CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1723 DE 02 DE MAIO DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1723 | 02 de maio de 2022

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: Abril fechou com preços da arroba estáveis

Dados apurados pela Scot Consultoria mostram que, nas praças de São Paulo, o boi, a vaca e a novilha gordos continuam cotados em R$ 315/@, R$ 279/@ e R$ 312/@, respectivamente (preços brutos e a prazo)

Com escalas de abate bem posicionadas entre os frigoríficos brasileiros, a última semana de abril fechou com preços estáveis para todas as categorias de bovinos destinados ao abate, informam a consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. Bovinos com padrão para venda ao mercado da China seguem apregoados em R$ 325/@ no Estado de São Paulo, informa a Scot. As indústrias paulistas e outras regiões do País seguem preocupadas com relação à demanda chinesa, que recentemente suspendeu o embarque de carne bovina de algumas unidades brasileiras, alegando problemas relacionados ao vírus da Covid-19.

SCOT CONSULTORIA

Com bloqueios a frigoríficos, China afeta preços do boi em polos do Brasil

Seis plantas já foram suspensas desde março, e não há sinais de retomada

A política de “covid zero” na China deflagrou uma onda de suspensões temporárias às exportações de frigoríficos brasileiros. Ao menos seis plantas já foram bloqueadas desde março. Algumas delas estratégicas, como a unidade da JBS em Mozarlândia (GO), no Vale do Araguaia, uma das principais do país. O movimento deve ter pouco impacto sobre o volume a ser exportado pelo Brasil, mas afetou o preço da arroba do boi gordo nas regiões das unidades suspensas e atrapalhou os planos de pecuaristas. Na região de Mozarlândia, a arroba do boi caiu cerca de R$ 40 em pouco mais de um mês, de R$ 320 para perto de R$ 280. A planta local da JBS é uma das maiores da América Latina, com capacidade de abate de até 80 animais por hora. A empresa não comentou os motivos da decisão chinesa. Em Mozarlândia, produtores e intermediários especulam a possibilidade de uma “paralisação programada” para a troca de máquinas e adaptação do frigorífico para abate de até 2,2 mil animais por dia. Os pecuaristas perderam dinheiro. “Alguns venderam o suficiente para cumprir a folha de pagamento e honrar despesas, e outros tentam negociar fora. A saída do pecuarista, principalmente do invernista, é pouca”, disse o Presidente do Sindicato Rural de Mozarlândia, Belchior Machado. “Se está com animal pronto, normalmente perde”, afirmou. A expectativa é que o retorno dos abates e das vendas à China derrube ainda mais o preço pago pelo boi gordo, pelo aumento da oferta na região de confluência entre Goiás, Mato Grosso e Tocantins. “O frigorífico é dominador do preço. Ainda vai chegar à situação mais crítica, vai forçar mais baixa”, disse Machado. A surpresa desagradável pode pesar sobre as contas dos frigoríficos de menor porte, já que a habilitação para a China é um diferencial das plantas, ainda mais em épocas de consumo doméstico enfraquecido. “Isso é um baque tremendo, já que existe uma diferença abissal entre quem tem China e quem não tem. É quase uma situação de vida ou morte”, afirmou uma fonte do setor. A Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC) também interrompeu por uma semana, a princípio, outra da JBS em Barra do Garças (MT), os frigoríficos da Marfrig em Várzea Grande (MT) e Promissão (SP) e o abatedouro da Naturafrig em Pirapozinho (SP). Outras três plantas de abate de aves foram impedidas de exportar para a China este ano, duas em janeiro e uma em março: a da São Salvador em Itaberaí (GO), a da Bello Alimentos em Itaquiraí (MS) e a da BRF em Lucas do Rio Verde (MT). A planta da BRF de Marau (RS) também foi suspensa, em dezembro de 2021. O Ministério da Agricultura tem recebido os comunicados sobre a suspensão dos frigoríficos por detecção de vestígios do coronavírus e precisa enviar relatórios aos chineses para informar quais ações as empresas têm adotado para evitar novas contaminações. Com isso, a retomada automática das atividades, prevista para ocorrer em sete dias, nem sempre acontece. A avaliação em Brasília é de que o avanço da covid-19 na China elevou a pressão sobre as autoridades do país. No entanto, a realidade é diferente para os Estados Unidos, que conseguiram recentemente centenas de habilitações no sistema de “prelisting”, que tem exigências sanitárias menos restritivas e prevê até permissão para abate de bovinos com mais de 30 meses de idade. Alguns técnicos e representantes da indústria acreditam que um “acordo político de alto nível” com o governo chinês melhoraria a situação para o Brasil. Mas, com as restrições impostas pela pandemia, como a necessidade de quarentena para visitar a China, uma reunião olho no olho entre o Ministro da Agricultura, Marcos Montes, e as autoridades chinesas está longe de acontecer.

