
Ano 8 | nº 1715 | 19 de abril de 2022
NOTÍCIAS
SEMANA COMEÇA COM PREÇOS ESTÁVEIS DO BOI GORDO
No primeiro dia da semana, os preços do boi gordo ficaram estáveis em praticamente todas as praças pecuárias do País, de acordo com as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário
Segundo apurou a Scot Consultoria, o boi gordo segue negociado a R$ 315/@ nas regiões do interior de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha são vendidas, respectivamente, a R$ 279/@ e R$ 312/@ (preços brutos e a prazo). Pelo levantamento da IHS Markit, neste momento, as escalas de abate, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, estão mais curtas quando comparadas às programações registradas nas duas semanas anteriores. “Neste início de segunda quinzena do mês, as indústrias frigoríficas apontam escalas de abate variando entre 5 e 7 dias, sobretudo no interior paulista”, ressalta a consultoria. Segundo os analistas, apesar do momento de cautela nos negócios, no curtíssimo prazo, a briga pelo melhor preço entre frigoríficos e pecuaristas tende a se acirrar no decorrer desta semana. Pelo menos neste atual momento, fica difícil saber qual será o caminho percorrido pela arroba bovina nos próximos dias. Na avaliação dos analistas da IHS Markit, os novos embargos da China trouxeram insegurança ao mercado brasileiro do boi gordo, afastando os frigoríficos dos negócios e também gerando preocupação entre os pecuaristas.
Scot consultoria/ihs
Escalas de abate ficam praticamente estabilizadas em âmbito nacional
Programações de abate em algumas das principais praças do País, segundo levantamento da Agrifatto
Diante das pressões negativas e as consecutivas quedas na arroba do boi gordo durante as últimas semanas, alguns pecuaristas optam por se afastar dos negócios e segurar os animais no pasto por mais tempo, enquanto aguardam melhores oportunidades, relatam os analistas da Agrifatto. Esse movimento, informa a consultoria, fez com que as escalas de abate deixassem de avançar em boa parte do País, resultando em uma média nacional de 8 dias úteis, 1 dia a menos do que foi visto na semana anterior. Abaixo as programações de abate em algumas das principais praças do País, segundo levantamento da Agrifatto. São Paulo – As indústrias fecharam a sexta-feira com 10 dias úteis programados, 1 dia a mais no comparativo entre as semanas. Goiás e Rondônia – Os frigoríficos goianienses e rondonienses encerraram a semana com as escalas na média de 9 dias úteis, recuo de 3 dias em Goiás e de 1 dia em Rondônia. MT/MG/Pará – As programações de abate se encontram em 7 dias úteis nos três Estados. As indústrias matogrossenses avançaram 3 dias, enquanto as mineiras recuaram 3 dias e as paraenses 2 dias, no comparativo semanal. Mato Grosso do Sul – No Estado, as escalas de abate estão na média de 6 dias úteis, sem variação no comparativo entre as semanas. Tocantins – Os frigoríficos tocantinenses estão com os abates programados para 5 dias úteis, 3 dias a menos do que foi visto na semana passada.
Agrifatto
Embargo chinês aparece como fator de pressão nos preços do boi gordo
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 327 a arroba; em Uberaba (MG), a arroba ficou em R$ 310,00
O mercado físico do boi registrou preços pouco alterados nesta segunda-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o viés segue negativo neste início de semana, diante de alguns fatores. O primeiro é que os frigoríficos seguem operando com escalas de abate muito confortáveis, aumentando a capacidade de testar o mercado. O segundo fator é o processo de valorização do real, que vem tornando a conta das exportações menos atraente. O terceiro fator baixista é o recente comportamento chinês, que suspendeu a importação de proteína animal brasileira em algumas unidades frigoríficas, diante da alegação que foi encontrada a presença da proteína da Covid-19 em embalagens. “Este argumento já fui utilizado anteriormente. De qualquer maneira esse tipo de situação produz ruídos no comportamento dos frigoríficos exportadores na compra de gado, aumentando a pressão de queda sobre os preços da arroba”, assinalou Iglesias. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 327 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 296. Em Uberaba (MG), a arroba ficou em R$ 310. No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis para a carne bovina. Segundo Iglesias, há pouco espaço para reajustes neste momento, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. A preferência da população ainda recai sobre proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos. O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,90 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,70 por quilo. A ponta de agulha teve preço de R$ 16 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Ibovespa recua pressionado por Vale e Petrobras
O principal índice da bolsa brasileira caiu na segunda-feira, influenciado pelo desempenho negativo das ações de exportadoras e em meio às incertezas sobre o cenário doméstico
O Ibovespa caiu 0,43%, a 115.687,25 pontos, para o menor fechamento desde 18 de março. O volume financeiro da sessão foi de 20,8 bilhões de reais, em dia de bolsas fechadas na Europa por causa de feriado. As cotações de petróleo e minério de ferro não tiveram dia negativo, mas analistas citaram dados fracos em março na China que ofuscaram desempenho melhor do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre. O Ibovespa amarga queda de 3,6% em abril, caminhando para a primeira baixa mensal desde novembro, em meio as incertezas sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Analistas também citaram sinais de reversão no fluxo estrangeiro à bolsa, cujo saldo em abril mostra saída acumulada até o dia 13, após forte entrada nos primeiros meses de 2022. “Tivemos uma alta muito substancial em março (+6,1%)”, afirmou Phil Soares, analista-chefe de ações da Órama Investimentos. No ano, o índice acumula ganhos de 10,4%. Na pauta fiscal, Esteves Colnago, Secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, disse que ainda não há decisão sobre reajustes a servidores federais neste ano.
