CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2133 DE 03 DE JANEIRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2133 |03 de janeiro de 2024

 

NOTÍCIAS

Preços estáveis marcam 1º dia de mercado em 2024

De acordo com apuração da Scot Consultoria, nas praças paulistas, os preços dos animais terminados não mudaram, vigorando as cotações vigentes em 29 de dezembro

Com isso, pelos dados da Scot, o boi gordo “comum” (direcionado ao mercado doméstico) segue em R$ 245,00/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 220@ e R$ 237/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente. O “boi-China” está cotado em R$ 250/@, bruto e a prazo (base SP), acrescentou a Scot.

SCOT CONSULTORIA

2024 começou lento no mercado do boi gordo

O primeiro dia útil do ano foi marcado por movimentação lenta no mercado brasileiro do boi gordo. Segundo o abalista da Safras & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios mostrou-se lento, com algumas unidades frigoríficas fora das compras do boi gordo e muitos pecuaristas ausentes

A tendência é que a liquidez do mercado melhore gradualmente durante a quinzena. A maioria dos frigoríficos ainda aponta tranquilidade em relação à escala de abates. Nas próximas semanas, o mercado deve focar no comportamento de preços no atacado, agora que as festividades ficaram para trás, nas condições das pastagens e no ritmo da exportação brasileira. Em São Paulo, as cotações não sofreram alterações no dia. A arroba do boi gordo ficou entre R$ 240/245, dependendo do padrão do animal. Em Minas Gerais, as indicações ficaram estáveis. No Triângulo Mineiro, o boi gordo foi cotado a R$ 250/@ a prazo. Em Goiás, os preços ficaram acomodados. A arroba foi precificada entre R$ 235/245 no sudoeste do estado. Já em Mato Grosso do Sul, sem mudanças nos preços. Em Campo Grande, a arroba foi cotada a R$ 232 @ a prazo. Já em Dourados, o boi gordo também ficou em R$ 232/@ a prazo. Em Mato Grosso, as indicações seguiram firmes. Na cidade de Cáceres, a arroba foi precificada a R$ 208 a prazo. Em Campos de Júlio, a arroba foi precificada a R$ 210 a prazo. O mercado atacadista apresentou preços acomodados para a carne bovina. A demanda pelos cortes bovinos foi positiva no final do ano, o que traz alguma expectativa para a reposição entre atacado e varejo no curto prazo. Contudo, vale destacar que o perfil de consumo das famílias tende a mudar, passando de cortes mais caros para mais acessíveis, o que pode alterar a dinâmica de preços no atacado. O corte traseiro tende a encontrar maior dificuldade para reajustes. O quarto traseiro foi precificado a R$ 20,20 por quilo. O quarto dianteiro ficou estável, em R$ 13 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Boi/Cepea: Produção e exportação crescem em 2023, mas preço cai

A pecuária de corte foi bastante impactada por fatores internos e externos ao longo de 2023

Situações registradas nos âmbitos produtivo, sanitário, climático e econômico resultaram em forte oscilação dos preços de todos os produtos da cadeia. Levantamento do Cepea mostra que o boi gordo chegou a ser negociado acima de R$ 300/arroba no início de fevereiro, mas, no final de agosto, operava abaixo de R$ 200/arroba. Nesta reta final do ano, a arroba voltou a ser comercializado em torno dos R$ 250. Segundo pesquisadores do Cepea, o maior solavanco no ano veio do caso atípico de “vaca louca” em fevereiro. Apesar de isolada, a ocorrência resultou em suspensão dos envios de carne à China. Ainda assim, o país asiático foi, no balanço do ano, o maior destino da carne bovina exportada pelo Brasil. A todos os destinos, as vendas externas de carne bovina estiveram aquecidas ao longo de 2023, o que foi fundamental para escoar o aumento da oferta no Brasil – dados do IBGE apontam que, de janeiro a setembro de 2023, o abate de animais foi o maior desde 2014.

Cepea

Abates de novilho precoce de MS atingem recorde neste ano

Foram abatidas 160 mil cabeças em 2023, aumento de 40%, e produtores receberam bonificação de R$ 7,8 milhões dos frigoríficos. O novilho precoce é um gado com até 30 meses de idade, com condição corporal apropriada para o abate

Em 2023, os frigoríficos abateram 160 mil cabeças de novilho precoce de Mato Grosso do Sul, 40% a mais que no ano anterior quando foram encaminhadas 114 mil cabeças à indústria, e um novo recorde, conforme levantamento da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce (ASPNP) obtido pela Globo Rural. O novilho precoce é um gado com até 30 meses de idade, com condição corporal apropriada para o abate. Alguns países como a China exigem que a carne importada do Brasil seja proveniente de animais mais jovens como estes. “A associação superou as expectativas em 2023 e acreditamos que o próximo ano será ainda maior. Trabalhamos com uma projeção de 12% a mais no volume de abates para 2024, em relação a este ano”, afirmou o presidente da entidade, Rafael Gratão. De acordo com o levantamento, entre todos os animais destinados à indústria frigorífica pelos associados da Novilho Precoce MS, mais de 90% atenderam aos requisitos ligados à idade e ao acabamento. Com isso, além dos valores pagos pela arroba, os 425 associados à entidade receberam um montante de R$ 7,8 milhões em bonificações. “A soma diz respeito às bonificações oferecidas pelos frigoríficos parceiros da associação, aos produtores que apresentam animais de acordo com as especificações de idade, qualidade de carcaça e critérios ligados à sustentabilidade”, disse. O valor das bonificações representa uma alta de 36,8% em relação ao montante pago no ano passado, de R$ 5,7 milhões. Esta elevação vai em linha com o aumento no número de animais abatidos no período.

