CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2388 DE 20 DE JANEIRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2388 | 20 de janeiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Alta no mercado do boi gordo em São Paulo

Na região, vendedores, considerando o preço de venda, ajustaram a curva de oferta de boi gordo. Dessa forma, os compradores lançaram ofertas mais firmes, a fim de atender suas escalas.

Com isso, a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@ e a da vaca R$3,00/@. A cotação da novilha não mudou. O boi gordo está cotado em R$327,00/@, a vaca em R$300,00/@ e a novilha em R$317,00/@. O “boi China” está comercializado em R$332,00/@. Ágio de R$5,00/@. As escalas de abate atendem, em média, a cinco dias. Todos os preços são brutos e com prazo.

Na região Sul de Minas Gerais, observou-se oferta relativamente limitada de boiadas. Com isso, a cotação do boi e da vaca gordos subiu R$5,00/@. A cotação da novilha não mudou. O boi gordo está cotado em R$310,00/@, a vaca em R$290,00/@ e a novilha em R$295,00/@. O “boi China” está sendo comercializado em R$325,00/@. Ágio de R$15,00/@. As escalas de abate estão, em média, para seis dias. Todos os preços são brutos e com prazo. No Rio de Janeiro, a oferta de boiadas está reduzida, o que resultou em alta nas cotações. A cotação do boi gordo subiu R$5,00/@, cotado em R$310,00/@, a vaca subiu R$5,00/@, comercializada em R$290,00/@ e a novilha subiu R$3,00/@, apregoada em R$293,00/@. Não há referência de “boi China” no estado. As escalas de abate estão, em média, para quatro dias. Todos os preços são brutos e com prazo. Em Rondônia, assim como nas outras regiões, a oferta de boi gordo está restrita. Dessa forma, a cotação do boi gordo subiu R$2,00/@. Para a vaca e a novilha, a cotação não mudou. O boi gordo está cotado em R$280,00/@, a vaca em R$260,00/@ e a novilha em R$270,00/@. O “boi China” no estado está cotado em R$280,00/@. Sem ágio. Todos os preços são brutos e com prazo.

Scot Consultoria

Boi gordo teve valorização generalizada na semana

Demanda por carne bovina segue aquecida e escalas de abate apertadas, mas poder de compra da população pode frear maiores altas

O mercado brasileiro de boi gordo registrou alta de preços no decorrer da semana passada.Conforme o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, que permanecem posicionadas entre três e seis dias úteis na média nacional.  “A demanda por carne bovina permanece aquecida na exportação, uma vez que o Brasil segue como melhor alternativa global para o fornecimento da proteína, com grandes predicados na comparação aos concorrentes”, salienta. Preços médios da arroba do boi na semana.Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 16 de janeiro: São Paulo (Capital): R$ 335, alta de 1,52% frente aos R$ 330 registrados na semana passada: Goiás (Goiânia): R$ 325, avanço de 3,17% perante os R$ 315 do período anterior. Minas Gerais (Uberaba): R$ 320, aumento de 1,59% frente ao fechamento de 10 de janeiro, de R$ 315. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 330, aumento de 3,13% frente aos R$ 320 da última semana. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 320 a arroba, 1,59% acima dos R$ 315,00 registrados no encerramento da semana anterior. Rondônia (Vilhena): R$ 295, avanço de 1,72% em relação aos R$ 290 praticados no último período. O mercado atacadista apresentou preços mais altos na semana. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere reajustes no curto prazo, uma vez que as exportações permanecem em ótimo nível, enxugando o mercado doméstico. “Essa dinâmica será essencial para justificar reajustes dos preços da carne bovina no mercado interno. Por outro lado, o baixo poder de compra da população tende a dificultar altas muito contundentes nos preços dos cortes bovinos”, aponta o analista. O quarto do dianteiro do boi foi cotado a R$ 18,50 o quilo, alta de 8,82% frente ao valor praticado na semana passada, de R$ 17. Já o quarto do traseiro do boi foi vendido por R$ 26,50 o quilo, baixa de 1,12% frente aos R$ 26,80 por quilo registrado anteriormente. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 335,83 milhões em janeiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 47,975 milhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 66,397 mil toneladas, com média diária de 9,485 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.057,90. Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 28,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 14,9% na quantidade média diária exportada e avanço de 11,8% no preço médio.

