Ano 7 | nº 1450| 23 de março de 2021
NOTÍCIAS
Boi gordo: mercado firme no início desta semana
As indústrias paulistas estiveram avaliando o cenário na manhã da última segunda-feira (22/3) e ficaram fora das compras
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a cotação da arroba do boi gordo ficou estável em relação ao fechamento da última sexta-feira (19/3), em R$310,00/@, preço bruto e a prazo. As cotações da vaca e da novilha gordas também ficaram estáveis em R$283,00/@ e R$299,00/@, preços brutos e a prazo, respectivamente. Os negócios com bovinos com até quatro dentes, para a exportação, ficaram em torno de R$315,00/@. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a cotação subiu para todas as categorias. A cotação da arroba do boi gordo subiu R$4,00 na comparação diária, e se estabeleceu em R$296,00/@, bruto e a prazo. As cotações da vaca e da novilha gordas subiram R$2,00/@ e ficaram em R$279,00/@ e R$287,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.
SCOT CONSULTORIA
Boi: arroba supera R$ 315 pela primeira vez no Cepea
O indicador do boi gordo do Cepea superou os R$ 315 por arroba pela primeira vez dentro da série histórica
A cotação variou 1,19% em relação ao dia anterior e passou de R$ 311,5 para R$ 315,2 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 17,99%. Em 12 meses, os preços alcançaram 57,88% de alta. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, na terceira semana de março, foram exportadas 29,15 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. O número ficou ligeiramente acima da semana anterior, porém, a média diária recuou de 5,96 para 5,92 mil toneladas. Ainda assim, isto representa uma alta de 3,43% em relação a março de 2020.
Cepea
Com alta nos preços, boi gordo é negociado acima da referência média
A restrição de oferta segue ditando o ritmo das negociações e o ambiente não deve apresentar mudanças até o fim deste mês, diz analista
O mercado físico de boi gordo iniciou a semana com preços de estáveis a mais altos. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, foram relatados alguns negócios até mesmo acima das referências médias. “A restrição de oferta segue ditando o ritmo das negociações neste primeiro trimestre, ambiente que não deve apresentar mudança contundente no restante do mês”, assinala Iglesias. Além disso, o pecuarista que trabalha com rebanho extensivo se depara com uma boa capacidade de retenção. “Portanto, o peso da decisão de venda do pecuarista é grande”, disse o analista. O contraponto segue na demanda doméstica de carne bovina, uma vez que a retomada de medidas mais severas de distanciamento social mina o processo de retomada da atividade econômica. O consumidor médio permanece descapitalizado e tende a manter a preferência por proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 315, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305 ante R$ 303 na sexta-feira. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 301, contra R$ 300. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 309 a arroba, ante R$ 304 a arroba. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por reajustes durante a primeira quinzena de abril, período que conta com maior apelo ao consumo, diz Iglesias. Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 16,50 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Volume exportado de carne bovina é de 88,7 mil toneladas até terceira semana de Março/21
A movimentação segue parecida com as semanas anteriores, com a China recompondo os estoques públicos
A Secretaria de Comércio Exterior (Camex) informou na segunda-feira (22) que o volume embarcado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada alcançou 88,7 mil de toneladas até a terceira semana de março. A média diária embarcada ficou em 5,9 mil toneladas e teve um avanço de 3,43% se comparado com os dados observados em março do ano passado, que registrou uma média exportada de 5,7 mil toneladas. O analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias disse que “a China está demandando mais carne e precisa recompor estoques públicos após o feriado de ano novo lunar. Isso é um bom cenário para o exportador brasileiro”. Com a manutenção do volume exportado, as negociações para o boi gordo no mercado físico devem continuar acima dos R$ 315,00/@ no interior de SP, com o animal padrão China cada vez mais disputado. “Para ocorrer negócios acima dos R$ 320,00/@ precisa acontecer algum elemento novo no mercado”, aponta Iglesias. Os preços médios na terceira semana de março ficaram próximos de US$ 4.583,80 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 4,34% frente aos dados divulgados em março de 2020 que registraram um valor médio de US$ 4.393,00 mil por tonelada. O valor negociado para o produto foi US$ 406,902 milhões na terceira semana de março deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de março do ano anterior foi de US$ 552,998 milhões. A média diária ficou em US$ 27,126 milhões e registrou uma valorização de 7,92%, frente ao observado no mês de março do ano passado, que ficou em US$ 25,136 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
Pecuária terá seguro inédito para perda de pasto
Seguradoras e resseguradoras brasileiras e estrangeiras uniram-se para criar um modelo inédito de seguro “de índice”, que cobrirá perdas de pastagens causadas por eventos climáticos, principalmente a seca. A novidade inclui o uso da tecnologia de monitoramento por satélite da Airbus
