Ano 9 | nº 2114 |28 de novembro de 2023
NOTÍCIAS
Boi: Início de semana estável em São Paulo
Segunda-feira de estabilidade. As escalas de abate estão menores e as indústrias frigoríficas têm aumentado a demanda por bovinos para o abate
A cotação do “boi comum” está em R$237,00, a da vaca em R$215,00 e a da novilha em R$228,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está negociado em R$245,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$8,00/@. Na região de Dourados em Mato Grosso do Sul, a cotação do boi destinado ao mercado interno subiu R$5,00/@ na comparação feita dia a dia. O boi gordo está negociado em R$230,00/@, a vaca em R$210,00/@ e a novilha em R$217,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está negociado em R$230,00/@, preço bruto e a prazo. Sem ágio. Na região de Campo Grande em Mato Grosso do Sul, as cotações estão estáveis na comparação diária. A arroba do boi comum está negociada por R$225,00, a da vaca por R$210,00 e a da novilha por R$215,00, preços brutos e a prazo. O “boi China” está negociado por R$230,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. No mercado atacadista de carne com osso, no comparativo feito semana a semana, os preços das carcaças destoaram. A cotação da carcaça casada de bovinos castrados subiu 0,3% e está em R$15,63/kg. A cotação da carcaça de bovinos inteiros caiu 2,2% e está negociada em R$14,75/kg. No mesmo período, o preço do frango no mercado atacadista subiu 2,9% e está em R$7,20/kg. A cotação da carcaça suína ficou estável e está em R$10,10/ kg. Assim, a competitividade da carcaça casada de bovinos castrados melhorou frente ao frango e piorou em relação à carcaça suína.
Scot Consultoria
Confinamento bovino fica estável em 7 milhões de cabeças em 2023, diz DSM
O número de bovinos abatidos no Brasil após passarem 90 dias em confinamentos atingirá cerca de 7,030 milhões de cabeças em 2023, mostrou uma pesquisa feita pela empresa holandesa de nutrição DSM Firmenich na segunda-feira
A projeção sobre a criação intensiva de animais representa uma virtual estabilidade ante os 7,048 milhões de cabeças de 2022. Ao longo dos anos, o confinamento tem crescido à medida que os pecuaristas brasileiros procuram formas mais eficientes de terminar o gado, disseram executivos da DSM numa conferência de imprensa.
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Confinamento de gado promete recuperação em 2024 com clima adverso, diz DSM
Há também uma perspectiva de melhora para os preços da arroba bovina
Depois de terminar 2023 com a primeira estabilidade desde 2015 no número de cabeças de gado confinadas no Brasil, o confinamento deve voltar a crescer no ano que vem impulsionado, dentre outros fatores, pelo clima adverso, estimou na segunda-feira (27/11) o gerente técnico Latam de Confinamento da dsm-firmenich, Hugo Cunha. A companhia divulgou os dados preliminares do Censo de Confinamento 2023, estimando 7,029 milhões de cabeças confinadas, número estável em relação ao ano passado. “Nossa expectativa para 2024 é de aumento no volume de bois confinados. Estamos sob efeito de El Niño, menos chuva, e o pasto automaticamente vegeta menos”, explicou o executivo. Segundo ele, isso contribui para que o pecuarista precise recorrer à terminação intensiva, principalmente no primeiro giro, que começa ainda no primeiro semestre. Há também uma perspectiva de melhora para os preços da arroba bovina, em vista das mínimas que foram registradas em 2023, com o boi gordo que chegou a ser cotado na casa dos R$ 200. O novo vice-presidente de Nutrição e Saúde Animal da dsm-firmenich para a América Latina, Luiz Fernando Magalhães, que assumirá o cargo no ano que vem, destacou ao Valor que a queda da arroba levou os pecuaristas a comprarem bezerros a preços baixos em 2023, algo que fará a diferença na próxima temporada. “Bezerro com custo mais baixo contribui para que o produtor consiga uma margem melhor no confinamento em 2024. Acho que será um ano melhor”, estimou. O executivo