Ano 7 | nº 1451| 24 de março de 2021
NOTÍCIAS
Boi gordo: alta de preços em São Paulo
Impulsionados pela oferta enxuta de boiadas para abate, os preços da arroba subiram nas praças paulistas no levantamento da última terça-feira (23/3). Para as cotações do boi gordo e da novilha gorda, a alta foi de R$2,00/@ no comparativo diário
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o boi gordo ficou cotado R$312,00/@, preço bruto e a prazo. Bovinos que atendem ao mercado externo ocorrem negócios até R$5,00/@ acima da referência. Para novilhas gordas a referência ficou em R$301,00/@, preço bruto e a prazo. Já a cotação da vaca gorda permaneceu estável, em R$283,00/@, nas mesmas condições.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: maior oferta de animais deve ser observada apenas em maio, diz Safras
Até lá, a consultoria diz que a tendência de preços mais altos para a arroba do boi gordo, que voltou a registrar alta na terça
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos na terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a escassez de oferta ainda dá o tom das negociações, puxando os preços da matéria-prima, fazendo os frigoríficos enfrentar muitas dificuldades na composição de suas escalas de abate, posicionadas agora entre dois e quatro dias úteis. “O volume de animais de pasto segue insuficiente, cenário que deve mudar apenas com a perda de qualidade das pastagens, entre os meses de maio e junho. Ou seja, o mercado vai ter de conviver com um ambiente pautado pela restrição de oferta por ao menos mais quarenta dias”, assinala Iglesias. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315 – R$ 316, ante R$ 315 na segunda. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. Em Cuiabá, o valor registrado foi de R$ 302 – R$ 303 a arroba, ante R$ 301. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 309 – R$ 310 a arroba, ante R$ 309 a arroba. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no curto prazo, avaliando as dificuldades macroeconômicas que se somam neste início de 2021. “Este tipo de ambiente ainda aponta para a predileção do consumidor médio para proteínas mais acessíveis, ou seja, a carne de frango segue com a preferência da população em geral”, disse Iglesias. Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Escalas de abate curtas dificultam margens operacionais dos frigoríficos em Goiás
De acordo com as informações do Instituto para o Fortalecimento Agropecuário de Goiás (IFAG), as programações de abate estão com uma média de 5 dias úteis e acaba dificultando a margem operacional das indústrias frigoríficas
No estado a média das escalas de abate estão ao redor de 6 dias úteis. Na semana anterior, a média das programações de abate girava em torno de 5 úteis. A tendência dos preços da arroba segue com viés de altista em Goiás diante da oferta restrita de animais, sendo que na última semana as cotações do boi e da vaca ficaram em R$ 286,52/@ e R$278,57/@ e registraram ganhos 0,71% e 1,55%, respectivamente. Negócios para o boi gordo com destino ao mercado interno em Britânia/GO ao redor de R$ 295,00/@, à prazo com 30 dias para pagar e com data para o abate em 30 de março/21. Já na localidade de Mutunópolis/GO, foi registrado negócio para a bezerro de até 12 meses a R $ 2.640,00/cab. à vista. O mercado de reposição segue a mesma tendência dos valores do boi gordo, com preços firmes e altas nas categorias mais novas, porém, devido às novas restrições da pandemia, muitos leilões não operaram essa semana.
IFAG
Exportação de carne bovina em março deve superar 130 mil t, diz Agrifatto
As exportações brasileiras de carne bovina em março devem superar 130 mil toneladas em março, disse a consultoria Agrifatto em newsletter na terça-feira (23)
A estimativa considera a média diária de exportações no mês até o dia 22, que ficou em 5,92 mil toneladas/dia, alta de 3,43% em relação a março do ano passado. Os dados das exportações em março até agora também indicam uma recuperação em relação a janeiro e fevereiro, quando houve redução nas exportações totais de carne bovina na comparação anual. No primeiro bimestre, o volume de exportações brasileiras de carne bovina teve queda de 6%. O aumento das exportações em março já era esperado pelo mercado diante da maior demanda da China após o período do Ano Novo Chinês. A aceleração da demanda internacional ocorre em momento de fortes altas no preço da arroba diante da menor disponibilidade de boi pronto e apesar do fraco consumo de carne bovina no mercado doméstico.