GLOBO RURAL

ECONOMIA

Dólar termina primeira sessão do ano em forte alta, acima de R$ 4,91

A valorização da divisa se deu em meio à alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, em uma possível realização de lucros após o rali intenso dos ativos de risco nos últimos meses de 2023

O dólar comercial registrou alta consistente na primeira sessão de 2024, movimentando-se em linha com a dinâmica da moeda americana no exterior. A valorização da divisa ontem (2) se deu em meio à alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, em uma possível realização de lucros após o rali intenso dos ativos de risco nos últimos meses de 2023. Ainda que a semana venha a ser crucial para os investidores, já que dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos serão divulgados, a agenda esteve mais fraca. O dólar comercial fechou negociado em a R$ 4,9148, em alta de 1,28%. Já no exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, exibia alta de 0,86%, aos 102,200 pontos. Neste início de ano, enquanto faltam definições da pauta econômica do governo Lula para 2024, os agentes financeiros devem ficar mais de olho nos dados econômicos aqui e dos Estados Unidos. Nesta semana, lá fora, serão apresentados alguns indicadores do mercado de trabalho americano, que culminam com a apresentação do payroll na sexta-feira (5). O indicador deve dar luzes sobre a pressão dos rendimentos na evolução dos preços. Em específico na terça-feira (2), na ausência de um orientador, os agentes financeiros optaram por uma realização, após a forte apreciação dos ativos de risco no fim de 2023, conforme apontou o operador de uma instituição financeira. “Se você pegar o dólar casado [que é a diferença entre o dólar futuro e o dólar spot, o comercial], ele está muito mais tranquilo. Não vemos, portanto, um fluxo de saída pelo spot.” O operador também lembra que a volatilidade do câmbio doméstico caiu muito ao longo de 2023 levando os operadores a aumentarem as opções. “O mercado de opções está grande, o que amplia o movimento de queda e de alta”, diz. Em relação à inflação americana (e global, de certa forma), o estrategista-chefe do BMO Capital Markets, Stephen Gallo, aponta, em nota, que, a não ser que ocorra um repique na alta dos preços, a valorização do dólar deve ficar limitada pelo movimento antecipado dos investidores em relação à precificação do ciclo de flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed).

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa inicia o ano em queda com embolso de lucros e pressão negativa do exterior

Após ajustes, o Ibovespa caiu 1,11%, aos 132.697 pontos

O Ibovespa terminou o primeiro pregão de 2024 em baixa, acompanhando o movimento do exterior e com uma leve correção dos ganhos alcançados no fim de 2023. A alta no rendimento dos Treasuries pressionou para baixo ativos de risco em todo o mundo, após o mercado precificar menos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Por aqui, agentes econômicos aproveitaram para realizar lucros após o Ibovespa terminar 2023 com alta de 22,28%. Ainda em razão das festividades de fim de ano, liquidez do pregão se manteve reduzida. Após ajustes, o Ibovespa caiu 1,11%, aos 132.697 pontos. A mínima intradiária foi de 132.095 pontos, enquanto a máxima alcançou os 134.195 pontos. O volume financeiro para o índice no dia (até as 18h15) foi de R$ 13,86 bilhões. Em Nova York, S&P 500 caiu 0,57%, aos 4.743 pontos, Dow Jones avançou 0,07%, para 37.715 pontos, e Nasdaq perdeu 1,63%, aos 14.766 pontos.

VALOR ECONÔMICO

Mercado estima inflação de 3,90% neste ano e mantém projeções para taxa de juros e PIB

Boletim Focus divulgado na terça-feira projeta inflação de 3,9% para 2024, com Selic a 9% e crescimento do PIB de 2,92%

Na primeira divulgação do ano para o boletim Focus, do Banco Central, deste ano, os economistas reduziram levemente as expectativas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, de 3,91% para 3,90%. Já a estimativa de crescimento do PIB foi mantida em 1,52%, enquanto a da taxa de juros permaneceu em 9%. Excepcionalmente, a divulgação do boletim com projeções para os principais indicadores econômicos ocorreu na terça-feira, 2, em razão do feriado de Ano Novo na segunda. Em dezembro passado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 ponto percentual, para 11,75% ao ano. Na reunião, o Copom disse que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos. Em relação a 2025, a mediana seguiu em 2%, mesmo porcentual projetado para 2026. O Ministério da Fazenda revisou em novembro sua projeção para o crescimento do PIB de 2023 de 3,2% para 3%. Para 2024, a estimativa da equipe econômica é de 2,2%. No Banco Central, a projeção também é de crescimento de 3% para 2023, mas de 1,7% para 2024, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.

