
Ano 8 | nº 1719 | 26 de abril de 2022
NOTÍCIAS
Boi gordo: preços estáveis ou em queda na maioria das praças do País
Segundo a Scot Consultoria, a cotação do boi gordo permanece em R$ 315/@ nas regiões paulistas, enquanto a vaca gorda é negociada por R$ 279/@ e o valor da novilha gorda sai por R$ 312/@ (preços brutos e a prazo)
Já o levantamento diário da equipe de analistas da IHS, detectou, na segunda-feira, queda no preço do boi gordo em São Paulo, que saiu do patamar de R$ 332/@, na sexta-feira, para R$ 327/@. Também apurou retração nos preços dos machos terminados nas praças do Mato Grosso do Sul. Temperaturas mais baixas e a ausência de chuvas nas áreas de pecuária do MS já consolidam um cenário de risco elevado na retenção de animais nas propriedades, avaliam os analistas da IHS. Pela apuração dos analistas da Scot Consultoria, nas praças do interior de São Paulo, os preços do boi gordo seguem estabilizados desde 13 de abril, refletindo o maior equilíbrio entre oferta e demanda. Para os machos com padrão para exportação, os negócios no Estado de São Paulo giram em torno de R$ 325/@, acrescenta a Scot.
SCOT CONSULTORIA/IHS
Boi: tendência é que demanda suba para Dia das Mães
A semana iniciou com tentativas de negócios abaixo da referência média, de acordo com análise da consultoria Safras & Mercado
O mercado físico de boi registrou preços acomodados na segunda-feira (25). De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a semana iniciou com tentativas de negócios abaixo da referência média. Os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição confortável em suas escalas de abate e seguem exercendo pressão sobre os criadores. Os embargos provisórios impostos sobre unidades frigoríficas brasileiras ainda são fator importante a ser considerado, moldando as estratégias dos frigoríficos exportadores na compra de gado, segundo a consultoria. “Para o pecuarista a tendência é de perda de capacidade de retenção conforme as pastagens vão perdendo qualidade no decorrer do segundo trimestre, e este é mais um elemento de pressão que precisa ser considerado. Como ponto de sustentação precisa ser mencionada a data comemorativa do Dia das Mães, período que costuma produzir efeito positivo sobre a demanda de carne bovina”, disse Iglesias. Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 323 a arroba. Já em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 292. O valor da arroba em Cuiabá (MT) ficou em R$ 293. Em Uberaba (MG), por sua vez os preços ficaram a R$ 310 por arroba. Em Goiânia (GO) a indicação foi de R$ 300 para a arroba do boi gordo. No mercado atacadista do boi, o dia foi de preços estáveis para a carne bovina. Segundo Iglesias, a tendência de curto prazo ainda aponta para alguma queda dos preços. Haveria maior espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena de maio, considerando a entrada dos salários na economia somado ao adicional de demanda proveniente das comemorações relacionadas ao Dia das Mães. O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,50 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,60 por quilo. A ponta de agulha teve preço de R$ 15,70 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Exportação de carne bovina vai a 119,4 mil toneladas até 4ª semana de abril
Os embarques não estão sentindo o impacto da suspensão da China em algumas plantas frigoríficas brasileiras. Volume exportado neste mês deve ser superior ao observado no mesmo período do ano passado.
Segundo a Secretária Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne bovina in natura alcançaram 119,4 mil toneladas até a quarta semana de abril. A estimativa é que o volume neste mês fique acima do ano anterior, com 125,4 mil toneladas em 20 dias úteis. A média diária movimentada ficou em 8,5 mil toneladas, avanço de 36,00% frente abril do ano passado, com 6,2 mil toneladas. Para analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho das exportações segue aquecido, mas é preciso lembrar que esses contratos foram fechados nas semanas anteriores. “O efeito da suspensão de algumas plantas frigoríficas pela China em virtude da covid-19 deve demorar para ter reflexo sobre os embarques”, revelou. Para ele, é importante destacar que o faturamento até a quarta semana já ultrapassou o valor negociado no mês de abril do ano anterior e o volume exportado também deve finalizar com saldo positivo. O valor negociado até a quarta semana de abril ficou em US$ 739 milhões, contra todo abril do ano anterior com US$ 597,9 milhões. A média diária ficou em US$ 52,7 milhões, alta de 76,6,00%, frente a abril do ano passado, com US$ 29,8 milhões. Os preços médios ficaram em US$ 6.187 por tonelada, alta de 29,80% frente aos dados divulgados em abril de 2021, com preços médios de US$ 4.765 por tonelada.