CARNETEC
ECONOMIA
Dólar zera queda com apoio do Copom
O dólar tomou fôlego na última uma hora e meia de negócios e fechou perto da estabilidade na terça-feira, com investidores analisando a sinalização do Banco Central de mais elevações de juros
O dólar spot teve variação negativa de 0,04%, a 5,5168 reais na venda. A cotação oscilou entre alta de 0,59%, a 5,5515 reais, e queda de 0,97%, a 5,4653 reais. As compras ganharam tração no meio da tarde para o fim da sessão à vista à medida que investidores aceleraram a tomada de dólares no exterior, ao mesmo tempo que as ações em Wall Street aprofundaram as perdas e os rendimentos dos Treasuries de dez anos foram às mínimas intradiárias –combo clássico de aversão a risco. Investidores analisaram declarações do chair do Federal Reserve e da secretária do Tesouro dos EUA, ao mesmo tempo que avaliaram o noticiário sobre o agravamento da pandemia na Europa e tensões entre a China e o Ocidente. A “blindagem” ao real veio do tom mais firme contra a inflação expresso pelo Banco Central na ata do Copom, divulgada pela manhã. “O real respondeu hoje ao que vem respondendo desde a semana passada: a sensação de que o BC está mais ‘hawkish’ (firme contra a inflação)”, disse Rogério Braga, sócio diretor e responsável pela gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas, para quem a postura do BC está mudando a “instância de posicionamento no real pelo mercado”. O real vem há tempos sofrendo com baixos retornos, devido aos juros nas mínimas históricas. Isso tornou a moeda brasileira barata para financiar aplicações em outros ativos e, assim, alvo constante de posições vendidas.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com temor sobre Covid-19 na Europa e tombo do petróleo
O Ibovespa fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo na terça-feira, pressionado por receios sobre o avanço da Covid-19 na Europa e potenciais reflexos na recuperação da atividade econômica mundial, com o preço do petróleo despencando cerca de 6%. Dados sobre a participação de estrangeiros no segmento Bovespa mostram saída líquida de 1,8 bilhão de reais em março até o dia 19
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,49%, a 113.261,80 pontos, com Vale e Petrobras entre os maiores pesos negativos. O volume financeiro da sessão somou 26,77 bilhões de reais. Após a Alemanha estender lockdown até meados de abril, a França pode ser a próxima a anunciar mais medidas, enquanto outros países na Europa também se movimentam para tentar frear o ritmo de contaminação por Covid-19. Nos Estados Unidos, nem o declínio nos rendimentos dos Treasuries evitou um fechamento negativo em Wall Street, com o petróleo voltando a despencar diante de perspectivas pouco animadoras para a recuperação da demanda. Jerome Powell disse que uma esperada rodada de aumentos de preços pós-pandemia não vai sair do controle e alimentar uma explosão destrutiva ou persistente da inflação. Janet Yellen afirmou que não há planos de alongar Treasuries. Comentários de Yellen, que defendeu planos em desenvolvimento para futuros aumentos de impostos a fim de custear novos investimentos públicos, também deixaram investidores desconfortáveis. A diretora regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas, Carissa Etienne, afirmou que o coronavírus continua a se espalhar “perigosamente” em todo o Brasil.