Agência Safras

Aumento na produtividade da pecuária ganha importância com a maior rentabilidade

Mesmo com menor venda para China, país ampliou exportação para outros países. Aumento do valor do gado elevará o custo da principal matéria-prima dos processadores de carne

O ano de 2025 promete um horizonte mais positivo para os pecuaristas e toda a cadeia de produção de proteína animal do que em tempos recentes. A forte demanda no mercado externo deverá dar um gás adicional à rentabilidade do segmento. Além disso, a virada de ciclo da pecuária de corte tende a puxar para cima o valor do gado e da carne bovina, um movimento que eleva também a busca dos consumidores por proteínas alternativas, como o frango. A Globo Rural ouviu especialistas para saber o que se pode esperar para o ano que vem. A recomendação deles aos pecuaristas foi unânime: com esse cenário, é hora de os produtores acertarem as contas e se planejarem para investir em tecnologias que possam aumentar a produtividade. Oswaldo Ribeiro Júnior, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), conta que 2024 foi um ano um tanto ruim para a pecuária de corte, com preços da arroba em baixa até o terceiro trimestre e perdas nas fazendas causadas por incêndios e falta de chuva. “Começamos a ver uma recuperação no preço da arroba, que voltou ao patamar de dois anos atrás. Esses valores vão ser usados, primeiro, para pagar dívidas”, afirma. Ele estima que, ao longo de 2025, o preço do boi gordo pode transitar entre R$ 300 e R$ 350 por arroba, com chance até de superar essa marca, a depender das condições do mercado. Trata-se da mesma faixa de preços que se via em 2022, logo após a pandemia de covid-19, quando o consumo de carne no país estava aquecido e o ciclo pecuário era de baixa oferta. Especialistas recomendam aos pecuaristas que priorizem investimentos em nutrição, manejo, genética e sanidade, os pilares centrais para ganho de produtividade. Agora, o que tem dado impulso às cotações é mais uma vez uma virada de ciclo, que ocorre depois de um período de oferta ampla de animais no mercado e volume recorde de abates de bovinos no país. “Fizemos abates de fêmeas até meados de outubro de 2024. A retenção verdadeira de fêmeas vem a partir de 2025, e, como leva um tempo até que elas emprenhem, vai faltar bezerro por um período”, explica Ribeiro. Isso significa que os preços de boi gordo, vaca e bezerro vão subir nos próximos meses. O presidente da Acrimat recomenda aos pecuaristas atenção redobrada à gestão de contas antes de fazer investimentos. “Passou a época de anotar venda de boi em papel de pão. É preciso ter noção exata de lucro e prejuízo”, diz. “Também sugerimos ao pecuarista não vender todo o gado de uma vez e monitorar os preços. O mundo é globalizado. A explicação de uma mudança de preço pode estar em outro país.” Os produtores que estão com as finanças em dia devem priorizar aportes nos quatro pilares de tecnologia para ganho de produtividade: nutrição, genética, manejo e sanidade. Para a indústria, o aumento do valor do gado elevará o custo da principal matéria-prima dos processadores de carne, avalia Paulo Mustefaga, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). “Assim como houve um período de oferta abundante de gado, é natural que haja uma virada de oferta e preços da arroba em 2025. A preocupação é que isso vai afetar o consumidor final. Os índices de inflação de carnes já mostram isso”, destaca. As margens devem ficar particularmente mais apertadas no caso dos frigoríficos que atendem apenas o mercado doméstico ou que não acessam grandes compradores internacionais, como China e Estados Unidos. Para os grandes exportadores, a perspectiva é mais promissora.

