CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1707 DE 06 DE ABRIL DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1707| 06 de abril de 2022

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: arroba mantém queda EM SP

Os compradores de São Paulo derrubaram em R$ 3/@ o valor do boi gordo na terça-feira, 5 de abril, agora negociado por R$ 324/@ (a prazo, valor bruto), de acordo com informações da Scot Consultoria

Segundo a Scot Consultoria, os compradores paulistas reduziram em R$ 3/@ o valor do boi gordo na terça-feira, agora negociado por R$ 324/@, preço bruto e a prazo. Com isso, os preços dos animais com padrão China (abatidos mais jovens, com até quatro dentes) também vêm perdendo força nos últimos dias – atualmente, os negócios no mercado paulista giram em torno de R$ 335/@, segundo a Scot. Segundo a Scot, as cotações da vaca gorda também recuaram R$ 3/@ no mercado de São Paulo, chegando a R$ 285/@, enquanto o valor da novilha gorda teve uma baixa diária de R$ 2/@, atingindo R$ 322/@ (preços brutos e a prazo).

Scot Consultoria

Carne bovina: Brasil deve produzir 9,85 mi de toneladas em 2022, diz USDA

O Brasil deverá produzir 9,85 milhões de toneladas de carne bovina (em equivalente carcaça) em 2022, segundo informações divulgadas pelo boletim Grain Report, de adidos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume deve superar as 9,5 milhões de toneladas registradas em 2021

Para atingir esse volume, o país deve abater 37,7 milhões de bovinos em 2022, acima dos 36,3 milhões de animais registrados em 2021.  A previsão é de que o país exporte 2,6 milhões toneladas de carne bovina em 2022, superando as 2,32 milhões de toneladas embarcadas no ano passado. O consumo interno deve ficar em 7,312 milhões de toneladas neste ano, à frente das 7,24 milhões de toneladas demandadas em 2021.

Grain Report

China acelera mudança no perfil da pecuária do Brasil, com aumento dos confinamentos

Há alguns anos, era comum ouvir que a participação do confinamento representava 10% da criação total de gado no Brasil, mas essa estratégia de terminação intensiva tem avançado para ocupar um quarto do volume de abates no país, contando com um importante fator de impulso: a demanda da China, que requer um boi mais jovem e de carne mais tenra