O ESTADO DE SÃO PAULO

Mercado projeta taxa Selic em 9% no fim de 2024

Para economistas, BC tende a manter postura cautelosa no ritmo de cortes, mas levará juros a 8,5% no ano que vem

O mercado dá início a 2024 com uma visão mais otimista em relação à possibilidade de juros mais baixos. A manutenção de uma postura cautelosa pelo Banco Central (BC) no fim do ano passado, mesmo quando a euforia tomou conta dos mercados financeiros ao redor do globo, colheu frutos. Sem sinais de aceleração no ritmo de cortes na Selic no curtíssimo prazo e com um tom conservador na condução da política monetária, agentes econômicos partiram para apostas de um nível menor para as taxas no fim do atual ciclo, mesmo que de forma ainda bastante discreta. Na pesquisa conduzida pelo Valor entre os dias 21 e 22 de dezembro, após a divulgação do Relatório de Inflação (RI), a mediana das 120 projeções coletadas para a Selic em dezembro de 2024 caiu de 9,25% no início do mês passado para 9%. Já em relação às expectativas para o juro básico em dezembro de 2025, o ponto médio das 112 estimativas está em 8,5%. Não foi trivial o número de revisões de cenário em dezembro. Das casas ouvidas pelo Valor, 31 fizeram alterações em suas estimativas para a taxa de juros, de forma a contemplar uma Selic menor no fim deste ano. Algumas promoveram mudanças mais discretas, como BTG Pactual (de 9,75% para 9,5%); Itaú Unibanco (de 9,5% para 9%); e Ace Capital (de 9% para 8,5%). Outras optaram por mudanças mais agressivas em seus cenários, como a Genoa Capital (de 9,5% para 8,5%); o BNP Paribas (de 9,5% para 8,5%); e a Galapagos Capital (de 9,5% para 8%). No mercado de juros, a precificação para a Selic no fim deste ano gira em torno de 9%. Além do tom cauteloso adotado pelo BC, o processo desinflacionário; a desaceleração da atividade econômica; e a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) pode cortar os juros já a partir de março têm ajudado na direção de uma Selic mais baixa. Os riscos, porém, continuam no radar dos agentes, assim como a prescrição adotada pelo BC de que a conjuntura ainda demanda uma política monetária restritiva. “Estamos mantendo o nosso cenário há um bom tempo, com uma Selic de 9,5% em 2024 e de 8,5% em 2025”, diz o economista-chefe da Santander Asset Management, Eduardo Jarra. Ele reconhece, no momento, um balanço de riscos favorável à queda da inflação e diz adotar um viés de baixa em sua projeção para os juros no fim deste ano. “Vamos ver nestes primeiros meses do ano a discussão sobre se o BC tem ou não espaço e intenção de acelerar o ritmo de cortes e de uma Selic terminal mais baixa. Esse é o ponto de partida.”

VALOR ECONÔMICO

Lula sanciona, com vetos, Lei Orçamentária que estabelece meta de déficit primário zero para 2024

Com a meta, gastos federais não podem superar o somatório da arrecadação com tributos e outras fontes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A medida foi publicada no Diário Oficial da União da terça-feira, 2, e estabelece, entre outros parâmetros, a meta de déficit zero para o resultado primário das contas públicas – ou seja, os gastos federais não podem superar o somatório da arrecadação com tributos e outras fontes. O texto, aprovado pelo Congresso em 19 de dezembro, traz orientações para a elaboração do Orçamento de 2024 e fixa parâmetros para a alocação de recursos para garantir a realização das metas e objetivos contemplados no Plano Plurianual (PPA). A Lei 14.791 admite um intervalo de tolerância para o cumprimento da meta fiscal que tem como limite superior um superávit primário de R$ 28,756 bilhões e o limite inferior de déficit primário de R$ 28,756 bilhões. A LDO também prevê um teto de R$ 4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral, que poderá ser utilizado pelos partidos políticos em gastos com as eleições municipais de 2024. Na sequência à apreciação da LDO, os parlamentares também aprovaram, em 22 de dezembro, o projeto da lei orçamentária para este ano, que prevê despesas de R$ 5,5 trilhões.

O ESTADO DE SÃO PAULO

Bancos melhoram previsão de crescimento do crédito em 2024, mostra pesquisa Febraban

Bancos brasileiros preveem uma expansão de 8,5% na carteira de crédito total em 2024, mostrou pesquisa da Febraban divulgada na terça-feira, o que representa uma melhora em relação à expectativa anterior de crescimento de 8,3%

A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas, realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, apurou melhora tanto no prognóstico na carteira livre como na direcionada. No caso da carteira livre, a projeção subiu de 8,2% para 8,4%, enquanto para a direcionada, avançou de 8,5% para 8,6%. De acordo com a Febraban, ambos as estimativas foram beneficiadas pela queda das taxas de juros e perspectiva de melhora dos índices de inadimplência, que devem levar a uma aceleração do crédito neste ano. Esta edição da pesquisa reflete entrevistas com 18 bancos entre 20 e 22 de dezembro. Para 2023, as previsões apontam crescimento de 6,9% na carteira total, menos do que os 7,4% estimados na edição de novembro. A perspectiva de alta para a carteira livre passou de 6,1% para 5,2%. Mas na direcionada, subiu de 8,8% para 9,5%. “O mercado de crédito registrou uma desaceleração razoável em 2023, movimento esperado diante da política monetária contracionista, aumento da inadimplência e eventos negativos no setor corporativo no início do ano”, afirmou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban. Ele ressaltou que o mais importante é que as expectativas são mais positivas para 2024, quando o crédito deve voltar a acelerar, sustentado pela queda de juros e melhora dos índices de inadimplência. De acordo com Sardenberg, isso deve beneficiar especialmente o crédito com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico. Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade na projeção tanto para 2023 como para 2024, de 4,9% e 4,6%, respectivamente.

