CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1644 DE 05 DE JANEIRO DE 2022

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Ano 7 | nº 1644 | 05 de janeiro de 2022

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: Alta de R$8,00/@ para o boi gordo em São Paulo

O mercado do boi gordo nas praças paulistas esteve em processo de definição dos patamares de preços neste início de mês. Com a oferta de boiadas terminadas escassa e compradores ativos, principalmente os voltados ao mercado externo, as cotações subiram

A cotação do boi gordo e da vaca gorda subiu R$8,00/@ e a da novilha gorda R$5,00/@. Para o “boi China”, já há negócios até R$350,00/@. No Paraná, a baixa oferta de animais pressionou os preços, que subiram R$2,00/@ para as três categorias no comparativo diário. Em dezembro o Brasil exportou 126,9 mil toneladas de carne bovina in natura, volume 11% menor comparado a dez/20 (142,5 mil toneladas). O preço por tonelada exportada aumentou 7% no mesmo comparativo, cotada em US$4.824,00. Apesar da queda no ano, o volume exportado teve forte incremento frente aos embarques de outubro e novembro últimos, impactados pelo embargo chinês.

SCOT CONSULTORIA

Em 2021, receita cambial das carnes in natura aumentou 15% e superou os US$17,4 bilhões

Apesar dos vários contratempos, carnes in natura registraram um dos melhores desempenhos de todos os tempos

Mesmo com vários contratempos enfrentados no decorrer do ano – por exemplo, retenção de embarques por carência de contêineres refrigerados e interrupção do despacho de carne bovina para a China por mais de três meses – em 2021 as carnes in natura registraram um dos melhores desempenhos de todos os tempos. A carne bovina foi a mais afetada, com o volume embarcado recuando quase 10% no ano. Porém, teve a melhor valorização entre as três carnes, com seu preço médio aumentando cerca de 18% em relação a 2020. Como resultado, a receita cambial do produto aumentou 7%, aproximando-se dos US$7,970 bilhões, representando 46% da receita global das três carnes. A carne de frango obteve aumento de 8% no volume e de 16% no preço. Gerou receita 25,5% maior que a de 2020. O resultado – US$6,961 bilhões – correspondeu a 40% da receita do setor. A carne suína teve em termos de preços comportamento mais moderado em 2021. O incremento de apenas 3,61% no preço médio foi amplamente compensado com o aumento de quase 13% no volume embarcado. Com isso, a receita cambial do produto, de US$2,5 bilhões, aumentou mais de 16% em relação a 2020, representando cerca de 14% da receita cambial das três carnes. No cômputo final, o volume total embarcado aumentou 4%, ficando próximo dos 6,830 milhões de toneladas – 15% delas representados pela carne suína, 23% pela carne bovina e os 62% restantes pela carne de frango. Mas como o preço médio alcançado ficou 10,5% acima do registrado nos mesmos 12 meses de 2020, a receita cambial total, de pouco mais de US$17,4 bilhões, registrou aumento de 15% sobre 2020.

AGROLINK

Brasil abre mercados para carne bovina, lácteos e material genético

Oito mercados para produtos agrícolas brasileiros foram abertos em dezembro, segundo informações da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura

A mais recente foi a possibilidade de exportar fibroblasto bovino para fins de clonagem do Brasil para a Argentina, que foi formalizada na última quinta-feira (30) com aceite de protocolos fitossanitários pelos dois países. Ainda no fim de dezembro, Cuba liberou a entrada de embrião e sêmen bovino do Brasil. A Malásia permitiu a importação de carne bovina brasileira e miúdos de origem bovina do País. Para a Colômbia, o Brasil obteve aval para exportar farinha de carne e ossos e sebo bovino. O México autorizou a comercialização de lácteos brasileiros e a Uganda de material genético avícola do Brasil. Em 2021, a pasta totalizou 77 ações de aberturas de mercados, o que significa a possibilidade de comercializar um novo produto por parceiro comercial. Em novembro, mercados da Uganda e da Jordânia foram abertos para material genético avícola do Brasil.  Em setembro, outros oito mercados foram abertos para produtos brasileiros, incluindo bovinos vivos, ovos férteis e pintos de um dia, material genético avícola e bovina, farinhas de origem animal, produtos para alimentação animal e gengibre. Em agosto, as aberturas envolveram pescado, sementes e material genético. Em junho, o destaque foi a liberação de carne bovina e material genético bovino para o Iêmen. Em fevereiro, o destaque foi a abertura para o setor de proteína animal com liberação para exportar bovinos vivos, material genético bovino e carne suína e derivados ao Camboja. E em janeiro, os destaques foram permissão para exportar carne de ovinos e miúdos bovinos.