ainda acredita no aquecimento do consumo interno de carne bovina, além de melhor demanda pela China, principal importadora da proteína brasileira, com espaço para alguma recuperação nos preços pagos pela tonelada embarcada. Do ponto de vista de custos, novamente o clima estará no centro das atenções do setor, considerando sua influência sobre as safras de soja e milho. Na avaliação da DSM, o farelo de soja representa de 10% a 12% da despesa com alimentação animal no confinamento, e tem recuado para níveis cada vez menores devido à entrada do subproduto do milho DDG. Por outro lado, o milho segue como responsável da maior parte dos custos da ração animal e corre o risco de ter produção nacional menor no ano que vem, devido ao atraso no plantio da soja 2023/24, que está abaixo da média no Brasil inteiro. “A tendência é de aumento nos preços destes insumos, mas nada que tire a gente do eixo”, disse a especialista comercial e de produtos da dsm-firmenich, Fabiana Fonseca. Segundo ela, o que se vê no mercado neste momento é uma preocupação sobre qual será o tamanho do impacto que o clima adverso deixará para a produção de grãos e isso será determinante para os preços da ração animal no ano que vem. Fabiana ressaltou, porém, que outros países no mundo estão com safras que se desenham muito bem, como a Argentina que está recuperando a produção, e os Estados Unidos. A posição destes países contribui para a movimentação dos preços internacionais das commodities.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA
Dólar à vista fecha quase estável a R$4,8997 na venda
Pela quarta sessão consecutiva o dólar teve pouco fôlego para se afastar da estabilidade, encerrando esta segunda-feira novamente perto dos 4,90 reais, enquanto no exterior o viés predominante para a moeda norte-americana era de baixa, em meio à leitura de que o Federal Reserve pode iniciar o processo de cortes de juros ainda no primeiro semestre de 2024
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8997 reais na venda, em leve alta de 0,01%. Nas últimas quatro sessões o dólar acumulou variação positiva de apenas 0,03% ante o real. Em novembro, a moeda acumula baixa de 2,79%. Na B3, às 17:07 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,04%, a 4,9010 reais.
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Ibovespa fecha em leve alta após sessão de oscilação contida
O Ibovespa oscilou dentro de margem estreita na sessão de hoje, em linha com os índices de Nova York e conforme os mercados globais mostram acomodação após ganhos recentes
Agentes também seguiram atentos às performances das commodities e, na esfera local, à pauta fiscal em Brasília e à possível fusão de Eneva e Vibra. No fim do dia, o índice subiu 0,17%, aos 125.731 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 16,01 bilhões no Ibovespa e R$ 20,50 bilhões na B3. Após avanço mensal relevante, o Ibovespa vem abrandando o ritmo de ganhos nas últimas sessões de novembro, em linha com pares globais. Agentes esperam, depois de reprecificação importante dos índices acionários (principalmente os emergentes), novos gatilhos para que o rali retome o fôlego. “A melhora do cenário de juros no exterior foi o grande catalisador do movimento, permitindo um fechamento da curva local e o avanço da bolsa, que continua descontada, mas agora um pouco menos. Continuamos vendo espaço para mais ganhos, mas será preciso ver uma confirmação da melhora lá fora ou desenvolvimentos da política fiscal interna que tenham impactos positivos nos juros longos”, diz Antonio Heluany, sócio e analista de commodities da Taruá Capital. O executivo nota que os papéis ligados aos juros lideraram os ganhos no período, acompanhando a queda das taxas, mas que o avanço do minério de ferro também ajudou. “Existe agora uma confiança maior com estímulos na China e estamos entrando em período sazonalmente mais apertado em termos de oferta, o que pode manter os preços do minério de ferro em patamares mais elevados”, diz.
