Ano 7 | nº 1514 | 23 de junho de 2021
NOTÍCIAS
Preços firmes no mercado do boi gordo
Em São Paulo, as escalas de abate mais alongadas, atendendo em média 7 a 8 dias, e alguns frigoríficos fora das compras, sustentaram o cenário de preços estáveis na última terça-feira (22/6), no comparativo diário
Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo ficou cotado em R$316,50/@ no estado, considerando os preços brutos, a prazo. No Rio Grande do Sul, com o escoamento de carne bovina lento e oferta enxuta, há indústrias frigoríficas com os abates em dias alternados e até férias coletivas foram anunciadas na região. Os preços, no comparativo diário, seguem estáveis, mas firmes. O boi, vaca e novilha gordos estão cotados, respectivamente, em R$11,45/kg, R$10,70/kg e R$10,90/kg, preços brutos e a prazo. A cotação do boi gordo no estado é a mais alta do Brasil, com um diferencial de +8,4% em relação a São Paulo. No Norte de Minas, houve alta de R$2,00/@ e de R$3,00/@ para vacas e novilhas gordas, respectivamente. A cotação do boi gordo ficou estável. O boi, vaca e novilha gordos foram negociados, respectivamente, em R$306,00/@, R$295,00/@ e R$298,00/@, preços brutos e a prazo.
SCOT CONSULTORIA
Boi: apesar de avanço das escalas, arroba tem firmeza, diz Safras
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar do avanço das escalas de abate, os frigoríficos não conseguiram finalizar negociações com preços abaixo da referência
Dessa forma, o mercado físico do boi gordo manteve a firmeza apresentada desde o final do pico da safra. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba ficou em R$ 319, na modalidade a prazo. Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram comportamento misto, mas com as quedas predominando e apenas o vencimento para julho tendo uma leve alta. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 317,85 para R$ 317,80 e do outubro caiu de R$ 322,60 para R$ 320,75 por arroba.
CANAL RURAL
Auxílio emergencial e vacinação devem favorecer consumo de carne no 2º semestre
O retorno do auxílio emergencial e a antecipação do cronograma de vacinação contra a covid-19 em algumas regiões do país devem favorecer o consumo interno de carne bovina no segundo semestre, disse o Rabobank em relatório na segunda-feira (21)
O consumo doméstico de carne bovina tem sido reduzido diante dos impactos da pandemia na economia e alto preço do produto, enquanto os preços da arroba atingem níveis recordes. O Rabobank disse que a antecipação das estações mais secas tem sido um fator negativo adicional na produção de gado a pasto neste segundo trimestre do ano. “Com volume de precipitação acumulado abaixo da média em grande parte das regiões produtoras, e os custos com suplementação em níveis recordes, a menor oferta de gado pronto para abate favoreceu o cenário altista de preços”, disse o banco. No primeiro trimestre de 2021, o volume de produção brasileiro de carne bovina caiu 7% comparado ao mesmo período de 2020. Já o peso médio da carcaça aumentou 4%, refletindo a estratégia dos pecuaristas de elevar o peso do gado terminado em momento de retenção de fêmeas. “No curto prazo, espera-se um ligeiro aumento na oferta com os animais do primeiro giro do confinamento, mas os altos custos da ração e a queda da qualidade das pastagens devem sustentar os preços em níveis ainda elevados”, disse o Rabobank.
