CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1511 DE 18 DE JUNHO DE 2021

clipping

Ano 7 | nº 1511 | 18 de junho de 2021

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: avanço das escalas de abates em São Paulo, mas preços firmes

As cotações seguiram estáveis, mas firmes

Em São Paulo, com escalas de abates fechadas para o mês, algumas unidades frigoríficas optaram por ficar fora das compras na última quinta-feira (17/6) e as cotações seguiram estáveis, mas firmes, na comparação diária.  Assim, boi, vaca e novilha gordos foram negociados em R$317,00/@, R$294,00/@ e R$310,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo, segundo levantamento da Scot Consultoria. Com relação aos bovinos jovens voltados ao mercado externo, apesar de a referência seguir em R$320,00/@, preço bruto e à vista, negociações pontuais podem ocorrer até R$325,00/@, a depender da quantidade e do padrão de lote.

SCOT CONSULTORIA

Carne bovina: alta relevante nos preços no atacado sem osso

Nos últimos sete dias, o atacado de carne bovina sem osso subiu 2,0%, na média dos 22 cortes monitorados pela Scot Consultoria.

SCOT CONSULTORIA

Boi/Cepea: China segue como o principal destino da carne nacional, mas ritmo de envios diminui

As exportações brasileiras de carne bovina in natura continuam elevadas neste ano, e a China segue como o principal destino da proteína

De maio de 2020 para maio deste ano, contudo, os envios da proteína nacional ao país asiático diminuíram quase 20%, de acordo com dados da Secex. Segundo pesquisadores do Cepea, essa desaceleração das exportações à China gera preocupação dentre os agentes do setor. Isso porque alguns chegam a se indagar se a demanda chinesa pela carne brasileira teria atingido um limite. Neste caso, recentes notícias indicando uma recuperação do rebanho de suínos na China – a carne suína é uma das mais consumidas no país – pode indicar que o país pode, de fato, frear o ritmo de compras de proteína no mercado internacional. Quanto ao mercado brasileiro, a baixa oferta de animais para abate e o bom desempenho das exportações de carne mantêm firmes os preços da arroba.

CEPEA 

Redução nas compras feitas pela China acende alerta no setor de carne bovina do Brasil

Entre dezembro de 2020 e maio de 2021, volume embarcado caiu 24%, aponta estudo do Cepea a partir de dados do Ministério da Economia

A desaceleração das exportações de carne bovina do Brasil para a China tem gerado preocupação ao setor se a capacidade de o gigante asiático comprar proteína brasileira estaria chegando ao limite, avalia o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, citados pelo Cepea, os embarques de carne bovina para a China caíram 20% entre maio de 2020 e maio de 2021, passando de 83,9 mil toneladas para 67,3 mil toneladas. Entre dezembro de 2020 e maio deste ano, a redução foi ainda maior, de 24% – no último mês do ano passado, a China foi destino de 88,6 mil toneladas da carne bovina brasileira. Conforme o Cepea, nos últimos anos, a venda brasileira da carne bovina tem se concentrado no país asiático. Em 2021, 44% do produto teve como destino a China. Em 2020, 39%. A expectativa é de que o mês de junho termine com exportações abaixo da quantidade exportada em junho do ano passado. Ainda conforme o relatório, até a semana passada os embarques somavam 53,45 mil toneladas, com média diária em 6,68 mil toneladas. Nesse ritmo, o mês deve fechar totalizando 140 mil toneladas. Em junho de 2020 foram 151,921 mil toneladas. Segundo o Cepea, “essa desaceleração das exportações da proteína à China gera preocupação dentre os agentes do setor, que se indagam se a demanda chinesa por carne brasileira não teria atingido um limite”. A redução estaria atrelada, conforme o centro de estudos, à recuperação do rebanho de suínos na China – a carne suína é uma das mais consumidas no país asiático. “Isso pode indicar que o país pode, de fato, frear o ritmo de compras de proteína no mercado internacional”, continua. E acrescenta: “Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (15/6) pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, o rebanho de suínos teria crescido 23,5% em maio em relação a igual mês de 2020”.