AGÊNCIA SAFRAS
Abates de bovinos no RS caem 10% no 1º tri
Os abates de bovinos no Rio Grande do Sul somaram 419,86 mil cabeças no primeiro trimestre, uma queda de 10% em relação ao mesmo trimestre de 2021, segundo dados do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na segunda-feira (25)
A produção total de carne estimada por meio dos abates no Rio Grande do Sul no primeiro trimestre é de 9,93 mil toneladas, queda de 6% ante o mesmo período do ano passado. “A retenção de fêmeas, a forte seca local, os custos altos dos grãos e rações para engorda, e a diminuição de rebanho nos anos anteriores, explicam este comportamento pelo lado da oferta e a queda no consumo interno pelo lado da demanda”, disse o Nespro na Carta Conjuntural. Houve queda de 40,2% no abate de fêmeas no período, considerada “muito significativa” pelo Nespro, para 168,9 mil cabeças. Os abates de machos com mais de 36 meses de idade caíram 19%. “No primeiro trimestre de 2022, foi observado o menor abate nos últimos quatro anos, com uma queda de 21% em relação ao maior volume alcançado em 2019. A média dos quatro anos foi de 472 mil cabeças”, disse o Nespro. O início da entressafra no RS, com os históricos aumentos de preços pelo boi gordo, é esperado para o segundo trimestre. “Contudo, alguns elementos ainda constituem incertezas para um prognóstico mais preciso, devido às áreas que serão ocupadas por cereais de inverno, os efeitos residuais da estiagem, a provável habilitação de uma nova planta frigorífica para exportação à China e o nível de retenção de matrizes que ocorrerá após o diagnóstico de gestação que está ocorrendo neste momento.”
CARNETEC
Carne bovina: guerra não terá impacto na demanda, mas custo deve subir, avalia Embrapa
Elevação dos custos na cadeia produtiva da carne bovina brasileira deve fazer com que haja um aumento no processo inflacionário, diz análise
A guerra no Leste Europeu não deve ter forte impacto na demanda por proteínas brasileiras, já que a Rússia e a Ucrânia são compradores com pouca relevância comparados a outros países. A avaliação consta em boletim da Embrapa, que ressalta, que as importações dos dois países envolvidos no conflito representam no mercado global 1,9% de carne bovina, 2,6% da proteína de frango e 1,1% de suínos. Por outro lado, a Embrapa destaca que a forte demanda chinesa e norte-americana deve manter o bom desempenho das exportações de carne bovina brasileira enquanto durar o conflito. Uma evidência disso foram os embarques do mês de março, que atingiram um volume recorde para o mês, de 169,41 mil toneladas, o que representou um avanço de 26,6% sobre o resultado obtido em igual mês de 2021, de 133,82 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Entretanto, os russos são parceiros estratégicos como fornecedores de fertilizantes para a nossa produção. O principal insumo utilizado na agricultura é o fertilizante. Estima-se que cerca de 20% dos fertilizantes do complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) importados anualmente pelo Brasil vêm da Rússia. A produção de bovinos de corte no Brasil é, substancialmente, feita em pastagens e que demandam práticas de adubação. O impacto do conflito no Leste Europeu será significativo nos fertilizantes, caso haja desabastecimento ou aumento de preço dos principais produtos. “O aumento dos preços das commodities certamente vai afetar o custo da produção de proteína animal, com maior impacto para aves e suínos, mas também para a bovinocultura de corte intensiva, que se utiliza da ração como fonte de nutrição dos animais”, ressalta o boletim da Embrapa. A elevação dos custos de produção na cadeia produtiva da carne bovina brasileira deve fazer com que haja um aumento no processo inflacionário e uma pressão de repasse ao longo da cadeia de produção atingindo o consumidor final, que já se defronta com uma situação inflacionária no mercado doméstico. Mesmo antes da guerra, o cenário mais otimista para trajetória de queda no preço da carne era 2023. “Em um cenário de retomada econômica lenta, no qual a recuperação de empregos tem ocorrido, mas com redução de renda da população empregada, pode-se esperar novas reduções no consumo per capita de carne, já bastante baixos. Todavia, é possível que essa queda seja amenizada pelo fato de ser um ano de eleição, que, historicamente, aquece o mercado”, ressalta o boletim da Embrapa.