VALOR ECONÔMICO

Mapa suspende vacinação contra a febre aftosa em seis estados e no DF a partir de novembro de 2022

O anúncio ocorreu durante a 87ª ExpoZebu, em Uberaba (MG). A ação faz parte do projeto de tornar todo o país livre de febre aftosa sem vacinação até 2026

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá suspender a vacinação contra a febre aftosa em seis estados e no Distrito Federal. A medida ocorrerá após a última etapa de vacinação a ser realizada em novembro. As unidades da Federação integram o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). São elas:  Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. Ao todo, aproximadamente 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país. O anúncio foi feito pelo Ministro Marcos Montes e o Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, durante a abertura da 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG). A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). “Esses estados vão terminar a vacinação em novembro, quando irão parar de vacinar, se preparando para mudar o status para livres de febre aftosa sem vacinação”, explicou o Secretário José Guilherme Leal. A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Nesse momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV, que terão a vacinação suspensa em 2022, e os demais estados que ainda vacinam no país. “Isso será possível porque o pleito não será apresentado à Organização Mundial da Saúde Animal no próximo ano, dando tempo para que os demais estados executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação e, assim, possamos apresentar o pleito de forma conjunta à OIE”, explica o Diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes. Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

MAPA

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em leve alta de 0,07%, a R$4,9435

O dólar fechou em ligeira alta na sexta-feira, ao fim de mais uma sessão volátil que encerrou uma semana de forte instabilidade, a qual por sua vez concluiu um mês iniciado com otimismo e que termina com temor sobre a economia global e incertezas político-fiscais no Brasil

O dólar à vista registrou oscilação positiva de 0,07% nesta sexta, a 4,9435 reais. Ao longo do pregão, variou de alta de 0,41% (para 4,9607 reais) a queda de 1,64% (a 4,8592 reais). Na semana, o dólar valorizou-se 2,85%, maior alta no período desde outubro do ano passado. Em abril, a cotação saltou 3,79%, maior ganho mensal desde setembro de 2021 (+5,36%) e maior apreciação para o mês desde 2020 (+4,69%). Assim, o dólar reduziu as perdas no ano para 11,30%.

REUTERS

Ibovespa cai na sessão e tem pior mês desde março de 2020

O principal índice da bolsa brasileira recuou na sexta-feira, após reverter ganhos no meio da tarde diante de tombo das ações em Wall Street, e fechou o pior mês desde o período inicial da pandemia no país

Siderúrgicas e empresas ligadas ao consumo interno, como o Magazine Luiza e a Locaweb, cederam, enquanto Petrobras e outras petrolíferas subiram. Operadoras de shoppings centers também tiveram dia positivo em meio ao noticiário carregado do setor. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 1,38%, a 108.405,51 pontos, depois de duas altas consecutivas. O volume financeiro foi de 25,9 bilhões de reais. Ainda segundo dados preliminares, o índice recuou 2,4% na semana, quarta baixa semanal seguida, e encerrou o mês em baixa de 9,7%, depois de série de quatro meses de alta. A desvalorização de abril representa o maior recuo em um mês desde março de 2020, quando o índice perdeu 29,9%.

