CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2137 DE 09 DE JANEIRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2137 |09 de janeiro de 2024

NOTÍCIAS

Mercado estável em São Paulo

As cotações da arroba do boi gordo estão estáveis, e as escalas de abates, em média, são para sete dias

Agentes de mercado indicam, que apesar das escalas estarem encurtando devido à diminuição da oferta de gado, os preços devem seguir firmes, já que a demanda está estável. O boi gordo está sendo cotado em R$245,00/@, a vaca gorda em R$220,00/@ e a novilha em R$237,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está cotado em R$250,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. No mercado atacadista de carne com osso durante a semana, aumentou a oferta do boi capão. Para as outras categorias, a oferta caiu, devido à redução do abate nos primeiros dias do ano. Com isso, a cotação subiu, com destaque para o dianteiro e ponta de agulha – de boi castrado, de boi inteiro e para o charque. Para as carcaças casadas de boi capão e de boi inteiro, a alta foi de 0,2% e 0,6%, precificadas em R$16,20/kg e R$15,05/kg, respectivamente. Houve recuo, na comparação semana a semana, para a carcaça especial suína negociada em R$10,60/kg (-5,4%) e para o frango médio, cuja cotação média está em R$6,82/kg (-2,6%). Com esse movimento de preços a carne bovina perdeu competitividade frente às outras proteínas. Houve exportação recorde de carne bovina in natura em 2023. Contrariando as expectativas do mercado, o volume exportado de carne bovina in natura, foi recorde em 2023. Em dezembro, foram exportadas 208 mil de toneladas, e no ano foram exportadas pouco mais de 2 milhões de toneladas. Uma variação de 0,7% em relação a 2022. O faturamento, apesar desse recorde, caiu. É a primeira queda desde 2016. A retração foi de 19,6% em relação a 2022. O faturamento foi de US$ 9,49 bilhões.

Scot Consultoria

Mercado físico do boi gordo começou a semana ainda limitado em negócios

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos começam a sentir a pressão das escalas de abate em um ambiente caracterizado por uma oferta inexpressiva de animais terminados. A oferta restrita aparenta ser a tônica para o primeiro trimestre

O contraponto está na situação da demanda doméstica de carne bovina, bastante deprimida em um período de população descapitalizada, e isso se tornará um limitador importante para os preços da arroba em um horizonte próximo. Por outro lado, as exportações seguem em bom nível, com boa perspectiva em termos de volume. Resta saber se o preço pago pela tonelada da carne bovina apresentará alta no decorrer do ano, assinalou Iglesias. São Paulo: R$ 244 por arroba. Goiânia: R$ 240 por arroba. Uberaba (MG): R$ 250 por arroba. Dourados (MS): R$ 234 por arroba. Cuiabá: R$ 208 por arroba do boi gordo. O mercado atacadista apresentou preços mistos para a carne bovina. Vale destacar que o perfil delimitado para a demanda durante o primeiro trimestre aponta para uma população menos capitalizada, priorizando produtos de menor valor agregado. No setor de proteínas, essas preferências tendem a recair sobre a carne de frango, ovo e embutidos em geral, salientou Iglesias. Assim, o quarto traseiro foi precificado a R$ 20,50 por quilo, alta de R$ 0,20. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,00 por quilo, queda de R$ 0,10. A ponta de agulha cedeu ao patamar de R$ 12,80, queda de R$ 0,30.

CANAL RURAL

China vai inspecionar mais 28 frigoríficos brasileiros para habilitação

São plantas de carne bovina, de aves e de carne suína. Ao todo, o Brasil tem 79 frigoríficos de carnes bovina, suína e de aves no aguardo por habilitação