REUTERS
Ipea revisa de 1,5% para 2,2% o PIB agro para 2021
Para Pedro Garcia, pesquisador associado do Ipea e um dos autores do estudo, “o segmento de bovinos causa certa preocupação, apesar da alta estimada de 1,5%, porque o nível de abates no sistema de inspeção federal, que serve como uma proxy da produção bovina, foi muito baixo em janeiro”
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na terça-feira (23), a nova projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2021. Os pesquisadores revisaram de 1,5% para 2,2% a estimativa de crescimento do setor para este ano, com base nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a partir de dados das Pesquisas Trimestrais do Abate, Produção de Ovos de Galinha e Leite. Para este ano, os pesquisadores projetaram um aumento de 2,3% no valor adicionado da produção vegetal e 1,9% no valor adicionado da produção animal. Na produção vegetal, o destaque é a nova safra recorde de soja, que tem alta prevista de 7,3%, sendo a única cultura entre as mais importantes da lavoura com perspectiva de crescimento elevado em 2021. A produção de milho deve avançar 0,3%. Na contramão, há previsão de queda nas produções de cana-de-açúcar (-1,5%) e de café (-23,9%), sendo esta última em função das características cíclicas da cultura do grão. Na produção pecuária, a projeção é de crescimento em todos os segmentos, principalmente na produção de aves (3,8%). O desempenho positivo também é previsto para os segmentos de bovinos (1,5%), leite (1,7%), suínos (1,7%) e ovos (2,3%). No segmento de bovinos o IPEA indica uma oferta pequena de animais bovinos para abate no início de 2021. “Nossa expectativa é que isso melhore no segundo semestre de 2021, mas essa oferta baixa no começo do ano pode prejudicar o segmento e impactar negativamente a estimativa que temos para o resultado total do setor agropecuário no ano”.
IPEA
Confiança do consumidor recua 9,8 pontos em março, diz FGV
Indicador chegou a 68,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 9,8 pontos em março deste ano. Com o resultado, o indicador chegou a 68,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor valor desde maio de 2020 (62,1 pontos). A queda foi provocada principalmente pela piora do Índice de Expectativas, que mede a confiança dos consumidores no futuro e que recuou 12,3 pontos, chegando a 72,5 pontos. A perspectiva para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para esse resultado, ao cair 15 pontos. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no presente, caiu 5,5 pontos e atingiu 64 pontos. A satisfação sobre as finanças pessoais no momento atual caiu 7 pontos. “A forte queda da confiança dos consumidores é resultado do recrudescimento da pandemia de covid-19 em todo o país e do colapso do sistema de saúde em várias cidades. A campanha de imunização do covid-19 no país segue lenta, enquanto o número de hospitalizações e mortes por dia avança rapidamente, levando estados e municípios a adotar medidas de restrição à circulação de pessoas”, afirma a pesquisadora da FGV Viviane Seda Bittencourt.
AGÊNCIA BRASIL
MEIO AMBIENTE
JBS visa zerar balanço de emissões de gases do efeito estufa até 2040
JBS SA, segunda maior companhia de alimentos do mundo, se comprometeu a zerar o balanço de suas emissões de gases de efeito estufa até 2040 nas operações globais, afirmou a empresa na terça-feira
A gigante de proteína animal, que tem sede no Brasil, afirmou que é a primeira grande companhia global do setor a estabelecer tal compromisso. Nos próximos 10 anos, a JBS disse que vai investir 1 bilhão de dólares em soluções que visem reduzir as emissões de carbono em suas operações. “Sabemos que é muito difícil conseguir isso”, disse o Presidente-Executivo da JBS, Gilberto Tomazoni, em entrevista à Reuters. “Vai desafiar toda a empresa”. Segundo o executivo, todos os negócios da companhia levarão em consideração a meta de redução das emissões de gases, inclusive as alocações de investimento e eventuais fusões e aquisições (M&A). Dados da JBS mostram que em 2019 suas instalações industriais geraram 4,6 milhões de toneladas de emissões de carbono, enquanto 1,6 milhão de toneladas vieram do uso de energia. Os resultados indicam quedas em relação a 2017, quando as emissões provenientes das operações da indústria estavam em 5,5 milhões de toneladas e as vindas do uso de energia eram de 1,8 milhão de toneladas, informou a empresa. No entanto, isto ainda representa uma pequena parte das emissões atreladas à companhia. Cerca de 90% das emissões totais da JBS vêm de sua cadeia de fornecimento, disse Tomazoni, sem dar um número específico. Ele afirmou ainda que a pecuária tradicional emite 40-45 toneladas de carbono equivalente por tonelada de carne produzida. O metano, um subproduto natural da digestão em vacas e outros ruminantes, é uma importante fonte de emissões de gases de efeito estufa. Cerca de um terço das emissões de gases de efeito estufa da produção agropecuária, excluindo mudanças relacionadas ao uso da terra, vem do metano liberado pelos bovinos, de acordo com o World Resources Institute, com sede em Washington. A meta de 2040 anunciada pela JBS vem em meio a uma reação crescente de consumidores e investidores que ameaçam boicotar ou desinvestir de empresas que contribuem para o desmatamento no Brasil. O compromisso da JBS também envolve o pagamento de ações de reflorestamento e restauração florestal. A JBS prometeu ainda “alcançar uma cadeia de fornecedores de gado –incluindo os fornecedores de seus fornecedores– livre de desmatamento ilegal na Amazônia até 2025.” Nos demais biomas brasileiros, a meta seria atingida até 2030. A JBS disse que a tendência de adoção da pecuária mais intensiva, em substituição ao método extensivo mais usual no Brasil, irá ajudar a reduzir as emissões. A empresa disse que usará 100% de energia renovável em todo o mundo até 2040 e que a remuneração variável dos executivos será medida em relação à sua capacidade de cumprir as metas ambientais.
