CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2135 DE 05 DE JANEIRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2135 |05 de janeiro de 2024


NOTÍCIAS

Preços seguiram sem alteração no mercado do boi em São Paulo

Pecuaristas e frigoríficos monitoram de perto o mercado do boi, o mercado atacadista, o varejista e a escala de abate

Como é uma semana com quatro dias úteis, compradores e vendedores esperam a próxima semana para ver como se apresentará o mercado. Com isso, as cotações estão estáveis. No Acre a cotação está estável para todas as categorias de bovinos. Em Belo Horizonte, região de Minas Gerais, o mercado está estável para vaca e novilha. A oferta de compra para o boi gordo caiu R$3,00/@. No Rio de Janeiro, as cotações estão estáveis para todas as categorias. Em Goiânia, região de Goiás, na comparação diária, a referência para o boi caiu R$2,00/@.

SCOT CONSULTORIA

Boi gordo: nível de preços segue variando pouco no país

No curto prazo, o comportamento do consumo e os preços no atacado são variáveis-chave que podem influenciar a dinâmica do boi gordo

Os frigoríficos continuam sinalizando conforto em relação à escala de abates e tentam preços mais baixos para o boi gordo, segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Allan Maia. Em São Paulo, houve negociação a R$ 245 por arroba para boi padrão China, e indicações de compra inferiores para o comum. As variáveis a serem acompanhadas no curto prazo e que podem mudar a dinâmica do vivo são: a evolução do consumo e o comportamento dos preços no atacado, as condições das pastagens e o ritmo da exportação brasileira. São Paulo: Preço da arroba do boi padrão China: R$ 245. Indicações de compra inferiores para o boi comum. Minas Gerais: Indicações pouco mudaram. No Triângulo Mineiro, a arroba foi precificada entre R$ 245/250 a prazo. Goiás: Indicações apresentaram ligeira mudança. Arroba do boi gordo sinalizada entre R$ 230/240 no sudoeste do estado. Mato Grosso do Sul: Preços seguiram acomodados. Tanto em Campo Grande quanto em Dourados, a arroba foi precificada a R$ 233 a prazo. Mato Grosso: Pouca movimentação de preços. Em Cáceres, a arroba foi precificada a R$ 205 a prazo. Em Campos de Júlio, a arroba foi precificada a R$ 210 a prazo. Os preços da carne bovina ficaram acomodados no dia. A entrada da massa salarial é uma variável que pode trazer algum fôlego para o consumo no curto prazo. Contudo, é esperada mudança no perfil de consumo, com consumidores migrando de cortes mais caros para aqueles que pesam menos no bolso. O início do ano é historicamente desafiador para o consumo, com as famílias lidando com o avanço de despesas, como pagamento de impostos. O quarto traseiro foi precificado a R$ 20,30 por quilo. O quarto dianteiro seguiu posicionado em R$ 13,10 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,10 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Boas vendas de carne bovina na China geram expectativa no mercado do boi gordo

A consultoria Agrifatto relata que ‘queda de braço’ entre compradores e vendedores tem travado os negócios. Mercado físico do boi gordo registra poucos negócios neste início de ano

Atacadistas chineses relataram boas vendas de carne bovina durante as comemorações de fim de ano na China, informa a Agrifatto. Com isso, há expectativa de aquecimento do mercado brasileiro do boi gordo. “No entanto, a queda de braço entre os operadores sobre preços segue firme, com diferença de oferta de até US$ 300 por tonelada entre importadores e exportadores, fato que resulta em travamento de negócios”, diz a consultoria, em nota. Por enquanto, o mercado físico segue com poucos negócios neste início de ano e os preços da arroba estão variando de maneira pontual em cada região. Em São Paulo, o boi terminado é comercializado a R$ 245,90 por arroba, alta de 0,8% na comparação diária. Na B3, a quarta-feira (3/1) foi de variações tímidas, com o vencimento para janeiro de 2024 avançando 0,36% e fechando a R$ 247,70 por arroba.

GLOBO RURAL

Quem são os maiores exportadores de carne bovina do mundo?