CARNETEC
Valor da arroba de Mato Grosso fica mais próximo do preço do boi paulista, diz Imea
Em maio último, o diferencial de base MT-SP encurtou para -4,30%, o menor patamar observado da série histórica do instituto matogrossense, iniciada em 2008
Em maio último, o diferencial de base MT-SP (diferença entre os valores da arroba entre as duas praças pecuárias) encurtou pelo segundo mês consecutivo e ficou em -4,30%, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). No mês passado, o valor médio da arroba na praça mato-grossense registrou queda de 1,14%, encerrando o período em R$ 297,12, livre de Funrural. No mesmo período de comparação, o preço da arroba em São Paulo apresentou recuou mais intenso, de 1,99%, terminado o mês a R$ 310,47/@, também livre de impostos. Segundo o Imea, apesar do aumento na oferta de animais enviados para o abate em maio (acréscimo de 10,55% sobre o volume de abril), “a demanda aquecida dos outros Estados (os envios interestaduais aumentaram 26,51% no comparativo mensal) evitou uma queda de preço ainda maior na praça mato-grossense”. No entanto, prevê o Imea, ao longo de junho é esperado que o cenário se inverta para as cotações em ambos os Estados, devido ao período de entressafra de boiadas em Mato Grosso, que historicamente registra uma menor oferta de animais, além do movimento aquecidos das exportações mato-grossenses.
PORTAL DBO
ECONOMIA
Dólar fecha abaixo de R$5 pela 1ª vez em um ano; mercado avalia quedas adicionais
O dólar à vista caiu 1,12%, a 4,9662 reais na venda. É a primeira vez que a cotação fica abaixo de 5 reais num fechamento desde 10 de junho do ano passado, quando terminou em 4,9398 reais
A divisa brasileira contou ainda com fraqueza do dólar no exterior após declarações do chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell. O índice do dólar no exterior caía 0,2% no fim da tarde, depois de subir 0,3% mais cedo. Ele destacou que a alta na inflação norte-americana é transitória. Com isso, Powell amenizou temores de que o Fed possa em breve reduzir estímulos e acalmou investidores ainda sob impacto da sinalização de alta de juros em 2023, um ano antes do previsto até então. O dólar no Brasil já vinha em movimento mais fraco do que no exterior. As operações domésticas foram influenciadas desde cedo pela indicação mais dura do Banco Central sobre a inflação, que veio acompanhada de sinalização de mais altas da Selic à frente, conforme a ata do Copom divulgada na terça. Com o tom do texto do Copom, o Credit Suisse elevou a 1,00 ponto percentual a expectativa de alta dos juros em agosto, ante 0,75 ponto do cenário anterior. O banco vê Selic de 7,25% ao fim de 2021 e de 2022. O Société Général parece pouco convicto de que a queda do dólar continuará. Estrategistas do banco francês entraram com posição comprada em dólar quando a moeda tocou 5,06 reais e miram taxa de 5,70 reais. O ponto de “stop-loss” (ou seja, no qual a posição é desfeita) é de 4,75 reais. Além de dúvidas sobre a força da recuperação econômica local e o cenário político, além da China e da política monetária dos EUA, os profissionais do SG elencaram o rumo dos juros no Brasil como um risco. “As ações agressivas do Banco Central provavelmente apoiarão o real, mas o mercado ‘uberhawkish’ (que aposta em juros muito mais altos) pode ficar incomodado pela extensão limitada dos aumentos reais das taxas”, disseram em nota.
REUTERS
Ibovespa recua após BC sinalizar alta mais rápida da Selic
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,38%, a 128.767,45 pontos, chegando a perder o patamar dos 128 mil pontos no pior momento. O volume financeiro no pregão somou 30,7 bilhões de reais
De acordo com a ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou na semana passada a possibilidade de acelerar a alta da Selic, embora tenha considerado mais adequado manter o ritmo de aperto em 0,75 ponto percentual. Para os economistas do Bank of America David Beker e Ana Madeira, o documento trouxe um tom mais ‘hawkish'”, sugerindo um ritmo de alta mais rápido e que a Selic poderia se mover acima do nível neutro.
Eles agora esperam duas altas de 1 ponto nas próximas duas reuniões, além de um aumento de 0,5 ponto em outubro e um acréscimo final de 0,25 ponto em dezembro, com a Selic atingindo 7,00% no final do ano, de previsão anterior de 6,5%. Esse tipo de notícia traz certa volatilidade e corrobora realização de lucros, principalmente após o Ibovespa ter renovado máximas históricas no começo do mês. Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de 0,5%, o que atenuou a pressão vendedora no pregão brasileiro, onde o Ibovespa chegou a marcar 127.802,73 pontos na mínima da sessão. O Nasdaq Composite renovou máxima histórica.