Embora o mercado interno responda pela maior parte do consumo da carne produzida no Brasil, ou cerca de dois terços do total, a China leva em torno de 50% dos embarques externos do país, maior exportador mundial do produto. Isso tem incentivado o confinamento com ração, um sistema mais caro –e mais eficiente– do que o boi de pasto, com efeitos na cadeia produtiva e para consumidores. “Os maiores volumes de gado confinado são direcionados para frigoríficos exportadores, já que a China só compra animal com 30 meses de idade, e a gente só consegue isso com terminação em confinamento ou em sistema semi-intensivo”, disse à Reuters o Gerente Técnico de confinamento da companhia de nutrição animal DSM, Hugo Cunha. Em 2021, foram abatidos 27,54 milhões de cabeças de bovinos no Brasil, conforme dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE). Para o mesmo ano, o Censo de Confinamento DSM, uma referência no mercado divulgada na última semana, indica que 6,5 milhões de bovinos foram terminados em confinamento. Isso significa que cerca de 23,7% dos animais abatidos vieram da pecuária intensiva. Aplicando a mesma lógica para 2016, o IBGE identificou abates de 29,7 milhões de cabeças de gado, contra 3,75 milhões de animais confinados, segundo a DSM. Desta forma, a participação do confinamento era de 12,6% –uma diferença de mais de 10 pontos percentuais no espaço de tempo de cinco anos. Em 2019 o mercado iniciou uma guinada nas exportações de carne bovina, na esteira de uma importante rodada de habilitações de plantas frigoríficas pela China. Somente naquele ano, 22 unidades foram habilitadas em duas etapas, das 37 aprovadas atualmente. Com mais fábricas habilitadas pela China, a parcela de animais terminados em confinamento ultrapassou 20% do total abatido no Brasil. Os preços nominais da arroba bovina refletem essa mudança: antes das novas habilitações, em setembro de 2019, as cotações eram de cerca de 150 reais; pouco mais de um ano depois, tinham rompido a barreira dos 300 reais. Também colaborou para o movimento uma maior retenção de fêmeas, antes mandadas para o abate, em função da valorização dos bezerros. E a tendência é de que essa pecuária intensiva siga em ascensão, aproximando-se cada vez mais do modelo de produção norte-americano, disse o consultor em gerenciamento de risco na pecuária da StoneX, Caio Toledo. O Diretor de Operações do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade, disse que ainda é possível terminar um animal no pasto com 30 meses, mas isso exige um elevado nível de tecnificação da fazenda e algum processo intensivo, como o semi-confinamento. “A diferença de preço do boi China estimula muito sua produção. Em Mato Grosso, por exemplo, o confinamento já representa um terço do total de abates, e há um outro terço só com animais em terminação intensiva à pasto… O confinamento realmente se consolidou”, disse ele. Segundo o executivo da DSM, o número de contratos fechados antecipadamente entre confinadores e frigoríficos, com ferramentas financeiras de proteção, estão aumentando após o revés sofrido em 2021, quando a China embargou temporariamente as exportações brasileiras de carne bovina por dois casos atípicos de “vaca louca”. “O pecuarista que tinha boi saindo do confinamento para abate em outubro do ano passado, e não estava protegido (financeiramente), ficou com rentabilidade negativa.” O embargo chinês (já revertido) contribuiu, entretanto, para que os preços do boi magro recuassem neste ano, uma vez que o animal que representa cerca de 70% dos custos de produção do confinador, o que traz perspectivas favoráveis para a produção em 2022. Isso porque parte dos pecuaristas que confinaria o animal no fim de 2021 optou pela terminação a pasto, que se estendeu até 2022, e assim não precisou entrar no mercado de reposição, diminuindo a demanda por boi magro.

Reuters

ECONOMIA

Dólar tem maior alta em 3 semanas e vai a R$4,6583

O dólar deu um salto na terça-feira, registrando alta superior a 1%, a mais forte em três semanas, com operadores recompondo parte de posições na moeda norte-americana após uma sequência de quedas que levou a cotação ao menor valor em mais de dois anos

O clima externo arisco –ditado por temores de enxugamento de liquidez mais acelerado nos Estados Unidos e por uma atmosfera ainda bélica entre Rússia, Ucrânia e Ocidente– serviu de argumento para compras de dólares que deixaram o real entre as moedas de pior desempenho no dia. Discussões continuadas sobre eventuais aumentos de salários de servidores públicos no Brasil reforçaram o viés conservador dos negócios. O dólar à vista subiu 1,10%, a 4,6583 reais na venda. É a maior alta percentual diária desde o último 14 de março (+1,31%). A alta ocorreu depois de na véspera a divisa fechar a 4,6075 reais, menor cotação desde 4 de março de 2020. O Fed (banco central dos EUA) divulgará na quarta-feira a ata de sua última reunião de política monetária –ocorrida em março, quando elevou os juros pela primeira vez desde 2018–, o que pode impactar diretamente as cotações por aqui. O dólar cai 16,42% ante o real em 2022. Uma combinação de ajuste para cima nos juros locais, exclusão de cenários extremos para as eleições presidenciais de outubro e forte aumento dos termos de troca na esteira da guerra na Ucrânia tem impulsionado a divisa brasileira.

