CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1650 DE 13 DE JANEIRO DE 2022

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Ano 7 | nº 1650 | 13 de janeiro de 2022

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: cotações perdendo força?

Em São Paulo, o avanço das escalas de abate pressionou o mercado e limitou o movimento de altas nas cotações. Os preços estão firmes, mas as indústrias abriram as compras ofertando preços mais baixos. As ofertas estão R$1,00/@ menores para boi gordo e para a novilha gorda e R$2,00/@ menor para a vaca gorda na comparação feita dia a dia

No Rio de Janeiro, a pouca oferta de boiadas e o consequente encurtamento das escalas de abate pressionou os preços para cima. No comparativo diário a cotação do boi gordo subiu R$1,00/@ e R$3,00/@ para a novilha gorda. Em Paragominas-PA, com negócios se dando de modo compassado e escalas de abate encurtando, os compradores abriram as ofertas pagando R$1,00/@ a mais para todas as categorias de bovinos terminados.

SCOT CONSULTORIA

Abate de bovinos no Mato Grosso atinge em 2021 o menor patamar em cinco anos

Dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) mostram recuo de 10,2% nos abates mato-grossenses do ano passado, perfazendo um total de 4,71 milhões de cabeças

Em 2021, o Mato Grosso, responsável pelo maior rebanho de corte do País, registrou o menor volume de abates de bovinos em cinco anos, perfazendo um total de 4,71 milhões de cabeças, 10,23% abaixo da quantidade registrada em 2020, de 5,25 milhões de cabeças, segundo informa o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Uma das justificativas para o recuo nos abates mato-grossenses é a menor participação de fêmeas nas matanças totais, um reflexo do forte movimento de retenção de matrizes iniciado a partir de 2019 e puxado pela maior lucratividade na atividade de cria/recria. Além disso, no segundo semestre do ano passado, a cadeia pecuária brasileira (não só no Mato Grosso) foi prejudicada pelo prolongamento demasiado do embargo da China à carne bovina brasileira, iniciado em 4 de setembro e encerrado somente na segunda quinzena de dezembro. Segundo os dados do Indea-MT, em 2021, a participação de fêmeas (vacas e novilhas) no total abatido no Mato Grosso foi de 37,65%, o que representou retração de 1,35 ponto percentual sobre a taxa de 2020 (39%) e queda de 5,35 em relação ao percentual de 2019 (43%). Em dezembro último, porém, os abates de bovinos do Mato Grosso atingiram 448,25 mil cabeças, o segundo maior resultado do ano para a pecuária mato-grossense. Na comparação com o desempenho registrado em novembro/21, os abates de dezembro/21 ficaram praticamente estáveis, mas cresceram 12,62% na comparação com dezembro/20, segundo o Indea-MT. Na estratificação por sexo, foram 311,42 mil machos abatidos em dezembro/21 (5,34% a menos do que em novembro/21) e 136,83 mil fêmeas (14,78% a mais do que em novembro/21). Com isso, a participação de fêmeas no abate total em dezembro/21 ficou em 30,52%.

INDEA-MT

Tereza Cristina se reúne com auditores fiscais agropecuários

Segundo sindicato, Ministra da Agricultura se comprometeu a levar os pleitos da carreira a outras instâncias de Governo

A Ministra da agricultura, Tereza Cristina, recebeu na noite de 11/01 representantes do sindicato nacional dos auditores fiscais agropecuários (Anffa Sindical) para ouvir as reivindicações da categoria após a paralisação parcial das atividades não essenciais do setor. Em operação padrão desde o último dia 28 após terem sido excluídos do orçamento federal de 2022, os servidores reivindicam a contratação de novos profissionais e a reestruturação da carreira. “A Ministra Tereza Cristina, como em outras oportunidades, mostrou-se sensível à exposição do Anffa e reconheceu as dificuldades enfrentadas pela carreira e também as respostas que os auditores fiscais federais agropecuários deram durante a pandemia, mantendo as atividades ininterruptas”, afirma o sindicato em nota. Também participaram do encontro o Ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o Secretário-Executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes. SAIBA MAIS Na semana passada, a operação padrão chegou a afetar o desembarque de trigo no porto de Santos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), a carga de um dos navios atracados não foi liberada em função da operação dos fiscais afetando o descarregamento de outra embarcação.

