Ano 3 | nº 564| 26 de julho de 2017
NOTÍCIAS
Em ano de más notícias, frigoríficos brasileiros enfim respiram
Suspeitas de violações sanitárias, embargos à exportação e um escândalo de corrupção. As manchetes deste ano dificilmente poderiam ser piores para a indústria brasileira de carnes
Apesar disso, os frigoríficos desfrutam agora das melhores condições de mercado em vários anos para a produção de carne bovina. Isso porque os preços que empresas como JBS, Marfrig e Minerva pagam pelo gado tiveram a maior queda em duas décadas neste ano, enquanto os preços da carne no atacado permaneceram praticamente estáveis. Com isso, o diferencial chegou a 38%, o maior desde pelo menos 2008, segundo dados da Scot Consultoria. “Nunca vimos uma situação como essa”, disse Mariane Crespolini, pesquisadora do Cepea, a unidade de pesquisa agrícola da Universidade de São Paulo, em entrevista por telefone. Segundo o Cepea, a demanda doméstica pela carne tem mostrado alguns sinais de recuperação depois de uma grave recessão e da operação Carne Fraca da Polícia Federal. No lado da oferta, existe uma abundância de animais prontos para o abate e que os frigoríficos simplesmente não estão absorvendo. Isso se deve, em parte, às preocupações com a qualidade da carne brasileira no exterior — o preço do gado caiu 15% desde março, depois que vários países suspenderam temporariamente as importações do produto brasileiro. A redução do volume de abates da JBS, maior compradora de gado do país, após a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista também pressionaram os preços da arroba. A consultoria Agroconsult reduziu sua projeção para o volume de abate do Brasil em 1 milhão de cabeças de gado, para 39,6 milhões, após o escândalo. Além disso, os pecuaristas estão oferecendo mais vacas para o abate devido a uma queda no preço dos bezerros, assim como animais que haviam sido retidos no ano passado devido à forte alta nos preços da ração e finalmente atingiram o peso de abate. “Os indicadores não eram tão positivos para os frigoríficos desde o fim dos anos 1990”, disse Maurício Nogueira, sócio Agroconsult, citando o diferencial entre os preços da carne bovina e do gado. Marfrig, Minerva e JBS deverão apresentar, nos balanços do segundo trimestre, lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização mais elevados do que no mesmo período do ano passado, segundo a média das estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg. Os impactos da Carne Fraca sobre as exportações devem pesar no resultado das empresas, segundo relatório do Banco Santander, mas as margens maiores da carne bovina deverão compensar esses efeitos em parte, afirmou o Itaú BBA em relatório de 20 de julho. As margens atraentes podem estimular matadouros locais que haviam suspendido a produção nos últimos anos a retomarem as operações, disse Nogueira, da Agroconsult. A Marfrig decidiu reabrir duas plantas na região Centro-Oeste do Brasil e aumentar o uso de outras quatro, resultando em um aumento de 25% em sua capacidade de abate no Brasil, afirmou a companhia em 3 de julho, citando a oferta maior de gado e a melhora das condições econômicas. A Minerva também informou no mês passado que está retomando as operações em uma planta do Mato Grosso.
Bloomberg
Preços do boi gordo e da carcaça continuam a cair em Mato Grosso
A cotação do boi gordo em Mato Grosso atingiu no dia 19 de julho o menor valor à vista desde 5 de setembro de 2014, a R$ 114,14 por arroba, enquanto a demanda por carnes bovinas no Brasil ainda continua fraca, segundo informações do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea)
“A retomada das exportações aos níveis pré-Carne Fraca e a diminuição do número de desempregados no Brasil no 1º semestre de 2017 parecem ainda não ser o suficiente para estimular a demanda pela proteína bovina, visto que a carcaça casada do boi no atacado atingiu até a 3ª semana de jul/17 o menor valor mensal desde jan/15, R$ 8,72/kg”, informaram os analistas do Imea em relatório. No varejo de Cuiabá (MT), o preço médio da carne bovina até a terceira semana de julho chegou ao valor médio de R$ 20,7/quilo, o menor valor mensal desde setembro de 2015, segundo o Imea. A Operação Carne Fraca, que revelou em março um esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propina por alguns frigoríficos a fiscais de inspeção federal, levou à suspensão temporária das compras de carnes por diversos países importadores do Brasil, além de abalar a confiança do consumidor doméstico. Desde abril, as exportações de carne bovina têm crescido mês a mês, mas a alta disponibilidade de gado para abate e lenta recuperação do consumo interno ainda não surtiram elevação dos preços da arroba. A redução temporária do ICMS em MT para abate em outros estados e a elevação nas cotações de contratos futuros do boi gordo na BM&FBovespa são fatores que indicam um possível aumento nos preços neste segundo semestre, segundo o Imea.