VALOR ECONÔMICO
Arrecadação federal tem alta real de 0,10% em outubro após 4 meses de queda, diz Receita
A arrecadação do governo federal teve alta real de 0,10% em outubro sobre o mesmo mês do ano anterior, a 215,602 bilhões de reais, informou a Receita Federal na segunda-feira, no resultado mais alto para meses de outubro da série histórica iniciada em 1995, com dados corrigidos pela inflação
A variação em relação a mês equivalente voltou a marcar sinal positivo após quatro meses consecutivos de queda, processo que vinha gerando preocupação na equipe econômica em meio a esforços para recuperar a base fiscal do governo. O dado de outubro veio levemente acima da expectativa indicada em pesquisa da Reuters, que apontava para arrecadação de 212,5 bilhões de reais. Segundo a Receita, a arrecadação total registra queda ajustada pela inflação de 0,68% no acumulado de janeiro a outubro na comparação com o mesmo período de 2022, a 1,908 trilhão de reais. Os recursos captados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, teve alta real de 0,71% em outubro sobre o mesmo mês do ano passado, a 195,584 bilhões de reais. No acumulado dos dez primeiros meses de 2023 houve alta ajustada pelo IPCA de 0,65%, a 1,807 trilhão de reais, informou o Fisco. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, tiveram mais uma queda real no mês passado, de 5,42%, a 20,018 bilhões de reais, acumulando nos primeiros dez meses do ano baixa de 19,69%.
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Mercado revisa para baixo previsões para inflação em 2023
A expectativa do mercado para a inflação e a economia neste ano sofreram ligeiros ajustes para baixo, de acordo com a pesquisa Focus publicada na segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 caiu pela terceira semana seguida, a 4,53%, de 4,55% antes, ficando assim abaixo do teto da meta. Para o ano que vem a projeção para a inflação permaneceu em 3,91%, enquanto, para 2025 e 2026, segue em 3,5%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano sofreu ajuste de 0,01 ponto percentual para baixo, a 2,84%, enquanto que para 2024 seguiu em 1,50%. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que foi mantida a expectativa de que a taxa básica de juros Selic termine este ano a 11,75%, e o próximo a 9,25%.
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FRANGOS & SUÍNOS
ABPA diz que veto à proposta de desoneração da folha ameaça empregos
O veto da Presidência da República ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento até 31 de dezembro de 2027 ameaça a manutenção de empregos na avicultura e suinocultura brasileira, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
“O veto causa preocupação sobre a manutenção de milhares de empregos na cadeia agroindustrial da avicultura e da suinocultura do Brasil, com efeitos sobre os custos de produção e, consequentemente, sobre o preço dos produtos nas gôndolas”, disse a ABPA em nota. “Diante disto, a ABPA confia que o Congresso Nacional se mobilizará pela derrubada do veto, evitando os efeitos nocivos da não continuidade do formato de contribuição dos 17 setores que mais geram empregos no país.” O Projeto de Lei nº 334/23, de autoria do senador Efraim Filho, propõe a prorrogação da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). O texto foi vetado pela Presidência da República na semana passada, conforme publicação em edição extra do Diário Oficial da União na quinta-feira (23). No veto, o presidente disse que a proposição é inconstitucional e contraria o interesse público já que cria renúncia de receita sem apresentar demonstrativo de impacto orçamentário-financeiro e sem indicar as medidas de compensação. A política de desoneração da folha foi implementada em 2011 e vinha sendo prorrogada desde então. A medida vence em dezembro deste ano.
CARNETEC
Mercado de suínos com cotações estáveis
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 128,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,10/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (24), houve alta somente em Santa Catarina, na ordem de 0,32%, chegando a R$ 6,29/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 6,97/kg), Paraná (R$ 6,46/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,29/kg), e São Paulo (R$ 6,71/kg).