EMBRAPA
ECONOMIA
Dólar ainda tem maior alta de 2 dias em cinco anos
O dólar voltou a registrar firme alta contra o real, fechando na segunda-feira no maior patamar em mais de um mês, mas depois de bater 4,95 reais a moeda perdeu força e encerrou abaixo de 4,90 reais
O dólar spot subiu 1,46%, a 4,8768 reais na venda. É o maior valor desde 22 de março passado (4,9153 reais). Do meio da manhã para a frente à moeda norte-americana começou a ganhar tração no exterior de forma concomitante à deterioração dos mercados na Europa e à queda das matérias-primas por temores relacionados à economia chinesa e a um banco central nos EUA mais agressivo na política monetária. Em dois pregões, o real amarga o pior desempenho entre seus principais pares emergentes. A alta do dólar acumulada no período é de 5,59%, a mais forte na mesma base de comparação desde 18 de maio de 2017 (+9,48%). Apenas naquela data, o dólar disparou 8,15%, reagindo à bomba no mundo político após delação de Joesley Batista, um dos sócios da JBS, ter envolvido o então Presidente da República Michel Temer. E ruídos de natureza política voltaram a pesar sobre o mercado nos últimos dias. Investidores tiveram de lidar com novas manchetes sobre chances de aumento de gastos com o Auxílio Brasil, num contexto em que investidores já questionam as políticas econômicas a serem adotadas pelo governo que tomar posse em 2023. Paralelo a isso, a crise entre os Poderes voltou a ocupar os holofotes após o Presidente Jair Bolsonaro anunciar na quinta-feira passada decreto concedendo perdão ao deputado Daniel Silveira, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por crimes de coação no curso do processo e atentado ao Estado Democrático de Direito. “Mais preocupante, contudo, foi a tensão criada entre o Ministro Barroso do STF e as Forças Armadas sobre a lisura das urnas eletrônicas. Este assunto cria um clima de instabilidade forte para o pleito de outubro, e este tema é central para muitos investidores internacionais que veem na estabilidade democrática um ponto fundamental para investimentos de longo prazo”, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos. “Está evidente que o mercado está de olho já na eleição, e as rusgas trocadas por um Ministro do Supremo e as Forças Armadas não é um sinal alvissareiro”, finalizou.
REUTERS
Ibovespa reflete humor do mercado global e tem sexta queda seguida
Sexto dia consecutivo de perdas – sequência de baixas mais extensa em 15 meses
O índice terminou o dia em queda de 0,35%, aos 110.684,95 pontos. O volume financeiro negociado no Ibovespa ontem foi de R$ 20,46 bilhões, abaixo da média diária anual de R$ 23 bilhões. Segundo a equipe do Itaú BBA, “o índice perdeu um importante suporte em 112,5 mil pontos, indicando que poderá continuar o movimento de baixa no médio prazo. Os próximos suportes estão em 110,6 mil pontos e 107,8 mil pontos”, dizem. Já os profissionais da Ágora destacaram que “os próximos dias serão decisivos para identificar a tendência de curto prazo, pois em caso de confirmação da perda dos 111,6 mil pontos, o índice passaria a trabalhar com um viés negativo, com próximos apoios em 109,4 mil pontos e 107,7 mil pontos”. A segunda-feira foi marcada por novos movimentos de aversão ao risco e fuga de ativos ligados ao crescimento global, como commodities. Diante dos receios de que a China imponha um lockdown na capital do país e do impacto que as medidas de contenção da pandemia podem provocar na atividade da segunda maior economia do mundo, os investidores voltaram a diminuir as expectativas com o cenário de crescimento à frente. Riscos de inflação, taxas mais altas nos EUA e desaceleração da China são vistos como ventos contrários importantes para a estratégia de ‘comprar’ América Latina”, afirma a equipe de pesquisa global do BofA.
VALOR ECONÔMICO
Poupança tem saque líquido de R$15,356 bi em março, diz BC
A caderneta de poupança registrou saque líquido de 15,356 bilhões de reais em março, mostraram dados do Banco Central na segunda-feira
Desse total, os saques superaram os depósitos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no valor de 12,597 bilhões de reais. Já na poupança rural, as saídas foram de 2,759 bilhões de reais. Em fevereiro, havia sido registrada uma retirada líquida de 5,35 bilhões de reais. No mês anterior, o BC apontou um saque líquido de 19,7 bilhões de reais, maior resgate já observado para todos os meses da série histórica iniciada em 1995.