Mais 28 frigoríficos brasileiros serão auditados pela Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) para possível habilitação para exportação de carnes bovina, suína e de aves para o país asiático. A vistoria dessa vez será virtual e começará na próxima segunda-feira (15/01). A inspeção deve durar até duas semanas. São 20 plantas de carne bovina, oito de carne de aves e uma de carne suína — a unidade da Seara em Itajaí (SC) será auditada para exportação de aves e suínos. Por isso, a lista que circula entre empresários do setor tem 29 unidades para a inspeção. A JBS lidera a lista com nove unidades, além de duas da Seara, empresa controlada pela gigante mundial do mercado de carnes. A Minerva terá uma unidade, em Janaúba (MG). Já a Marfrig terá o Frigorífico Pampeano, de Hulha Negra (RS), que pertence ao grupo. Também serão auditados os frigoríficos das cooperativas Aurora (SC), Languiru (RS) e Cotriguaçu (PR). Ao todo, fazem parte da lista unidades de Mato Grosso (5), Paraná (5), Mato Grosso do Sul (4), Rio Grande do Sul (3), Minas Gerais (2), Rondônia (3), Santa Catarina (2), Acre (1), Pará (2) e Goiás (1). Em dezembro, técnicos chineses visitaram 18 plantas brasileiras. Três delas já eram habilitadas e serviram para revalidação do sistema sanitário nacional. As outras 15 estão na lista para habilitação, sendo 11 de carne bovina e quatro de carne de aves. Fonte do setor frigorífico afirmou que os relatórios das visitas dos chineses realizadas em dezembro já estão no Brasil passando por tradução para análise. Ela considerou o processo ágil, o que aumenta a expectativa pela confirmação de novas habilitações em 2024. Anúncios de plantas habilitadas são aguardados para as celebrações dos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China ao longo deste ano. Ao todo, o Brasil tem 79 frigoríficos de carnes bovina, suína e de aves no aguardo por habilitação. São plantas que já apresentaram os requisitos necessários para acessar o mercado chinês ao governo brasileiro e foram incluídas no sistema de comunicação entre Brasília e Pequim. A decisão, a partir daí, cabe exclusivamente aos chineses. No setor empresarial brasileiro, a perspectiva é que nem todas as plantas visitadas sejam habilitadas de uma vez só. Há, porém, quem acredite em uma habilitação em massa, até mesmo de outras unidades aptas a exportar e que não foram visitadas pelos asiáticos. Veja a lista completa dos frigoríficos que serão auditados de forma virtual pela China: Pantaneira Indústria e Comércio de Carnes e Derivados LTDA, Várzea Grande (MT) – Carne bovina (SIF 1206). Frangos Pioneiro Indústria e Comércio de Alimentos LTDA , Joaquim Távora (PR) – Carne de aves (SIF 1372). JBS, Campo Grande (MS) – Carne bovina (SIF 1662). Pampeano Alimentos, Hulha Negra (RS) – Carne bovina (SIF 226). Minerva, Janaúba (MG) – Carne bovina (SIF 2471). Boibras Indústria e Comércio de Carnes e Subprodutos, São Gabriel D’Oeste (MS) – Carne bovina (SIF 2782). JBS, Pimenta Bueno (RO) – Carne bovina (SIF 2880); JBS, Diamantino (MT) – Carne bovina (SIF 3000). Cooperativa Central Aurora Alimentos, Itajaí (SC) – Carne de aves (SIF 31). JBS, Naviraí (MS) – Carne bovina (SIF 3181). Frisacre Frigorífico Santo Afonso do Acre LTDA, Rio Branco (AC) – Carne bovina (SIF 3297). Seara Alimentos, Itajaí (SC) – Carne de aves e carne suína (SIF 3403). JBS, Confresa (MT) – Carne bovina (SIF 3470) Frigorífico Fortefrigo LTDA, Paragominas (PA) – Carne bovina (SIF 372). Prima Foods, Santa Fé de Goiás (GO) – Carne bovina (SIF 4029). Avenorte Avícola Cianorte LTDA, Cianorte (PR) – Carne de aves (SIF 4232). Frigorífico Rio Machado Indústria e Comércio de Carnes S.A, Ji-Paraná (RO) – Carne bovina (SIF 4267). Maxi Beef Alimentos do Brasil LTDA, Carlos Chagas (MG) – Carne bovina (SIF 4293). JBS, Alta Floresta (MT) – Carne bovina (SIF 4302). JBS, Campo Grande (MS) – Carne bovina (SIF 4400). JBS, Marabá (PA) – Carne bovina (SIF 457). Distriboi Indústria, Ji-Paraná (RO) – Comércio e Transporte de Carne Bovina LTDA, Carne bovina(SIF 4695); Plusval Agroavícola LTDA, Umuarama (PR) – Carne de aves (SIF 5027). JBS, Pontes e Lacerda (MT) – Carne bovina (SIF 51). Martini Meat S/A Armazéns Gerais, Rio Grande (RS) – Carne bovina (SIF 554). Cotriguaçu Cooperativa Central, Cascavel (PR) – Carne de aves (SIF574) Cooperativa Languiru, Westfália (RS) – Carne de aves (SIF 730). Seara Alimentos, Santo Inácio (PR) – Carne de aves (SIF 777).