REUTERS

Brasil tem rombo de US$2,4 bi em transações correntes em fevereiro

O Brasil teve um déficit em transações correntes de 2,414 bilhões de dólares em fevereiro, impulsionado por um aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior, mostraram dados do Banco Central na sexta-feira

O saldo do mês veio pior que o rombo de 1,8 bilhão de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters. Com o resultado, o déficit em 12 meses ficou em 1,59% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,71% em janeiro. O dado do mês foi puxado para baixo principalmente pelo déficit na conta de renda primária, de 4,410 bilhões de dólares, ante rombo de 2,487 em fevereiro de 2021. Nesse segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para 2,933 bilhões de dólares, ante 1,043 bilhão de dólares em mês equivalente do ano passado. A despesa líquida com juros, por sua vez, somou 1,5 bilhão de dólares no mês, estável na comparação anual. De acordo com Rocha, o volume de envio de lucros ao exterior reflete o desempenho da atividade econômica e uma ampliação da presença de empresas estrangeiras atuando no Brasil. Os investimentos diretos no país alcançaram 11,843 bilhões de dólares no mês, acima da expectativa no mercado de 10,160 bilhões de dólares. Em fevereiro de 2021, essa conta havia sido de 8,837 bilhões de dólares. “É um fluxo forte de investimento direto no país”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. Segundo ele, o IDP observado em fevereiro foi o maior para o mês em toda a série histórica do BC, iniciada em 1995. O relatório da autarquia faz um recorte por magnitude desses investimentos. No mês, houve um total de 4,5 bilhões de dólares em transações de IDP com valores acima de 1 bilhão de dólares. Em fevereiro, o superávit da balança comercial foi de 3,508 bilhões de dólares, superior ao déficit de 357 milhões de dólares do mesmo mês do ano passado. O movimento foi impulsionado por um crescimento mais forte das exportações, de 43,6%, sob efeito da elevação de preços de commodities, enquanto as importações tiveram alta de 19,8%. Já o rombo na conta de serviços ficou em 1,777 bilhão de dólares, contra 1,416 bilhão de dólares no mesmo mês do ano passado. Os gastos líquidos com viagens internacionais subiram a 445 milhões de dólares, de 28 milhões de dólares um ano antes, quando o mundo enfrentava restrições mais intensas por conta da pandemia de Covid-19. No mês passado, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram 1,8 bilhão de dólares em entradas líquidas. Apesar da elevação dos juros no país, o que torna mais atrativo o investimento em renda fixa, houve saída de 3,0 bilhões de dólares em títulos de dívida. Por outro lado, foi registrado ingresso de 4,8 bilhões de dólares em ações e fundos de investimento.

REUTERS                  

IPPA/CEPEA: Com quedas para grãos, pecuária e HF e forte alta para café, IPPA se estabiliza no 1º tri de 2022

No primeiro trimestre de 2022 o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) avançou ligeiro 0,3%, em termos reais, frente ao mesmo período do ano anterior

Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, esse cenário esteve atrelado ao equilíbrio gerado por quedas reais nos preços dos Índices de grãos, pecuária e hortifrúti e pela significativa valorização registrada para o café, que impulsionou o Índice formado por este produto e pela cana. No caso do IPPA-Grãos/Cepea, a baixa real foi de 2% na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, movimento que esteve atrelado às desvalorizações registradas para o milho (-2,8%), soja (-4,5%) e, sobretudo, do arroz (-40,4%). Quanto ao IPPA-Pecuária/Cepea, as quedas reais nos preços da arroba bovina (-3%), do frango (-1,7%), do suíno (-35%), do leite (-7,7%) e dos ovos (-5%) influenciaram a baixa de 9,4% do Índice no primeiro trimestre de 2022. O IPPA-Hortifrutícolas/Cepea recuou 2,5% entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2021, influenciado pelas desvalorizações observadas para a batata (-53,6%), a banana (-5,8%) e a laranja (-0,9%). Já o IPPA-Cana e Café/Cepea, por sua vez, avançou expressivos 44,4%, impulsionado sobretudo pela intensa valorização do café (76,7%) e pela alta da cana (de 33,7%). Pesquisadores do Cepea ressaltam que essa manutenção do IPPA/Cepea no primeiro trimestre de 2022 se trata de uma estabilidade em termos reais – os preços agropecuários apresentaram elevações nominais importantes, mas isso também foi verificado para o IPA-OG-DI produtos industriais, que avançou 17,62% na comparação entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022. Logo, os preços dos produtos agropecuários se mantêm em patamares elevados, e isso é reflexo das sucessivas altas verificadas especialmente a partir de meados de 2020. De modo geral, esse comportamento está atrelado à desvalorização cambial e ao ajustamento entre demanda e oferta globais de produtos agroalimentares, com a oferta limitada pelo clima desfavorável. No período mais recente, o panorama geral foi agravado ainda pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e a Ucrânia. Para os próximos meses, pesquisadores do Cepea indicam que ainda há grande indefinição, mas as condições de oferta e demanda e o cenário macroeconômico, em geral, apontam para a manutenção de patamares elevados dos preços.

CEPEA

Desemprego se desliga mais dos efeitos da PANDEMIA, mas tem cenário econômico desafiador

Especialistas destacam taxa de participação da força de trabalho, ainda relativamente baixa. Mao de obra “desperdiçada” no país fica em 26,8 milhões de pessoas, diz IBGE

Os últimos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua reforçam a leitura de que o mercado de trabalho brasileiro pode estar mais apertado do que parece, sugere o J.P. Morgan. Em relatório a clientes, o banco ressalta ainda o fato de que as taxas de demissão estarem subindo, ainda que a taxa de participação esteja estável desde o fim do ano passado. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país atingiu 11,1% no primeiro trimestre de 2022. O dado representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior (11,1%) e ficou abaixo do trimestre móvel encerrado em fevereiro (11,2%). Nas contas dos economistas do J.P., a taxa de desocupação com ajuste sazonal caiu a 10,9% em março, o menor nível desde o início de 2016. “O recuo foi resultado tanto de uma forte geração de emprego – que cresceu 0,7% na passagem do mês, com ajuste, no ritmo mais intenso desde setembro, e de alguma estabilização na taxa de participação”, afirmam. O relatório ressalta ainda que, fora do setor industrial, a renda média nominal segue crescendo, mas renda real segue prejudicada pela inflação em alta. “Estimamos que os salários estão crescendo a uma taxa de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado na construção civil e 10,2% no setor de serviços”, dizem os economistas do J.P. O desemprego no país também ficou abaixo da mediana das expectativas de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma taxa de 11,4%. O intervalo das projeções ia de 11,3% a 11,7%. A estabilidade da taxa de desemprego no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores surpreendeu, mas pode ser explicada pela manutenção do ímpeto da geração de vagas que era vista no fim do ano passado, bem como uma taxa de participação ainda relativamente baixa, diz o economista da Guide, Victor Beyruti. “Houve ainda queda da informalidade e da subocupação. Tudo isso contribui para uma melhora do rendimento nominal e do salário médio”, diz o analista. A renda média real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 2.548 no primeiro trimestre, um aumento de 1,5% frente ao quarto trimestre (R$ 38 a mais). Este é a primeira alta frente ao trimestre anterior desde setembro de 2020, segundo a Pnad Contínua. Apesar dos dados positivos, a Guide entende que a taxa de ocupação da economia deve permanecer baixa, à medida em que a taxa de participação se recupera apenas lentamente. “Com a normalização da pandemia, também devemos ver alguma diminuição desse ímpeto, levando em conta ainda a piora esperada da economia e o aperto monetário promovido pelo Banco Central. Já o rendimento real dos trabalhadores pode ver alguma melhora, já que a inflação deve desacelerar”, diz Beyruti. A Guide espera uma taxa de desemprego de 11,4% no fim do ano, com população ocupada de 95,5 milhões.

