
Ano 8 | nº 1708| 07 de abril de 2022
NOTÍCIAS
Queda de R$ 8 na arroba em SP em sete dias
Além do mercado paulista, o movimento de baixa nos preços do boi gordo e das fêmeas terminadas intensificou-se na quarta-feira nas principais praças do Mato Grosso e de Goiás, além de algumas regiões da região Norte do País
Em sete dias corridos, o preço do boi gordo sofreu queda de R$ 8/@ no interior de São Paulo, recuando de R$ 330/@, no dia 30 de março, para R$ 322/@, na quarta-feira, 6 de abril (valores brutos e a prazo), segundo dados apurados pela Scot Consultoria. No mesmo intervalo de sete dias, as cotações da vaca gorda e da novilha registraram baixa de 7/@ e 11/@, respectivamente, no mercado paulista, chegando neste 6 de abril a R$ 285/@ e R$ 317/@, valores brutos e a prazo, informa a Scot. Para o macho terminado com padrão para exportação, o chamado boi-China (abatido mais jovem, geralmente com idade abaixo dos 30 meses) já se observa ofertas de compra em São Paulo com preços inferiores a R$ 335/@, podendo chegar a R$ 325/@, de acordo com a Scot.
SCOT CONSULTORIA
Governo de SP regulamenta a comercialização de carne moída fracionada
O governador Rodrigo Garcia assinou na terça-feira (5) decreto que autoriza e regulamenta a venda de carne moída fracionada e dispõem sobre as normas de produção e de armazenamento do produto em estabelecimentos comerciais no Estado de São Paulo
A proposta foi apresentada pelo Procon-SP, a pedido da Associação Paulista de Supermercados (APAS), com base no Código de Defesa do Consumidor, com o objetivo de garantir mais qualidade e segurança na mesa dos paulistas, a partir da adoção de critérios padronizados de higiene para a moagem da carne com ou sem a presença do consumidor.Com a modernização das técnicas de moagem e de conservação, alguns municípios já permitiam a comercialização de carne de bovino pré-moída, como o município de São Paulo, medida que estava gerando conflito no atendimento das normas por parte dos açougues e supermercados paulistas. Ainda com a autorização da pré-moagem, a nova legislação destaca o direito do consumidor de exigir que a carne seja moída na sua presença. Outra medida apresentada é que o produto deve ser produzido no menor tempo possível, apenas o estritamente necessário para sua preparação. De acordo com o decreto, açougues com acesso direto à rua ou localizados em áreas internas de supermercados podem vender exclusivamente no balcão de carnes frescas, fracionadas e temperadas. Também fica autorizada a comercialização de carne conservada ou preparada, exceto os enlatados, e de pescado industrializado e congelado, ambos procedentes de fábricas licenciadas e registradas. A propositura regulamenta ainda as normas para a manipulação correta e o armazenamento adequado dos produtos e determina quais insumos podem ou não ser incluídos na moagem da carne bovina. Depois de resfriada, a carne moída deverá ser com prazo de validade máximo de dois dias, incluindo a data da moagem, e todas as atividades de preparo ficam sujeitas à autorização da autoridade sanitária e adequadas aos critérios estabelecidos pelas secretarias estaduais da Saúde e da Agricultura e Abastecimento.
BEEFPOINT
Brasil desbanca Canadá e Austrália e lidera exportação de carne bovina para EUA
No primeiro bimestre, foram 71 mil toneladas, com aumento de 446%, em relação a igual período de 2021
O Brasil desbancou Canadá, Austrália, Nova Zelândia e México e, pela primeira vez, liderou as exportações de carne bovina para os Estados Unidos. Em janeiro, os norte-americanos importaram 45,4 mil toneladas dessa proteína do Brasil, volume que sobe para 71 mil toneladas no acumulado do primeiro bimestre. Os dados foram divulgados pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quarta-feira (6). O desempenho dos brasileiros nos meses de janeiro e de fevereiro deste ano supera em 446% o do primeiro bimestre de 2021. Nos dois primeiros meses do ano passado, os brasileiros forneceram 7% do total de carne bovina importada pelos norte-americanos. Neste ano, o percentual sobe para 25%, conforme os dados do Usda. As exportações de todo o ano de 2021 somaram 168 mil toneladas equivalentes carcaça, acima das 100 mil de 2020. Os Estados Unidos são competidores do Brasil nas exportações de proteínas. Ao contrário dos brasileiros, no entanto, também são grandes importadores. Neste ano fiscal corrente, de outubro de 2021 a fevereiro último, as importações dos EUA de carne bovina somaram 505 mil toneladas. Assim como ocorre no Brasil, o setor externo agropecuário dos EUA vem obtendo recordes no comércio internacional. Para este ano, as estimativas são de exportações totais de US$ 183,5 bilhões e importações de US$ 172,5 bilhões. Nos cinco primeiros meses do ano fiscal, as receitas somam US$ 84,1 bilhões, com avanço de 9% em relação ao mesmo período anterior. Em ritmo maior, as importações cresceram 21%, atingindo US$ 79,2 bilhões. A carne suína brasileira também ganha espaço no mercado norte-americano. No primeiro bimestre deste ano, o Brasil exportou 3.783 toneladas para os Estados Unidos, 121% a mais do que em igual período anterior. É um recorde para o país, que, neste período, assumiu a quinta posição no ranking dos principais fornecedores dessa proteína para os norte-americanos. O avanço das proteínas do Brasil no mercado norte-americano é importante porque os Estados Unidos são referência para outros países nas exigências sanitárias e na qualidade das carnes.