Batizada de “Pastagem Protegida – Índice”, a ferramenta foi elaborada pelas resseguradoras Scor e IRB Brasil e pela seguradora Essor. As operações de campo serão gerenciadas pela AgroBrasil, braço agrícola da Essor no país. O seguro de índice, também conhecido como “paramétrico”, baseia-se em históricos de eventos naturais para calcular a probabilidades de ocorrência ou não de problemas climáticos em uma área determinada. Caso esse índice seja alcançado, a cobertura pode ser acionada. Segundo as empresas envolvidas, esse é o primeiro seguro paramétrico de pastagens do país e também o primeiro para a agropecuária em geral que utiliza imagens de satélites de passagem. “Esse tipo de produto pode ser um divisor de águas e dará suporte aos produtores na adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis”, disse, em comunicado, Laurent Rousseau, CEO da Scor Global. O modelo tem por base o Índice de Produção de Pastagem da Airbus Defesa e Espaço (GPI). A ferramenta combina tecnologia de detecção remota com informações sobre o clima para monitorar regularmente áreas de pecuária e estimar perdas de produção causadas por eventos climáticos. Com base nessas informações, a AgroBrasil indenizará os pecuaristas que tiverem prejuízos nas pastagens. Os produtores poderão usar o dinheiro do seguro para comprar forragem para alimentar o gado, além de permitir aos pecuaristas aumentar a produção por hectare sem precisar de terra adicional para pasto. “O que mais preocupa é a seca, que exige que o produtor leve o gado para outra área ou compre silagem. É um risco catastrófico, que afeta também os pecuaristas vizinhos. Com os preços de insumos e ração em alta, a receita do produtor acaba afetada”, disse ao Valor Laura Neves, CEO da AgroBrasil.
Valor Econômico
Importações chinesas de carnes somam 1,6 milhão de toneladas no primeiro bimestre, alta de 27,6%
De carne bovina, o país asiático importou 400 mil toneladas em janeiro e fevereiro – alta de 34,3% na comparação anual
As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 1,6 milhão de toneladas em janeiro e fevereiro deste ano, de acordo com dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês). O volume representa aumento de 27,6% ante o primeiro bimestre do ano passado, quando a China importou 1,25 milhão de toneladas. Em valores, as importações em janeiro e fevereiro somaram US$ 5,1 bilhões, 10,1% mais do que um ano antes. As importações de carne suína pela China no primeiro bimestre somaram 700 mil toneladas, aumento de 26,2% na comparação anual. Em valor, o aumento foi de 14,3% para US$ 2 bilhões. De carne bovina, o país asiático importou 400 mil toneladas em janeiro e fevereiro, alta de 34,3%. O valor desembolsado com o produto foi 10,5% maior, de US$ 1,86 bilhão.
ESTADÃO CONTEÚDO
ECONOMIA
Dólar fecha em alta de 0,64%, a R$ 5,5190
O dólar começou a semana em alta contra o real, repercutindo o fortalecimento da moeda norte-americana no exterior em meio a debates sobre contágio a mercados emergentes a partir da turbulência na Turquia, onde houve troca de Presidente do Banco Central
A cotação fechou em alta de 0,64%, a 5,5190 reais na venda. A onda de perdas nos mercados turcos reativou discussões sobre potenciais ondas de choque em outros emergentes, temor que faz lembrar sobretudo as crises de emergentes durante a década de 1990. Apesar das preocupações inicias, analistas do Citi avaliam que não há “crise” nos emergentes por três razões: limitado potencial de prejuízo devido às limitadas necessidades de financiamento desse grupo de países, processo relativamente moderado de redução de estímulos na China e expectativa de apoio ao comércio global com um salto na demanda norte-americana. No Brasil, o destino do câmbio segue atrelado às perspectivas para a pandemia e a política fiscal. O dia foi de análise a possíveis desdobramentos no governo e no Congresso da carta aberta divulgada no fim de semana e assinada por mais de 200 economistas e empresários, na qual eles cobraram definições para combate à pandemia e para reorganização econômica e fiscal. O banco francês Société Générale reiterou expectativa de mais depreciação cambial diante de uma combinação entre “fracos elementos domésticos” e “ambiente externo menos favorável”. “(Presidente) Bolsonaro deveria se concentrar nos próximos trimestres em reverter sua rápida queda de popularidade e (reverter) sua estratégia política de intervencionismo e populismo”, disseram profissionais do Société em relatório sobre perspectivas para o segundo trimestre. O Société estima que o dólar terminará junho em 6,20 reais, fechará o terceiro trimestre em 6,40 reais, encerrará o ano em 6,60 reais e concluirá março de 2022 valendo 6,40 reais.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda com ajustes tendo Turquia e Covid-19 sob holofotes
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, com as ações da Vale e da Petrobras entre as maiores pressões de baixa, além de reflexos do desconforto com emergentes após troca do comando do banco central na Turquia e temores sobre a Covid-19
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,88%, a 115.201,02 pontos, de acordo com dados preliminares. No pior momento, bateu 113.619,52 pontos. O volume financeiro da sessão somava 24,47 bilhões de reais.