CARNETEC
Mercado do boi gordo andando de lado, com oferta menor, mas consumo lento
Mercado do boi gordo sem grandes alterações nesta terça-feira (25/7). A pressão de baixa tem se dissipado em boa parte das regiões, mas o mercado ainda não ganhou força para valorizações
As altas ocorreram para as fêmeas, em seis regiões, principalmente influenciadas pelas ofertas de compra mais atrativas, vindas de frigoríficos menores. Mesmo com disponibilidade decrescente das boiadas em decorrência da piora na situação das pastagens, as programações de abate dos frigoríficos ainda não encurtaram de maneira importante. A expectativa é que o mercado siga andando de lado, até que o cenário de oferta mais enxuta diminua as programações de abate, o que pode gerar preços maiores. No atacado, observamos cotações estáveis e consumo calmo. O período de virada de mês, se vier acompanhado de escalas mais curtas, pode dar algum fôlego ao mercado.
SCOT CONSULTORIA
Mapa implementa programa de avaliação da qualidade dos serviços veterinários oficiais
Atividades dos estados e do Distrito Federal serão auditadas pelo Ministério da Agricultura a cada três anos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementou oficialmente nesta terça-feira (25) o Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais das instâncias Sistema de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), o Quali-SV, por meio da Instrução Normativa 27, publicada no Diário Oficial da União. O Quali-SV será apresentado pelo Mapa durante reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) nesta quinta-feira (27), em Rio Branco (Acre). O programa reforçará os controles sobre a saúde dos rebanhos, o que tem reflexos positivos na segurança alimentar. Segundo o responsável pela Coordenação de Avaliação e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários (Casv) do Mapa, José Ricardo Lôbo, o programa deverá ser transparente e alinhado aos exigentes padrões internacionais, para promover melhorias contínuas e necessárias ao desempenho do Serviço Veterinário Oficial (SVO). Os serviços veterinários estaduais e do Distrito Federal serão monitorados não apenas por dados técnicos (indicadores), mas também serão submetidos a avaliações presenciais por meio de auditorias e supervisões. O método, desenvolvido pela Casv, permitirá ter uma visão mais objetiva, atualizada e global dos serviços veterinários. O serviço veterinário dos estados e do DF passarão por auditoria dos auditores fiscais federais agropecuários do Mapa a cada três anos. Para as auditorias foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação da qualidade do SVO, adaptando metodologia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) usada pelos serviços veterinários dos países-membros, conhecida como PVS/OIE Tool (Performance of Veterinary Services). O Mapa já tem cronograma de auditorias até 2019. Neste ano, elas devem ser realizadas em 10 estados. A previsão para 2018 é de nove auditorias e de oito (em sete estados e no DF) para 2019. As avaliações envolvem recursos humanos, físicos e financeiros, além da capacidade técnica e operacional do SVO. Os relatórios das auditorias serão divulgados pelo Mapa. Os órgãos auditados deverão implementar medidas corretivas específicas para os achados e recomendações, visando a melhoria dos serviços. O Serviço Veterinário Oficial (SVO) é composto pelo Mapa e por órgãos estaduais de sanidade agropecuária, além de veterinários credenciados. O SVO tem como missão garantir proteção e segurança aos consumidores dos produtos de origem animal e o acesso desses produtos aos mercados interno e externo, por meio da prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais, além do controle do uso de insumos e atividades que possam afetar a saúde e o bem-estar animal.