Brasil é destaque da lista, seguido de Austrália, Índia e Argentina. Veja o ranking completo. Brasil manterá a liderança global das exportações de carne bovina em 2024

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os dois principais exportadores mundiais são o Brasil e a Austrália. Em 2024, a projeção é que as exportações globais de carne bovina cheguem a 11,9 milhões de toneladas, com crescimento de 1%. O avanço refletirá embarques mais volumosos de Brasil, Austrália e Argentina, três dos cinco maiores exportadores, que compensarão a queda das vendas dos Estados Unidos, Canadá e União Europeia. O Brasil manterá a liderança global — com folga — das exportações de carne bovina em 2024. Os frigoríficos brasileiros devem embarcar 2,85 milhões de toneladas da proteína bovina, 100 mil toneladas a mais que o exportado no ano passado. Embora a China deve comprar menos carne bovina este ano, vários outros mercados devem demandar mais proteína, especialmente em países como os Estados Unidos, onde a produção de carne bovina deve diminuir, de acordo com o último relatório do órgão americano. Ao longo dos últimos cinco anos, Austrália e Índia se revezaram na segunda e terceira posições. Os australianos, que eram vices em 2019, perderam a posição para os indianos em 2021 e recuperaram no ano passado. Em 2021 e 2022, a Austrália produziu menos carne bovina devido à seca prolongada, que levou ao abate de vacas e bezerros. Neste ano, a Austrália deve exportar 1,6 milhão de toneladas de carne bovina e a Índia embarcará 1,46 milhão de toneladas, números que representam crescimentos de 4,6% e 4,28% em relação ao ano passado. Maior produtor mundial de carne bovina, os Estados Unidos aparecem na quarta colocação, com previsão de 1,29 milhão de toneladas embarcadas este ano, ou 6,3% a menos no comparativo anual. O recuo reflete a menor oferta de bois no país, devido à virada do ciclo pecuário. A Argentina deve ser o quinto maior exportador de carne, chegando a 900 mil toneladas — avanço de 7,1% na comparação anual. Maiores exportadores de carne bovina do mundo em 2023: Brasil, Austrália, Índia, Argentina, Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, Uruguai e Paraguai.

GLOBO RURAL

ECONOMIA

Dólar tem leve baixa com investidores à espera de relatório de emprego dos EUA

O dólar à vista oscilou próximo da estabilidade durante praticamente toda a sessão, para depois encerrar a quinta-feira em leve baixa ante o real, com investidores mantendo posições antes da divulgação, na sexta-feira, dos dados do relatório de empregos “payroll” nos Estados Unidos

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9073 reais na venda, em baixa de 0,19%. Nos três primeiros dias úteis de janeiro, porém, a moeda norte-americana acumula alta de 1,15%. Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a 4,9255 reais. Com as articulações políticas praticamente congeladas em Brasília em função do recesso parlamentar, a agenda norte-americana ganhou ainda mais importância nos últimos dias, com investidores atentos às indicações sobre quando o Federal Reserve iniciará seu processo de corte de juros — o que, em tese, pode pesar sobre o dólar na comparação com outras moedas. Na quinta-feira, o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que foram abertas 164.000 vagas de emprego no setor privado dos EUA no mês passado, a maior leitura mensal desde agosto. Economistas consultados pela Reuters esperavam criação de 115.000 vagas em dezembro. Já os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caíram 18.000 na semana encerrada em 30 de dezembro, para 202.000 em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 216.000 pedidos para a última semana do ano. Tanto o relatório da ADP quanto os dados de auxílio desemprego sustentaram o movimento de alta dos rendimentos dos Treasuries na quinta-feira, com investidores moderando as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve em março. Por trás do movimento estava a cautela antes da divulgação do payroll — relatório de empregos mais importante dos EUA – na sexta-feira. Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 13,057 bilhões de dólares em dezembro, mas acumulou no ano passado a maior entrada líquida de dólares em 11 anos, de 11,431 bilhões de dólares, refletindo o bom resultado da balança comercial.

REUTERS

Preços ao produtor no Brasil voltaram a cair em novembro após 3 meses de altas, diz IBGE

Os preços ao produtor no Brasil voltaram a cair em novembro depois de três meses de alta, sob influência principalmente das indústrias extrativas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira.

Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve queda de 0,43%, depois de ter avançado 1,07% em outubro, com 13 das 24 atividades industriais apresentando queda. O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma deflação de 6,09% até novembro. “O comportamento do segundo semestre tem sido distinto com relação aos primeiros meses do ano, quando o predomínio do viés deflacionário foi mais claro. Mesmo assim, a média praticada em novembro na porta da fábrica permanece mais baixa do que o patamar de 2022“, disse Felipe Câmara, analista do IPP. As maiores variações em novembro foram registradas por indústrias extrativas (-7,09%), outros equipamentos de transporte (-2,11%), madeira (-1,77%) e fumo (-1,73%). As indústrias extrativas também foram o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, sendo responsáveis por -0,37 ponto percentual de influência no resultado geral. “Dois movimentos foram importantes em pautar o resultado do mês: a apreciação cambial corrente … e a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Como vem acontecendo nos últimos meses, o perfil difuso da dinâmica inflacionária tem prevalecido na indústria, sem sinais claros de repasse consolidado ao longo da maior parte das cadeias produtivas”, completou Câmara. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