REUTERS
Dólar à vista fecha em queda de 0,99%, a R$4,6500
O dólar começou a semana em firme queda no Brasil, conforme investidores viram a moeda brasileira como mais atrativa em dia de valorização das commodities e em meio a perspectiva de continuação das altas de juros por aqui. A taxa embutida nos contratos a termo de reais para 12 meses já beira 13% ao ano.
O dólar à vista caiu 0,99% na segunda-feira, a 4,6500 reais. É o menor patamar para um fechamento desde o último dia 4, quando a cotação ficou em 4,6075 reais, piso desde 4 de março de 2020. A queda de 0,99% é a mais forte também desde 4 de abril passado (-1,27%). O dia foi de menor liquidez de forma geral, com os mercados voltando da Páscoa, e novo rali das taxas de títulos nos EUA com queda das ações renovou o apelo por estratégias vencedoras em ambiente de elevada inflação e juros em alta. E esse é o caso do real, que se valorizou quase 10% (em termos nominais) ante o dólar desde 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o que precedeu uma alta frenética nos preços das matérias-primas, melhorando o cenário para fluxo de moeda estrangeira ao Brasil. “Os altos preços das commodities… vão continuar a colocar um piso sob os ativos brasileiros. E para investidores dispostos a encarar a volatilidade relacionada à incerteza política na eleição deste ano, acreditamos haver espaço para mais altas para os ativos brasileiros”, disseram em relatório de estratégia Kathryn Rooney Vera e Gregan Anderson, da firma de investimentos Bulltick. O índice CRM de commodities, uma referência global para os preços das matérias-primas, subiu 1,29% na segunda-feira e alcançou o maior patamar desde setembro de 2012. Mais cedo, dados de inflação no Brasil voltaram a mostrar taxas acima do esperado, turbinando apostas de que o Banco Central terá de manter o ciclo de aperto monetário. A taxa básica de juros, a Selic, está em 11,75% ao ano e já há quem a veja em 14% ao ano.
