CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1718 DE 25 DE ABRIL DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1718 | 25 de abril de 2022

 

NOTÍCIAS

Cotações do boi china em SP tem novos recuos e já ocorrem na casa dos R$320/@

MT, GO e MG também passaram por correção e tendência é de novas quedas para esta semana

O movimento de pressão negativa nos preços da arroba continua nas principais praças pecuárias. De acordo com o Analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as indústrias frigoríficas se encontram em uma posição confortável com escalas de abate mais confortáveis. “As tentativas de compras para o animal com destino a exportação ficaram próximas de R$ 315,00/@ a R$ 320,00/@, mas acontecem negócios pontuais acima desses valores. Possivelmente, esse será o novo patamar de preços que os frigoríficos vão testar nesta semana”, comentou. Outro fator que o mercado está atento é com os embarques de carne bovina, em que o mês de abril tem apresentando um bom desempenho. O analista explica que esse cenário é reflexo de contratos que foram fechados em semanas anteriores. Nós devemos ter uma mudança na dinâmica de mercado a partir de maio”, disse.

AGÊNCIA SAFRAS

Boi gordo: mercado com tendência de baixa pela maior oferta de boiadas a partir de maio

Segundo a Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, as indústrias frigoríficas ficaram praticamente fora das compras de boiadas na sexta-feira

O boi gordo é negociado por R$ 315/@ nas praças paulistas, enquanto a vaca e novilha gordas valem, respectivamente, R$ 279/@ R$ 312/@ (preços brutos e a prazo), de acordo com os dados apurados pela Scot. Os machos com padrão exportação, o chamado “boi-China, são negociados por até R$ 325/@ no interior de São Paulo, acrescenta a consultoria.

SCOT CONSULTORIA

Com agenda com ministro, fiscais agropecuários adiam decisão sobre operação-padrão

Anffa Sindical, o sindicato da categoria, vai se reunir com Marcos Montes nesta terça-feira

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) vai se reunir na terça-feira (26/4) com o inistro da Agricultura, Marcos Montes, para apresentar as propostas da categoria de reajuste salarial e reestruturação da carreira. Só depois do encontro é que os servidores devem decidir se realizam ou não uma nova operação-padrão. A categoria é contra a proposta de reajuste salarial linear de 5% para os servidores públicos federais. Segundo o sindicato, o percentual não repõe sequer a defasagem nos salários dos auditores fiscais agropecuários, que estão há cinco anos sem reposição das perdas inflacionárias. Apesar de a palavra final sobre eventuais reajustes ser da equipe econômica, a intenção do Anffa Sindical é manter a interlocução com o Ministério da Agricultura. Montes acompanhou o pleito da categoria quando era Secretário Executivo da Pasta. Após a reunião com Marcos Montes, o sindicato deve marcar um encontro na quarta-feira com os delegados sindicais dos Estados. A ideia é avaliar o resultado da agenda com o ministro para discutir novos passos da mobilização. A entidade também marcou reunião com a ex-ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (PP-MS), e o deputado Sanderson (PL-RS). No fim de dezembro, os auditores iniciaram a operação padrão em protesto por melhorias na carreira, que durou até março. A ação gerou filas em postos de fronteira e prejuízos milionários a importadores e exportadores. Os profissionais da categoria são responsáveis por fiscalizar e avaliar as cargas de alimentos e insumos agropecuários que entram ou saem do país e pelas inspeções em estabelecimentos de produção, como os frigoríficos.

VALOR ECONÔMICO

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em alta de 4,07%, a R$4,8065

O dólar disparou na sexta-feira, registrando a maior alta percentual diária desde o começo da pandemia de Covid-19, em março de 2020. Em 2022, o dólar reduziu a desvalorização para 13,76%