REUTERS

Indústria brasileira fecha ano em contração com queda nas vendas em dezembro, segundo PMI

A indústria brasileira encerrou 2023 com queda nas vendas e aumento das pressões sobre os custos, aprofundando a retração em dezembro, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês)

Os dados divulgados na terça-feira pela S&P Global mostram que o PMI do setor industrial brasileiro caiu a 48,4 em dezembro, de 49,4 em novembro, indo ainda mais abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. Foi o quarto mês seguido em território contracionista, com a taxa mais baixa desde julho, uma vez que a retração no volume de novos pedidos ganhou ritmo e provocou outra redução na produção. Os pedidos às fábricas continuaram caindo em dezembro, pelo quarto mês seguido e no ritmo mais forte desde junho, com os participantes da pesquisa destacando uma diminuição da demanda. As vendas ao exterior chegaram ao 22º mês seguido de queda, segundo a pesquisa, por conta de problemas econômicos nos países vizinhos, demanda global fraca e dificuldades de precificação competitiva nos mercados externos. Os produtores brasileiros ainda indicaram que em dezembro houve intensificação das pressões sobre os custos, com os preços de insumos aumentando pelo segundo mês consecutivo e pela taxa mais forte desde fevereiro, sendo o destaque as commodities agrícolas. Apesar disso, houve redução nos preços de venda pela oitava vez em nove meses, diante de pedidos de descontos feitos pelos clientes, esforços para estimular as vendas e preços mais baixos pagos pelas matérias-primas nos últimos meses. Do lado positivo, os dados de dezembro apontaram melhora na confiança nos negócios, dadas as expectativas de uma recuperação na demanda, desenvolvimento de novos produtos, investimento planejado em infraestrutura e previsões de melhores condições de mercado. Essas expectativas levaram à criação de empregos no fim de 2023, pelo quinto mês seguido e no ritmo mais intenso em mais de um ano.

REUTERS

IGP-M acelera para 0,74% em dezembro, após alta de 0,59% em novembro, mas fecha ano com queda de 3,18%, afirma FGV

Índice encerrou o ano com queda de 3,18% no acumulado em 12 meses, menor taxa registrada desde o início de sua série histórica

O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) acelerou a 0,74% em dezembro, ante alta de 0,59% em novembro. No acumulado em 12 meses, o índice encerrou o ano com queda de 3,18%, a menor taxa registrada desde o início de sua série histórica. As informações foram divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A aceleração do índice em dezembro foi mais intensa do que a mediana das estimativas colhidas pelo Estadão/Broadcast, que previa alta de 0,67%. O intervalo das projeções variava de 0,42% a 0,91%. Nesta leitura, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou de 0,71% para 0,97%. O indicador de preços no atacado encerrou 2023 com recuo de 5,60% no acumulado em 12 meses, que também é o menor nível da série histórica, segundo a FGV. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), por outro lado, arrefeceu de 0,42% em novembro para 0,14% em dezembro. Com o resultado, o indicador encerrou 2023 com alta acumulada de 3,40%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou de 0,26% em dezembro, ante alta de 0,10% na leitura anterior. Com isso, a alta acumulada em 12 meses em 2023 foi de 3,32%.

O ESTADO DE SÃO PAULO

IPCA-15 é de 0,40% em dezembro e fecha 2023 em 4,72%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,40% em dezembro e ficou 0,07 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,33%). Com isso, o IPCA-15 fechou o ano de 2023 com 4,72% de variação

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em dezembro. A maior variação (0,77%) e o maior impacto (0,16 p.p.) vieram de Transportes. Os grupos Alimentação e bebidas (0,54%) e Habitação (0,48%) também registraram alta e contribuíram, respectivamente, com 0,12 p.p. e 0,07 p.p. As demais variações ficaram entre a queda de 0,46% de Comunicação e a alta 0,56% de Despesas Pessoais. No grupo Transportes (0,77%), o subitem passagem aérea subiu 9,02% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,09 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,27%), houve queda nos preços do óleo diesel (-0,75%), do etanol (-0,35%) e da gasolina (-0,24%), enquanto o gás veicular (0,08%) registrou alta. Ainda em Transportes, o subitem táxi apresentou alta de 0,83% devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo (2,80%), a partir de 28 de outubro. O subitem ônibus urbano (1,91%) também subiu, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador (5,69%), a partir de 13 de novembro. Em São Paulo, destaca-se a alta de 6,67% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público, que haviam recuado 6,25%, no mês anterior, em decorrência da gratuidade concedida nos transportes metropolitanos para toda a população nos dias de realização das provas do ENEM. No grupo Alimentação e bebidas (0,54%), a alimentação no domicílio subiu 0,55% em dezembro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (10,63%), da batata-inglesa (10,32%), do arroz (5,46%) e das carnes (0,65%). Por outro lado, os preços do tomate (-7,95%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram. A alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação a novembro (0,22%). Tanto a refeição (0,46%) quanto o lanche (0,50%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,22% e 0,35%, respectivamente). No grupo Habitação (0,48%), o resultado da energia elétrica residencial (0,82%) decorre de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência da pesquisa: de 5,91% em Goiânia (2,97%), a partir de 22 de outubro; de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo (1,66%), a partir de 23 de outubro; de 9,65% em Brasília (1,35%), a partir de 22 de outubro; e de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,59%), a partir de 22 de novembro. Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (1,43%) foi influenciada pelos seguintes reajustes tarifários: de 14,43% em Fortaleza (6,28%), a partir de 29 de outubro; de 10,23% no Rio de Janeiro (10,23%), a partir de 8 de novembro e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de novembro; de 15,76% em Belém (9,21%), a partir de 28 de novembro; e de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,15%), a partir de 1º de dezembro. O gás encanado (0,47%) também apresentou alta por conta do reajuste médio de 0,98% no Rio de Janeiro (0,54%) a partir de 1° de novembro e de 3,30% em São Paulo (0,55%) a partir de 10 de dezembro.