ESTADÃO CONTEÚDO

Boi tem dia de oferta restrita e preços firmes no Brasil

O mercado físico voltou a se deparar com negócios acima da referência média em determinadas regiões do país

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis na quarta-feira.  Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado físico voltou a se deparar com negócios acima da referência média em determinadas regiões do país. “Apesar dos frigoríficos operarem com uma condição melhor em suas escalas de abate, por enquanto não são evidenciadas condições para pressionar os pecuaristas, considerando que a oferta de animais terminados segue restrita neste momento”, disse ele.  “A preocupação fica à cargo dos embarques do segundo semestre, com sinalização por parte do mercado chinês de maior volume de oferta de carne suína. Ou seja, haveria uma menor necessidade de importação”, apontou o analista. Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 – R$ 119, na modalidade a prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba, estável. Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no curto prazo, em linha com o menor apelo ao consumo no decorrer da segunda quinzena do mês. O corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar fecha em mínima em 1 ano contra real após Copom

O dólar cedeu terreno contra o real nesta quinta-feira, fechando em seu menor patamar em pouco mais de um ano após a decisão do Banco Central de abandonar o uso da expressão “normalização parcial” da política monetária, sinalizando mais alta de juros à frente

O dólar spot caiu 0,62%, a 5,0251 reais na venda, seu menor patamar para encerramento desde 10 de junho de 2020 (4,9398). Na B3, o contrato mais líquido de dólar futuro caía 0,60%, a 5,029 reais. O BC promoveu a terceira alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros no início da noite de quarta-feira, levando a Selic a 4,25%, e anunciou a intenção de dar sequência ao aperto monetário com uma nova alta de pelo menos a mesma magnitude em sua próxima reunião, em agosto. Segundo especialistas, há uma maior entrada de capital estrangeiro no mercado local com o aumento de juros principalmente devido a estratégias de “carry trade”. Elas consistem na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo (iene japonês, por exemplo) e compra de contratos futuros da divisa de juro maior (como o real). O investidor, assim, ganha com a diferença de taxas. Embora a percepção sobre o crescimento econômico e a saúde fiscal do país esteja melhor, alguns investidores temem que a aproximação das eleições possa fazer o Executivo “abrir mão” de sua agenda de reformas estruturantes. Analistas têm chamado a atenção para os riscos de o governo Bolsonaro, enfraquecido pela crise da pandemia e pressionado pela estreita janela de oportunidade antes do período eleitoral, insistir em avançar com versões modestas ou distorcidas de pautas vistas como cruciais pelo mercado.

REUTERS 

Ibovespa tem 3ª queda

O principal índice da bolsa paulista fechou no vermelho na quinta-feira, com sinalização de maior aperto monetário no Brasil e nos Estados Unidos

Pressionado por ações de empresas ligadas a commodities, como das cadeias de metais e de petróleo, o Ibovespa caiu 0,93%, aos 128.057,22 pontos, na terceira baixa seguida. O giro financeiro da sessão somou 34,5 bilhões de reais. Em relatórios, casas de análise de investimentos apontavam que o movimento mais negativo refletia sinais de autoridades monetárias de Brasil e Estados Unidos, que embora tenham confirmado previsões de política monetária na véspera, ambas indicaram aperto maior ou mais próximo do que se esperava. Além disso, medidas adotadas pela China para conter uma escalada de preços pesou forte sobre os preços de algumas commodities metálicas, afirmou Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora. Na contramão, em Wall Street os índices Nasdaq e S&P 500 abandonaram perdas do início do dia e fecharam no azul, puxados por ações de gigantes de tecnologia, diante de avaliações de que essas tenderiam a se beneficiar com uma volta da economia a condições mais normais de crescimento.

REUTERS 

FRANGOS & SUÍNOS

Alta nos preços dos suínos supera os 20%

Depois de recuarem com certa força entre o fim de maio e o começo de junho, os preços do suíno vivo registram intenso movimento de recuperação

Depois de recuarem com certa força entre o fim de maio e o começo de junho, os preços do suíno vivo registram intenso movimento de recuperação nesta semana. Segundo levantamento do Cepea, o animal vivo negociado no mercado independente se valorizou em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, com aumentos em sete dias chegando a superar os 20% em algumas praças. Pesquisadores do Cepea indicam que, além das exportações aquecidas, a competitividade elevada da carne suína no atacado da Grande São Paulo frente às principais substitutas (bovina e frango) aqueceu as vendas domésticas da carne, impulsionando a demanda de frigoríficos por novos lotes de animais.