REUTERS

Atividade de serviços do Brasil desacelera em dezembro, mostra PMI

A atividade do setor de serviços do Brasil desacelerou no final do ano passado, embora tenha permanecido em território de expansão, enquanto a inflação do setor registrou o patamar mais alto em sete meses, mostrou uma pesquisa privada na quinta-feira

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global para o setor de serviços brasileiro recuou a 50,5 em dezembro, de 51,2 em novembro, marcando o patamar mais fraco da atual sequência de três meses de expansão. A marca de 50 pontos separa contração de avanço da atividade. Segundo a pesquisa, apesar de um aumento nas vendas, da resiliência da demanda e de ganhos de novos clientes, a atividade de serviços foi limitada no mês passado por cancelamentos de pedidos em algumas empresas. Embora a inflação dos custos de insumos tenha caído para seu ponto mais baixo em quase três anos e meio em dezembro, a alta dos preços cobrados pela prestação de serviços foi a mais acentuada em sete meses, ficando acima de sua média de longo prazo, disse a S&P Global. Além disso, o nível líquido de emprego cresceu apenas moderadamente no mês passado em relação a novembro no segmento, mostrou o PMI, refletindo em parte uma queda sustentada nos volumes de negócios pendentes. Apesar dos desafios, mais da metade dos participantes da pesquisa (51%) prevê aumento nos níveis da atividade de serviços daqui para frente, em comparação com menos de 4% que antecipam uma redução. “Coletivamente, a confiança em relação ao futuro melhorou, atingindo um pico de quatro meses, com o otimismo associado à esperança de melhores condições econômicas, estabilidade de preços e tendências de demanda mais positivas”, disse Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.Com a expansão moderada dos serviços após uma contração no setor industrial em dezembro, o PMI Composto do Brasil registrou leitura de 50,00 em dezembro, de 50,7 em novembro, o que aponta estagnação.

REUTERS

Brasil fecha 2023 com maior fluxo cambial positivo em 11 anos, de US$11,431 bi, mostra BC

O Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 13,057 bilhões de dólares em dezembro, em movimento puxado pela via financeira, mas acumulou no ano a maior entrada líquida de dólares em 11 anos, mostraram dados preliminares sobre o movimento de câmbio contratado divulgados na quinta-feira pelo Banco Central

Em 2023, o fluxo cambial foi positivo em 11,431 bilhões de dólares, o mais elevado desde 2012, quando entraram no país 16,753 bilhões de dólares a mais do que saíram. Em 2022, o fluxo líquido foi negativo em 3,233 bilhões de dólares. No ano passado, o país registrou fluxo financeiro líquido negativo de 37,649 bilhões. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Esse resultado negativo foi mais do que compensado pela entrada líquida de dólares pelo canal comercial, que reflete as exportações menos as importações. Neste caso, houve entradas líquidas de 49,080 bilhões de dólares no país em 2023, mais que o dobro dos 21,481 bilhões de dólares líquidos recebidos pelo Brasil em 2022. O bom desempenho verificado no canal comercial no ano passado é explicado em grande parte pela redução das importações. O Brasil remeteu 232,413 bilhões de dólares ao exterior em operações de importação em 2023, o que representa uma queda de 7,38% ante os 250,934 bilhões de dólares de 2022. No último mês de 2023, houve saídas líquidas de 14,232 bilhões de dólares pelo canal financeiro. Tradicionalmente, dezembro é um mês de saídas líquidas de dólares pela via financeira em função das remessas realizadas por fundos e multinacionais ao exterior. Em dezembro de 2022, o fluxo foi negativo em 13,808 bilhões de dólares. Pelo canal comercial, o saldo do mês passado foi positivo em 1,175 bilhão de dólares. Na semana passada, de 26 a 29 de dezembro, o fluxo cambial total foi negativo em 4,888 bilhões de dólares.