REUTERS
Arrecadação federal tem alta de 4,3% em fevereiro, diz Receita
A arrecadação federal registrou crescimento real de 4,3% em fevereiro sobre o mesmo mês do ano passado, somando 127,7 bilhões de reais, mostraram dados da Receita Federal divulgados na segunda-feira
O resultado veio acima da expectativa de arrecadação de 124,9 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters com analistas. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a arrecadação avançou 0,81% em termos reais, a 308 bilhões de reais.
REUTERS
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 4,71% este ano
Estimativa é que a taxa Selic fique em 5% ao ano, diz BC
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) subiu de 4,60% para 4,71%. É a 11ª semana consecutiva de aumento. A estimativa está no boletim Focus de ontem (22), do Banco Central (BC). Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,51%. Tanto para 2023 como para 2024 as previsões são de 3,25%. O cálculo para 2021 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Que é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Em fevereiro, o índice fechou em 5,20% no acumulado de 12 meses, pressionada pelo dólar e pela alta nos preços de alimentos e de combustíveis. Em meio à alta da inflação de alimentos que começa a estender-se por outros setores, a expectativa do mercado financeiro é por novos aumentos para que a Selic encerre 2021 em 5% ao ano. Após a reunião do Copom, o Banco Central já adiantou que pretende elevar os juros em mais 0,75 ponto percentual no próximo encontro, em 4 e 5 de maio. Para 2022, a estimativa das instituições financeiras é que a taxa básica suba para 6% ao ano. E a expectativa é que permaneça nesse patamar para o fim de 2023 e 2024. A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano variou de 3,23% para 3,22%. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,39%. Em 2023 e 2024, a expansão do PIB está estimada em 2,50%. A expectativa para a cotação do dólar se mantém em R$ 5,30 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,25.
AGÊNCIA BRASIL
Confiança dos empresários do comércio cai 1,5%
É a quarta queda do indicador, revela pesquisa da CNC
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) recuou 1,5% na passagem de fevereiro para março deste ano, segundo dados divulgados ontem (22), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). É a quarta queda consecutiva do indicador, que atingiu 103,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.Na comparação com março de 2020, o recuo chegou a 19,3%, a 12ª queda consecutiva neste tipo de comparação. “A implementação de medidas restritivas e indefinições sobre o novo auxílio emergencial respondem por essa desconfiança do setor. A dependência do varejo presencial ainda é grande, apesar dos avanços na digitalização. Esperamos que haja uma agilidade em relação à vacinação, que é o mais urgente no momento. Mas precisamos também de salvaguardas econômicas e sociais”, disse o Presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota. A queda do indicador foi puxada principalmente pela confiança dos empresários no momento atual, que cedeu 4,1%. A avaliação sobre a situação atual da economia, por exemplo, caiu 4,8%. A expectativa dos empresários em relação aos próximos meses teve retração de 0,4%. Já a intenção de investimentos perdeu 0,9% em relação a fevereiro. A intenção de investir na empresa recuou 2,3%. Na comparação com março de 2020, também foi observada uma queda de confiança maior em relação ao momento atual (-32,3%) do que ao futuro (-13,5%). A intenção de investimentos caiu 14,4%.