AGÊNCIA IBGE

Governo deve fechar 2023 com déficit primário de R$125 bi, diz secretário do Tesouro

O governo central, que reúne as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, deve fechar 2023 com déficit primário acumulado em 12 meses de aproximadamente 125 bilhões de reais, disse o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron

Em entrevista para comentar dados fiscais, o Secretário destacou que a tendência é que o resultado mensal de dezembro fique próximo a um rombo de 10 bilhões de reais. O número oficial será divulgado pelo Tesouro apenas no fim de janeiro. De acordo com Ceron, esse déficit acumulado do ano, se confirmado, ficará em cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), patamar que ficou mais alto por conta do impacto da aprovação de uma lei que ampliou repasses do governo federal a Estados e municípios neste ano. Ele avaliou o provável resultado de 2023 como positivo, justificando que sem a transferência adicional a Estados e municípios, o déficit ficaria em cerca de 1% do PIB, patamar que era tratado como alvo pela equipe econômica. Em relação às perspectivas para 2024, Ceron afirmou que as contas do governo devem contar com a ajuda de um repasse da Caixa Econômica Federal ao Tesouro em valor de até 14 bilhões de reais, relativos a depósitos judiciais. O pagamento seria feito neste ano, mas atrasou e ficará para os próximos meses. Outro fator é um ganho previsto de 20 bilhões de reais após uma mudança de regras sobre a tributação de transações comerciais entre empresas do mesmo grupo econômico que operam em diferentes países. Segundo ele, em nenhum dos dois casos essa receita adicional está prevista na Lei Orçamentária. Isso significa que o incremento da arrecadação tende a melhorar o resultado fiscal de 2024, quando o governo tenta zerar o rombo nas contas públicas. Ceron também disse que o atraso na implementação de medidas neste ano pode empurrar ganhos para 2024, citando como exemplo as mudanças nas regras do Conselho Administrativo De Recursos Fiscais (Carf), que levaram meses até serem aprovadas. Após agentes do mercado manterem suas projeções em um déficit de 0,8% do PIB no ano que vem, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central, mesmo após a aprovação de uma série de medidas fiscais pelo Congresso, o secretário disse que esse ceticismo tem aspectos positivos. “Supondo que os resultados venham melhores (do que as projeções do mercado), isso afetará positivamente todos os outros indicadores”, afirmou. “Temos boas perspectivas para 2024.”

REUTERS

Desemprego cai para 7,5% no trimestre até novembro, menor desde 2014, aponta IBGE

Dado ficou em linha com a mediana das expectativas de 23 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor

A taxa de desemprego no país caiu para 7,5% no trimestre encerrado em novembro, a menor para um trimestre móvel até novembro desde 2014 (6,7%) e a menor para qualquer sequência de três meses desde fevereiro de 2015 (7,5%). O resultado ficou também abaixo do verificado no trimestre móvel anterior, encerrado em agosto, (7,8%) e abaixo do resultado de igual período de 2022 (8,1%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em outubro, a taxa estava em 7,6%. O dado ficou em linha com a mediana das expectativas de 23 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 7,5% no trimestre móvel encerrado em novembro de 2023. O intervalo das projeções ia de 7,4% a 7,7%. No trimestre encerrado em novembro, o país tinha 8,2 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 2,5% frente ao trimestre móvel anterior, encerrado em agosto (menos 209 mil pessoas), mas é classificado como estabilidade estatística pelo IBGE, por estar dentro da margem de erro da pesquisa. Frente a igual período de 2022, houve queda de 6,2% (menos 539 mil pessoas). Entre setembro e novembro, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) avançou 0,9% frente ao trimestre anterior, para 100,5 milhões de pessoas, um novo recorde da série histórica. Frente a igual trimestre de 2022, subiu 0,8% (815 mil pessoas).