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Concessões de empréstimos no Brasil sobem 2% em novembro e estoque de crédito avança, diz BC

As concessões de empréstimos no Brasil subiram 2,0% em novembro na comparação com o mês anterior, informou o Banco Central na quinta-feira, com o estoque total de crédito avançando 0,9% no período, a 5,655 trilhões de reais

O desempenho do estoque total de crédito decorreu das expansões de 0,8% na carteira de crédito destinado às empresas, que somou 2,2 trilhões de reais, e de 0,9% no crédito às famílias, em um total de 3,4 trilhões de reais. No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, tiveram alta de 4,4% em relação ao mês anterior. Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve queda de 15,5% no período. Em novembro, a inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,8%, contra 4,9% no mês anterior. Já as taxas bancárias médias tiveram queda em novembro. Os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 41,8%, um recuo de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior. Nos recursos direcionados, houve queda de 0,1 ponto no mês, a 10,9%. O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, caiu para 30,8 pontos percentuais nos recursos livres, contra 31,1 pontos no mês anterior.

REUTERS

Empresas

Quais as chances de uma fusão entre BRF e Marfrig

Principal intenção da Marfrig ao comprar, nos últimos dias de dezembro, 5,06% em ações na BRF foi assegurar o controle. Fusão entre BRF e Marfrig pode não ser benéfica ao menos no curto prazo

Assegurar o controle. Essa foi a principal intenção da Marfrig ao comprar, nos últimos dias de dezembro, 5,06% em ações na BRF para alcançar 50,06% de participação. Já a fusão entre as duas empresas, dada como certa por alguns analistas há meses, pode não ser benéfica ao menos no curto prazo, e por isso segue fora do radar. “Marcos [Molina] tem controle assegurado das companhias sem precisar desse movimento”, disse à reportagem uma fonte próxima às empresas sobre eventual fusão. Segundo a fonte, o dono da Marfrig não é do tipo que fica com menos de 50% em um negócio e, efetivamente, alcançar essa marca não muda os processos que já estão em curso nas duas gigantes de carnes. “As sinergias estão sendo capturadas no dia a dia e isso [uma fusão] traria certa distração ao time da BRF que está focado no turnaround [dar a volta por cima] sob a batuta do Miguel [Gularte, atual CEO da empresa]”, acrescentou. Nesse cenário, Molina pode até ir mais além em sua fatia na BRF, “afinal o papel, na avaliação dele, ainda está barato”. No caso de fusão, quem poderia sair perdendo é a dona da Sadia, avalia Leonardo Alencar, analista da XP Investimentos. Segundo ele, a BRF está reconstruindo sua reputação como empresa que gera caixa, enquanto a Marfrig enfrenta um cenário complicado devido às margens nos Estados Unidos. A junção poderia prejudicar a BRF, sem grandes compensações. Na semana passada, quando a Marfrig abocanhou mais um pedaço das ações da BRF, a empresa de Molina reforçou novamente que o movimento não tinha intenção de mudar a estrutura da companhia dona da Sadia, que, na prática, já está sob controle da Marfrig há quase dois anos. “A comunicação oficial é de que não há conversas sobre uma fusão. Mas estava claro que havia apetite dele [Marcos Molina] para aumentar a participação na BRF”, afirmou Alencar. “Agora, no entanto, o mercado pode penalizar alguma redução na liquidez dos papéis, pode começar a ser um incômodo”. O analista da XP observou que a Marfrig e o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita que Molina trouxe para a mesa da BRF no follow on, já detêm juntos 65% das ações da companhia. Caso a expectativa de que o Salic compre mais 10% das ações se concretize, apenas um quarto das ações ficaria no mercado de fato. Na avaliação de Alencar, a BRF registrou um terceiro trimestre muito forte e deve ser uma das empresas de proteína com melhor desempenho em 2024. A geração de caixa livre ficou negativa em R$ 21 milhões entre julho e setembro do ano passado — perto do ponto de equilíbrio — uma melhora de R$ 206 milhões em relação ao mesmo período de 2022. A queda dos preços dos grãos, que não deve mudar significativamente apesar de um possível problema na safra 2023/24, corrobora essa análise. “A base de comparação é alta. Não será uma nova safra recorde, mas será muito volumosa e com estoques de passagem mais altos do que o mercado está considerando”, disse Alencar. No caso da Marfrig, a contração das margens do negócio de carne bovina nos Estados Unidos, onde a companhia opera com a National Beef, deve prejudicar o resultado consolidado da empresa. Além disso, a tendência é que o ano que vem seja de margens ainda menores. “E 2026, que o mercado achava que seria a retomada, pode não ser tão simples assim”, acrescentou. A recomendação da XP é de compra para os papéis da BRF e de neutralidade em relação às ações da Marfrig. “Neste momento, a fusão seria um detrator para imagem de recomposição de track record [histórico de resultados] da BRF”, afirmou. Recentemente, a Marfrig recebeu antecipadamente R$ 1,5 bilhão pela venda de frigoríficos na América Latina para a Minerva e levantou R$ 2,16 bilhões por meio de um aumento de capital. Ao longo do quarto trimestre de 2023, a Marfrig teria gasto R$ 1,9 bilhão para adquirir cerca de 168,3 milhões de ações da BRF.