CEPEA 

Custos de produção de suínos sobem para novo recorde em maio

Os custos de produção de suínos medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa subiram 3,71% em maio, ante abril, para um novo recorde, enquanto o custo de produção de frangos subiu 5,55%

O ICPSuíno ficou em 417,33 pontos, com alta acumulada no ano de 10,82%. Nos últimos 12 meses, o índice subiu 47,25%. Os custos de nutrição são os principais responsáveis pela alta nos custos de produção de suínos e de frangos de corte. O ICPFrango fechou maio em 407,72 pontos. No acumulado do ano, o índice subiu 19,63% e, nos últimos 12 meses, teve alta de 45,05%. Os índices de custos de produção de suínos e frangos de corte subiram pelo segundo mês consecutivo, após uma leve queda em março ante fevereiro.

CARNETEC

frango tinha poder de compra suficiente para adquirir uma tonelada a mais de milho há um ano

Embora este venha sendo, para o produtor do frango, o melhor momento de compra do milho em 2021, a capacidade aquisitiva atual ainda se encontra quase 25% abaixo da registrada há um ano. E, na média do primeiro semestre, permanece no menor nível não só dos últimos 10 anos, mas deste século.

Os dados relativos a junho são parciais, relativos à primeira quinzena. Mas até o fechamento do mês o cenário não deve sofrer maiores mudanças. Na parcial de junho, o produtor de frangos pôde adquirir em torno de 3,2 toneladas de milho com a venda de uma tonelada de frango vivo. Um ano atrás, com o mesmo volume de frangos, adquiriu pelo menos uma tonelada a mais do grão – ou um volume quase um terço maior.

AGROLINK 

Aurora investirá R$ 140milhões em unidades em Mato Grosso do Sul

Desembolsos ocorrerão nas plantas de São Gabriel do Oeste e de Maracaju

A cooperativa Aurora investirá R$ 140 milhões na ampliação das suas unidades de São Gabriel do Oeste e de Maracaju, em Mato Grosso do Sul, segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Estado. Em São Gabriel do Oeste, os desembolsos, de R$ 120 milhões, vão elevar o número de abates para 5 mil suínos por dia e gerar mais 620 postos de trabalho. A previsão para a conclusão dos aportes é o segundo semestre de 2023. Os investimentos em Maracaju serão de R$ 20 milhões e devem ocorrer ainda neste ano, diz a nota da secretaria.

VALOR ECONÔMICO

INTERNACIONAL

Pecuaristas dos EUA apostam em novas fábricas de carne após pandemia e ataque à JBS

Pecuaristas e investidores dos Estados Unidos estão destinando centenas de milhões de dólares à construção de novas fábricas de carne bovina, depois que o fechamento temporário de enormes unidades de abate no início da pandemia de Covid-19 deixou produtores sem ter para onde enviar animais prontos para serem transformados em carne

Os pecuaristas, assim como o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), afirmam que o setor está muito consolidado e, dessa forma, depende de apenas alguns grandes processadores e de seus frigoríficos industriais. Quatro gigantes do setor –JBS USA, Tyson Foods, Cargill e National Beef Packing Company– são responsáveis pelo abate de 85% do gado engordado com grãos. As fábricas de carne de menor porte e “startups” têm o objetivo de fornecer aos pecuaristas locais mais espaços para o abate do gado, especialmente aquele criado para produção de carne de maior qualidade. Segundo elas, o aumento no número de plantas pode garantir que parte da produção seja mantida caso grandes instalações venham a fechar. As longas paralisações em alguns dos maiores abatedouros dos EUA devido a surtos de Covid-19 afetaram a produção de carnes na primavera de 2020 (no Hemisfério Norte), resultando na imposição de limites para as compras por consumidores em supermercados e em uma redução nos estoques congelados, que os processadores ainda precisam reabastecer. Rusty Kemp notou a necessidade de mais capacidade de processamento após um incêndio em uma fábrica da Tyson Foods em Holcomb, no Kansas, em 2019, que levou os consumidores de carne a lutar por suprimentos e deixou produtores de gado sem ter para onde vender seu gado. Em seguida, ocorreram a pandemia e o ataque “ransomware” à JBS. Agora, Kemp planeja inaugurar no outono deste ano uma fábrica de carne bovina de 300 milhões de dólares no Nebraska. Em todo o país, pelo menos cinco novas instalações de processamento de tamanhos variados foram inauguradas ou têm planos de abertura após os choques de oferta vistos no início da pandemia. Considerando expansões em fábricas já existentes, incluindo uma da JBS, a capacidade de abate diário dos EUA deve aumentar em cerca de 5%, de acordo com cálculos da Reuters e dados do Instituto Norte-Americano de Carnes. As condições de mercado são favoráveis para novos participantes. A oferta de gado é ampla, enquanto os preços da carne bovina e as margens de lucro dos frigoríficos dispararam devido às fortes exportações e à demanda dos consumidores norte-americanos.