REUTERS
Mais um relatório de ONG acusa a carne brasileira de estar associada ao desmatamento
Organização Amigos da Terra pede que integrantes da UE não aprovem o acordo com o Mercosul
Um novo relatório contra carnes brasileiras foi divulgado na quarta-feira na Europa pela ONG Amigos da Terra, que acusa a produção brasileira de ser associada à violação de direitos humanos e ao desmatamento. O relatório vem no rastro da nova “coalizão transaltântica”, lançada na semana passada por 450 entidades da sociedade civil para manter a campanha contra o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, o maior tratado de troca de preferências na história dos dois blocos. A Amigos da Terra Europa lembra, no relatório, que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e o segundo maior no mercado de carne de frango e que a UE é central na importação de carnes de pelo menos quatro grandes frigoríficos brasileiros. Eles são acusados pela ONG de estarem ligados a desmatamento, perda de biodiversidade, trabalho forçado e violação dos direitos de povos indígenas. O documento distribuído nesta quarta-feira alega que as grandes companhias brasileiras fracassaram no monitoramento de direitos humanos e de padrões ambientais em suas cadeias de fornecimento por mais de uma década. A ONG reclama, ainda, que supermercados europeus estão vendendo carnes e outros produtos agrícolas brasileiros, embora atualmente o país libere o uso de 149 agrotóxicos proibidos na Europa. Com essas alegações, a Amigos da Terra pede para que o acordo UE-Mercosul não seja aprovado pelos países-membros do bloco europeu e a introdução de um processo de due dilligence nas cadeias exportadoras. O fato é que a pressão sobre o Brasil no comércio global de produtos do agronegócio continua aumentando. Antes, eram os interesses protecionistas de agricultores europeus que prevaleciam. Agora, a pressão é sobretudo com questões ambientais.
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
BRF cria vice-presidênciade Novos Negócios
Marcel Sacco, ex-Hershey’s, assumirá o posto. Mudança faz parte da estratégia de longo prazo da companhia, batizada de “Visão 2030”
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, informou hoje a criação do cargo de Vice-Presidente de Novos Negócios, e a indicação de Marcel Sacco para o posto. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BRF informou que a nova vice-presidência foi criada como parte da estratégia de longo prazo da companhia, batizada de “Visão 2030”, que será responsável pelas iniciativas de ração para animais domésticos, substitutos de carne e snacks, além da área inovação, segmentos ingredientes e pratos prontos. Sacco foi Diretor Geral das operações para Brasil e América Latina da The Hershey Company. Antes, trabalhou na Schincariol, Telefônica, Parmalat, CadburyAdams, Bauducco e Ceval.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Produção de carne suína em Mato Grosso do Sul cresceu 70% em seis anos
A produção de carne suína em Mato Grosso do Sul cresceu 71% entre 2014 e 2020, percentual bem acima da média brasileira que teve expansão de 40% no mesmo período
Os dados que mostram o crescimento da cadeia da suinocultura no Estado são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), compilados pela equipe técnica da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Apesar do aumento na produção, Mato Grosso do Sul é o 6º no ranking de exportações de carne suína. A venda ao mercado externo caiu consideravelmente em 2018 e 2019 devido a priorização do mercado interno nestes anos. Em 2020 houve recuperação nas exportações, que atingiram o maior patamar desde 2015. Hong Kong é hoje o principal parceiro comercial externo de Mato Grosso do Sul na carne suína. Em 2020 o volume exportado para este país cresceu 400%, apesar de queda na participação entre os países. Cingapura desponta como o segundo país que mais consome a carne suína do Estado, com 20% de participação na balança comercial no ano passado. Atualmente a cadeia da suinocultura é responsável por 16 mil empregos e produção estimada em R$ 16 bilhões. São 74,6 mil matrizes distribuídas em 34 propriedades no Estado, que contam com a vantagem da disponibilidade de grãos de qualidade para a preparação de ração. A produção vem em evolução constante, com crescimento de 128% em 10 anos e aumento de 131% nos abates no mesmo período.