O dia foi de forte ajuste de posições no câmbio, movimento ditado pelo nervosismo global que catapultou o dólar lá fora a máximas em mais de dois anos, por receios de um aperto monetário ainda mais acelerado nos EUA.  Preocupações com a economia chinesa –principal destino das exportações brasileiras– também pesaram, e tampouco ajudou renovado ruído político-institucional no Brasil, que, no entanto, investidores avaliaram como tendo impacto limitado no desenrolar do pregão da sexta. O Banco Central entrou em cena e anunciou o primeiro leilão de venda de dólar spot do ano. O Bacen colocou no mercado à vista 571 milhões de dólares, o que ajudou a manter o dólar afastado dos picos intradiários. “Subir até uns 2%, 2,5% estava normal, mas a partir daí começou um problema de liquidez, uma liquidação generalizada, então o BC teve de entrar”, disse Marcos Weigt, Chefe de Tesouraria do Travelex Bank. O dólar chegou ao fim do pregão no mercado à vista com alta de 4,07%, a 4,8065 reais. É o maior valor desde 24 de março passado (4,8311 reais) e a mais forte alta percentual diária desde 16 de março de 2020 (+4,86%). Na semana, a moeda saltou 2,34%, maior ganho desde a semana finda em 19 de novembro de 2021 (+2,81%). A alta desta sexta foi tão expressiva que reverteu a queda do dólar no mês. A moeda agora sobe 0,92% no acumulado de abril –até a sessão anterior, acumulava baixa de 3,03%. Os comentários que mais chamaram atenção foram os do chefe do BC dos EUA, Jerome Powell, que na quinta-feira foi claro ao dizer que uma alta de 0,50 ponto percentual no juro estará “sobre a mesa” quando o Fed se reunir em 3 e 4 de maio para aprovar o próximo do que deve ser uma série de aumentos de taxas neste ano. Profissionais do mercado comentaram que ao longo do dia a impressão de que Roberto Campos Neto, Presidente do Bacen, estaria deixando de buscar a meta de inflação para 2023 causou mais alvoroço e colaborou para o mal-estar geral do mercado.

REUTERS

Ibovespa tem maior queda desde novembro e fecha pior semana em 6 meses

O principal índice da bolsa brasileira desabou na sexta-feira, acompanhando desempenho em Wall Street e refletindo o tombo da véspera nos mercados norte-americanos, quando a B3 fechou para feriado, diante de perspectiva de um aperto monetário mais agressivo nos Estados Unidos

Vale, Petrobras e bancos, ativos com maior peso no índice, foram as principais influências para a baixa. Copel foi a única alta do índice. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 3,14%, a 110.755,74 pontos, o que seria o menor nível de fechamento desde 15 de março e a menor baixa diária desde 26 de novembro. O índice acumula cinco pregões consecutivos de queda. O volume financeiro foi de 25,2 bilhões de reais. Na semana, também segundo dados preliminares, o índice caiu 4,67%, o recuo mais intenso desde a semana encerrada em 22 de outubro. Trata-se da terceira baixa semanal seguida.

REUTERS

MEIO AMBIENTE

Nova tecnologia da Embrapa estimula reciclagem de dejetos animais

Pesquisadores da Embrapa Agroenergia, com sede em Brasília, desenvolveram dois catalisadores metálicos para a produção de carbono e hidrogênio a partir do biogás. As tecnologias têm vida útil maior que as já existentes por serem compostas de metais de terras raras.

O desenvolvimento das tecnologias pode estimular a reciclagem dos dejetos animais, já que um dos métodos de obtenção do biogás no país baseia-se na digestão anaeróbica dos rejeitos. No Brasil, as técnicas de geração de biogás incluem também o uso de biomassa florestal, de resíduos de hortifrúti e até efluentes da cultura do dendê. Ambos os catalisadores foram aprovados em testes de laboratório, de pequena escala, e aguardam parceiros interessados em finalizar a tecnologia e testá-la em plantas industriais. O hidrogênio obtido com uso do catalisador, por exemplo, pode ser empregado em vários processos industriais, como produção de amônia, refino do petróleo, metalurgia e indústria de alimentos. Já o monóxido de carbono é matéria-prima para indústrias como a química e a farmacêutica, entre outras. “O gás de síntese, que é a mistura de hidrogênio e monóxido de carbono, pode ser obtido também de fontes renováveis e usado para a produção de energia e de combustíveis líquidos. Uma forma de obtenção desse gás a partir de fontes renováveis é a reforma do biogás. O gás de síntese possui diversas aplicações, como a produção de hidrocarbonetos, metanol e hidrogênio”, diz o pesquisador Emerson Schultz, que liderou o desenvolvimento dos catalisadores. A conversão do biogás em gás ocorre em altas temperaturas, entre 700º e 800º C. Os componentes do biogás passam por um catalisador que aumenta a velocidade das reações químicas. “Acreditamos que o hidrogênio verde obtido a partir da reforma do biogás possa desempenhar importante papel na obtenção de vários outros produtos, como a amônia verde, por exemplo”, disse a pesquisadora da Embrapa, Itânia Soares.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: preços sem movimentação na sexta-feira

Agentes reajustaram os preços para seguir a tendência do vivo, mas continuam cautelosos no repasse ao atacado, para que o mercado consiga absorver os novos valores

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 118,00/R$ 125,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,20 o quilo/R$ 9,50 o quilo. No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (20), houve alta apenas em Santa Catarina, na ordem de 0,38%, chegando a R$ 5,35/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais, custando R$ 6,67/kg, R$ 5,48/kg no Paraná, R$ 5,48/kg no Rio Grande do Sul, e R$ 6,42/kg em São Paulo.