VALOR ECONÔMICO

MEIO AMBIENTE

Fonterra usa algas na ração de vacas para reduzir gases de efeito estufa

Cooperativa neozelandesa é a maior exportadora de laticínios do mundo

A cooperativa Fonterra, da Nova Zelândia, maior exportadora de laticínios do mundo, divulgou que decidiu ampliar o uso de um suplemento de algas marinhas na ração de suas vacas como parte de seus esforços para redução das emissões de gases de efeito estufa. Pesquisas de laboratório mostraram que a alga Asparagopsis tem potencial para diminuir em 80% o metano expelido pelo gado, afirmou a central, em comunicado. A Fonterra vem fazendo testes com o suplemento em uma fazenda na Tasmânia desde 2020, e agora levará as pesquisas a mais fazendas na Austrália. “Nos últimos dois anos, 900 vacas leiteiras foram alimentadas com pequenas quantidades do suplemento de algas marinhas. Os resultados foram promissores em cada etapa”, disse Jack Holden, Gerente Geral de Sustentabilidade da Fonterra para a Ásia-Pacífico. A australiana Sea Forest é a fornecedora do suplemento. Segundo Holden, os testes com o suplemento passarão agora a ser feitos em escala comercial. “Precisamos descobrir se podemos usar o suplemento de forma segura para as vacas, segura para os consumidores e para garantir que não haja impacto no sabor ou na qualidade do leite”, diz. A Nova Zelândia quer reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 50% até 2030, mas sua dependência da atividade agropecuária, especialmente da criação de vacas e ovelhas, grandes produtoras de metano, representa um sério desafio. A Fonterra tem a aspiração de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2050. Como parte desse trabalho, a cooperativa está explorando uma série de alternativas. Um desses projetos, batizado de Kowbucha, reproduz microorganismos que inibem a produção de metano no sistema digestivo das vacas. “Entendemos que as mudanças climáticas são um dos desafios mais prementes do nosso tempo. Ao longo de nossa cadeia de suprimentos, estamos continuamente procurando maneiras mais eficientes e ecológicas de produzir e distribuir nossos laticínios. Acreditamos que não haverá uma solução única para o desafio do metano, por isso estamos investigando várias opções diferentes”, disse a Fonterra. Segundo a cooperativa, o teste de algas marinhas da Tasmânia não causou problema algum com a qualidade do leite, a saúde dos animais animal ou a produção.

VALOR ECONÔMICO

EMPRESAS

JBS compra duas fábricas no Oriente Médio e anuncia CEO para a região

Negócio faz parte da estratégia da companhia brasileira de expandir a presença no mercado islâmico

A JBS anunciou a compra de duas fábricas de alimentos congelados no Oriente Médio, uma na Arábia Saudita e a outra nos Emirados Árabes. Junto com as aquisições, a companhia criou sua própria rede com três centros de distribuição próprios para levar produtos aos dois países, bem como ao Kuwait. Além do negócio, cujo valor não foi divulgado, a JBS nomeou Mohamed Mahrous como CEO (Presidente Executivo) da região. Segundo a empresa, o Mahrous tem mais de 30 anos de experiência e ocupou cargos de comando em empresas de alimentos locais. Os anúncios fazem parte da estratégia da companhia brasileira de expandir a presença na produção e distribuição de alimentos preparados para se tornar uma referência no mercado islâmico. No comunicado, Mahrous diz que o objetivo é ampliar as vendas no Oriente Médio e norte da África nos próximos cinco anos, dentro de uma estratégia de reposicionamento que envolve mudanças nas embalagens dos produtos, maior diversidade nas linhas premium, linhas de produção e novos canais de venda, incluindo o digital. Segundo Wesley Batista Filho, CEO do grupo líder no mercado de proteínas, a JBS já tem boa presença comercial no Oriente Médio por meio de exportações, mas decidiu fortalecer sua posição na região com uma “robusta” operação local.