AGÊNCIA BRASIL
EMPRESAS
Marfrig vai investir US$ 100 mi nos EUA
É um momento de ganhos para frigoríficos dos Estados Unidos com o aumento da demanda por carne bovina e ampla oferta de gado
Com a rentabilidade em alta, um gigante do setor se prepara para elevar a capacidade de abate. As margens de processadoras de carne bovina sobem e produtores têm recebido US$ 316,35 por cabeça de gado, segundo estimativa da consultoria HedgersEdge divulgada na quinta-feira. O valor está bem acima dos retornos de um ou dois dígitos típicos há cerca de cinco anos e incentiva o aumento da capacidade de abate de gado nos EUA pela primeira vez em vários anos. A Marfrig Global Foods disse que sua subsidiária National Beef Packing Company está investindo US$ 100 milhões para mais do que dobrar a capacidade de abate na unidade de Tama, em Iowa, para 2,5 mil cabeças de gado por dia, com um segundo turno de produção. As mudanças devem ser concluídas até o final de 2022 e criarão “várias centenas de empregos”, segundo comunicado da empresa. A Marfrig disse que a mudança “aumentará a capacidade da empresa de produzir produtos premium em alta demanda pelos clientes no mundo todo e proporcionará um maior mercado para agricultores familiares de Iowa que fornecem gado Angus para a unidade”. Com economias de escala, operações maiores são, provavelmente, mais eficientes e lucrativas, embora também levantem questões sobre o domínio na indústria. O setor de carne bovina dos EUA tem sido criticado por ser muito concentrado: os quatro maiores frigoríficos – Tyson Foods, JBS, Cargill e National Beef – controlam cerca de dois terços de todo o processamento de carne bovina do país. A concentração pode causar uma desconexão no mercado quando unidades são obrigadas a fechar, o que pode elevar os custos da carne e derrubar os preços de venda de animais. As margens dos frigoríficos aumentaram para um recorde de US$ 1.009,30 por cabeça em maio passado durante as paralisações das processadoras de carnes, de acordo com a HedgersEdge. Os preços da carne bovina devem continuar subindo com a reabertura de restaurantes e empresas. Mais pessoas vacinadas devem aumentar as compras de carne fora de casa, embora as famílias continuem cozinhando mais do que antes da pandemia.
Bloomberg
FRANGOS & SUÍNOS
Custo de produção de aves e suínos atinge recorde em fevereiro
Segundo a Embrapa, os avicultores precisaram desembolsar 6,9% a mais para produzir, enquanto os suinocultores tiveram um custo 3,74% maior na comparação com janeiro
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos continuaram subindo em fevereiro em função da alta dos preços dos grãos. Avicultores precisaram desembolsar 6,9% mais para produzir, enquanto suinocultores tiveram um custo 3,74% maior na comparação com janeiro, segundo levantamento da Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, divulgado na última sexta-feira. De acordo com a Embrapa, o ICPFrango, índice que mede o custo de produção, acumula alta de 12,02% nos primeiros dois meses de 2021 e de 48,30% em um ano. No mês passado, o índice alcançou o recorde de 378,56 pontos. Em dezembro de 2020, estava em 336,88 pontos. O principal motivo foi o crescimento de 13,26% nos gastos com alimentação animal desde o início do ano. O levantamento também mostrou recorde para o ICPSuíno em fevereiro, a 393,48 pontos. O índice aumentou 4,84% nos últimos dois meses e 48,74% no último ano, segundo a empresa de pesquisa. “A nutrição dos suínos, item que compõe 82,16% dos custos de produção, aumentou 4,53% em fevereiro.” A Embrapa afirma que o custo para a produção de um quilo de frango de corte vivo no Paraná subiu de R$ 4,58 em janeiro para R$ 4,89 em fevereiro. Em Santa Catarina, produtores gastaram R$ 6,88 por quilo de suíno vivo, ante R$ 6,63 no primeiro mês do ano. Os Estados são utilizados como referência por serem os maiores produtores dessas proteínas, respectivamente.