VALOR ECONÔMICO

Balança tem superávit de US$ 1,855 bilhão na 4a semana de dezembro

A 4ª semana de dezembro de 2023 registrou superávit de US$ 1,855 bilhão na balança comercial, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). As exportações somaram US$ 6,72 bilhões e as importações US$ 4,865 bilhões, resultando numa corrente de comércio de US$ 11,585 bilhões

Com isso, as exportações em dezembro chegam a US$ 22,069 bilhões e as importações a US$ 15,592 bilhões – saldo positivo de US$ 6,477 bilhões e corrente de comércio de US$ 37,661 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 332,852 bilhões e as importações, US$ 236,893 bilhões, com saldo positivo de US$ 95,958 bilhões e corrente de comércio de US$ 569,745 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de dezembro/2023 (US$ 1,4 bi) com a de dezembro/2022 (US$ 1,2 bi), houve crescimento de 15,2%. Em relação às importações houve queda de -1,7% na comparação entre as médias até a 4ª semana de dezembro/2023 (US$ 974,5 milhões) com a do mês de dezembro/2022 (US$ 991,32 milhões). Assim, até a 4ª semana de dezembro/2023, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,4 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 404,81 milhões. Comparando-se este período com a média de dezembro/2022, houve crescimento de 7,5% na corrente de comércio. No acumulado até a 4ª semana do mês de dezembro/2023, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 42,78 milhões (20,6%) em Agropecuária; crescimento de US$ 40,23 milhões (12,6%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 99,54 milhões (15,0%) em produtos da Indústria de Transformação. No acumulado até a 4ª semana do mês de dezembro/2023, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 2,72 milhões (-12,4%) em Agropecuária; queda de US$ 40,57 milhões (-45,7%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 26,69 milhões (3,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Confiança do comércio sobe 0,2 ponto em dezembro, aponta FGV

Resultado ocorre após três meses de quedas consecutivas e 2023 encerra mantendo patamar ainda pessimista e inferior ao mesmo período do ano passado

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) manteve-se relativamente estável em dezembro, ao subir 0,2 ponto, para 86,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quarto mês consecutivo, em 1,8 ponto, para 87,5 pontos “Após três meses de quedas consecutivas, a confiança do comércio acomoda e encerra 2023 mantendo patamar ainda pessimista e inferior ao mesmo período do ano passado. O avanço do mês foi influenciado pela melhora das perspectivas dos empresários para os próximos meses, apesar da persistente deterioração das avaliações sobre o momento. As expectativas positivas em relação ao futuro podem estar associadas ao provável cenário de continuidade na melhora do ambiente macroeconômico em 2024, com redução de endividamento dos consumidores e condições de crédito mais favoráveis, o que pode desencadear um aumento na demanda, contribuindo para a recuperação do setor”, avalia Geórgia Veloso, economista da FGV Ibre, em comentário no relatório.

VALOR ECONÔMICO

EMPRESAS

BRF e Marfrig entre ‘empresas mais sustentáveis’ da B3

Índices comparam empresas listadas na bolsa brasileira a partir de critérios sobre sustentabilidade. Carteiras entram em vigor no começo de 2024

A BRF e a Marfrig informaram que continuam no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e no Índice Carbono Eficiente (ICO2), ambos organizados pela B3. O ISE é uma ferramenta para análise comparativa de performance das empresas listadas na bolsa de valores sob o aspecto da sustentabilidade corporativa. A nova carteira irá vigorar a partir de 2 de janeiro de 2024 e será composta por 78 ações de companhias de diferentes segmentos. Já o ICO2 atesta o comprometimento das companhias com a divulgação de suas emissões de gases de efeito estufa. A composição da 13ª carteira entrará em vigor no próximo quadrimestre de 2024. “Incorporamos critérios de sustentabilidade à gestão estratégica, além da estipulação de metas e compromissos públicos, com o objetivo de gerar valor econômico, ambiental e social em nossa cadeia produtiva”, afirma Raquel Ogando, diretora de reputação e sustentabilidade da BRF, em nota. “Estamos conscientes de que a busca pela sustentabilidade não é apenas uma tendência de mercado, mas uma necessidade imprescindível em um mundo que enfrenta desafios ambientais e sociais cada vez mais complexos”, diz Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade e comunicação corporativa da Marfrig.

VALOR ECONÔMICO

Marfrig aumenta participação acionária na BRF e ultrapassa 50%

Companhia de Marcos Molina diz não querer alterar a estrutura da BRF, mas vem aumentando sua participação nos últimos meses. Marfrig diz que não quer alterar a atual composição do controle ou a estrutura administrativa da BRF

A Marfrig aumentou sua participação acionária na BRF de 45% para 50,06%, informou a dona da Sadia, em fato relevante divulgado ontem à noite, após o fechamento do mercado. Segundo o documento, a Marfrig disse que não quer alterar a atual composição do controle ou a estrutura administrativa da BRF. No entanto, chama a atenção o apetite da empresa de Marcos Molina pela BRF. Nos últimos meses, a participação acionária na companhia saltou de cerca de um terço para o atual patamar. A retirada da poison pill, em meio ao follow on da BRF em julho, abriu espaço para que a Marfrig aumentasse sua participação acima de 50%.