Cepea/Esalq
Futuros de suínos na China despencam 5% à medida que agricultores intensificam o abate
O mercado futuro de suínos mais ativo da China, DLHCV1, caiu mais de 5% nesta segunda-feira (27), depois que os agricultores aumentaram a venda de suínos após vários meses de preços fracos
O contrato de janeiro caiu para 14.740 iuanes (US$ 2.044) por tonelada métrica às 10h47, horário local, mesmo depois que o planejador estatal da China disse na sexta-feira que iria estocar mais carne suína para sustentar os preços. Os preços do suíno comercial na China têm caído desde agosto, em meio a um grande excesso de oferta e fraca demanda. No entanto, o efetivo de porcas do país no final de outubro ainda era maior do que o necessário, com 42,1 milhões de porcos, informou a mídia estatal na semana passada. No entanto, os agricultores começaram a acelerar a redução de rebanhos nas últimas semanas, afetando a confiança do mercado, dizem os analistas. “As grandes empresas estão a reduzir os rebanhos devido à pressão financeira após um ano de perdas profundas, enquanto os pequenos agricultores também estão a vender devido aos crescentes surtos de peste suína africana”, disse Darin Friedrichs, co-fundador da Sitonia Consulting, com sede em Xangai. Os agricultores muitas vezes enviam os animais para o abate antes que o rebanho seja infectado pela propagação de doenças, o que deprime os preços. O contrato para entrega em janeiro caiu mais de 9% até agora em novembro.
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Altas nas cotações para o frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,28%, valendo R$ 7,20/kg
Na cotação do animal vivo, no Paraná o preço não mudou, custando R$ 4,57/kg, e houve avanço de 0,47% em Santa Catarina, valendo R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (24), a ave congelada teve aumento de 0,41%, chegando a R$ 7,41/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,40%, fechando em R$ 7,50/kg.
Cepea/Esalq
Oferta global de carne de frango deve continuar a crescer em 2024, diz Rabobank
A tendência de crescimento na oferta global de carne de frango deve continuar em 2024, um cenário que reduziu preços de exportações do produto ao longo de 2023, segundo relatório divulgado pelo Rabobank neste mês
O banco estima alta de 2,5% na produção de carne de frango brasileira em 2024, 1,7% na produção de carne de frango dos Estados Unidos, 1,3% na produção chinesa e 1,8% na produção da União Europeia. “Itens importantes dos custos de produção como ração, mão de obra, energia elétrica e fretes marítimo e rodoviário devem continuar reduzindo os impactos no setor produtivo e favorecendo as margens da produção”, disse o banco. Nesse cenário, o Brasil deverá aumentar a exportação de carne de frango em 3,5% em 2024, mantendo a competitividade no mercado externo. Os acordos de regionalização firmados com os principais importadores de carne de frango brasileira reduzem riscos de um cenário de sobreoferta no mercado doméstico em caso de focos de gripe aviária em granja comercial, segundo o banco. “Com a expectativa de níveis de oferta de carne bovina ainda elevadas no próximo ano, a alta competitividade com relação a esta proteína [bovina] deve se manter. Porém, o cenário de expectativa de preços médios menores das principais carnes no primeiro semestre pode beneficiar o consumo de ambas as proteínas”, disse o Rabobank. Os custos de produção de frangos devem ficar semelhantes aos níveis observados no segundo semestre deste ano, favorecendo margens de produção.
CARNETEC
Japão detecta primeiro caso de gripe aviária da temporada e abate 40 mil aves
O Japão detectou o primeiro caso de gripe aviária altamente patogênica do tipo H5 nesta temporada em uma granja no sul do país, informou a emissora pública NHK no sábado
O governo local na província de Saga irá abater cerca de 40 mil aves na fazenda, disse a NHK, citando funcionários do Ministério da Agricultura que não foram identificados. Funcionários do ministério não estavam imediatamente disponíveis para comentar fora do horário comercial.
O primeiro-ministro Fumio Kishida reunirá os ministros relevantes para discutir medidas para prevenir a propagação do vírus, disse a NHK. O vírus foi detectado como resultado de testes genéticos realizados depois que algumas aves foram encontradas mortas na fazenda na sexta-feira, disse o relatório. A gripe aviária altamente patogénica espalhou-se por todo o mundo nos últimos anos, levando ao abate de centenas de milhões de aves. No Japão, um recorde de 17,7 milhões de aves de capoeira foram abatidas na última temporada, o que levou as autoridades a permanecerem em alerta máximo.
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