REUTERS
Plano Safra 2021/22 terá R$ 251,2bilhões em crédito rural
Anunciado na terça, montante é 6,3% maior que o da temporada atual; juros subiram para todas as categorias
O Plano Safra 2021/22 terá R$ 251,22 bilhões em crédito rural para custeio, investimento, comercialização e industrialização, montante 6,3% maior que o da temporada atual. São R$ 14,92 bilhões a mais que os R$ 236,3 bilhões disponíveis na safra que está chegando ao fim. Serão R$ 165,2 bilhões para operações a juros controlados. Desses, R$ 91 bilhões terão subvenção federal, cujo orçamento pulou de R$ 11,5 bilhões para R$ 13 bilhões, mas ficou aquém do que a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pediu. Os números foram anunciados na terça-feira pela Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário de Política Agrícola, César Halum, em cerimônia com a participação do Presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Os juros aumentaram para todas as categorias em cerca de um ponto percentual. As taxas para os grandes produtores (com receita bruta anual de mais de R$ 2,5 milhões) serão de 7,5% ao ano ante 6% em 2020/21 para custeio e comercialização. Agricultores de médio porte (receita de R$ 500 mil a R$ 2,5 milhões) pagarão 5,5% contra os 5% da temporada atual. Para pequenos produtores houve elevação na alíquota máxima, de 4% para 4,5% ao ano, e na mínima, de 2,75% para 3%. Como resposta à forte demanda no ciclo 2020/21, o governo aumentou em 29% o valor disponível para as linhas de investimentos, que chegarão a R$ 73,44 bilhões. As taxas ficarão entre 3% e 4,5% para pequenos produtores e vão variar de 5,5% a 8,5% para médios e grandes. O volume destinado para o crédito de custeio e comercialização no Plano Safra 2021/22 será de R$ 177,78 bilhões, valor quase 1% menor que o da safra 2020/21, de R$ 179,38 bilhões. Mesmo com arrocho fiscal, o governo aumentou o montante destinado à subvenção do Plano Safra, que estava em torno de R$ 11,5 bilhões, para R$ 13 bilhões. O projeto de lei de crédito suplementar (PLN 4) aprovado neste mês pelo Congresso Nacional já havia ampliado em R$ 1,1 bilhão os recursos para a área. O restante veio de negociação da Ministra Tereza Cristina com a equipe econômica e com Bolsonaro. O pedido, no entanto, era de R$ 15 bilhões.
VALOR ECONÔMICO
Subsídios agrícolas têm queda no Brasil, diz OCDE
Ajudas representaram 1,5% da receita bruta dos agricultores entre 2018 e 2020
Os níveis relativamente baixos de subsídios e proteção ao setor agrícola no Brasil refletem a posição do país de exportador competitivo, destacou a OCDE em relatório divulgado ontem. A ajuda como parte da receita bruta do agricultor brasileiro caiu de 7,6%, entre 2000 e 2002, para 1,5% de 2018 a 2020. Em comparação, subsídios da União Europeia (UE) garantem 19% da renda do produtor. Nos EUA, o percentual é de 12% ao ano, em média. Uma das ênfases da OCDE é na frente ambiental. O órgão nota que a agricultura foi responsável por 42% das emissões de gases de efeito estufa em 2019 no Brasil, menos que em 2000, mas ainda bem acima da média da OCDE. A utilização de energia pelo setor agrícola aumentou até 5,6% do uso total de 2019, também acima da média da OCDE. A maior participação do setor agrícola na economia no Brasil e a importância da pecuária baseada em pastagem contribuem para esses resultados. A OCDE constata que a participação da agricultura nas captações de água permaneceu alta, em 60%, mas que o estresse hídrico é baixo. E nota que os excedentes de nutrientes no Brasil aumentaram desde 2000, enquanto o balanço de fósforo é seis vezes maior que a média da OCDE. A entidade considera que regulamentos e procedimentos simplificados para o crédito rural poderiam facilitar o acesso dos produtores aos recursos. Também sugere que o apoio ao crédito poderia melhorar ainda mais o direcionamento para resultados específicos, como investimentos nas fazendas que explicitamente apostam em gerenciamento inovador e práticas