VALOR ECONÔMICO

Petrobras compra tecnologia para produzir bioquerosene de aviação e diesel renovável com óleo de soja e sebo bovino

Com a implantação, a companhia irá produzir HVO e BioQav na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), a partir de matéria prima renovável

A Petrobras informou no sábado (30) que assinou contrato para importar uma nova tecnologia para produzir diesel 100% renovável (HVO) e bioquerosene de aviação, o BioQav. A solução, chamada de HEFA (Ésteres Hidroprocessados e Ácidos Graxos, em tradução livre), será fornecida à Petrobras pela Honeywell UOP, uma das licenciadoras do produto. Com a implantação, a Petrobras irá produzir HVO e BioQav na refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), a partir de matéria prima renovável, como óleo de soja e sebo bovino. A partir da compra da HEFA, a Petrobras poderá processar 2.700 m³/d de carga com proporção de 70% de óleo de soja e 30% de sebo bovino produzindo BioQav e o diesel renovável. “A iniciativa é um dos destaques do nosso Programa de BioRefino, crucial para entregarmos produtos com menos emissões de gases de efeito estufa, em linha com as demandas da sociedade e com um mundo em transformação”, diz o diretor de processos industriais e produtos, William França, em nota. “Este é um marco importante na trajetória de descarbonização da Petrobras. Já adaptamos algumas de nossas refinarias com unidades de coprocessamento capazes de produzir o Diesel R5, composto de diesel mineral com 5% de óleo vegetal.” Segundo a estatal, a produção de BioQav é estratégica para a Petrobras por agregar valor ao parque de refino com processos mais eficientes e novos produtos, em direção a um mercado de baixo carbono. “Dentro dessa estratégia, esse projeto na RPBC é o primeiro visando a produção de bioquerosene de aviação e diesel 100% renováveis”, diz o gerente executivo de sistemas de superfície, Refino, Gás e Energia, Cesar Cunha. O Programa BioRefino da Petrobras prevê investimentos de US$ 1,5 bilhão nas refinarias para desenvolvimento de combustíveis mais modernos e sustentáveis. O plano estratégico da Petrobras para 2024-2028 contempla investimentos de US$ 11,5 bilhões com foco na transição energética direcionados a iniciativas de baixo carbono.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Carnes suína, frango e ovos brasileiros podem ganhar espaço no México com isenção de importações

Governo mexicano decidiu zerar as tarifas de importação de produtos da cesta básica para conter a inflação em seu mercado

O México é o nono principal destino da carne de frango do Brasil e o décimo no caso da carne. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a decisão do governo do México de zerar as tarifas para importação de produtos da cesta básica. Na prática, a medida pode beneficiar exportadores de carnes de frango e suína, além de ovos, para o país norte-americano. O México é o nono principal destino da carne de frango do Brasil e o décimo no caso da carne suína. Antes do programa, as tarifas de importação aos produtos brasileiros alcançavam 16% para carne suína e até 75% para carne de frango, segundo a ABPA. O pacote de medidas desenhado para conter a inflação no México entra em vigor já amanhã e será válido até 31 de dezembro do próximo ano. “Há fortes expectativas em relação ao crescimento do papel brasileiro no apoio à segurança alimentar mexicana e em sua luta com a inflação dos alimentos”, diz o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota. “Isso seguramente possibilitará novas oportunidades de negócios para ambos os lados, especialmente no suprimento de produtos como peito e carne mecanicamente separada”, destaca o diretor de mercados da associação, Luís Rua.

ABPA

Suínos: terça-feira (2) tem cotações estáveis e queda no preço da carcaça em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 135,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 1,79%, com valor de R$ 11,00/kg, em média

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (28), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,47/kg), Paraná (R$ 6,69/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,42/kg), e Santa Catarina (R$ 6,51/kg). Em São Paulo, houve tímida queda de 0,14%, fechando em R$ 7,13/kg.

Cepea/Esalq

Suínos/Cepea: Com custos menores e exportação recorde, setor inicia recuperação em 2023

Favorecido por menores custos de produção e exportações de carne recordes, o setor suinícola brasileiro iniciou um movimento de recuperação em 2023 – após atravessar um longo período de prejuízos

O poder de compra de produtores também aumentou frente aos principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja). Segundo pesquisadores do Cepea, as valorizações mais intensas do vivo foram observadas na região Sul do País, diante da menor oferta local de animais de produção independente. Isso porque os elevados custos, que afetaram as margens do setor entre 2018 e 2022, fizeram com que pequenos e médios produtores independentes reduzissem os plantéis e/ou até mesmo desistissem da atividade. Já para a carne suína, frigoríficos relataram dificuldades em repassar as valorizações do animal vivo, diante da baixa liquidez no mercado doméstico na maior parte do ano.

Cepea

Carnes suína, frango e ovos brasileiros podem ganhar espaço no México com isenção de importações

Governo mexicano decidiu zerar as tarifas de importação de produtos da cesta básica para conter a inflação em seu mercado

O México é o nono principal destino da carne de frango do Brasil e o décimo no caso da carne. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou a decisão do governo do México de zerar as tarifas para importação de produtos da cesta básica. Na prática, a medida pode beneficiar exportadores de carnes de frango e suína, além de ovos, para o país norte-americano. O México é o nono principal destino da carne de frango do Brasil e o décimo no caso da carne suína. Antes do programa, as tarifas de importação aos produtos brasileiros alcançavam 16% para carne suína e até 75% para carne de frango, segundo a ABPA. O pacote de medidas desenhado para conter a inflação no México entra em vigor já amanhã e será válido até 31 de dezembro do próximo ano. “Há fortes expectativas em relação ao crescimento do papel brasileiro no apoio à segurança alimentar mexicana e em sua luta com a inflação dos alimentos”, diz o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota. “Isso seguramente possibilitará novas oportunidades de negócios para ambos os lados, especialmente no suprimento de produtos como peito e carne mecanicamente separada”, destaca o diretor de mercados da associação, Luís Rua.