MAPA
No Norte do país, pecuária começa a reagir após baque da crise da JBS
“O tufão está diminuindo”. Mesmo vindas de um funcionário da JBS, as palavras representam bem o sentimento de pecuaristas da região Norte do país
Há dois meses, o clima no Acre e em Rondônia era de muita preocupação, e poucos confiavam que a empresa honraria compromissos. Aos poucos, no entanto, a percepção está mudando e muitos já torcem abertamente pela normalização de seus abates, o que aparentemente está em curso. Quando a delação premiada dos controladores da JBS veio a público, o Rancho Pé de Serra, fazenda de pequeno porte de Ji-Paraná, programava-se para enviar 72 animais para o frigorífico da companhia em São Miguel do Guaporé (RO). Receoso, o pecuarista Alexandre Neto desistiu do negócio, mas não sem custos. Para segurar o rebanho na fazenda e ao mesmo tempo não prejudicar a condição das pastagens, Neto e o filho Michael Gularte gastaram em ração. Mas o preço do boi gordo caiu drasticamente, e o pecuarista agora calcula o prejuízo. “Estou perdendo R$ 24 mil”, lamentou, citando que poderia ter comercializado o boi a R$ 130 por arroba – hoje, o preço está abaixo de R$ 120. Diante disso, o produtor deseja vender para a JBS, mesmo porque o pasto só deve se degradar em razão do período sem chuvas. “Sabemos que isso é coisa política. Podemos voltar a vender. Temos que acreditar que vai fluir, porque a JBS é a alavanca da pecuária”, disse Neto, dando o tom do sentimento de boa parte dos pecuaristas ouvidos pelo Valor entre os dias 18 e 23 de julho. Nesse período, a reportagem percorreu 2,6 mil quilômetros pelos Estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso a convite da expedição técnica “Rally da Pecuária”, organizada pela Agroconsult. Também no Acre, a confiança está voltando. Um dos poucos que não desistiram de vender à JBS em maio – auge da delação -, o fazendeiro Mauro Sérgio Andrade, de Senador Guiomard (AC), já vê os colegas mais resistentes voltarem a fechar negócios com a companhia. O ponto de inflexão, lembrou ele, aconteceu em meados de junho. Foi quando a decisão da JBS de só pagar os pecuaristas a prazo, e não mais à vista, completou um mês. Como os primeiros pagamentos sob a nova sistemática foram realizados em dia, a expectativa de calote diminuiu. Para Andrade, o fato de ter mantido as vendas se mostrou um “duplo acerto”. Além de receber no dia combinado, ele escapou da queda dos preços do boi gordo desde então e, em meio ao cenário de oferta mais restrita para a JBS no “pós delação”, conseguiu vender a arroba das novilhas pela mesma cotação dos machos – em geral, as vacas têm um rendimento de carne inferior. “Já que muita gente estava tirando gado da escala, resolvi correr esse risco e coloquei mais 80 fêmeas para morrer junto com 170 bois”, afirmou o pecuarista. De quebra, ele “ganhou pontos” com a JBS, o que espera que renda frutos no futuro. Com um rebanho de 4,2 mil cabeças, Andrade vende lotes de boi gordo a cada 60 dias. Pecuarista e dono de um frigorífico que comercializa carne de vaca só em Rondônia, o empresário Carlos Lira também acredita que é inevitável voltar a vender para a JBS. “Fiquei represando gado, mas está chegando a hora”, afirmou, ressaltando o impacto negativo do clima sobre as pastagens, o que o obrigará a comercializar os bois que já atingiram o peso de abate. Ainda que a preocupação permaneça, Lira já se sentiu “aliviado” ao ver a regularidade dos pagamentos da JBS aos pecuaristas. Mas há também quem não queira ver a JBS nem pintada de ouro. “Não vou matar lá nunca mais. Estou perdendo dinheiro, mas não vou vender. Sou anti-PT”, disparou Sávio Martins, pecuarista de Castanheiras (RO). Ao Valor, ele afirmou liderar um movimento de boicote à empresa, mas admitiu que grandes produtores, como os confinamentos do grupo Fertipar, que vendem cerca de 80 mil cabeças