ambientais. A OCDE observa, ainda, que o Programa ABC (agricultura de baixo carbono) é um dos principais projetados para modernizar os sistemas de produção sustentável e mitigar as emissões de emissões de gases de efeito estufa, mas que representa, ainda, uma pequena parcela do crédito rural desembolsado. E sugere que o impacto da condicionalidade ambiental estabelecida pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e pelo Código Florestal precisa ser avaliado em relação a resultados específicos, como metas vinculadas ao desmatamento e às emissões de gases. A OCDE observou que o Brasil não tem metas de mitigação específicas para o setor agrícola em suas contribuições determinadas nacionalmente (NDC), mas que políticas bem projetadas para agricultura, silvicultura e uso da terra podem contribuir para a implementação de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
plantel suíno na China está quase recuperado da Peste Suína Africana
A população de suínos da China cresceu 24% no ano até maio e agora se recuperou quase totalmente do recente ressurgimento da peste suína africana, de acordo com o ministério da agricultura do país
O tamanho do rebanho está próximo do normal para esta época do ano, disse Xin Guochang, funcionário do departamento de pecuária do ministério, em uma entrevista à televisão estatal. Enquanto isso, cerca de 3,5 milhões de porcas reprodutoras de baixa produtividade foram abatidas nos primeiros cinco meses do ano, disse ele, o que deve levar a uma melhoria na fertilidade do rebanho. A peste suína africana devastou o número de suínos na China em 2018 e houve um ressurgimento da doença no início deste ano. Os preços domésticos da carne suína caíram quase pela metade até agora em 2021, para 22,45 yuans (US $ 3,47) o quilo em meio à fraca demanda e à medida que os fazendeiros reconstruíam seus rebanhos, mantendo as importações baixas e estimulando uma derrota nas ações de produtores como Muyuan Foods Co. e New Hope Liuhe Co. A venda de suínos em pânico levou a um “efeito debandada” no maior mercado de carne suína do mundo, puxando os preços ainda mais para baixo, disse Xin. Cerca de 10% dos produtores de suínos chineses tiveram prejuízos em maio, enquanto outros ainda são lucrativos, desde que os preços fiquem acima de 12 yuans o quilo, disse ele. O número de porcas de baixa produtividade destinadas à carne em vez de reprodução caiu para 12% do rebanho total de porcas de 22% no final do ano passado, disse Xin.
Bloomberg
Pesquisa mostra o que pensa e deseja o consumidor de proteína animal no Brasil
Presidente da ABPA detalha estudo que aponta maior preferência por ovos e carnes de e carnes de frango e suína no país, além de avaliar impactos das fake news no consumo
Quantos quilos ou unidades cada brasileiro come de proteína animal por ano? Esta é uma pergunta praticamente impossível de se responder. Mas podemos fazer uma média: 45 quilos de frango, 16 quilos de carne suína e 251 ovos. Quando traçamos a radiografia destes números, descobrimos um consumidor plural, com anseios e dúvidas aparentemente simples, mas persistentes. Foi isto que descobrimos a partir da pesquisa encomendada pela ABPA ao Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP), que entrevistou mais de 2.500 pessoas em 113 cidades de todos os estados brasileiros. A pesquisa nos mostrou, por exemplo, que há consumo de proteína animal em 98,5% dos lares em todo o país. O grande campeão em presença são os ovos, que também se destacaram como proteína cujo consumo registrou maior aumento nos últimos anos. Eles são seguidos pela carne de frango, com 94%, e pela carne suína, com 80% de presença nos lares brasileiros. A pesquisa também contemplou bovinos (com 79%) e peixe (com 65%). E quase metade (47%) dos consultados consomem ovo todo dia. O ovo, aliás, é considerado como um produto de alto valor nutricional e com bons níveis de colesterol por 74% dos entrevistados, também considerado como excelente fonte de