Semagro-MS
Paraná se consolida como principal produtor de carne de frango
Segundo a Secretaria de Agricultura paranaense, com base em informações do IBGE, o Estado é responsável por 33% da produção nacional
O Paraná se consolidou como primeiro produtor brasileiro de carne de frango, responsável por 33% da produção nacional, e segundo maior produtor de carne suína, com 21%, informou a Secretaria de Agricultura paranaense, em nota, com base nos dados de abates do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Paraná também é líder em piscicultura e mantém a vice-liderança na produção de leite (13,6%) e ovos (9%). Segundo a nota, somada, a produção de carne de frango, suína e bovina totalizaram 5,78 milhões de toneladas, ou 22,3% do total brasileiro. No ano passado, foram produzidas no Paraná 936 mil toneladas de carne suína, avanço de 11,1% comparativamente a 2019. O Estado fica atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29% do total nacional, que apresentou crescimento de 16,3%, produzindo 1,3 milhão de toneladas. Em relação ao frango, o Paraná detém 33,4% da participação nacional, com 4,49 milhões de toneladas, um crescimento de 3,9% na comparação com 2019. Santa Catarina teve participação de 13,7% nos abates e o Rio Grande do Sul, 13,6%. A produção de carne bovina também teve avanço de 0,64%, somando 358,3 mil toneladas, embora a atividade tenha registrado queda de 0,6% no número de abates de 2019 para 2020, seguindo a tendência nacional.
ESTADÃO CONTEÚDO
LEGISLAÇÃO
Tribunais do trabalho negam pedidos para testes em massa de covid-19
Para magistrados, não há lei para obrigar as empresas a subsidiar exames
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a segunda instância têm negado pedidos feitos por sindicatos para a aplicação de testes de covid-19 em funcionários que atuam presencialmente ou de forma híbrida. As decisões que desobrigam os exames em massa beneficiam bancos, os Correios e concessionárias de metrô. Os julgadores destacam, nas decisões, que não há lei para obrigar as empresas a subsidiar esses exames, nem comprovação de que a testagem em massa seja eficaz para prevenir ou mesmo reduzir o contágio – embora estudos internacionais, como o publicado na revista científica “Chaos, Solitons and Fractals”, do Reino Unido, sinalizem em sentido contrário. Para eles, medidas preventivas, como o uso de máscaras e álcool em gel e distanciamento social, trazem mais resultado. Além do afastamento de funcionários doentes. A discussão ocorre em cerca de 1,7 mil ações civis públicas que tratam da obrigação de se fazer o chamado “teste de covid” ou PCR, movidos por sindicatos, segundo levantamento realizado pela Data Lawyer Insights, plataforma de jurimetria. O entendimento foi adotado pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, o Ministro Aloysio Corrêa da Veiga. Ele suspendeu os efeitos de decisão do TRT de Campinas (SP), que obrigava os bancos Santander, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Mercantil e Banco do Brasil a realizar testes em todos os bancários e colaboradores terceirizados a cada 21 dias, em todas as agências no território nacional. Na decisão, Corrêa da Veiga considerou, porém, que não há “previsão expressa normativa para tanto” e não se levou em conta “as questões afeitas à disponibilidade e dificuldade na realização dos ditos exames, de notório conhecimento”.
VALOR ECONÔMICO
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