ABPA

Frango no atacado em SP cai 1,43% na terça-feira, chegando a R$ 6,90/kg

A maior parte das cotações no mercado do frango se sustentou na terça-feira (2), com exceção de um recuo para a ave no atacado paulista

De acordo com análise do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas tem melhorado frente ao farelo de soja, mas caído em relação ao milho. Enquanto as cotações do vivo seguem firmes, sustentadas pela demanda aquecida, o derivado da oleaginosa registra quedas e o cereal se valoriza com força. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 1,43%, valendo R$ 6,90/kg. No caso do animal vivo, Paraná teve estabilidade, custando R$ 4,64/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo R$ 4,23/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (28), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,42/kg e R$ 7,55/kg.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Setor é mercado por produção recorde e perda de competitividade em 2023

Pesquisas do Cepea mostram que as cotações da carne de frango caíram com força no mercado doméstico em 2023, refletindo a produção recorde da proteína

Nem mesmo as maiores exportações, que atingiram nova marca histórica pelo terceiro ano consecutivo, impediram os recuos nos preços internos. A competitividade da carne de frango frente à de boi também diminuiu em 2023, em meio ao maior abate de bovinos e ao aumento na disponibilidade interna dessa proteína. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística), de janeiro a setembro de 2023, foram abatidos no Brasil 24,64 milhões de bovinos, 11,4% acima do registrado no mesmo período de 2022 e o maior volume desde 2014. No mercado de frango, foram 4,75 bilhões de animais abatidos de janeiro a setembro, aumento de 4,6% frente a igual intervalo de 2022 e um recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 1997.

Cepea

INTERNACIONAL

Aumento dos preços da carne bovina nos EUA

Os preços da carne vermelha foram recordes nos Estados Unidos devido ao forte consumo e à redução do rebanho bovino causado pela seca. Isso levou consumidores a optar por carne moída, mais acessível, em vez de cortes de carne. Embora a inflação tenha sido moderada, o aumento nos preços dos cortes de melhores qualidade no varejo, que atingiu 9,7% em um ano e 27% em três anos, provocou essa mudança

Os Estados Unidos estão enfrentando uma séria escassez de gado. A quantidade do rebanho bovino foi o menor desde a década de 1960, com uma queda de quase 10% em cinco anos, principalmente devido à prolongada seca em regiões de reprodução, como as grandes planícies americanas. A falta de chuvas prejudicou as pastagens e elevou os preços dos alimentos para os bovinos. Como resultado, os pecuaristas reduziram significativamente a retenção de bovinos, levando os frigoríficos a abaterem a maior quantidade de bovinos desde a década de 1980. Além disso, em agosto, a mortalidade aumentou devido a uma onda de calor e umidade acima da média. No entanto, os pecuaristas estão compensando parcialmente essas perdas melhorando a qualidade do gado e aumentando a produção de carne por animal. Simultaneamente, o consumo de carne vermelha aumentou. Em 2022, os americanos aumentaram o consumo médio de carne bovina para 26,8 kg por ano/habitante, um acréscimo de 0,3 kg em relação a 2021. Desde 2015, o crescimento foi de quase 10% (USDA). Em função disso, devido à oferta limitada e à demanda crescente, o preço do gado subiu 133% desde março de 2020. Para lidar com os preços recordes, muitos pecuaristas estão vendendo seus animais mais cedo, o que impede o crescimento do rebanho. O cenário atual não deve mudar tão cedo, e um declínio no setor foi previsto pelo USDA para acontecer em 2024, mantendo os preços elevados. Isso pode levar os consumidores a diminuírem o consumo. O mercado pode se ajustar eventualmente devido ao esgotamento da demanda, mas por enquanto, essa mudança de tendência não está visível. Os cortes primários são: loin (região do lombo), brisket (peito), chuck (pescoço, acém e paleta), shank (perna/músculo), round (região traseira), short plate (região próxima à ponta de agulha e fralda), flank (fralda) e rib (costelas). O rebanho de matrizes diminuiu em 2023, sendo o menor desde 1962. Estima-se que a redução tenha sido de 1 milhão de cabeças na comparação ano a ano. O rebanho total foi estimado em 89,27 milhões de cabeças em janeiro/2023, uma queda de 3% em relação ao montante apurado em janeiro de 2022 (92,1 milhões de cabeças). Com a escassez nos EUA, o Brasil ganha espaço no comércio global de carne bovina, tendo em vista que os norte-americanos são um dos principais concorrentes do Brasil. Exemplo disso é a habilitação de 55 plantas frigoríficas brasileiras para exportação da carne bovina e suína para a República Dominicana, os quais importam um volume de 85% de carne dos EUA. A diminuição da produção de carne fez com que houvesse uma elevação dos preços e por consequência uma maior procura por cortes menos caros. Até que a situação se normalize o desempenho da exportação brasileira deve ser beneficiado.

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