VALOR ECONÔMICO

Índice de custo de produção de bovinos confinados – Dezembro/23

Na edição nº 79, referente ao mês de dezembro, a equipe do Informativo Mensal do Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados (ICBC) observou aumento nos custos para as propriedades CSPm (7,83%), CSPg (8,59%) e CGO (9,79%) em relação ao mês anterior

Ao analisar 2023, janeiro a dezembro, constatamos variações no ICBC, atingindo reduções de 25,76%, 24,87% e 26,26% para CSPm, CSPg e CGO, respectivamente. A análise minuciosa dos custos de alimentação revela aumento significativo para milho e sorgo grão, bem como polpa cítrica, registrando incrementos de 5,3%, 19,3%, e 15,6%, respectivamente, no estado de São Paulo. Os preços do milho e sorgo grão em Goiás apresentaram aumento de 18,8%, em média. No contexto dessas variações, os custos de alimentação passaram a representar 69%, 68%, e 73% dos custos da diária-boi (CDB) para CSPm, CSPg, e CGO, respectivamente. Em comparação com o mês anterior, novembro, essas proporções eram 67%, 67%, e 71% para CSPm, CSPg, e CGO, respectivamente. Essa evolução destaca que à medida que os custos dos insumos alimentares aumentam, sua proporção no custo da diáriaboi (CDB) se torna mais significativa. O software RLM otimizou a formulação da dieta para custos mínimos. A taxa Selic utilizada nos cálculos foi de 11,75% aa, em comparação com 13,75% aa há um ano. Taxas superiores resultam em custos de oportunidade mais elevados para a remuneração do capital de giro, imobilizado e da terra. Os custos de oportunidade atingiram 15,6%, 12,4%, e 12,4% do custo da diária-boi (CDB) para CSPm, CSPg e CGO, respectivamente. Propriedades com uso mais intensivo de bens de capital conseguem otimizar custos fixos e os associados a oportunidades, conferindo um diferencial competitivo. Por fim, os custos da diária-boi (CDB) para os confinamentos CSPm e CGO aumentaram em comparação ao mês anterior. O Índice de Custo de Produção de Bovinos Confinados (ICBC) considera o Custo da Diária-Boi (CDB) como referência para o comparativo mensal. Na tabela 2 abaixo, apresentamos a composição do custo total (CT), incluindo a aquisição de animais (item de custo variável) para o confinamento, o componente mais relevante no CT. No último levantamento da nossa equipe, os custos foram de R$ 8,91/kg em São Paulo e R$ 7,91/kg em Goiás, representando 68,75%, 65,38%, e 66,33% do CT para CSPm, CSPg e CGO, respectivamente. Em comparação com o mês anterior, os preços de aquisição do boi magro foram de R$ 8,22/kg em São Paulo e R$ 7,79/kg em Goiás. Ao longo de 2023, em São Paulo, os preços variaram de R$ 7,70/kg em agosto (menor) a R$ 9,96/kg em janeiro (maior), representando uma variação percentual de 29,33%. Em Goiás, os valores foram de R$ 7,20/kg em agosto (menor) a R$ 9,96/kg em janeiro (maior), com uma variação percentual de 38,31%. No mês de dezembro, os preços de aquisição de animais subiram 7,74% em São Paulo e 1,52% em Goiás, enquanto os valores da arroba do boi gordo registraram incrementos em São Paulo (4,87%), alcançando R$ 246,53/@, e em Goiás (5,24%), atingindo R$ 232,83/@. Em síntese, os confinadores paulistas enfrentariam prejuízos de R$ 6,49/@ e R$ 4,15/@, enquanto os goianos poderiam obter lucros de R$ 8,30/@ na venda do boi gordo, respectivamente.

Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal da FMVZ/USP

ECONOMIA

Dólar fecha perto da estabilidade em dia de queda do petróleo e liquidez baixa

O dólar à vista fechou a segunda-feira muito próximo da estabilidade ante o real, numa sessão em que as cotações chegaram a ser impulsionadas pela forte queda do petróleo no mercado internacional, mas perderam força em meio à baixa liquidez de início de ano no Brasil

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8700 reais na venda, em baixa de 0,04%. Em janeiro, a moeda norte-americana acumula alta de 0,38%. Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,08%, a 4,8895 reais. Pela manhã, os ativos globais repercutiam o corte pela Arábia Saudita do preço oficial de venda de seu principal petróleo bruto Arab Light para a Ásia, atingindo o nível mais baixo em 27 meses. Com isso, as cotações do petróleo chegaram a cair mais de 4%, o que também penalizava as moedas de países exportadores da commodity. Além disso, os contratos futuros de minério de ferro cederam pela terceira sessão consecutiva. O minério de ferro para maio mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou o dia com queda de 1,1%, a 992,5 iuanes (138,65 dólares) a tonelada, o menor valor desde 2 de janeiro. Operador ouvido pela Reuters chamou a atenção para a liquidez reduzida neste início de ano no mercado futuro brasileiro — o mais movimentado e, no limite, o que serve de referência para as cotações no segmento à vista. Perto das 16h, menos de 130 mil contratos do dólar futuro para fevereiro — o mais líquido — haviam sido negociados, um montante bem abaixo do normal. Em meio à baixa liquidez, as cotações se mantiveram travadas em margens estreitas até o fechamento, com investidores guardando posições para o restante da semana. Na agenda estão o índice de preços ao consumidor dos EUA e o IPCA brasileiro, ambos na quinta-feira. Também estão no foco os desdobramentos dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o pacote de reoneração da folha apresentado pelo governo no fim do ano passado. A possibilidade de derrubada de ambos pelo Congresso trouxe certo mal-estar ao mercado de juros futuros na segunda-feira.

REUTERS

Ibovespa sobe com alta em Wall Street compensando recuo de ações ligadas a commodities

O Ibovespa fechou em terreno positivo na segunda-feira, após um pregão em que operou praticamente estável, com cenário positivo em Wall Street contrabalanceando a queda em papéis ligados a commodities, enquanto investidores aguardam divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos nesta semana

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,33%, a 132.460,2 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo oscilado entre a mínima de 131.014,77 pontos e a máxima de 132.498,05 pontos durante a sessão. O volume financeiro somava 17,9 bilhões de reais antes dos ajustes finais, abaixo da média diária de 20,7 bilhões de reais na primeira semana do ano.

REUTERS

Poupança fecha 2023 com saque líquido de R$87,8 bi

A caderneta de poupança recebeu um depósito líquido de 13,772 bilhões de reais em dezembro, mas encerrou 2023 com um resgate de 87,819 bilhões de reais, mostraram números do Banco Central atualizados na segunda-feira

O ano passado teve apenas dois meses com ingressos líquidos –além de dezembro, somente junho teve depósitos. Mas ainda assim os saques totais em 2023 ficaram abaixo do resgate recorde registrado em 2022, de 103,237 bilhões de reais. Os recorrentes saques na poupança no ano passado aconteceram em um cenário de juros ainda elevados, que reduzem a competitividade da poupança. Embora o Banco Central tenha dado início a um ciclo de cortes que já reduziu a Selic em 2,0 pontos percentual, a 11,75%, a taxa segue em patamar muito favorável a outros investimentos no mercado de renda fixa. No ano passado, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou um saque líquido no valor de 72,394 bilhões de reais, enquanto a poupança rural acumulou uma retirada de 15,425 bilhões de reais. Somente em dezembro, houve depósitos de 10,524 bilhões de reais no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural registrou entrada de 3,248 bilhões de reais.

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Mercado melhora projeção para PIB em 2024 e vê inflação abaixo do teto da meta em 2023

O mercado melhorou sua perspectiva para a economia este ano e confirmou a expectativa de que a inflação encerrou 2023 abaixo do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central

De acordo com o levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, o IPCA deve ter encerrado 2023 com alta de 4,47%, 0,01 ponto percentual a mais do que o esperado na semana anterior. Com isso, a inflação ficaria dentro da faixa estipulada como objetivo para o ano passado. O IBGE divulga na quinta-feira o dado de dezembro e de 2023 do IPCA. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para 2024 a inflação seguiu sendo calculada em 3,90%, com as projeções de alta de 3,50% para o IPCA em 2025 e 2026 também mantidas. Para o Produto Interno Bruto (PIB), os especialistas consultados seguem prevendo um crescimento de 2,92% em 2023, mas melhoraram sua conta para este ano em 0,07 ponto, a 1,59%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve terminar 2024 em 9,0%, sem alterações em relação ao levantamento anterior. Depois de cortar a Selic quatro vezes em 0,5 ponto percentual, levando-a ao patamar atual de 11,75%, o Comitê de Política Monetária do BC volta a se reunir no final deste mês para deliberar sobre a política monetária.