Cepea/Esalq

Queda incomum na demanda de soja da China pode preceder contração de carne suína

A China parece estar estrangulando significativamente as importações de soja este ano para bem abaixo das normas recentes, após um recorde no ano passado, que coincidiu com uma restauração significativa de seu rebanho de suínos, o maior do mundo.

Isso permitiu que a produção de carne suína da China no primeiro trimestre de 2022 subisse para o maior em mais de três anos, preenchendo um déficit de proteína deixado pela peste suína africana (PSA). A PSA havia eliminado uma grande parte do rebanho de suínos há alguns anos. Mas pode haver uma retração se os custos da alimentação permanecerem altos, principalmente porque os produtores de suínos chineses podem estar abatendo animais após um longo período de perda de dinheiro. Isso poderia reduzir ainda mais a demanda por soja, já notavelmente fora da tendência este ano. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, a China importará 91 milhões de toneladas de soja em 2021-22, contra quase 100 milhões no ano anterior. Isso marcaria a segunda vez desde 2003-04 que as importações caíram no ano, sendo a outra em 2018-19, quando a ASF e a guerra comercial dos EUA derrubaram a demanda. A China produz mais de 90% da carne que consome, e o USDA vê a população comendo um volume recorde de carne em 2022, após uma grande queda há três anos. A produção está no limite inferior dos níveis pré-PSA, mas a oferta restante será coberta por importações substancialmente mais fortes do que nos tempos pré-PSA. Geralmente, as importações de soja mais baixas sugerem uma produção de suínos mais leve e um aumento potencial nas importações de carne, mas as reduções nas importações tanto de matérias-primas quanto de produtos acabados podem não ser simultaneamente sustentáveis sem uma mudança de demanda em maior escala. Uma mudança proeminente é o gosto crescente dos consumidores chineses por carne bovina, grande parte importada dos Estados Unidos. Em meados de abril, a China havia comprado mais carne bovina dos EUA do que suína para embarque em 2022, apesar de a carne bovina custar quase três vezes mais. Ainda assim, a carne suína continua sendo a proteína preferida da China, que deve responder por 69% do consumo de carne este ano, contra 13% da carne bovina. Autoridades chinesas disseram nesta semana que os produtores de suínos provavelmente voltarão a ter lucro no terceiro trimestre deste ano, mas isso estava sob a suposição de que os preços da ração seriam corrigidos até então.

REUTERS

Suínos/Cepea: Cotações da carne e do vivo seguem em alta

Os preços do suíno vivo no mercado independente e também da carne continuam em elevação, de acordo com dados do Cepea. Isso se deve à intensificação das compras de novos lotes de animais para abate por parte dos frigoríficos, devido à maior demanda doméstica e ao incremento nas exportações da proteína

Os preços do suíno vivo no mercado independente e também da carne continuam em elevação, de acordo com dados do Cepea. Isso se deve à intensificação das compras de novos lotes de animais para abate por parte dos frigoríficos, devido à maior demanda doméstica e ao incremento nas exportações da proteína. Segundo o Cepea, para o suíno vivo, além da demanda aquecida, a oferta controlada e os preços ainda elevados dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, motivam produtores a buscarem maiores valores na comercialização do animal, no intuito de garantir a rentabilidade da atividade. Para as carnes, agentes reajustaram os preços para seguir a tendência do vivo, mas continuam cautelosos no repasse ao atacado, para que o mercado consiga absorver os novos valores.

Cepea

Frango congelado e resfriado com leve alta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado caiu 0,89%, chegando em R$ 7,78/kg, o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, e no Paraná foi registrado recuo de 1,05%, custando R$ 5,64/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (20), tanto a ave congelada quanto a resfriada tiveram leve alta de 0,50%, ambas custando R$ 7,98/kg.

Cepea/Esalq

Frango/Cepea: Com demanda externa firme, valor da carne está em alta no mês

O preço médio mensal da carne de frango está em alta nesta parcial de abril, segundo dados do Cepea

A conjuntura internacional de menor oferta desse produto – por conta dos conflitos no leste europeu e casos de gripe aviária em países produtores como os Estados Unidos – tem aumentado a demanda pela carne de frango nacional. Assim, as exportações brasileiras estão aquecidas, o que, por sua vez, vem limitando a oferta doméstica e resultando em alta nos preços, mesmo diante da demanda nacional enfraquecida.

Cepea

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