ESTADÃO CONTEÚDO

BNDES amplia exigências socioambientais para abate de bovinos

De acordo com o banco, já eram exigidos dos abatedouros o cadastro de fornecedores diretos e sistema implementado com procedimentos para a compra de gado

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que passará a exigir, em seus novos contratos relativos à cadeia produtiva de abate de bovinos, comprovação de que os beneficiários de crédito não estejam infringindo leis ambientais. De acordo com o banco, será necessário apresentar anualmente os resultados de uma auditoria independente, que comprove que os fornecedores não estejam incluídos na lista de áreas embargadas do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e não tenham sido condenados em ações penais por desmatamento. As auditorias deverão ser feitas até que o contrato seja amortizado. Em caso de descumprimento, poderão ser aplicadas multas contratuais e vencimento antecipado. As novas regras valem para contratos assinados a partir de 3 de janeiro de 2022. De acordo com o BNDES, já eram exigidos dos abatedouros o cadastro de fornecedores diretos e sistema implementado com procedimentos para a compra de gado, de modo a mitigar os riscos socioambientais. Apenas fornecedores que, após avaliação, comprovarem o cumprimento de requisitos socioambientais são aceitos. “Com a medida, o BNDES espera assegurar o cumprimento de suas regras para o apoio à cadeia produtiva de abate de bovinos, segmento importante na economia brasileira e na pauta de exportações do país”, diz o banco, em nota. Segundo o comunicado à imprensa, os financiamentos aos abatedouros são concedidos, em sua maioria, na modalidade indireta automática, realizados por meio das instituições financeiras credenciadas. São elas as responsáveis pela análise cadastral e de crédito da empresa, enquadramento nas linhas e programas do BNDES disponíveis, assim como pela fiscalização da aplicação dos recursos e atendimento das condições contratuais. A partir da implementação desse novo procedimento, os clientes deverão contratar auditorias independentes e encaminhar os resultados às instituições financeiras, que, por sua vez, deverão comunicar ao BNDES eventuais irregularidades constatadas.

AGÊNCIA BRASIL

ECONOMIA

Dólar fecha em alta afetado por exterior e preocupação local

O viés de alta vindo do exterior, onde os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir e mantiveram em alta a procura pela moeda americana, acabou definindo a direção do pregão do dia

O movimento de alta dos rendimentos das treasuries e também certa cautela com o cenário fiscal e político doméstico acabaram impedindo qualquer movimento de recuperação do real. Mesmo após a forte alta do dólar ontem, a moeda americana seguiu se fortalecendo e voltando a rondar o patamar de R$ 5,70. No encerramento do dia, o dólar foi negociado a R$ 5,6895, alta de 0,48%. “Há essa percepção, em ano eleitoral, de que nenhum dos principais candidatos vai ter compromisso com teto de gastos, e isso contamina o cenário fiscal de médio prazo”, diz Fernando Bergallo, Diretor da FB Capital. Para Bergallo, no entanto, o patamar de R$ 5,70 tem agido como uma espécie de “resistência psicológica” no mercado doméstico. O ISM industrial caiu de 61,1 pontos a 58,7 pontos em dezembro, abaixo do consenso de 60,0 pontos. Esse movimento, no entanto, não durou e já no início da tarde a moeda americana recobrava suas forças ante o real e também outras divisas. No fim da tarde, o índice DXY da ICE subia 0,06%, aos 96,27 pontos. “É um novo ano, mas os temas permanecem mais ou menos os mesmos. A diferença mais notável é que a covid-19 não é um pano de fundo onipresente, mas um driver temático”, notam analistas do TD Securities. “Como resultado, o foco central está sobre o quanto a variante ômicron irá afetar as cadeias de fornecimento, qual impacto isso terá sobre a rotação do consumo entre bens e serviços e como os formuladores de política irão reagir”. Para o banco canadense, os bancos centrais devem permanecer mantendo a inflação em cheque, o que significa uma alta dos juros reais. “Este quadro ainda beneficia o dólar e, embora este siga sendo um consenso adentrando 2022, nós preferimos classificar qualquer fraqueza pontual da moeda americana como uma oportunidade de compra”.