REUTERS
Confiança do consumidor sobe ao maior nível desde agosto de 2021, diz FGV
Enfraquecimento do surto de Ômicron e medidas para aliviar a pressão da inflação sobre a população ajudam a explicar a alta de 3,8 pontos em abril ante março
A confiança do consumidor subiu 3,8 pontos em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou na segunda-feira, 25, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 78,6 pontos, maior nível desde agosto de 2021, quando era de 81,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice aumentou 1,5 ponto. “Os resultados positivos deste mês parecem estar relacionados ao fim do surto da variante ômicron e ao anúncio de um pacote de medidas para aliviar a pressão da inflação e dos juros sobre as finanças familiares mediante a liberação de saques do FGTS, antecipação de 13º de aposentados e facilitação de acesso ao crédito. Houve diminuição do pessimismo com relação ao mercado de trabalho, mas a da inflação e os juros elevados ainda preocupem as famílias, que continuam cautelosas com relação à realização de compras de alto valor”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial. Em abril, o Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 3,8 pontos, para 69,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,6 pontos, para 86,1 pontos. A avaliação dos consumidores com relação à situação financeira das famílias subiu 5,5 pontos, para 62,4 pontos. Houve melhora também da percepção sobre o estado geral da economia, que cresceu 2,0 pontos, para 76,4 pontos. O item que mede a perspectiva sobre a situação econômica geral nos próximos meses avançou 8,3 pontos, para 101,6 pontos. As expectativas para as finanças familiares tiveram alta de 1,2 ponto, para 90,9 pontos. “Apesar do resultado positivo das perspectivas sobre economia e finanças familiares, a intenção de compras de bens duráveis segue fraca e com tendência indefinida. O indicador relacionado a este tema acomodou na margem ao variar 0,9 ponto, para 67,7 pontos”, ressaltou a FGV. A análise por faixa de renda mostrou piora da confiança apenas no grupo com renda familiar mensal entre R$ 2.100,01 e 4.800,00, com queda de 0,9 ponto, para 68,8 pontos. A alta mais forte na confiança ocorreu entre consumidores mais pobres, com renda familiar de até R$ 2.100,00 mensais: alta de 7,2 pontos, para 76,2 pontos, maior valor desde março de 2020.
O ESTADO DE SÃO PAULO
EMPRESAS
Minerva Foods anuncia pagamento de R$ 200 mi em dividendos
A Minerva Foods disse na segunda-feira (25) que pagará R$ 200 milhões em dividendos complementares referentes aos resultados de 2021 aos acionistas, conforme aprovado em assembleia. O valor pago por ação ordinária será de R$ 0,3423308100. Acionadas da companhia na data de 27 de abril terão direito ao recebimento dos dividendos.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Alta nos preços do suíno no mercado paulista
De acordo com análise do Cepea/Esalq, para o suíno vivo, além da demanda aquecida, a oferta controlada e os preços ainda elevados dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, motivam produtores a buscarem maiores valores na comercialização do animal
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 1,69%/4,00%, chegando a R$ 120,00/R$ 130,00, enquanto a carcaça especial aumentou até 1,05%, custando R$ 9,20 o quilo/R$ 9,60 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (22), houve aumento de preço em Santa Catarina, na ordem de 0,93%, atingindo R$ 5,40/kg, e de 0,78% em São Paulo, alcançando R$ 6,47/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, valendo R$ 6,67/kg, R$ 5,48/kg no Paraná e R$ 5,48/kg no Rio Grande do Sul.
Cepea/Esalq
Suínos: Volume exportado sobe, mas preço cai
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a quarta semana de abril (14 dias úteis), tiveram aumento no volume e os preços em queda
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a preocupação é justamente a queda da média de preço, que perpassa a questão dos preços baixos da carne suína produzida localmente na China. “Em relação ao lockdown em Xangai, a movimentação está mais lenta, mas as cargas estão entrando. Então acredito que este fator específico não esteja sendo um impedimento”, disse. A receita das exportações até aqui, US$ 148,7 milhões, representa 68,47% do montante obtido em todo abril de 2021, com US$ 217,2 milhões. No volume embarcado, as 67.133 toneladas são 77% do total exportado em abril do ano passado, com 87.266 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 10,6 milhões valor 2,2% menor do que abril de 2021. Em toneladas por média diária, 4.795 toneladas, avanço de 9,9% no comparativo com o mesmo mês de 2021. No preço pago por tonelada, US$ 2.216 ele é 11% inferior ao praticado em abril passado.
