado de miúdos representa cerca de 45% das remessas, com a língua bovina sendo um item popular, assim como cortes de peito, dianteiro e fraldinha. Com o Comprehensive and Progressive Partnership for Trans-Pacific Partnership, as tarifas de importação cairão de 22,5% para 9% até 2030. Já as tarifas sobre miúdos, atualmente em 2,5%, serão zeradas entre 2028 e 2030.
Alberta Farmer Express
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos perdeu parte da força na quinta-feira
Segundo pesquisadores do Cepea, além da oferta reduzida de animais em peso ideal abate, as demandas interna e sobretudo externa têm reforçado o movimento de alta nas cotações do suíno vivo no mercado independente
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 177,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 14,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (19), houve tímida alta de 0,11% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,45/kg, e de 0,23% em Santa Catarina, valendo R$ 8,87/kg. Os valores ficaram estáveis no Paraná (R$ 9,10/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,73/kg) e em São Paulo (R$ 9,21/kg). O mercado da suinocultura independente vinha em uma crescente intensa nos preços nas últimas semanas, mas nesta quinta-feira, apesar de se manterem em patamares altos, os valores subiram de forma mais tímida na quinta-feira (20).
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: após escalada de preços, a quinta-feira (20) foi de altas moderadas
O mercado da suinocultura independente vinha em uma crescente intensa nos preços nas últimas semanas, mas na quinta-feira, apesar de se manterem em patamares altos, os valores subiram de forma mais tímida na quinta-feira (20)
Em São Paulo, o preço subiu, passando de R$ 9,50/kg vivo para R$ 9,60/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 19.800 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço subiu, saindo de R$ 9,50/kg vivo para R$ 9,80/kg vivo, sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, passando de R$ 8,71/kg vivo para R$ 8,97/kg.
APCS/ Asemg/ACCS
Suínos/Cepea: Produtos suinícolas estão em valorização
Dos cortes ao animal vivo, os preços dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea estão em forte movimento de alta neste início de segunda quinzena de fevereiro
Segundo pesquisadores do Cepea, além da oferta reduzida de animais em peso ideal abate, as demandas interna e sobretudo externa têm reforçado o movimento de alta nas cotações do suíno vivo no mercado independente. Levantamento do Cepea mostra que, na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), na última semana, a valorização do suíno vivo posto na indústria supera os 8%. No Sudoeste Paranaense, o aumento em sete dias está acima dos 10%. No mercado atacadista da carne, pesquisadores do Cepea indicam que as cotações da carcaça acompanharam o movimento altista do animal vivo. Isso evidencia, no momento, que a liquidez está boa, mesmo diante das recentes valorizações da proteína.
Cepea
Brasil bate recorde na produção de carne suína em 2024
Preço do quilo da carcaça suína no atacado subiu 13,8%
A produção de carne suína no Brasil atingiu 5,3 milhões de toneladas em 2024, impulsionada pelo abate de 57,6 milhões de animais, de acordo com a Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE. Apesar do recorde, o crescimento anual foi o menor da última década, com um aumento de 0,6% (29,9 mil toneladas), bem abaixo da média de 5,3% (214 mil toneladas) dos últimos dez anos. Os dados são do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado na quinta-feira (20) pelo Departamento de Economia Rural (Deral). As exportações também registraram um volume inédito, totalizando 1,3 milhão de toneladas, um avanço de 8,9% em relação a 2023. Com isso, cerca de 75,5% da carne suína permaneceu no mercado interno. No entanto, a disponibilidade para consumo interno caiu 1,8%, uma redução de 74 mil toneladas, contribuindo para a alta dos preços. Segundo o Deral, o preço do quilo da carcaça suína no atacado subiu 13,8%, passando de R$ 10,42 para R$ 11,86. O aumento reflete a maior demanda externa e a menor oferta interna, fatores que pressionam os valores da carne no mercado nacional.
Agrolink
Frango: quinta-feira com maioria das cotações estáveis. Ave no atacado paulista caiu 1,02%
Em meio à maioria das cotações estáveis para o mercado do frango na quinta-feira (20), o preço da ave no atacado paulista apresentou queda. As exceções foram as quedas no valor da ave no atacado paulista e no preço do frango congelado
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo não mudou, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 1,02%, custando, em média, R$ 7,77/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com preço de R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (19), o preço da ave congelada ficou estável, valendo, R$ 8,40/kg, assim como o frango resfriado, cotado em R$ 8,48/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS: custo de produção sobe 0,4% no Paraná
O custo de produção do frango vivo no Paraná, criado em aviários tipos climatizado em pressão positiva, foi de R$ 4,81 por quilo em janeiro de 2025, segundo a Central de Inteligência de Aves e Suínos, da Embrapa Suínos. Representa elevação de 0,4% em relação ao custo de R$ 4,79 por quilo em dezembro.
Comparado com o mês anterior, a maior alta no Paraná foi com gastos em calefação e cama, que teve aumento de 5,53%, e em ração, que cresceu 1,43%. Em compensação houve redução em genética (-3,48%) e em mão de obra (-0,99%).
SEAB-PR/DERAL
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