Valor Econômico

Confinamento/Cepea: Após recorde, rentabilidade consolidada do confinamento cai em dezembro

Cálculos realizados pelo Cepea em parceria com a Tortuga mostram que, em dezembro, a rentabilidade do confinamento caiu pontualmente, após atingir desempenho recorde em novembro

Segundo pesquisadores do Cepea, a queda foi motivada, principalmente, pela alta nos preços do boi magro, que elevou os custos de reposição. Dessa forma, os dados levantados apontaram 32,6% de rentabilidade no último mês de 2024, recuo mensal de 13,5 pontos percentuais. Com as seguidas altas no custo de reposição e certa estabilidade nos preços do boi gordo no mercado futuro, pesquisadores do Cepea apontam que a projeção da rentabilidade do confinamento para os primeiros meses de 2025 indica quedas consecutivas, como é típico do período. Mesmo com os recuos, a tendência é que a série se mantenha acima do histórico dos últimos anos, implicando em ganhos significativos para a atividade, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

Cepea

ECONOMIA

Dólar fecha a R$6,0650 à espera de Trump; Haddad diz que divisa está “cara”

Em sessão marcada pela expectativa antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar oscilou entre altas e baixas na sexta-feira e encerrou o dia próximo da estabilidade, na faixa dos 6,06 reais, ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha defendido que a divisa esteja “cara” para os fundamentos do país.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,16%, aos 6,0650 reais. Na semana, porém, a moeda acumulou baixa de 0,62%. Às 17h09, na B3, o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 0,16%, aos 6,0770 reais. Pela manhã o dólar registrou volatilidade maior ante o real, com investidores se preparando para a posse de Trump, na segunda-feira, e repercutindo alguns números da economia chinesa e dos EUA. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,4% no quarto trimestre de 2024, ante o mesmo período do ano anterior, superando a projeção de 5,0% em pesquisa da Reuters. No acumulado do ano passado, o crescimento chinês atingiu a meta de 5% do governo. Nos EUA, a produção manufatureira aumentou 0,6% em dezembro, após ganho revisado para cima de 0,4% em novembro, informou o Federal Reserve durante a manhã. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,2%, após alta de 0,2% relatada anteriormente. Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram, no entanto, que não havia gatilhos fortes para o dólar se firmar em nenhuma direção. Embora a segunda-feira possa ser importante para os ativos globais, em função da posse de Trump, o dia também será coincidentemente de feriado nos Estados Unidos (Dia de Martin Luther King), o que manterá a bolsa norte-americana fechada, reduzindo a liquidez também nos mercados de câmbio em todo o mundo. Durante a tarde da sexta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pontuou durante entrevista à CNN Brasil que a cotação do dólar depende de algumas variáveis — inclusive da geopolítica internacional — que não estão sob o controle do governo. Ao mesmo tempo, defendeu que um dólar acima de 6,00 reais é caro, considerando os fundamentos do país. “Se eu dissesse que hoje eu compraria o dólar a 6 reais? Não, eu não compraria acima de 5,70 reais”, afirmou o ministro. “Na minha opinião, qualquer coisa acima de 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira hoje.”

Reuters

Ibovespa fecha em alta com ajuda de Vale à espera de Trump

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, em dia de vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista, com a blue chip Vale avançando forte após dados melhores do que o esperado na China.

Investidores também encerraram as negociações em clima de expectativa para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira, principalmente eventuais anúncios de medidas no primeiro dia de mandato. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,85%, a 122.263,99 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 121.074,14 pontos na mínima e 122.674,4 pontos na máxima da sessão. Na semana, o Ibovespa acumulou uma alta de 2,87%, fechando no azul em quatro de cinco pregões. No mês, contabiliza um ganho de 1,65%, também conforme dados preliminares. O volume financeiro no pregão somava 18,8 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

Reuters

Mercado de Trabalho/CEPEA: Agroindústria e agrosserviços mantêm em crescimento número de pessoas atuando no agronegócio

O agronegócio brasileiro empregou 28,4 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2024, aumento de 1,9% (ou de aproximadamente 533 mil pessoas) frente ao mesmo período do ano anterior, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A participação do setor no total de ocupações do Brasil seguiu em 26% de julho a setembro de 2024.