REUTERS
Combustíveis pesam e IGP-10 acelera alta para 2,48% em abril, diz FGV
Os preços de combustíveis aceleraram e a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) disparou a 2,48% em abril, de 1,18% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira, chamando a atenção para os níveis elevados de disseminação das pressões inflacionárias
O dado divulgado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 2,20%, e levou o índice a acumular avanço de 15,65% em 12 meses. Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 2,81%, de 1,44% no mês anterior. “A contribuição dos combustíveis foi destacada para o avanço da taxa do IPA”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. “No entanto, as pressões inflacionárias andam muito disseminadas e, mesmo excluindo a contribuição da gasolina (0,15% para 18,73%) e do diesel (0,24% para 24,90%) no IPA, a variação média do índice ao produtor ficaria em 1,81%, superando a variação apurada pelo IPA em março”, acrescentou. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, teve alta de 1,67%, também acelerando em relação à taxa de 0,47% registrada em março. Entre os componentes do índice ao consumidor, o destaque ficou com o grupo Transportes, que saltou 3,42% em abril, depois de subir apenas 0,16% em março. A principal contribuição para esse movimento partiu da gasolina, que disparou 7,62% no período, ante queda de 1,18% vista no mês anterior. Os preços domésticos dos combustíveis aumentaram acentuadamente desde o início da guerra na Ucrânia, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em meio a temores de restrição de oferta. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,17% no período, depois de avançar 0,34% em março. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
REUTERS
EMPRESAS
Iniciativa internacional aprova metas de redução de emissão de gases da Marfrig
SBTi chancela objetivos da companhia brasileira nos escopos 1, 2 e 3
A Science Based Targets Initiative (SBTi), iniciativa internacional que estimula as empresas a reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa, aprovou as metas da Marfrig nesse sentido, segundo informações divulgadas pela companhia brasileira na semana passada. A companhia foi a primeira do segmento de proteína bovina nas Américas a receber o aval da SBTi. A Marfrig se comprometeu a reduzir em 68% suas emissões nos escopos 1 e 2 – que envolvem processo produtivo e uso de energias elétrica e térmica – até 2035, tendo como base os resultados de 2019. Além disso, a empresa espera diminuir em 33% as emissões no escopo 3, que inclui o gás metano emitido a partir da fermentação entérica do gado. Outro objetivo é aumentar o uso de energias renováveis de 27% do total, em 2019, para 100% até 2030. “Nosso maior desafio está no escopo 3, que representa 98% de todas as emissões da Marfrig”, afirmou Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, em nota.
VALOR ECONÔMICO
BRF quer ampliar liderança em halal com produtos de maior valor agregado
Empresa planeja em três anos duplicar as vendas de produto halal
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, vê espaço para duplicar em três anos as vendas de produtos halal de maior valor agregado. Para os próximos dez anos, a expectativa é de triplicar o resultado no nicho mais valorizado de alimentos que atendem aos princípios islâmicos. Em 2021, a empresa obteve, com halal, receita líquida de R$ 8,742 bilhões, dos quais pouco mais de R$ 1 bilhão com itens mais caros. Os planos acompanham novos padrões de consumo em países do Golfo Pérsico, como a Arábia Saudita, diz Igor Marti, Diretor Executivo de Mercado Halal. A categoria halal tem peso relevante para a BRF: representou 18% da receita líquida do ano passado, de R$ 48,3 bilhões, e 40,6% dos R$ 21,8 bilhões obtidos no exterior. A Sadia é líder em halal, com 38% do mercado global. O plano é consolidar a posição acompanhando as mudanças em algumas nações islâmicas. Caso da Arábia Saudita, onde as mulheres foram autorizadas a dirigir e os consumidores se mostram cada vez mais exigentes. Marti diz que “qualquer novo projeto” na Arábia Saudita virá da joint venture com o fundo soberano do país (PIF) anunciada em janeiro. “Estamos trabalhando na parceria. Dedos cruzados.” Para os árabes, será um meio de garantir segurança alimentar e desenvolver a indústria local, explica.
O ESTADO DE SÃO PAULO
Lei estadual concede benefício fiscal para setor frigorífico
O setor frigorífico e de produção de carne bovina no estado do Tocantins poderá contar com benefícios fiscais do Programa de Industrialização Direcionada (Proindústria), segundo informações do Governo do Estado do Tocantins
A lei sancionada pelo governo estadual regulamenta benefícios fiscais já previstos em medida provisória publicada em 2021, que restituiu alíquotas especiais de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o setor. Para estabelecimentos que geram de 50 a 150 empregos, a alíquota de ICMS será de 2%, e para empreendimentos que geram acima de 150 empregos, 1%, segundo nota divulgada pelo Governo do Estado do Tocantins na segunda-feira (18). “Além de proporcionar melhores condições de trabalho e negócios para o setor frigorífico do Tocantins, a segurança também permite que os empreendimentos atuem com maior competitividade e possam investir na sua expansão, contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado e a criação de mais postos de trabalho para a população”, disse Carlos Humberto Lima, secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços e presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Tocantins (CDE). O benefício fiscal foi inicialmente concedido ao setor em 2014. Em 2019, o benefício tinha sido suspenso, até que o governo do Tocantins publicou medida provisória para restituí-lo em dezembro do ano passado. O texto da MP foi analisado e aprovado pela Assembleia Legislativa Estadual e publicado no Diário Oficial do Estado do Tocantins.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Custos de produção de suínos e de frangos de corte já subiram mais de 10% no ano, aponta Embrapa
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos voltaram a subir em março segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa
O ICPSuíno aumentou 3,43% no mês de março em relação a fevereiro, fazendo o índice chegar aos 452,06 pontos. Já o ICPFrango subiu 1,60% no mesmo período, chegando aos 446,25 pontos. A alta no ICPSuíno foi influenciada pela variação de 2,93% nas despesas operacionais com a alimentação dos animais, que representou 83% do custo total de produção de suínos. Com isso, o custo total de produção por quilograma de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina aumentou R$ 0,26 no mês, chegando aos R$ 7,90. Somente nos primeiros três meses do ano, o ICPSuíno já subiu 12,87%. No ICPFrango, a alta também foi causada principalmente pela influência dos gastos com nutrição (1,24%) e na compra dos pintos de um dia (0,24%). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, subiu R$ 0,09 em março com relação a fevereiro, chegando aos R$ 5,77. De janeiro até março, o ICPFrango acumula alta de 10,59%. O aplicativo da Embrapa agora permite gerar relatórios dinâmicos das granjas, do usuário e das estatísticas da base de dados. Os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O Custo Fácil está disponível de graça para aparelhos Android, na Play Store do Google.