VALOR ECONÔMICO

Ibovespa tem novo revés diante de sessão mista em Wall Street

O principal índice da bolsa brasileira somou sua segunda queda em 2022 na terça-feira, em meio a um pregão sem direção única para as bolsas dos Estados Unidos e à manutenção de incertezas fiscais no cenário doméstico

As ações de bancos e de empresas ligadas à commodities voltaram a subir, enquanto papéis relacionados ao consumo interno e ao setor de tecnologia cederam, com alta dos juros futuros no Brasil e do rendimento dos títulos do governo dos EUA de pano de fundo. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,39%, a 103.515,10 pontos. O volume financeiro foi de 23,2 bilhões de reais.

REUTERS                   

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: quedas generalizadas nas cotações na terça-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve queda de, pelo menos, 1,87%, chegando em R$ 105,00/R$ 115,00, enquanto a carcaça especial baixou até 1,06%, custando R$ 8,90 o quilo/R$ 9,30 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (3), houve queda de 3,95% em Minas Gerais, chegando em R$ 6,32/kg, recuo de 3,26% em São Paulo, atingindo R$ 6,23/kg, baixa de 1,47% no Paraná, valendo R$ 5,36/kg, retração de 0,88% no Rio Grande do Sul, custando R$ 5,66/kg, e de 0,18% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,66/kg.

Cepea/Esalq

terça-feira com pouca movimentação no mercado de frango

De acordo com análise Cepea/Esalq, apesar do enfraquecimento da procura e da consequente retração do preço a partir de outubro, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,14/kg, 26% acima da verificada no mesmo período de 2020 e um recorde

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado caiu 2,42%, valendo R$ 6,05/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, valendo R$ 4,35/kg, enquanto São Paulo e Paraná ficaram sem referência de preço na segunda-feira. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (3), a ave congelada ficou estável em R$ 6,51/kg, enquanto a resfriada caiu subiu 0,15%, fechando em R$ 6,54/kg.

Cepea/Esalq

Gripe aviária: surtos na Europa e na Ásia podem estimular aumento de preços do frango brasileiro

Produção de carne de frango brasileira já teria chegado ao limite, e não seria possível ampliar de forma expressiva os volumes embarcados

Segundo informações oficiais da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal, na sigla em inglês), até agora há 21 casos de influenza aviária atípicos no mundo, 23 se forem somados casos que foram registrados inicialmente em 2020 e que seguem ativos. O médico veterinário, virologista e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, afirma que as subnotificações à OIE podem acontecer porque quando um caso da doença é detectado em uma granja, é preciso que seja feito uma série de procedimentos para a confirmação da doença, da cepa do vírus e da abrangência até a notificação à Organização. Caron diz que estes surtos da doença, que é a patologia viral mais importante na avicultura, podem representar oportunidade de preços melhores à proteína brasileira. “A questão é que, com uma possível escassez de carne de frango nestes países por causa da doença, os preços do mercado interno podem aumentar, beneficiando o Brasil. Entretanto, em relação de volume exportado, o Brasil não tem tanta capacidade assim de ampliar as quantidades”, informa. Segundo Caron, o alojamento de aves de corte no Brasil, cerca de 6,8 bilhões por ano, já estaria no limite. Um possível incremento no volume exportado poderia acontecer, de forma limitada, se as aves fossem abatidas mais pesadas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou as perspectivas para 2022 e a expectativa é de crescimento. O volume projetado para 2022 poderá chegar até 14,900 milhões de toneladas, volume 4% maior em relação a 2021. Em 2022, as vendas internacionais poderão chegar a 4,750 milhões de toneladas, volume que supera em 5% as exportações projetadas para 2021. Apesar de os surtos da influenza aviária estarem se espalhando pela Europa e Ásia, além de alguns casos terem sido registrados na África, o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron explica que os riscos da doença chegar ao Brasil são baixos. “No Brasil a gente recebe menos de 1% do total de aves migratórias que circulam entre os continentes e que são vetores para doenças”, diz. Além disso, as medidas de biosseguridade tomadas pelo Brasil são muito eficazes e têm prevenido a entrada deste tipo de patogenia nos aviários.