Resultados das exportações de carne de frango seguem acima de março/20
Há “estabilidade” no setor à menor dependência de compras por apenas um país
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas na segunda-feira (22) os resultados das exportações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas nos primeiros 15 dias úteis de março foram melhores do que os resultados de março/20. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne de frango brasileira conseguem se manter com certa estabilidade, já que não é tão dependente de um só mercado, como é o caso da carne suína e a China. “O Brasil tem a carne de frango mais competitiva quando comparada com outros exportadores do mundo, e com o avanço da vacinação, esperamos melhores compras de países do Oriente Médio e Japão”, disse. O faturamento por média diária foi de US$ 24.820 quantia 7,63% maior do que março do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve avanço de 8,1%. No caso das toneladas por média diária, foram 16.272,12, aumento de 9,24% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Quando comparado ao resultado na semana anterior, há uma queda de 7,4%. Já o preço pago por tonelada, US$ 15.25,32 foi 1,47% inferior ao de março do ano passado. Em relação ao valor da semana anterior, houve leve alta de 0,001%. A receita obtida com as exportações de carne de frango neste início de março, US$ 372.303 representa 73,3% do total obtido em todo o mês de março de 2020, que foi de US$ 507.314. No caso do volume embarcado, as 244.081 toneladas são 74,4% do total exportado em março do ano passado, que foi 327.706.
AGÊNCIA SAFRAS
Em 15 dias úteis, exportações de suínos já superam resultados de março/20
Há a chance de que este seja o melhor março na história para exportações de carne suína
Conforme informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas na segunda-feira (22), as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada até terceira semana de março (15 dias úteis) ultrapassaram em receita e volume embarcado os resultados totais de março de 2020. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, que considera como “excelente” os números obtidos neste mês, é possível atingir o recorde como o melhor mês de março da história para a exportação de carne suína. Porém, ele recorda que no mesmo mês do ano passado, a China, principal comprador da proteína brasileira e considerado como responsável pelos números positivos em março, estava enfrentando uma das fases mais graves da pandemia do coronavírus. “Havia um problema logístico, os contêineres iam e não voltavam”, disse. A receita obtida com as exportações de carne suína até agora neste mês, US$ 166.740 ultrapassou em 6,9% o montante obtido em todo março de 2020, que foi de US$ 155.923. No volume embarcado, as 66.157 toneladas são 4,5% a mais que o total exportado em março do ano passado, um total de 63.296. O faturamento na média diária até o 15º dia útil de março foi 56,84% a mais do que março de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve recuo de 1,8%. Em toneladas na média diária foram 410,527, avanço de 53,30% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparada a semana anterior, baixa de 1,6%. No preço pago por tonelada, US$ 2.520 nos 15 primeiros dias úteis do mês, é 2,31% maior ao praticado em março passado. O resultado representa leve queda de 0,2%.
AGÊNCIA SAFRAS
Preço do suíno em São Paulo cai 18% em menos de um mês, diz Scot
A demanda enfraquecida por causa da crise econômica e fim do auxílio emergencial acabaram derrubando os preços da proteína
O preço do suíno terminado nas granjas de São Paulo caiu 18% só neste mês, segundo levantamento feito pela Scot Consultoria. Apesar do aumento do volume de exportações no ano passado, o mercado está sentindo os reflexos do aumento das restrições na economia para impedir o avanço da pandemia no país. Só nos últimos sete dias, a desvalorização do animal foi de R$ 12 por arroba, ou 8,9%. O mesmo cenário é visto no atacado, onde o recuo é de 6,9 % no quilo do suíno. Com o animal sendo negociado a R$ 9,40 em comparação a carne bovina, é um dos piores patamares da história. Nos últimos 24 meses, a arroba suína saltou de R$ 84 para R$ 110, aumento de 31%. Já a arroba bovina no mesmo período aumentou 100%, de 151,55 para 303,00. Em comparação ao milho, dois anos atrás, uma saca custava R$ 42,13, ou seja, 50% do valor da arroba suína, de R$ 84. Hoje, a saca vale 93,30, 85% do valor da arroba, que custa R$ 110. De acordo com o analista da Scot, Felipe Fabri, o principal ponto que vem puxando o preço para baixo é o mercado interno. “Temos um mês de março em ritmo excepcional no quesito exportação, com a volta do mercado chines às negociações. O mercado doméstico, no entanto, não tem colaborado com o escoamento da carne suína. Desemprego em alta, fim do auxílio emergencial, desemprego em alta… tudo isso acaba prejudicando o escoamento. Também temos as restrições mais duras, com restaurantes fechados, prejudicando ainda mais”, falou. Fabri explica que 75% da carne suína é consumida no mercado doméstico e, desde a virada do ano, há uma tendência de queda por falta de procura por parte dos consumidores.