Embrapa Suínos e Aves
Mercado de suínos em alta
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 9,52%/4,35%, chegando em R$ 115,00/R$ 120,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,12%/2,17%, custando R$ 9,00 o quilo/R$ 9,40 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (14), ficaram estáveis os valores no Paraná, custando R$ 4,74/kg, e no Rio Grande do Sul, valendo R$ 4,91/kg. Houve aumento de 3,81% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,00/kg, avanço de 3,40% em Santa Catarina, alcançando R$ 4,86/kg, e de 3,38/kg em São Paulo, fechando em R$ 6,11/kg.
Cepea/Esalq
Suinocultura Sul-mato-grossense cresce 16,5% em momento desafiador
Entre janeiro e março deste ano foram mais de 715 mil cabeças frente a 615 mil no mesmo período do ano anterior
Em Mato Grosso do Sul o número de abates cresceu 16,15% nos três primeiros meses de 2022, segundo a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), saindo 615,7 mil cabeças em 2021, para 715,1 mil neste ano. Apesar do crescimento do número de abates, o cenário é desafiador para os suinocultores. A menor remuneração pelo suíno vivo acarreta redução do poder de compra para o produtor rural que trabalha de forma independente e deteriora a relação de troca com insumos para o sistema produtivo. “Para auxiliar os produtores rurais, a nova vertente da ATeG Suinocultura está atendendo os produtores independentes de Mato Grosso do Sul, tanto na gestão quanto na área técnica, também para amparar nos momentos de maiores dificuldades”, destaca o Gerente Técnico, José Pádua. “Outra opção que está contribuindo com os produtores nesse momento desafiador é o apoio financeiro disponibilizado pelo Governo do Estado, via programa Leitão Vida. A política de estímulo ao desenvolvimento da atividade está cumprindo papel de contribuir com a receita do suinocultor para minimizar os prejuízos e ajudá-lo vencer esta fase crítica”, afirma a analista técnica, Eliamar Oliveira. A comercialização para outros países sofreu retração. O volume de mercadorias foi 35% menor entre janeiro e março deste ano, se comparado ao mesmo período do ano anterior. A queda nas exportações está relacionada à retomada da produção chinesa. Segundo o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em 2022, a China produzirá o equivalente a 51 milhões de toneladas de carne suína.
CNA/Senar
Governo de Mato Grosso busca alternativa para desoneração do setor de suínos
O Ministro citou a possibilidade de estender a compensação ao setor aos demais Estados brasileiros
O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, se reuniu com o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, para tratar sobre o reconhecimento do estado de emergência para o setor de suinocultura em Mato Grosso. Isso permitirá que o Governo do Estado conceda incentivos a produtores do setor. A alternativa foi sugerida pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, que apontou a viabilidade da medida para amparar os produtores que estão com dificuldades financeiras, em função da alta de preços dos insumos de produção dos suínos. “O Governo do Estado deseja ajudar o setor e com o reconhecimento da situação de emergência isso será possível. Essa solução tributária permitirá ao Governo desonerar o produtor e assegurar a manutenção dos empregos e renda no Estado”, enfatizou Miranda. O senador Wellington Fagundes informou ao ministro as perdas que os suinocultores vêm sofrendo. “Cada suinocultor tem perdido cerca de R$ 300 por cabeça, a situação é insustentável para quem quer sobreviver e levar renda a sua família com a atividade pecuária”, argumentou Fagundes. Em resposta ao apelo da comitiva, o ministro afirmou que irá priorizar o assunto. “É interessante a ideia de dividir entre a União e o Estado a responsabilidade de compensar os produtores. Vamos trabalhar isto com prioridade no Ministério”, destacou Montes.