EMBRAPA

MEIO AMBIENTE

Estudo da UFSM indica que pastagem natural do bioma Pampa, bem manejada, compensa emissão de metano pelo gado

Estudo da área da micrometeorologia mostra que o bioma tem potencial absorvedor de Gases do Efeito Estufa

A preocupação ambiental compreende a atenção para a emissão dos gases de efeito estufa (GEE). Um estudo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desenvolvido desde 2015, tem apresentado resultados que mostram que a pastagem natural do Bioma Pampa, quando bem manejada, compensa as emissões de metano produzidas pelo gado através da absorção de dióxido de carbono (CO2) pela pastagem. Ou seja, o Pampa é um potencial absorvedor de gases do efeito estufa (GEE). De acordo com definição da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Pampa é o único bioma brasileiro localizado em apenas um estado, o Rio Grande do Sul. Caracterizado pelo clima temperado, grande biodiversidade de plantas, e por uma extensa área de campos naturais, principalmente gramíneas, o bioma ocupa cerca de dois terços do território gaúcho. A combinação entre o clima e as características únicas da paisagem contribuem para o manejo adequado do gado e também para os resultados da pesquisa. Estes podem ajudar na elaboração de estratégias para a redução da emissão dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. A mitigação desses gases é importante para frear o processo de aquecimento global do planeta. O estudo que atesta que o bioma Pampa funciona como dreno de GEEs foi realizado pelo Laboratório de Micrometeorologia da UFSM e Coordenado pela professora do Departamento de Física, Débora Regina Roberti. A partir da coleta de dados sobre trocas de carbono e metano nos ecossistemas, o grupo de pesquisadores concluiu que o bioma Pampa, em condições de manejo adequado, funciona como uma espécie de dreno de gases de efeito estufa. Débora explica que, durante o inverno, em que há menor crescimento das pastagens, o Pampa emite mais dióxido de carbono (CO2) do que absorve. No entanto, a quantidade de absorção dos gases no verão compensa a emissão do inverno e, em uma média anual, o local funciona como um absorvedor de CO2. Quanto ao metano, a docente salienta que, embora emitido pelo gado por meio da ruminação, a vegetação do bioma – através da fotossíntese – consegue absorver, em quantidade de CO2, o dobro das quantidades de emissão de metano. Pelo tamanho, o Pampa tem potencial de absorver mais de 1 milhão de créditos de carbono, o equivalente a 1 milhão de toneladas de CO2 equivalente. Débora salienta que isso não significa que em outros biomas e em outros tipos de manejo do solo e dos animais não há maior emissão de GEE ‘s. A importância do estudo está em demonstrar alternativas e estratégias que possibilitem mitigar a emissão dos gases de efeito estufa também em outros ambientes. Débora comenta que a intenção é realizar mais estudos em outros locais, para que as medidas sejam ampliadas e possibilitem maior conhecimento sobre outras realidades. Dessa forma, a intenção é elaborar estratégias de mitigação adequadas para cada bioma. A pesquisa compreende a presença de gado nos campos de pastoreio e o manejo adequado dos animais, em que a estratégia utilizada é a de pastoreio rotativo, na qual é feita a rotação de piquetes. Os animais se alimentam em uma área em determinado período de tempo, e depois passam para a próxima, para que o pasto tenha tempo de brotar e crescer de forma natural. O sistema difere do pastoreio contínuo, em que os animais permanecem todo o tempo nos mesmos piquetes – que delimitam áreas de divisão da pastagem por meio de cercas – e a quantidade, a altura e o volume do pasto disponíveis são controlados. A alternativa é baseada na grande diversidade de vegetação herbácea existente no Pampa – cerca de 3 mil espécies catalogadas. Das várias famílias botânicas, as que têm maior número de espécies são as gramíneas, as asteráceas e as fabáceas (leguminosas). Outra divisão das espécies é quanto à capacidade de armazenamento de recursos. As Fabáceas são captadoras de recursos, ou seja, a partir de recursos energéticos como o CO2, crescem mais rápido; no entanto, o recurso fica vivo na planta por menos tempo. As Gramíneas e as Asteráceas são conservadoras de recursos. Uma vez que crescem mais lentamente, a captura de recursos como o gás carbônico, o oxigênio e outros nutrientes permanecem na estrutura da planta por mais tempo. A partir desse entendimento, a estratégia de manejo adequada foi desenvolvida de modo que se adaptasse aos diferentes ritmos de crescimento dos dois grandes grupos de espécies.