Pesquisadores do Cepea/CNA explicam que o número de ocupados no agronegócio foi impulsionado pelo aumento no contingente de pessoas nas agroindústrias (com avanço de 6,7% em relação ao terceiro trimestre de 2023, ou cerca de 303 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (6,3% ou aproximadamente 611 mil pessoas). Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, entre as atividades agroindustriais, destacaram-se os segmentos de massas e outros alimentos (13,8% ou 55.355 pessoas), móveis de madeira (11,3% ou 54.284 pessoas), açúcar (24,7% ou 31.025 pessoas), moagem e produtos amiláceos (12,5% ou 30.984 pessoas) e têxteis de base natural (8,4% ou 9.326 pessoas), que juntos adicionaram 198.166 trabalhadores. Essa expansão nas atividades agroindustriais intensificou a demanda por serviços, aquecendo o mercado de trabalho nos agrosserviços, reflexo da maior complexidade operacional de algumas atividades industriais, que mobilizam uma ampla gama de serviços.

O aumento na população ocupada no agronegócio no terceiro trimestre de 2024 frente ao mesmo período do ano anterior esteve atrelado a avanços no número de empregados com e sem carteira assinada, aos trabalhadores com maior nível educacional (seguindo uma tendência histórica do setor) e, principalmente, à maior participação feminina no período.

Cepea

BNDES eleva em 26% financiamentos para o agronegócio em 2024

Os financiamentos aprovados pelo BNDES em 2024 para o agronegócio brasileiro cresceram 26% ante 2023, para 52,3 bilhões de reais, à medida que o banco de fomento vem buscando participar mais dos empréstimos ao setor agropecuário nos últimos anos, de acordo com dados divulgados pela instituição na sexta-feira

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social realizou 191.231 operações para o setor, 27,9% a mais do que 2023 e 60% a mais que em 2022. As operações envolvem financiamentos diretos feitos pelos bancos e também agentes financeiros que repassaram os recursos do BNDES. Os empréstimos foram destinados a produtores rurais, cooperativas, agricultores familiares e agroindústrias, para custeio e investimentos como máquinas, equipamentos, tecnologia, armazenamento e outros fins. “O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário brasileiro, financiando os investimentos tanto do agro empresarial quanto dos pequenos agricultores e das cooperativas. Importante destacar que incremento ao nosso crédito agrícola é acompanhado de políticas públicas de fomento à economia de baixo carbono e de preservação ambiental”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A Conab e o IBGE apontam em suas projeções mais atualizadas que a safra de 2025 deve alcançar cerca de 322 milhões de toneladas de grãos, o que seria um novo recorde. O BNDES destacou ainda que no ano passado aprovou 5,9 bilhões de reais para o Estado do Rio Grande do Sul, que foi afetado por enchentes em 2024, que causaram destruição de áreas plantadas, armazenagem, máquinas, equipamento e unidades produtivas.

Reuters

FMI melhora perspectiva de crescimento do Brasil em 2024 a 3,7% e mantém estimativa para 2025

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas na sexta-feira

Na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 a 3,7%, de 3,0% em outubro.  A projeção do FMI agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%. O FMI manteve o cenário de desaceleração para 2,2% em 2025, mas reduziu a conta para 2026 em 0,1 ponto percentual, passando a ver uma expansão da economia também de 2,2%. O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 em 7 de março. No terceiro trimestre, a expansão do PIB ficou em 0,9% na comparação com os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. A expectativa para o quarto trimestre é de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central. Mas, mesmo diante da política monetária contracionista, a economia segue aquecida em meio a um mercado de trabalho saudável e aumento da renda, o que por sua vez gera pressão inflacionária. Na véspera, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,1% em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, melhor do que a expectativa de estagnação. No final do ano passado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros Selic em 1,00 ponto percentual, a 12,25% ao ano, surpreendendo ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente. Os resultados esperados pelo FMI para o Brasil superam a perspectiva para o México, que deve crescer 1,8% em 2024, desacelerando a 1,4% em 2025 e depois indo a 2,0% em 2026. Com isso, o FMI calcula expansão da América Latina e Caribe de 2,4% no ano passado, indo a 2,5% e 2,7%, respectivamente, em 2025 e 2026. O cenário para o ano passado foi melhorado ante 2,1% antes, mas para os outros anos não houve alteração. A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, permaneceu em 4,2% para o ano passado e este, e subiu 0,1 ponto para 2026, para 4,3%. “Nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento em 2025 e 2026 deve igualar amplamente o de 2024”, disse o FMI.