GLOBO RURAL

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em baixa de 0,79%, a R$ 5,5358

O dólar voltou a cair na quarta-feira, fechando no menor patamar em quase dois meses ante o real, com as operações locais novamente repercutindo o forte ajuste de baixa na moeda norte-americana no exterior, diante da percepção de que os Estados Unidos não serão ainda mais agressivos no processo de normalização de sua política monetária do que o esperado

O dólar à vista fechou em queda de 0,79%, a 5,5358 reais na venda, menor nível desde 17 de novembro passado (5,5264 reais). Ao longo do dia, a cotação variou entre 5,602 reais (+0,39%) e 5,5292 reais (-0,91%). Na B3, às 17:05 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,60%, a 5,5600 reais. No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas tombava 0,7%, maior recuo desde o fim de novembro e para o menor patamar em dois meses.

REUTERS

Ibovespa zera as perdas do ano e retoma o patamar dos 105 mil pontos

Sessão de ganhos firmes em setores que foram duramente penalizados nos primeiros dias de 2022

O Ibovespa aproveitou o dia de maior tranquilidade no mercado local de renda fixa e estendeu a recuperação iniciada no pregão de ontem. Em sessão de ganhos firmes em setores que foram duramente penalizados nos primeiros dias de 2022, o índice encerrou em alta firme e retomou o patamar dos 105 mil pontos, zerando as perdas acumuladas no ano. Após ajustes, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 1,84%, aos 105.685,66 pontos. Assim, no ano, a variação positiva é de 0,82%. Mesmo com os dois dias consecutivos de ganhos, do ponto de vista da análise técnica, profissionais apontam que o Ibovespa permanece preso na faixa que se estende dos 102 mil pontos aos 109,4 mil pontos. O dia foi marcado por uma maior disposição dos investidores globais à tomada de risco. Analistas apontam que os dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, ainda que elevados, já vinham sendo devidamente precificados pelos investidores. Os riscos, portanto, seriam surpresas ainda mais negativas na leitura do indicador, o que não ocorreu. O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% em dezembro em relação a novembro, ante estimativa de consenso dos agentes consultados pelo “The Wall Street Journal” de 0,4% para o mês. O que se observou, neste contexto, foi um dia de menor pressão altista nos rendimentos dos Treasuries, o que também se refletiu no fechamento da curva de juros no mercado local. Assim, setores ligados à atividade doméstica e particularmente sensíveis à dinâmica do mercado de renda fixa despontaram como os melhores da sessão. Ações de shoppings centers, que vinham sofrendo com perdas expressivas no ano, lideraram os ganhos diários. O Economista-Chefe de América Latina da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, espera um aumento expressivo da volatilidade no mercado acionário brasileiro, que, em sua visão, deve permanecer pressionado no curto prazo. “O upside da moeda local não parece atraente para as ações em relação aos rendimentos de renda fixa do governo, e o risco cambial do real parece mais inclinado para o lado negativo. Mais importante ainda, a eleição presidencial de outubro está se aproximando rapidamente e o mercado de ações geralmente tem um desempenho ruim nos meses anteriores. As perspectivas para o fim do segundo semestre parecem muito melhores”, afirma.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Quebra de safra do Brasil prolongará repasse de custos para carnes

As safras recordes de soja e milho que se desenhavam para o verão de 2021/22 eram a chance de um alívio aos custos da indústria de carnes do Brasil, mas a seca na região Sul frustrou as perspectivas de colheita e deve prolongar os repasses dos preços mais altos ao consumidor