ASSESSORIA DE IMPRENSA MT
Frango: preços estáveis na segunda-feira
Considerando-se as médias do frango vivo comercializado no estado de São Paulo e do milho vendido em Campinas (SP), o avicultor de corte consegue comprar, nesta parcial de abril, 4,22 quilos do cereal com a venda de um quilo de frango, 26,3% a mais que em março e a maior quantidade desde julho/20
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,90/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, e no Paraná, custando R$ 5,70/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (14), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 7,95/kg e R$ 8,10/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Produção trimestral de carne suína da China atinge maior nível em três anos
A China registrou sua maior produção trimestral de carne suína em mais de três anos de janeiro a março, refletindo o aumento na criação após um declínio causado por doenças
A China produziu 15,61 milhões de toneladas de carne suína nos primeiros três meses do ano, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior, mostraram dados do National Bureau of Statistics. Foi a maior produção trimestral desde o último trimestre de 2018. “A produção de carne suína no primeiro trimestre foi determinada pelo rebanho do primeiro semestre do ano passado, que atingiu 45,64 milhões de cabeças no final do segundo trimestre de 2021, um novo recorde no ciclo recente”, disse Wang Zuli, do Instituto de Economia Agrícola e Desenvolvimento da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas. A China abateu 195,66 milhões de suínos de janeiro a março, um aumento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de carne suína da China atingiu 52,96 milhões de toneladas no ano passado, pouco abaixo das 53,4 milhões de toneladas produzidas em 2017, à medida que a produção se recuperava rapidamente de um surto devastador de peste suína africana que varreu o país em 2018 e 2019. A doença eliminou cerca de metade das fazendas de criação até 2019. Mas a produção se recuperou muito mais rápido do que o esperado e está pressionando os preços, já que os lockdowns em toda a China estão reduzindo a demanda dos restaurantes. Espera-se que o rebanho de suínos da China caia no curto prazo devido às baixas margens dos suínos, disse Wang, embora um recente aumento nos preços da carne suína possa conter qualquer queda significativa. O departamento de estatísticas disse que o rebanho de porcos caiu para 422,53 milhões de cabeças no final de março, ante 449,22 milhões de cabeças no final de dezembro.
REUTERS
Novos casos de gripe aviária identificados na Pensilvânia e Utah, diz USDA
Novos casos de gripe aviária foram detectados em uma granja comercial de frangos na Pensilvânia e em uma de quintal em Utah, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no sábado, com o surto agora se espalhando para mais de 30 estados do país
O departamento disse no início deste mês que estava analisando as vacinas como uma opção para proteger as aves contra a gripe aviária mortal, já que o país enfrenta seu pior surto desde 2015. O surto atual matou mais de vinte milhões de galinhas e perus em rebanhos comerciais desde fevereiro. “Amostras do rebanho da Pensilvânia foram testadas no Laboratório Veterinário da Pensilvânia e amostras do rebanho de Utah foram testadas no Laboratório de Diagnóstico Veterinário de Utah, ambos parte da Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Animal”, disse o USDA em comunicado no sábado. Autoridades federais e estaduais estavam trabalhando em conjunto em vigilância e testes adicionais em áreas ao redor dos rebanhos afetados, disse o USDA. Os recentes casos de gripe aviária altamente patogênica (HPAI) não representam uma preocupação imediata de saúde pública, disseram as autoridades dos EUA. Anteriormente, os Estados Unidos evitavam vacinas, preocupados com o fato de os importadores proibirem os embarques de aves dos EUA porque não conseguem distinguir as aves infectadas das vacinadas. Os Estados Unidos são o segundo maior exportador de carne de aves do mundo. Em 2020, o valor das exportações de aves e produtos avícolas dos EUA para o mundo atingiu US$ 4,2 bilhões. A gripe aviária atingiu aves na Europa e na Ásia, além da América do Norte, e o USDA está trabalhando com outros países em opções de vacinas.
O comércio sofreu, pois, importadores como a China bloquearam as importações de muitos estados dos EUA com surtos.
REUTERS
ABRAFRIGO
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
POWERED BY EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