FOLHA DE SÃO PAULO
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em alta de 1,21%, a R$4,7147
O dólar voltou a fechar em alta na quarta-feira, ficando acima de 4,70 reais, no maior valor em quase uma semana, com investidores dando continuidade a um movimento de correção na divisa norte-americana tendo como argumento a força da moeda no exterior e preocupações com a China
Em dois dias, o dólar registrou a maior alta acumulada desde fevereiro passado. Na quarta, a moeda negociada no mercado à vista subiu 1,21%, a 4,7147 reais na venda –máxima desde 31 de março (4,7628 reais). Ao longo do dia, a cotação oscilou de 4,6487 reais (-0,21%) a 4,7235 reais (+1,40%). O dólar vinha de apreciação de 1,10% na véspera. Com isso, a valorização acumulada em dois dias é de 2,33%, a mais forte desde 25 de fevereiro (+3,06%). O real não esteve sozinho na queda nesta quarta. Peso mexicano, peso chileno, peso colombiano, lira turca e dólar australiano caíam entre 0,3% e 1,7%. Já o índice do dólar frente a uma cesta de importantes pares bateu um pico em quase dois anos.
REUTERS
Ibovespa recua 0,55% após ata do Fed para o menor patamar em 2 semanas
O principal índice da bolsa brasileira caiu pela terceira sessão consecutiva na quarta-feira, com o mercado digerindo os detalhes preliminares da planejada redução no balanço patrimonial do Federal Reserve (Fed), após a divulgação da ata de sua última reunião de política monetária
O Ibovespa caiu 0,55%, a 118.227,75 pontos, menor fechamento desde 23 de março. O volume financeiro da sessão foi de 32,2 bilhões de reais. Autoridades do Fed, o banco central norte-americano, “concordaram no geral” na reunião no mês passado em cortar 60 bilhões de dólares por mês das participações da instituição em Treasuries e 35 bilhões de dólares de sua carteira em títulos lastreados em hipotecas (MBS) ao longo inicialmente de um período de três meses “ou ligeiramente maior”. A ata diz que nenhuma decisão final foi tomada, mas que houve progressos substanciais e o processo de redução do balanço pode começar tão cedo quanto após a conclusão da próxima reunião, em maio, quando o mercado espera uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa de juros. Na véspera, o mercado já havia reagido negativamente a uma declaração de membro do Fed indicando aperto monetário mais agressivo, o que pode sinalizar que parte do movimento já estivesse precificado na bolsa, segundo Pedroso. A redução no balanço impacta as ações porque significa menos liquidez aos mercados, enquanto o aperto monetário também afeta a atividade econômica. Principais índices em Wall Street caíram, com destaque para a baixa de 2,2% do Nasdaq Composite. No noticiário local, o mercado segue atento à troca de comando na Petrobras, greve de servidores e final do ciclo de alta da Selic.
REUTERS
IGP-DI sente disparada do petróleo e acelera alta a 2,37% em março, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 2,37% em março, ante alta de 1,50% em fevereiro, com a disparada dos derivados de petróleo aumentando a pressão tanto no atacado quanto no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira
O resultado levou o índice a acumular nos 12 meses até março alta de 15,57%. O resultado do mês ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 2,17%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 2,80% em março, de alta de 1,94% no mês anterior. A aceleração dos preços no atacado recebeu “forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram diesel (2,70% para 16,86%), gasolina (1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%), que juntos responderam por 30% do resultado do IPA”, disse em nota André Braz, Coordenador dos índices de preços. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI — também mostrou maior pressão, uma vez que o avanço acelerou a 1,35% no período, de 0,28% em fevereiro. Em março, o grupo Transportes liderou a alta no varejo com salto de 2,51%, forte aceleração em relação à variação positiva de 0,07% registrada no mês anterior. A gasolina foi destaque, com ganho de 5,08%, abandonando queda de 1,35% vista em fevereiro. A FGV já havia alertado na leitura de fevereiro do IGP-DI que os preços de vários derivados do petróleo poderiam apresentar aumentos expressivos ao longo de março, depois que temores de restrição de oferta decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia impulsionaram os preços da commodity no mundo inteiro. Isso levou a Petrobras a ajustar os valores dos combustíveis em suas refinarias no mês passado. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,86% em março, de 0,38% em fevereiro. O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.