O salto de mais de 10% neste início de ano na cotação do milho, principal matéria-prima da ração, afastou do mercado aqueles compradores que tinham estoques, como é o caso da Aurora Coop, terceira maior produtora de aves e suínos no Brasil, onde as compras de milho estão temporariamente paralisadas. Mas, pelo menos neste início do ano e até a entrada da segunda safra, não se espera alívio nos custos, que vêm elevados desde a temporada passada após perdas na produção por seca e geadas, e com impacto importante nos índices inflacionários. “O milho vai continuar caro, mas não comporta mais processos especulativos por acharem que vai faltar ou não”, disse o Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. O executivo da associação que reúne empresas como JBS, BRF e Aurora, ressaltou que o setor tem opção de importar o cereal, como fez em 2021. “Então o que a gente vê é a necessidade de empresas continuarem os repasses de custos”, acrescentou Santin, em entrevista à Reuters. A alternativa para empresas como a Aurora, com forte atuação no Sul do Brasil, será buscar o milho no Centro-Oeste ou a importação do grão da Argentina ou Paraguai. “Não acredito que vá faltar, mas será um produto caro, sem dúvida… Entramos em 2022 com custo mais elevado do que se esperava, sem dúvida”, disse o Vice-Presidente de Agronegócios da Aurora, Marcos Antonio Zordan. “De 15 dias pra cá, o milho já mudou por conta da estiagem. Chegava na indústria a 84 reais por saca e agora já está custando no produtor 94 reais”, disse. Ele comentou que o cenário deve melhorar somente no segundo semestre, com a colheita da “safrinha”. Segundo o Vice-Presidente de Agronegócio da Aurora, a cooperativa ainda consegue ficar fora do mercado à espera de melhores oportunidades de negociação por 45 dias, mas o ideal é que nas próximas duas semanas voltem a girar compras para evitar risco de escassez para a operação. Na terça-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez uma forte redução em sua projeção para a produção nacional de milho, agora estimada em 112,9 milhões de toneladas, versus 117,2 milhões na previsão anterior. Entretanto, para a safra de verão –cuja oferta atende parte da demanda da indústria de carnes no primeiro semestre– a previsão da Conab para o cereal caiu de 29 milhões de toneladas para 24,8 milhões. Além do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, áreas de Mato Grosso do Sul sofrem com calor intenso e falta de chuvas causados pela La Niña, assim como algumas regiões dos vizinhos Argentina e Paraguai. O Presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse, por sua vez, que a indústria de aves e suínos procurou antecipar compras de grãos, reduzindo a dependência de negociações no mercado spot (à vista) e também inseriu cereais de inverno em suas programações de compra para alimentação animal, como o trigo. Além disso, as empresas do setor continuam olhando para importação como uma forma de complementar a oferta. Santin também descartou a hipótese de ajuste na produção de aves para controle de margens, pois vê demanda aquecida devido à substituição de proteínas de valor mais alto pelas mais acessíveis, como frango e ovo.

REUTERS

Suínos: preços cedem pelo segundo dia seguido na quarta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 95,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial baixou, pelo menos, 1,25%, custando R$ 7,90 o quilo/R$ 8,20 o quilo

No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (11), houve queda de 6,36% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 5,01/kg, baixa de 3,42% em santa Catarina, alcançando R$ 4,80/kg, recuo de 3,24% no Paraná, atingindo R$ 4,78/kg, desvalorização de 2,11% em Minas Gerais, custando R$ 5,58/kg, e de 0,72% em São Paulo, fechando em R$ 5,49/kg.

Cepea/Esalq

Hungria relata peste suína africana em nove javalis

A Hungria relatou surtos de peste suína africana (PSA) em nove javalis em todo o país na semana passada, informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) na terça-feira.

Quatro javalis foram encontrados mortos e os outros mortos, disse a OIE em um relatório, citando autoridades húngaras. A Letônia e a Itália também relataram surtos da doença mortal do porco em javalis nos últimos dias.

REUTERS

Letônia relata peste suína africana em 19 javalis

A Letônia registrou 19 casos de peste suína africana (PSA) em javalis em todo o país na semana passada, informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) nesta terça-feira.

Seis javalis foram encontrados mortos e os outros mortos, disse a OIE em um relatório, citando autoridades letãs. O relatório vem menos de uma semana depois que a Itália disse que havia encontrado um surto da doença mortal do suíno na parte norte do país.

REUTERS      

Frango: Preços estáveis na quarta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,36%, valendo R$ 5,48/kg.

Na cotação do animal vivo, o Paraná registrou R$ 5,09/kg, enquanto São Paulo e Santa Catarina ficaram sem referência de preço na quarta-feira (12). Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (11), a ave congelada ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango congelado teve leve baixa de 0,82%, fechando em R$ 6,06/kg.
Cepea/Esalq

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