REUTERS 

Importações globais de alimentos deverão bater recorde em 2021

Segundo estimativa da FAO, total chegará a US$ 1,7 trilhão, 12% mais que em 2020

A fatura mundial das importações de alimentos poderá atingir um novo recorde neste ano e alcançar US$ 1,715 trilhão, US$ 185 bilhões a mais do que em 2020. Essa alta de 12% mostra que as repercussões econômicas da pandemia não estão freando a demanda mundial nessa frente em 2021. A estimativa é da FAO, a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, e foi apresentada no Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), que está reunido até esta sexta-feira. A tendência confirma que o Brasil, um grande exportador de produtos agropecuários, continuará se beneficiando no comércio global. A FAO também aponta mudança no perfil das importações. No ano passado, o aumento da fatura foi atribuído principalmente ao avanço constante dos volumes comprados, sobretudo de produtos básicos. Para 2021 tanto os volumes importados continuam elevados como há uma alta nos custos unitários (preços internacionais e fretes). O índice de preços de alimentos da FAO chegou a 127,1 pontos em maio, 36,1 pontos (39,7%) mais que no mesmo mês do ano passado. A alta foi puxada por fortes valorizações das cotações de óleos, açúcar e cereais, além dos preços garantidos tanto de carnes quanto de produtos lácteos. Com a previsão de cotações internacionais “muito maiores” em 2021 e uma retomada significativa do crescimento da economia mundial, a expectativa é que a fatura de quase todos os produtos alimentares aumentará neste ano.

VALOR ECONÔMICO 

Pilgrim’s adquire divisão da britânica Kerry por US$ 952 milhões

Empresa americana, controlada pela JBS USA, avança no negócio de alimentos preparados

A JBS acaba de fazer sua segunda aquisição em menos de 15 dias. A Pilgrim’s Pride, controlada pela JBS USA, anunciou a aquisição do negócio de alimentos preparados que a Kerry Consumer Foods — uma das maiores empresas de ingredientes do mundo — tem no Reino Unido, por US$ 952 milhões. Na semana passada, a empresa brasileira já havia fechado a compra da australiana Rivalea, de carne suína, por US$ 135 milhões. A Pilgrim’s está pagando um múltiplo (EV/Ebitda) de 8,5 vezes pela divisão da Kerry. O negócio, que faturou 725 milhões de libras esterlinas no ano passado, é um dos maiores do segmento de alimentos preparados à base de carnes do Reino Unidos. Em nota, a Pilgrim’s destacou a liderança da divisão de alimentos preparados da Kerry em marcas próprias e private label (no Reino Unido, as marcas próprias são relevantes no varejo). A divisão também lançou recentemente uma marca de produtos plant based. Na avaliação de uma fonte próxima à companhia, a compra da divisão da Kerry dotará a Pilgrim’s de uma espécie de Seara no Reino Unido. No país, a companhia já era dona da Moy Park, de carne de frango, e da Tulip, de carne suína. Com a aquisição, o número de funcionários da Pilgrim’s passará de 58 mil para 62,5 mil. A expectativa é que a transação seja concluída no quarto trimestre.

VALOR ECONÔMICO 

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

POWERED BY EDITORA ECOCIDADE LTDA 

041 3289 7122

 

abrafrigo

Leave Comment