CANAL RURAL
INTERNACIONAL
Produção mundial de carnes ficou estável em 2020, mas o comércio mundial cresceu
A produção mundial de carnes atingiu 337,2 milhões de toneladas em 2020, em patamares semelhantes aos de 2019. O aumento da produção de aves e ovinos compensou as contrações na produção de suínos e bovinos. É o que afirma o relatório sobre a evolução da produção e do comércio mundial de carne em 2020
Na carne suína, embora a peste suína africana tenha continuado afetando negativamente a produção no Leste Asiático, principalmente China, Filipinas e Vietnã, o setor se recuperou mais rápido do que o esperado, atingindo 109,2 milhões de toneladas. As quedas na produção de carne bovina foram generalizadas com reduções em todas as principais regiões geográficas, fazendo com que a produção mundial caísse em quase um milhão de toneladas para 71,4 milhões de toneladas. Uma combinação de fatores regionais e específicos do país, variando de disponibilidade limitada de animais para abate (Austrália e Brasil), restrições institucionais na compra e transporte de animais (Índia) e interrupções no mercado relacionadas a covid -19 (União Europeia), empurrou níveis mais baixos de produção de carne bovina. No setor avícola, embora a produção tenha aumentado, a expansão da produção do setor foi a menor registrada desde 1960, situando-se em 133,26 milhões de toneladas. As exportações mundiais totais de carne alcançaram 38,7 milhões de toneladas, 5,7% a mais que em 2019, embora mais lentamente do que o crescimento de 7,4% registrado em 2019. As importações da Ásia aumentaram 15,8% para mais de 22 milhões de toneladas, representando 63% das importações mundiais de carne, principalmente devido aos impactos contínuos do peste suína africana na produção de carne suína do Leste Asiático. Induzidas pelo déficit, as importações de carnes da China aumentaram 57,6%, para 11,7 milhões de toneladas, com a carne suína e de aves crescendo mais. Enquanto isso, as importações da América do Norte, lideradas principalmente pelos Estados Unidos, aumentaram 6,8%, refletindo o crescimento ano-a-ano mais fraco da produção doméstica de carne bovina e de aves do que nos anos anteriores. As importações de carne de todas as outras regiões (África, América Central e Caribe, Europa, Oceania e América do Sul) diminuíram, refletindo a redução nas vendas de serviços de alimentação, dificuldades econômicas, restrições monetárias e acúmulo de estoques internos. Muitos países registraram quedas significativas nas importações, incluindo Vietnã, Japão, União Europeia, Emirados Árabes Unidos, República da Coréia, Federação Russa e México. O fato de que 14 dos 20 principais países importadores de carne registraram importações mais baixas em 2020 mostra a natureza generalizada das restrições à importação. Apesar do ambiente desafiador do mercado de carne global em 2020, os maiores exportadores de carne do mundo, incluindo a União Europeia, os Estados Unidos da América, Brasil, Canadá, Federação Russa e México, enviaram mais carne do que no ano anterior. Em contraste, a Austrália e a Índia registraram volumes de exportação mais baixos devido a restrições de fornecimento. Em todos os tipos de carnes, o comércio de carne suína cresceu quase 25% e a de aves se manteve estável, enquanto o comércio de carne bovina e ovina diminuiu.
Eurocarne
Tarifa do Japão sobre a carne bovina importada dos EUA sobe para 38,5%
A tarifa mais alta começou a valer na quinta-feira (18) e vai até o dia 16 de abril, anunciou o governo japonês
A tarifa do Japão sobre a carne bovina importada dos Estados Unidos subiu de 25,8% para 38,5%, após as importações do produto desde 1º de abril de 2020 superarem as 242 mil toneladas estabelecidas no acordo comercial entre os países. A tarifa mais alta começou a valer na quinta-feira (18/3) e vai até o dia 16 de abril, anunciou o governo japonês. A partir de 17 de abril, a tarifa cai para 25% – um recuo que estava programado dentro do acordo para acontecer em 1º de abril, mas foi adiado. Durante esse período, concorrentes dos EUA, como Nova Zelândia, Canadá ou Austrália – que são membros da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) -, continuam com a tarifa de 25,8%, e ela deve cair para 9% até 2033. Países que fazem parte da TPP não estão sujeitos aos mecanismos que podem aumentar tarifas automaticamente.
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