Reuters

IGP-10 desacelera alta para 0,53% em janeiro com recuo em preços de commodities, diz FGV

A alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,53% em janeiro e ficou abaixo do esperado, após avançar 1,14% em dezembro, em resultado puxado pelo recuo dos preços de commodities agropecuárias, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira

Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,61% na base mensal. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 6,73%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,57% em janeiro, depois de subir 1,54% no mês anterior. “Commodities que pressionaram o IPA no final de 2024 e impulsionaram a inflação ao consumidor começaram a apresentar queda em seus preços… Em contraste com o comportamento do IPA, o IPC e o INCC mostraram aceleração em relação a dezembro”, disse André Braz, economista do FGV IBRE. O avanço no IPA veio na esteira da desaceleração dos preços no grupo de Matéria-Primas Brutas, que tiveram alta de 0,15% em janeiro, após subirem 2,81% no mês anterior. Os itens que mais contribuíram para o resultado foram soja em grão (1,08% para -5,00%), bovinos (7,22% para -4,19%) e leite in natura (-0,81% para -6,27%). Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, acelerou, registrando alta de 0,26% no mês, depois de cair 0,02% em dezembro. No IPC, houve acréscimo em seis das oito classes que compõem o índice: Habitação (-1,57% para -1,08%), Alimentação (1,12% para 1,41%), Vestuário (-0,26% para 1,02%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,11% para 0,47%), Transportes (0,23% para 0,37%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,09% para -0,06%). O café em pó e o tomate foram os itens com a variação positiva de maior destaque no IPC, subindo 6,39% e 10,06%, respectivamente, em janeiro, ante ganho de 1,96% e queda de 3,39% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) também acelerou sua alta, subindo 0,74% em janeiro, depois de um avanço de 0,42% em dezembro. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Reuters

CARNES

Com aval a entrepostos comerciais, Brasil espera elevar embarques de carnes às Filipinas

Em 2024, as Filipinas se tornaram o principal cliente da carne suína brasileira, com a compra de 254,3 mil toneladas, o dobro do ano anterior

As Filipinas, um dos países que mais aumentaram a compra de carnes do Brasil em 2024, devem formalizar, em breve, o aval para que entrepostos comerciais brasileiros também possam exportar carnes de frango, suína e bovina para lá. A medida pode ampliar as oportunidades de negócios aos exportadores brasileiros, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. “Todos os entrepostos fiscalizados pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) poderão armazenar cargas para envio às Filipinas, desde que sejam oriundas de frigoríficos já habilitados para lá”, afirmou Rua. A perspectiva é que essa autorização ajude no fluxo e na organização do processo de produção e exportação das empresas brasileiras. Os frigoríficos têm capacidade limitada de estocagem das carnes, disse o secretário. O aval para armazenagem nos entrepostos, sem perder acesso às Filipinas, pode impulsionar a produção e as exportações para lá. A decisão já foi tomada pelo governo filipino, mas ainda precisa ser publicada. Entrepostos comerciais são estabelecimentos de armazenagem de produtos, geralmente instalados próximos a regiões de aduana e portos ou em regiões estratégicas de produção e distribuição. Assim como os frigoríficos, precisam de habilitação para que os produtos estocados possam ser exportados.