Universidade Federal de Santa Maria

EMPRESAS

Parlamentares dos EUA e Europa pedem que JBS seja investigada

Eles expressaram “crescente preocupação” com as práticas comerciais da JBS, sua controladora J&F Investimentos e suas subsidiárias na Europa e nos Estados Unidos

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Bob Menéndez, um parlamentar britânico e um eurodeputado pediram na terça-feira (4) em Washington que sejam investigadas “as práticas comerciais” da empresa brasileira de carnes JBS. Em comunicado conjunto, Menéndez, o legislador britânico Ian Liddell-Grainger e o Presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Norbert Lins, expressaram “crescente preocupação” com as práticas comerciais da JBS, sua controladora J&F Investimentos e suas subsidiárias na Europa e nos Estados Unidos. Portanto, pedem a seus respectivos países que “conduzam investigações legais e coordenadas” para garantir que “a empresa seja forçada a operar dentro dos padrões esperados de finanças, negócios e conduta ambiental”. Também pedem às autoridades que “examinem as práticas antimonopólio e anticompetitivas da JBS e avaliem se os abusos da empresa podem prejudicar permanentemente as cadeias de abastecimento de alimentos”. Na segunda-feira, o governo de Joe Biden divulgou um plano para aumentar a concorrência no setor de carnes, dominado por um punhado de grandes empresas, entre elas a JBS, que acusa de aumentar os preços aos consumidores e reduzir a renda dos produtores. A declaração dos três legisladores afirma que durante a última década a JBS participou de atividades criminosas e “se declarou culpada de 1.500 atos de suborno” no Brasil, “de violações na fixação de preços antimonopólio” e de “violar a lei de práticas corruptas no exterior dos Estados Unidos”, além de ainda não ter pagado “bilhões de dólares em multas”. Os parlamentares, surpresos com o fato de seus fundadores Wesley e Joesley Batista continuarem a ser acionistas majoritários “apesar de terem sido condenados criminalmente no Brasil”, acusam a empresa de “obter gado de fazendas que contribuíram para o desmatamento”. Considerada o maior frigorífico da América Latina, a JBS está presente em 15 países com mais de 400 unidades produtivas em cinco continentes, segundo o site oficial da empresa, no qual afirma realizar diversos programas para desenvolver modelos de produção sustentáveis e proteger e restaurar florestas.

AFP/UOL ECONOMIA

INTERNACIONAL

Biden anuncia plano de US$ 1 bilhão para aumentar a concorrência das indústrias de carne dos EUA

O objetivo é criar um cenário mais competitivo e justo para o setor de proteínas animais

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na última segunda-feira (03) que vai direcionar US$ 1 bilhão para expandir a capacidade de pequenas processadoras de carne no País. De acordo com o comunicado emitido pela Casa Branca, o plano tem como objetivo criar um cenário mais competitivo e justo para o setor de proteínas animais, na qual vai beneficiar melhores ganhos para os produtores e mais opções mais acessíveis de preços aos consumidores. A iniciativa do governo americano se dá por conta das preocupações crescentes com as grandes indústrias de proteínas animais tendo muito controle sobre o mercado de carne americana, o que permite às empresas definirem os preços da carne no atacado e varejo. Segundo as informações divulgadas pela Reuters Internacional, o governo Biden vem criticando fortemente a indústria de carnes dos EUA, alegando que o setor é controlado por um pequeno número de empresas e que a falta de concorrência prejudica consumidores, produtores e a economia. O Departamento de Agricultura (USDA) vai gastar US $ 1 bilhão dos fundos do American Rescue Plan para expandir o setor independente de processamento de carnes, incluindo fundos para financiamento de subsídios, empréstimos garantidos e treinamento de trabalhadores, disse o Secretário de Agricultura, Tom Vilsack, à Reuters. A indústria da carne informou que a análise da Casa Branca era imprecisa e criticou o novo plano. O Presidente do National Chicken Council, Mike Brown, chamou o plano de “uma solução em busca de um problema”.

REUTERS

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