Reuters

Ibovespa cai 2% com Fed e guerra na Ucrânia

O principal índice da bolsa brasileira caiu forte na terça-feira, acompanhando Wall Street com temores de um aperto monetário mais agressivo pelo banco central norte-americano, após falas de membro da instituição, e com a perspectivas de novas sanções à Rússia devido à guerra na Ucrânia

Ações do setor financeiro e Vale foram destaques de baixa. Telefônica Brasil e Multiplan ficaram como principais contribuições positivas. Segundo dados preliminares, o Ibovespa caiu 2,04%, a 118.800,53 a pontos, o que seria a maior queda desde 7 de março. O volume financeiro da sessão foi de 26,4 bilhões de reais.

Reuters

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: quedas nas cotações na terça-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF baixou, no mínimo, 2,11% em R$ 93,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial cedeu, ao menos, 1,28%, custando R$ 7,70 o quilo/R$ 8,10 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (4), foram registradas quedas de 2,28% no Rio Grande do Sul, chegando em R$ 4,71/kg, recuo de 1,28% em Minas Gerais, alcançando R$ 5,39/kg, baixa de 1,28% em Santa Catarina, atingindo R$ 4,61/kg, retração de 0,85% no Paraná, caindo para R$ 4,68/kg, e de 0,19% em São Paulo, fechando em R$ 5,38/kg.

Cepea/Esalq

Crise na suinocultura: produtores do RS podem descartar 15 mil matrizes, diz Acsurs

O cenário de alta no custo de produção e preços baixos pagos aos produtores também afeta setor em São Paulo

O momento ruim das exportações de carne suína no primeiro trimestre se estende à ponta produtora. No Rio Grande do Sul, muitos produtores já abandonaram a atividade e cerca de 15 mil matrizes podem ser descartadas. Em São Paulo, o cenário de crise não é diferente e o prejuízo para o produtor por animal vendido já chega a quase R$ 395. Segundo o Presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, a indústria local indica que as vendas ao consumidor estão acontecendo. O grande problema é o repasse de preços que não está sendo feito pelo produtor. “Há sim produtores saindo da atividade, pequenos e médios, que não conseguem mais suportar a crise e prejuízos. Nós estimamos que o Rio Grande do Sul deve perder em torno de 15 mil matrizes que são descartadas, pois produtores terão que sair da atividade”, diz. O presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, também destaca o cenário ruim para o suinocultor, que vem perdendo vantagem entre o custo de produção e o preço de venda. “Entendemos que vai ocorrer um buraco na oferta de suínos, até porque nossas granjas não têm estoque de animais vivos. Assim que melhorar o consumo, com certeza irá prevalecer a lei da oferta e demanda. Com isso, o suinocultor começa a ter um fôlego”, projeta Ferreira.

CANAL RURAL

Frango: alta no atacado

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado aumentou 2,95%, chegando em R$ 7,67/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg, assim como no Paraná, valendo R$5,71/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (4), o valor do frango congelado se manteve fixo em R$ 7,56/kg, enquanto a ave resfriada teve alta de 2,04%, chegando a R$ 8,01/kg.

Cepea/Esalq

Gripe aviária: França notifica mais 142 casos da cepa HPAI e total é de 1.164

O Ministério da Agricultura da França não informou em que região esses animais foram identificados

O Ministério da Agricultura da França confirmou, até segunda-feira, 4, mais 142 casos de uma cepa altamente patogênica de gripe aviária (HPAI), que tem sido responsável por surtos da doença no país. Até o momento são 1.164 casos em plantéis comerciais de aves, 42 casos em animais selvagens e outros 22 casos em galinhas. A pasta não informou em que região esses animais foram identificados. Segundo o ministério, 34 países da Europa são afetados com casos de HPAI que, entre 2020 e 2021, foram responsáveis por mais de 490 notificações em plantéis comerciais da França e geraram o abate de cerca de 3,5 milhões de aves no sudoeste do país. O órgão orienta, como medida de prevenção ao avanço do vírus, o abate de animais dos locais contaminados, a desinfecção da área e o controle da circulação de outras aves da propriedade em zonas definidas como proteção e vigilância.