VALOR ECONÔMICO

LEGISLAÇÃO

Receita Federal adia início da adesão a programa de pagamento de dívidas sem juros e multas

Adesões ao programa começarão nesta sexta-feira e vão até 1º de abril

A Receita Federal adiou para esta sexta-feira, 5, o início da adesão dos contribuintes ao programa da autorregularização incentivada de tributos. O prazo começaria nessa terça-feira, 2, mas, por problemas técnicos, o formulário de adesão não foi disponibilizado na data prevista. O programa permite que os contribuintes admitam a existência de débitos, paguem somente o valor principal e desistam de eventuais ações na Justiça em troca do perdão dos juros e das multas de mora e de ofício e da não realização de autuações fiscais. Ele foi criado pela Lei 14.740, sancionada em novembro de 2023. De acordo com a Receita Federal, o adiamento do início da adesão não afeta os incentivos que o contribuinte pode obter com a autorregularização. Pessoas físicas e empresas podem participar. O período de adesão vai até 1º de abril. A dívida consolidada pode ser liquidada com redução de 100% das multas e juros, sendo necessário o pagamento de 50% da dívida como entrada, com o restante parcelado em até 48 prestações mensais. Quem não aderir ao programa estará sujeito a multas de mora de 20%. A autorregularização incentivada abrange todos os tributos administrados pela Receita. Para aderir à autorregularização incentivada de tributos, o contribuinte precisa fazer um pedido por meio do Portal e-CAC, da Receita Federal. Durante a análise do requerimento, a exigibilidade do crédito tributário fica suspensa. A aceitação implica confissão extrajudicial irrevogável da dívida. O contribuinte pode utilizar créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), limitados a 50% do valor da dívida consolidada. A utilização desses créditos está condicionada à confissão da dívida pelo devedor. O devedor será excluído do programa em caso de inadimplência com três parcelas consecutivas, seis alternadas ou uma parcela, estando pagas todas as demais. De acordo com a Receita, a autorregularização incentivada não se aplica a débitos apurados no âmbito Simples Nacional. Também informa que a redução das multas e juros não será computada na base de cálculo do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins.

AGÊNCIA BRASIL

CARNES

Brasil mira Ásia e Europa para ampliar exportações de carnes

No fim de 2023, frigoríficos receberam auditorias de diversos países; exportadores esperam resultados das negociações já neste ano