Há cerca de 140 entrepostos frigoríficos no Brasil aptos a operar cuja falta de habilitação para exportações cria um “gargalo logístico significativo”, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo ele, o embarque para o principal comprador de carne suína hoje ocorre diretamente nas unidades produtoras, o que limita a capacidade e competitividade das empresas e gera custos. “Em uma eventual habilitação dos entrepostos, a capacidade de armazenamento e as estratégicas comerciais das empresas são melhoradas. A habilitação também reduz a exposição aos custos logísticos em eventuais situações de escassez de contêineres, como ocorreu durante a pandemia”, disse. Em 2024, as Filipinas aprovaram o processo de habilitação de unidades exportadoras brasileiras por pré-listing. Esse é um reconhecimento da equivalência de sistemas de inspeção sanitária. Frigoríficos e entrepostos previamente auditados e habilitados pelo Ministério da Agricultura do Brasil são aceitos pelos filipinos. Na prática, todos os estabelecimentos fiscalizados pelo SIF ficam aptos a negociar com o país asiático. O mesmo pode ocorrer com os entrepostos. “Ainda não se sabe se serão habilitados conforme o SIF ou de acordo com as regras de pré-listing. Seja qual for o modelo, será um avanço importante para as relações comerciais entre exportadores brasileiros e os clientes filipinos”, afirmou Santin. Em 2024, as Filipinas se tornaram o principal cliente da carne suína brasileira, com a compra de 254,3 mil toneladas, o dobro do ano anterior. A receita com os embarques passou de US$ 285,3 milhões para US$ 545 milhões no período, de acordo com o AgroStat, do Ministério da Agricultura. As Filipinas também aumentaram as compras de carne de frango (234,7 mil toneladas) e bovina (92,2 mil toneladas). Ao todo, as exportações das três carnes geraram faturamento de US$ 1,09 bilhão em 2024, ante menos de US$ 700 milhões um ano antes.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Preços do suíno vivo encerram a sexta-feira em alta no PR e SC

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,60/kg, em média.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (16), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,25%, chegando a R$ 7,91/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg). Foram registradas altas de 0,13% no Paraná, com preço de R$ 7,60/kg, e de 0,52% em Santa Catarina, fechando em R$ 7,69/kg.

Cepea /Esalq

Produção de carne suína da China no quarto trimestre cai 1,8% a/a para 14,66 milhões de toneladas

A produção de carne suína da China no quarto trimestre de 2024 caiu 1,8% em relação ao ano anterior, para 14,66 milhões de toneladas, mostraram cálculos da Reuters com base em dados do Escritório Nacional de Estatísticas na sexta-feira. A China abateu 702,56 milhões de suínos em 2024, uma queda de 3,3% em relação ao ano anterior, mostraram os dados.

Reuters

Estabilidade no mercado do frango do PR e SC

Segundo o Cepea, apesar do típico enfraquecimento das vendas nesta segunda quinzena de janeiro, devido ao menor poder aquisitivo da população, o incremento da demanda nos primeiros 15 dias do ano garantiu o avanço da média mensal (parcial até 15 de janeiro) para a carne de frango.

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo baixou 1,79%, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado teve desvalorização de 1,01%, custando, em média, R$ 7,85/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,67/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq,Vivo, referentes à quinta-feira (16), a ave congelada teve queda de 0,82%, chegando a R$ 8,42/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,71%, fechando em R$ 8,37/kg.

Cepea /Esalq

Competitividade da carne de frango cai frente às carnes suína e de boi, diz Cepea

A carne de frango vem perdendo competitividade frente às principais substitutas neste início de 2025, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, enquanto os preços médios da proteína avícola registram alta no comparativo entre a primeira quinzena de janeiro deste ano e dezembro/24, os valores da carne suína caem com força e os da bovina se mostram praticamente estáveis. Pesquisadores do Cepea explicam que, apesar do típico enfraquecimento das vendas nesta segunda quinzena de janeiro, devido ao menor poder aquisitivo da população, o incremento da demanda nos primeiros 15 dias do ano garantiu o avanço da média mensal (parcial até 15 de janeiro) para a carne de frango.

Cepea

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