REUTERS
EMPRESAS
Fabio Mariano assumirá como CFO da BRF após Carlos Moura ir para a Raízen
O Conselho de Administração da BRF aprovou a nomeação de Fabio Mariano como Diretor Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores, após renúncia apresentada por Carlos Moura para assumir o mesmo cargo na Raízen, conforme comunicados das empresas divulgados na quarta-feira
Atual diretor executivo de Controladoria da companhia de alimentos, Mariano será nomeado no dia 11 de abril. O executivo formado em administração possui 22 anos de experiência, sendo os últimos 14 anos na própria BRF, informou a empresa. Moura, graduado em ciências contábeis, será o sucessor de Guilherme José de Vasconcelos Cerqueira, que deixará a joint venture da Shell e Cosan a partir de 1 de junho, segundo a companhia. Além da BRF, Moura passou pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e foi diretor e sócio do Itaú Unibanco Holding Financeira. Também foi apresentada a renúncia de Sidney Manzaro como diretor vice-presidente Brasil da BRF, sendo substituído em suas funções por Manoel Martins Junior, que ocupará o cargo de diretor executivo comercial Brasil. Martins, formado em administração, conta com 23 anos de carreira, dos quais 15 anos na BRF, onde já teve passagens como expatriado pela Argentina e Oriente Médio. Desde 2018 é diretor executivo Comercial para o Autosserviço (AS) no Brasil.
REUTERS
BRF exporta mortadela Halal a países da África
Um produto fabricado em Chapecó (SC), pela BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, é sucesso no mercado africano. A planta localizada no Oeste catarinense se diferencia com a produção de uma mortadela destinada ao mercado Halal, fabricada apenas com carne de frango e seguindo os preceitos muçulmanos
Além do abate das aves, todos os ingredientes utilizados, como sal, farinhas e óleos, entre outros itens, atendem às normas de produção Halal. Todos os fornecedores precisam ser certificados no processo, assegurando a origem dos insumos, que não podem utilizar itens com origem em suínos em nenhuma etapa da fabricação. Os principais mercados que recebem a mortadela são os países muçulmanos da África, mas muitas nações do continente sem maioria islâmica também se tornaram consumidoras do produto. A planta de Chapecó ainda atende este público com exportações de peito e filezinho de frango. Atualmente, a BRF tem quatro produtos líderes de mercado no continente africano, sendo dois deles Halal e produzidos em Chapecó. Com uma população muçulmana crescente na região, há também muitos clientes de origem árabe que preferem trabalhar com portfólio certificado segundo os preceitos do islã. No segmento, a BRF tem protagonismo na inserção de categorias de industrializados no continente. A Companhia foi a primeira empresa a lançar salsichas em diversos países africanos, e também a primeira a exportar mortadela para a República Democrática do Congo. Trata-se de um mercado importante, que vem crescendo nos últimos anos com marcas da BRF liderando em diversas categorias. O produto africano difere muito da formulação brasileira, levando em consideração o paladar local. O abate das aves segue o mesmo processo realizado em Videira (SC), por exemplo, com trabalhadores e supervisor muçulmanos, responsáveis pelos procedimentos de acordo com os ritos relativos à Sharia, a lei Islâmica. O mercado Halal conta com 1,5 bilhão de habitantes em países muçulmanos, correspondendo a 23% da população mundial. A planta de Videira também atende estes consumidores, principalmente do Oriente Médio, sendo responsável pela produção de 100% de frangos inteiros (Griller), um pouco menor e abatidos mais cedo, exportados com as marcas Sadia, Hilal, Confidence e Perdix. Já Capinzal comercializa frango empanado e cortes de frango in natura.
BRF
FRANGOS & SUÍNOS
Baixas nos preços do suíno vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 93,00/R$ 105,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 7,70 o quilo/R$ 8,10 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (5), houve queda de 2,78% no Paraná, chegando a R$ 4,55/kg, recuo de 2,23% em Minas Gerais, atingindo R$ 5,27/kg, baixa de 1,52% em Santa Catarina, custando R$ 4,54/kg, retração de 1,06% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 4,76/kg, e de 0,74% em São Paulo, fechando em R$ 5,34/kg.
Cepea/Esalq
Preços estáveis para o do frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,67/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg, assim como no Paraná, valendo R$5,71/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (5), tanto a ave congelada quanto a resfriada não mudaram de preço, custando, respectivamente, R$ 7,56/kg e R$ 8,01/kg.
Cepea/Esalq
Custos de produção de frangos e suínos subiram 9% no 1º bimestre
Os custos de produção de aves de corte e suínos subiram cerca de 9% no primeiro bimestre, segundo dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa
O ICPFrango, que mede o custo de produção de aves de corte, subiu 8,8% nos dois primeiros meses do ano e acumula alta de 16% em 12 meses. Em fevereiro, o ICPFrango subiu 3%, para 439,2 pontos. O ICPSuíno, que mede o custo de produção de suínos, acumula alta de 9,3% nos dois primeiros meses de 2022 e de 11,1% em 12 meses. Somente em fevereiro, o índice subiu 2,3% em relação a janeiro, a 437,1 pontos. O custo de nutrição, principal responsável pelo aumento geral nos gastos com produção dos animais, subiu 9,2% para os suínos e 7,9% para os frangos em 2022. Os preços de grãos usados na nutrição animal, como milho e soja, que já estavam em alta, subiram ainda mais após a invasão da Rússia na Ucrânia.
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