proteína por 82%. Já a carne de frango, que tem consumo mais concentrado em menos dias – 54% dos entrevistados consomem entre duas e três vezes por semana – é vista como proteína saudável por 82% dos entrevistados, e como de prático preparo por 68%. No caso da carne suína, que tem frequência de consumo mais distribuída (34% consomem entre duas e três vezes por semana, e 27% apenas uma vez a cada sete dias), a preferência é pela carne sem adição de temperos, segundo 70% dos consultados. A pesquisa apontou, ainda, que o local preferido para a compra das carnes de frango e suína e os ovos é o supermercado (ou o hipermercado). Em segundo lugar está o açougue para aves e suínos, e os mercados de bairro, no caso do ovo. Realizada entre o último dezembro e fevereiro, a pesquisa traz, também, uma visão dos impactos do cenário de pandemia nos hábitos de consumo. Embora 78% não tenham alterado os hábitos de consumo no período, 22% informaram ter incrementado a compra de ovos, carne de frango e carne suína. Para estes últimos, o preço e o aumento das refeições em casa foram colocados como fatores decisórios – efeito das restrições de circulação de pessoas e dos impactos na renda média. Outro fator que ganhou força na pandemia é a segurança dos alimentos. Em parte, impulsionada por informações equivocadas e sem comprovação científica. Exemplo claro disso foi a suposta detecção de traços de coronavírus em embalagens de produtos importados, amplamente divulgadas por autoridades de províncias chinesas – cujo risco de contaminação é praticamente descartado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora 72% dos entrevistados tenham afirmado que as fakenews sobre o tema não alteraram o consumo, parte do público consumidor foi impactado e quando questionado sobre inovações para os produtos, 39% miraram justamente as embalagens. Os desafios são muitos, e alguns mitos ainda perduram. É o caso do mito dos hormônios na carne de frango – já ostensivamente desmentido pelo setor, sob bases científicas – que ainda persiste no imaginário de 54% dos entrevistados. Também ocorre com a carne suína, uma das mais saudáveis que existem no mercado, mas que ainda é percebida como de alto teor de gordura por 59% do público.
GLOBO RURAL
INTERNACIONAL
Argentina retoma embarques de carne bovina com cotas a frigoríficos
Na retomada, cada planta poderá vender ao exterior, no máximo, 50% do volume médio mensal exportado em 2020
A Argentina anunciou na terça-feira a reabertura das exportações de carne bovina no país. Na retomada, cada frigorífico poderá vender ao exterior, no máximo, 50% do volume médio mensal embarcado em 2020. As cotas valerão até o dia 31 de agosto, segundo informações da agência estatal Télam. Segundo o governo, o sistema de cotas visa a conter a inflação dos alimentos no país. Além disso, até 31 de dezembro, os frigoríficos não poderão exportar cortes que são populares no país, como paleta, matambre e vazio, explicou o Ministro do Desenvolvimento Produtivo da Argentina, Matías Kulfas. As mudanças desagradaram ao setor produtivo. De acordo com o jornal argentino “La Nacion”, a Mesa de Enlace, que reúne as principais entidades agrícolas do país, teria expressado sua insatisfação ao Presidente Alberto Fernández sobre a decisão de limitar cortes e volumes exportados. O governo argentino prometeu apresentar, em até 30 dias, um plano para aumentar a produção de carne bovina dos atuais 3,2 milhões de toneladas para 5 milhões de toneladas anuais. Também foi anunciada a prorrogação de um acordo para a venda de cortes a preços acessíveis, que se estenderá a todos os dias da semana a valores que, em alguns produtos, serão até 45% inferiores aos valores atuais. O anúncio desta terça põe fim à suspensão dos embarques de carne bovina na Argentina, quinto maior exportador global da proteína. O embargo foi imposto no dia 20 de maio e durou pouco mais de um mês.
VALOR ECONÔMICO
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