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Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avança em dezembro

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avançou em dezembro e chegou ao maior patamar em cinco meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 2,3 pontos em dezembro, para 77,3 pontos, maior nível desde julho de 2023 (78,0 pontos). Seis de sete componentes do indicador avançaram no mês passado, com a maior influência positiva vindo de Tendência dos Negócios da Indústria, que contribuiu com 1,3 ponto para o resultado geral. Outros destaques positivos foram os indicadores Emprego Local Futuro do Consumidor, Situação Atual dos Negócios da Indústria e o item Serviços. No entanto, “ainda é cedo para comemorar o resultado, principalmente pelo patamar que o indicador se encontra”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. “O ritmo para 2024 ainda está em aberto e vai depender muito de como a atividade econômica vai reagir ao longo do ano. Para manter a trajetória positiva e aumentar as expectativas sobre contratação, são necessários sinais claros de retomada e redução de incerteza no país.” Os dados mais recentes do IBGE, referentes a novembro, mostraram que a taxa de desemprego no Brasil caiu nos três meses encerrados no mês retrasado para 7,5%, marcando o patamar mais baixo para qualquer trimestre móvel desde o início de 2015, com novo recorde no número de pessoas ocupadas. Condições monetárias mais frouxas tendem a reduzir o aperto do crédito para a população e, consequentemente, impulsionar a economia e o emprego. No entanto, há uma defasagem temporal entre as decisões de política monetária e seu efeito prático. A taxa Selic está atualmente em 11,75%, após quatro reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual nos juros pelo Banco Central.

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Exportações brasileiras do agro cresceram 9% em 2023, mesmo com queda nos preços médios

Vendas externas do setor agropecuário somaram US$ 81,5 bilhões no ano passado. Resultado foi causado por um aumento de 23,4% no volume comercializado, apesar da queda de 10,3% nos preços médios dos produtos

As exportações brasileiras do setor agropecuário cresceram 9% em 2023, na comparação com 2022, e somaram US$ 81,5 bilhões. O valor representou 24% da receita total obtida pelo país com as vendas externas. Em 2022, essa fatia havia sido de 22%, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O resultado refletiu um aumento de 23,4% no volume comercializado, apesar da queda de 10,3% nos preços médios dos produtos. O avanço das exportações foi influenciado pelo crescimento das vendas dos seguintes produtos agropecuários: animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (102,9%); milho não moído, exceto milho doce (11,8%) e soja (14,4%); açúcares e melaços (42,9%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (11,6%). Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, houve diminuição nos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (-25%); café não torrado (-14,1%) e algodão em bruto (-16,4%) e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-19,6%). No que diz respeito à importação, os gastos da agropecuária caíram 21% na comparação anual, para US$ 4,50 bilhões. Houve queda nas compras de trigo e centeio não moídos (-37%); milho não moído, exceto milho doce (-54,9%) e adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-40,8%). Conforme a Secex, ainda que o resultado das importações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (4%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (20,5%) e cacau em bruto ou torrado (299,9%) na Agropecuária.

VALOR ECONÔMICO

CARNES

Preços globais de carnes caem 3,5% em 2023, diz FAO

O índice global de preços de carnes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 3,5% em 2023, ante 2022, para uma média de 114,6 pontos, devido ao aumento na oferta de carnes para exportação e redução na demanda por grandes países importadores, segundo a FAO na sexta-feira (5)

A queda anual do índice foi influenciada principalmente pelo declínio no preço médio das carnes bovina, de frango e ovina, parcialmente compensado pelo aumento no da carne suína. Em dezembro, o índice caiu 1% ante novembro e ficou 1,8% abaixo do registrado em dezembro de 2022. As carnes suína, de frango e bovina registraram quedas nos preços no mês passado, enquanto a carne ovina teve alta após dois meses consecutivos de redução, devido ao aumento no consumo antes das festas de fim de ano e ao declínio na oferta por parte da Oceania. Os preços internacionais de carne suína foram influenciados em dezembro pela demanda de importação fraca na Ásia, apesar de uma recuperação nas vendas internas em alguns dos países exportadores durante a temporada de fim de ano. A redução na demanda da Ásia e o aumento nas disponibilidades para exportação em grandes países produtores influenciaram a queda nos preços das carnes bovina e de frango em dezembro.