O ESTADO DE SÃO PAULO

FRANGOS & SUÍNOS

RS: preço médio do suíno independente registra leve alta

A Pesquisa Semanal do Preço do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou, na sexta-feira (29), a média de R$ 6,26 para o preço pago pelo quilo do suíno independente

O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 90,00. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.571,67 e da casquinha de soja é de R$ 1.070,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 5,02. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,10 (base suíno gordo) e R$ 5,20 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 09/02; Cooperativa Languiru R$ 5,20, vigente desde 14/02; Cooperativa Majestade R$ 5,10, vigente desde 09/02; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,20, vigente desde 08/02; Alibem R$ 4,10 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,20 (leitão), vigentes desde 10/02, respectivamente; BRF R$ 5,30, vigente desde 09/02; Estrela Alimentos R$ 4,10 (base creche e terminação), vigente desde 08/02, e R$ 5,15 (leitão), vigente desde 09/02; JBS R$ 5,30, vigente desde 18/01; e Pamplona R$ 5,10 (base terminação) e R$ 5,20 (base suíno leitão), vigentes desde 09/02.

Acsurs                          

Ave viva sobe no PR e recuo para o frango no atacado paulista

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado cedeu 0,67%, chegando a R$ 7,45/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, e o Paraná registrou alta de 1,06%, custando R$ 5,70/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (28), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,95/kg e R$ 7,96/kg.

Cepea/Esalq     

Frango/Cepea: Exportação elevada impulsiona preço da carne no BR; peito e filé renovam recordes

Mesmo com os recentes recuos dos preços da carne de frango, os altos patamares registrados no começo de abril garantiram aumento na média mensal

No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado registra média de R$ 7,90/kg na parcial de abril (até o dia 28), 11,2% superior à de março e a maior, em termos nominais, desde outubro de 2021. Para o produto resfriado, a valorização mensal é de 11,9%, com a média a R$ 7,91/kg neste mês. Para os corte e miúdos, o cenário também foi de alta no comparativo mensal, principalmente para o peito e o filé de peito comercializados no atacado da Grande SP, cujos valores renovaram os recordes nominais nas respectivas séries do Cepea, iniciadas em 2004. Para o filé de peito congelado, a média da parcial de abril está em R$ 15,55/kg, alta de 8,6% frente à de março. Quanto ao peito, a média mensal está em R$ 11,66/kg, forte aumento de 18,8%. Segundo pesquisadores do Cepea, um dos principais fatores que vem mantendo em alta o preço médio da proteína no Brasil é o contexto internacional. A oferta mundial de carne de frango tem sido limitada por casos de gripe aviária em importantes países produtores, como os Estados Unidos. Além disso, o conflito na Ucrânia interrompeu a produção do país, que é um grande player mundial. Diante disso, a demanda externa tem se voltado ao Brasil. Relatório preliminar da Secex aponta que, nos 14 primeiros dias úteis de abril, a média de exportação diária de carne de frango in natura foi de 22,8 mil toneladas, a maior da série histórica, iniciada em 1997.

CEPEA

INTERNACIONAL

Rebanho de porcas matrizes da China encolhe, diz Ministério da Agricultura

O rebanho de porcas matrizes da China no final de março caiu 3,3% em relação ao mês anterior, para 41,85 milhões de cabeças, mostraram dados do Ministério da Agricultura na sexta-feira

A contagem caiu 3,1% em relação ao ano anterior. Em termos de porcos, a China tinha 422,53 milhões de cabeças no final de março, uma queda de 5,9% em relação ao mês anterior, mostram os dados. O rebanho de suínos vem diminuindo nos últimos meses devido às baixas margens dos suínos, embora um recente aumento nos preços da carne suína possa evitar quedas mais significativas. Pequim tem estocado carne suína para suas reservas estatais em um esforço para sustentar os preços e as margens dos suínos.

REUTERS         

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