O governo brasileiro está em negociação com países do Sudeste Asiático e europeus para abrir novos mercados de exportação ou ampliar vendas àqueles que já são compradores de produtos agropecuários do Brasil. A expectativa dos exportadores é que alguns resultados desses esforços sejam colhidos neste ano. Somente em novembro e dezembro ocorreram cerca de 10 auditorias de países importadores no Brasil para ampliação de habilitações de embarque a frigoríficos. Representantes de União Europeia, Estados Unidos, Rússia, China, Timor Leste e México estiveram no país nos dois últimos meses do ano. Filipinas e Coreia do Sul fizeram duas auditorias cada. As avaliações tiveram escopos diferentes. A mais esperada foi a da China, principal compradora de carne bovina e suína do país, mas representantes da Rússia e da Coreia do Sul também estiveram em indústrias de carnes — no caso dos coreanos, em áreas livres de febre aftosa sem vacinação. “O Brasil vem fazendo negociações com vários mercados, como a própria China. Não sabemos o resultado ainda, mas esperamos que o Brasil consiga ampliar a exportação”, disse à reportagem o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Paulo Mustefaga. Ele destacou que autoridades das Filipinas também fizeram uma missão recente para ampliação do número de plantas frigoríficas do Brasil aprovadas para vender àquele mercado. Há ainda, segundo Mustefaga, negociação com a Indonésia também para ampliação. Para abertura, o dirigente disse que a Coreia do Sul é um alvo brasileiro, como grande importador de carnes. “O Japão é outro país no radar para carne in natura, mas as negociações ainda precisam se ampliar”, disse. Sem cravar prazos, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou que, dentre os mercados que podem se abrir nos próximos anos para carne suína, os mais promissores são Malásia, Reino Unido, Indonésia e Colômbia. “Espera-se também a ampliação dos mercados da Coreia do Sul e do Japão, que compram produtos apenas de Santa Catarina, que era a única zona livre de aftosa no país. Agora, Paraná, Rio Grande do Sul e Acre também atendem essa condição”, disse o presidente da entidade, Ricardo Santin. No caso da carne de frango, a ABPA destaca negociações com El Salvador e Guatemala e com os países da Comunidade do Caribe. Para os ovos, Reino Unido, Singapura e Rússia são destaques. Ainda de acordo com a ABPA, existe a expectativa de que autoridades da União Europeia aprovem o sistema de “pré-listing” para frigoríficos brasileiros — quando a habilitação não depende de nova missão do importador e é aprovada pelos técnicos do governo nacional. Técnicos europeus fizeram vistorias no Brasil em 2023. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, revelou a expectativa de que restrições impostas sobre as exportações brasileiras de carne de aves para a UE sejam retiradas nos primeiros meses deste ano. O comércio está restrito desde 2017, devido à deflagração da Operação Carne Fraca. Há também processos em curso para incrementar os embarques de produtos agropecuários brasileiros para países das Américas. Só em 2023, quase metade das aberturas de mercado foram para vizinhos do continente. O crescimento acelerado da economia mexicana, por exemplo, e as recentes aberturas para envio de carnes bovina e suína do Brasil para lá já promoveram um salto na relação comercial bilateral. Ao longo de 2023 foram realizadas 78 novas aberturas de mercados em 39 países, considerando todos os produtos do agronegócio brasileiro.

GLOBO RURAL

FRANGOS & SUÍNOS

Quedas encerraram o mercado de suínos na quinta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 135,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 1,85%, com valor de R$ 10,60/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (3), houve queda de 0,76% no Paraná, chegando a R$ 6,57/kg, baixa de R$ 0,61% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,51/kg, e de 0,14% em São Paulo, custando R$ 7,12/kg. Foram registradas altas de 0,13% em Minas Gerais, com preço de R$ 7,47/kg, e de 0,62% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 6,46/kg.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: quedas em SP e MG, e ligeira alta no PR

Em São Paulo o preço teve queda, saindo de R$ 7,36/kg vivo estabelecidos em 21 de dezembro para R$ 7,25/kg vivo na quinta-feira, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)

No mercado mineiro, o valor passou de R$ 7,50/kg vivo, sugerido em bolsa no dia 28 de dezembro, para R$ 7,20/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 28/12/2023 a 03/01/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 2,02%, fechando a semana em R$ 6,44/kg vivo. “Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,56/kg vivo”, disse o Lapesui.

AGROLINK

Suínos/Cepea: Setor nacional pode seguir avançando em 2024

As perspectivas para o setor suinícola são favoráveis para 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, os fundamentos vêm dos possíveis aumentos do consumo doméstico e das exportações e na provável redução nos custos de produção frente a anos anteriores

Cálculos do Cepea estimam que o consumo de carne suína em 2024 pode crescer 2,8% frente ao ano passado. Quanto às exportações da carne brasileira, o setor acredita que o desempenho verificado em 2023 se sustente em 2024. Vale lembrar que, de janeiro/23 a novembro/23, os embarques brasileiros somavam 1,1 milhão de toneladas, devendo, portanto, renovar o recorde de 2021 (de 1,12 milhão de toneladas). Para atender aos apetites interno e externo por produtos in natura e processados de origem suína, projeções realizadas pelo Cepea indicam aumento de 3,3% no número de animais abatidos de 2023 para 2024, podendo somar 59,1 milhões de cabeças. Ainda no caso da produção, o suinocultor pode vislumbrar um cenário de rentabilidade um pouco melhor do que a observada entre 2018 e 2022, sobretudo em decorrência das recentes desvalorizações do milho e do farelo de soja, principais insumos utilizados para a nutrição do animal e que, portanto, representam grande parcela dos custos.

CEPEA

Frango no atacado de SP cai 1,16% na quinta-feira. Demais cotações ficam estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado teve recuo de 1,16%, valendo R$ 6,82/kg

Na cotação do animal vivo, Paraná teve estabilidade, custando R$ 4,65/kg, enquanto em Santa Catarina, não houve referência de preço. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (3), tanto a ave congelada quanto a ave resfriada ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,44/kg e R$ 7,50/kg.

CEPEA/ESALQ

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