CARNETEC

Exportações brasileiras de carnes renovam máximas históricas anuais em volume embarcado pelo 5º ano consecutivo no fechamento de 2023

Mesmo sem choques exógenos positivos na demanda externa, com uma China lenta e embargando a proteína bovina brasileira por um mês no 1º trimestre do ano, além dos primeiros registros de gripe aviária da história em território nacional, volumes de embarques das carnes bovina (2,01 milhões de toneladas), suína (1,09 milhão de toneladas) e de aves (4,80 milhões de toneladas) in natura foram recorde em 2023

Limitações de precificação em especial dos cortes bovinos brasileiros destinados à exportação impediram que o recorde também fosse atingido em faturamento para o complexo de carnes, mas ainda assim é válido destacar que a receita das exportações de proteínas de aves e de suínos foi a maior da história. Em um ano de grandes dificuldades para diversos dos principais mercados globais de carnes, o Brasil se sobressaiu mais uma vez. Ainda que os preços de comercialização baixos tenham limitado ganhos aos exportadores brasileiros, a capacidade de ajuste das cotações reforça a elevada competitividade dos agentes no mercado internacional. É possível que um resultado similar seja registrado novamente em 2024, na medida em que há expectativas de restrição do excedente exportável de grandes exportadores como UE, Argentina e os Estados Unidos, além dos reforços exógenos como o recente anúncio de isenção tributária das importações de carnes do México, a volta dos surtos de gripe aviária nos plantéis norte-americanos e europeus e até mesmo o possível aumento temporário das retenciones argentinas. Entretanto, é importante destacar que também existem incertezas significativas sendo avaliadas e monitoradas pelo mercado, que podem limitar o potencial de incremento dos embarques brasileiros de carnes. O próprio mercado chinês ainda relativamente lento e com algum excesso de oferta doméstica de suínos é um dos principais riscos a serem acompanhados pelos agentes, apesar de existirem expectativas um pouco mais construtivas para a segunda maior economia do mundo em 2024. Ademais, a conjuntura macroeconômica e geopolítica global delicada também deve seguir como um pano de fundo basilar para o direcionamento e consolidação dos fluxos de comércio das proteínas brasileiras, ainda que o posicionamento estratégico do Brasil no mercado internacional seja um fator preponderante em cenários sistematicamente críticos.

DATAGRO

FRANGOS & SUÍNOS

Cotações em queda para o mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF baixou 0,74%, custando, em média, R$ 134,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 0,95%, com valor de R$ 10,40/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (5), o preço ficou estável somente no Paraná (R$ 6,57/kg). Houve queda de 1,07% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,39/kg, recuo de 1,39% no Rio GRande do Sul, atingindo R$ 6,37/kg, baixa de 0,15% em Santa Catarina, com valor de R$ 6,49/kg, e de 0,14% em São Paulo, fechando em R$ 7,13/kg.

Cepea/Esalq

ABPA: Volume e receita de exportações de carne suína crescem acima de 9% em 2023

As exportações brasileiras de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) encerraram 2023 com desempenho recorde, totalizando 1,229 milhão de toneladas, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado supera em 9,8% o volume total embarcado em 2022, com 1,120 milhão de toneladas