ESTADÃO CONTEÚDO

INTERNACIONAL

EUA registra queda na produção e no consumo de carne

O declínio da produção de carne bovina e suína pode compensar o aumento da produção de frangos e levar a uma diminuição na produção total de carne em 2022 nos EUA

As últimas previsões do Centro de Informações de Marketing de Pecuária sugerem que a produção total de carne vermelha e aves totalizará 48 bilhões de quilos, uma pequena queda ano a ano. Se realizado, esta seria a primeira diminuição na produção total de carne após sete anos consecutivos de aumento da produção desde 2014. O consumo total de carne per capita em 2022 está previsto em 100 quilos, abaixo de 102 quilos no ano passado. A produção de suínos, frangos e carne bovina representa 94% da produção total de carne nos EUA. A maior parte dos 6% restantes é a produção de perus, juntamente com pequenos totais de vitela, outras aves e produção de ovinos e cordeiros. A produção de carne bovina em 2022 deverá diminuir 2,2%, para 12,4 bilhões de quilos, abaixo do nível recorde de 12,7 bilhões de quilos no ano passado. O consumo de carne bovina deve ser de 26 quilos em 2022, abaixo dos 27 quilos do ano passado. A redução dos estoques de gado de corte resultará em redução no abate de gado este ano e na redução da produção de carne bovina ao longo do ano. As exportações de carne bovina devem diminuir em relação aos níveis recordes de 2021. Os altos preços das rações afetarão todas as indústrias pecuárias e poderão moderar a produção de carne no futuro. Os custos de alimentação aumentaram significativamente em 2021 e aumentarão ainda mais nos próximos meses. A carne bovina será impactada adicionalmente pelas condições de seca e redução da produção de pastagem e feno. A seca pode afetar o momento da produção de carne bovina com a liquidação da seca potencialmente aumentando a produção de carne bovina temporariamente, mas levando a um declínio maior na oferta de carne bovina posteriormente. Os preços de varejo estão altos para todas as carnes. Os preços de varejo relatados em fevereiro aumentaram de 14% a quase 16% ano a ano para carne bovina, suína e de frango. Os preços da carne não devem continuar subindo, mas podem se estabilizar e se manter próximos dos níveis mais altos atuais.

DROVERS

Na Alemanha, consumo de carnes recua de forma contínua nos últimos 5 anos

Os alemães consumiram uma média de 55 quilos de carne no ano passado, o que representa uma queda significativa de 5,5 kg em relação aos dados coletados em 2016

Nesse período, o consumo de carne bovina caiu 0,4 kg, a carne suína teve o maior declínio – 5,7 kg per capita a menos – enquanto as aves tiveram um aumento de 0,7 quilos. A queda no consumo de carnes entre 2020 e 2021 foi de 2,1 quilos, representando uma redução de 1,2 quilos de carne suína, 600 gramas de carne bovina e 200 gramas de carne de aves, segundo o Centro Federal de Informações Agropecuárias (BZL). A queda no consumo vem sendo acompanhada pela redução das importações de carnes, derivados e conservas de suínos e bovinos (-6,8%). As importações de carne de aves permaneceram estáveis. Além disso, o volume de comércio exterior de animais vivos diminuiu novamente em 2021: as importações caíram quase um quinto (19,6%) em todas as espécies animais e as exportações caíram 1%. As tendências do comércio exterior impactam o abate de animais no país: em relação a 2020, foi produzida 2,4% menos carne suína. Para carne bovina e aves, a produção caiu 1,6%. De acordo com dados preliminares, em 2021 o grau de autossuficiência em carne foi de 121%, um aumento de 2,5%. O índice de autossuficiência para suínos foi de 132,4% e 98,2% para bovinos. No caso das aves, 96,7% da demanda interna pode ser atendida pela produção nacional, segundo dados da BZL.

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