AGÊNCIA SAFRAS
Frango: altas na ave congelada e resfriada
De acordo com análise do Cepea/Esalq, a conjuntura internacional de menor oferta desse produto – por conta dos conflitos no leste europeu e casos de gripe aviária em países produtores como os Estados Unidos – tem aumentado a demanda pela carne de frango nacional.
As exportações brasileiras estão aquecidas, o que, por sua vez, vem limitando a oferta doméstica e resultando em alta nos preços, mesmo diante da demanda nacional enfraquecida. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado caiu 1,03%, chegando em R$ 7,70/kg, o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,64/kg.
Cepea/Esalq
Embarques de carne de frango já superam em 11% a receita de todo abril/21
Casos de influenza aviária no hemisfério norte continuam favorecendo a mercadoria brasileira
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de abril (14 dias úteis) já superou em 11% o faturamento de todo o mês de abril de 2021. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os embarques de carne de frango brasileira seguem muito bem, ainda “surfando” na onda dos surtos de influenza aviária no hemisfério norte. “Agora com o dólar sendo valorizado novamente o setor tem uma rentabilidade melhor. Os custos ainda dão uma dificultada, mas a entrada da safrinha deve dar uma aliviada nessa relação de troca”, afirmou. A receita obtida com as exportações de carne de frango, US$ 609,2 milhões, superou em 11% o montante obtido em todo abril de 2021, que foi de US$ 547,7 milhões. No volume embarcado, as 319.289 toneladas, elas são 88% do total exportado em abril do ano passado, com 362.613 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 43,5 milhões, valor 58,9% maior do que abril de 2021. Em toneladas por média diária, 22.806 toneladas, ampliação de 25,8% no comparativo com o mesmo mês de 2021. No preço pago por tonelada, US$ 1.908, ele é 26,3% superior ao praticado em abril passado.
AGÊNCIA SAFRAS
USDA informa surto de gripe aviária em fazenda na Holanda
Surto foi identificado em Barneveld, que é geralmente chamada de capital avícola da Holanda e possui 229 granjas avícolas
A Holanda registrou um surto de influenza aviária em uma fazenda com 35 mil galinhas poedeiras em Barneveld, no dia 15 de abril. Desde outubro do ano passado, o país já registrou pelo menos 37 surtos da doença. As informações são do Grain Report e foram elaboradas por adidos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Para tentar conter o avanço do surto, o governo holandês impôs uma série de medidas de proteção, como o abate dos animais da fazenda pelas autoridades de segurança alimentar e de produtos de consumo. Animais de propriedades localizadas num raio de um quilômetro ao redor da fazenda afetada também serão abatidos. As fazendas de aves localizadas num raio de três quilômetros ao redor da propriedade afetada serão testadas para detectar a presença do vírus. Num raio de 10 quilômetros da fazenda infectada, será banido o transporte de aves, ovos, esterco e cama de aves, bem como de outros produtos de origem animal das granjas comerciais. Segundo o Grain Report, o setor avícola holandês é o maior exportador de carne de frango da União Europeia para destinos de fora do bloco, mas desde 2020 as vendas vêm recuando devido aos surtos de gripe aviária e à Covid-19. Cerca de 36 países impuseram proibições às importações de carne de aves da Holanda, das quais dez adotaram a medida a partir de outubro do ano passado.
Grain Report
México detecta vírus H7N3 da gripe aviária em duas fazendas no estado fronteiriço dos EUA
O Ministério da Agricultura do México informou neste final de semana o surto do vírus da gripe aviária H7N3, altamente patogênico, em duas granjas no estado de Coahuila, no norte do país, que faz fronteira com o Texas
A cepa existe em algumas regiões do país desde 2012, disse o ministério em comunicado. As autoridades colocaram em quarentena a fazenda afetada e ordenaram o abate de 70.000 galinhas para conter a propagação. As autoridades de saúde estão em alerta para novos vírus no país desde o surto de 2009 do vírus H1N1, conhecido como “gripe suína”, que fechou a capital por vários dias quando foi detectado em humanos.
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