Em receita, as vendas internacionais de carne suína alcançaram US$ 2,818 bilhões no acumulado dos doze meses de 2023, número recorde que supera em 9,5% o saldo alcançado em 2022, com US$ 2,572 bilhões. “O resultado confirma as projeções estabelecidas pela ABPA para 2023, em um ano marcado pelas oscilações de custos de produção e pela busca de recuperação da rentabilidade na atividade. Frente às aberturas de novos mercados para a carne suína do Brasil e as boas expectativas sobre o comportamento dos tradicionais destinos dos produtos brasileiros, é esperado que os patamares alcançados ao longo do ano passado se mantenham neste ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. As exportações do setor fecharam o último mês do ano com resultado positivo. Ao todo, foram embarcadas 110,9 mil toneladas em dezembro, desempenho 7,9% superior às 102,8 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2022. Em receita, as exportações de carne suína totalizaram US$ 231,5 milhões, saldo 8,8% menor que o resultado registrado em dezembro de 2022, com US$ 253,8 milhões. Maior importadora de carne suína do Brasil, a China foi destino de 388,6 mil toneladas do produto ao longo de 2023, número 15,6% menor que o total embarcado para o país no mesmo período de 2022. Em fluxo positivo, as vendas para Hong Kong totalizaram 126,6 mil toneladas (+29,3%), sendo seguidas pelas Filipinas, com 126 mil toneladas (+58,8%), Chile, com 87,5 mil toneladas (+44,2%), Singapura, com 64,3 mil toneladas (+16,2%), Uruguai, com 49,1 mil toneladas (+11,9%), Vietnã, com 47,8 mil toneladas (+4,8%) e Japão, com 40,3 mil toneladas (+46,9%). “O ano de 2023 se encerra para as exportações de carne suína com a confirmação de um movimento notado, em especial, ao longo do segundo semestre, pela influência dos efeitos da diversificação dos destinos de exportações sobre o resultado final do ano. Isto, em especial, com relação a países da Ásia e Américas”, analisa Luís Rua, diretor de mercados da ABPA. No ranking dos estados exportadores, Santa Catarina lidera os embarques do ano com 663,3 mil toneladas (+10,05%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 280,9 mil toneladas (+5,07%). Paraná, com 169,9 mil toneladas (7,61%), Mato Grosso, com 31,1 mil toneladas (+44,1%) e Mato Grosso do Sul, com 24,8 mil toneladas (+19,44%).

ABPA

Preços da ave congelada ou resfriada em SP caem

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 6,83/kg

Na cotação do animal vivo, o Paraná não mudou de preço, custando R$ 4,67/kg, enquanto em Santa Catarina, não houve referência de valor. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (5), a ave congelada teve recuo de 0,54%, chegando a R$ 7,34/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 1,07%, fechando em R$ 7,37/kg.

Cepea/Esalq

Exportações de frango de dezembro crescem 20,9% e setor registra recorde no ano

Números positivos confirmam projeções da ABPA para 2023

As exportações brasileiras de carne de frango (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) encerraram 2023 com exportações totais de 5,138 milhões de toneladas, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número confirma as projeções traçadas pela associação para o ano, acumulando alta de 6,6% em relação ao total exportado em 2022, com 4,822 milhões de toneladas. Em receita, a alta do ano foi de 0,4%, com total de US$ 9,796 bilhões acumulados nos 12 meses do ano passado, contra US$ 9,762 bilhões no mesmo período de 2022. O bom desempenho do ano foi consolidado com o resultado alcançado em dezembro. Ao todo, foram exportadas 467,2 mil toneladas de carne de frango no período, número 20,9% superior ao registrado no décimo segundo mês de 2022, com 386,3 mil toneladas. Foi o segundo maior volume embarcado em um único mês na história do setor, superado apenas pelas 514,6 mil toneladas exportadas no mês de março de 2023. Com isto, a receita gerada pelas exportações de dezembro totalizou US$ 818,9 milhões, número 4,3% maior que os US$ 785 milhões obtidos no mesmo período de 2022. Em dezembro, o Japão assumiu a liderança como principal destino das exportações de carne de frango do Brasil, com 55,9 mil toneladas importadas, volume 53,9% maior que o total registrado no mesmo período de 2022. Em segundo lugar, a China importou 50,3 mil toneladas (+8,5%), seguida por Emirados Árabes Unidos, com 44,3 mil toneladas (+27%), Arábia Saudita, com 39,5 mil toneladas (+56,3%) e África do Sul, com 31,2 mil toneladas (+10,8%). “Houve um aumento generalizado nas importações de carne de frango pelos principais destinos dos nossos produtos, o que justifica o desempenho recorde para o mês de dezembro”, destaca o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua. Maior exportador de carne de frango do Brasil, o Paraná embarcou 2,087 milhões de toneladas ao longo do ano de 2023, número que supera em 9,69% o total exportado no ano anterior. Em seguida estão Santa Catarina, com 1,103 milhão de toneladas (+8,48%), Rio Grande do Sul, com 739 mil toneladas (-2,13%), São Paulo, com 292,6 mil toneladas (+6,32%) e Goiás, com 236,8 mil toneladas (+21,3%).

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