ao ano, já negociam com a JBS, o que já estimulou outros pecuaristas a seguirem caminho semelhante. Nesse processo, os abates da JBS caminham rumo à normalização. Nos cinco frigoríficos que tem no Acre e em Rondônia – em Porto Velho, Vilhena, São Miguel do Guaporé e Pimenta Bueno, em Rondônia, em Rio Branco, no Acre -, a empresa está abatendo 4 mil cabeças por dia. Em todo o Brasil, os abates semanais já estão perto dos 27 mil bois diários – 135 mil por semana, apurou o Valor. Segundo fontes que conhecem as operações da empresa, ainda não é o ideal. Para voltar à normalidade, a JBS teria de abater 180 mil bois por semana, ou 30 mil animais por dia, incluindo os sábados. Quem vivenciou os desafios da companhia na compra de boi nas duas últimas semanas de maio, no entanto, garante que o cenário é de franca evolução. E não só na originação de gado. Poucas vezes na história a rentabilidade da produção da carne bovina foi tão alta. Como os preços da carne bovina oscilaram pouco na comparação com os do boi gordo – desde janeiro, a arroba recuou 17,6%, pressionada pelos efeitos da maior oferta de gado, da Operação Carne Fraca e da delação dos irmãos Batista -, o indicador de margem bruta dos frigoríficos brasileiros calculado pela Agroconsult atingiu 39,4% na parcial deste mês, o maior nível desde 2007, segundo Maurício Nogueira, que coordena o Rally da Pecuária. O momento mais favorável para a JBS na pecuária, no entanto, não significa que tudo seja positivo. Por causa da delação, o pecuarista Paulo Tripoloni abandonou as conversas que mantinha com a companhia dos Batista e fechou a venda de mais de 10 mil bois neste ano para a concorrente Minerva Foods, que decidiu reabrir o frigorífico de Mirassol D’Oeste, em Mato Grosso.
VALOR ECONÔMICO
Fiscais agropecuários retomam mobilização por contratações e não descartam greve
Durante a mobilização, os fiscais são orientados a não acessar os sistemas do Ministério da Agricultura.
Auditores fiscais agropecuários retomaram nesta semana uma mobilização que visa pressionar o governo para a realização de concurso público para preenchimento de 1,6 mil vagas na categoria, informou na terça-feira o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), que não descarta a realização de uma greve. Durante a mobilização, os fiscais são orientados a não acessar os sistemas do Ministério da Agricultura. Com isso, cargas para exportação não serão liberadas, e o trabalho nos frigoríficos não será certificado. Em nota enviada à Reuters, o sindicato disse que “mais de 100 pontos de atendimento aderiram ao movimento, incluindo os principais portos, aeroportos, laboratórios nacionais agropecuários e postos de vigilância agropecuária.” O protesto já estava programado desde a semana passada, quando o sindicato realizou a primeira mobilização, por 24 horas, no dia 17. Na ocasião, o Anffa Sindical afirmou que retomaria o movimento caso suas demandas não fossem atendidas. A categoria reivindica a autorização de concurso público para recomposição do quadro funcional, repudiando também a contratação temporária de 300 médicos veterinários pelo Ministério da Agricultura na semana passada. “Caso as demandas não sejam atendidas, o Comando Nacional de Mobilização do Anffa Sindical se reunirá nos dias 26, 27 e 28 de julho para decidir sobre as próximas ações e avaliar a possibilidade de decretação de greve”, destacou o Anffa Sindical.
Produção de carne bovina deve crescer 20,5% em 10 anos
Relatório projeta que país fornecerá 11,44 milhões de toneladas da proteína em 2027; consumo interno e exportações também aumentarão. Alta anual da produção deve ficar em torno de 2,1%
A produção brasileira de carne bovina deve crescer 20,5% nos próximos dez anos, segundo o relatório ‘Projeções do Agronegócio’ publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Embrapa este mês. Ao ano, a alta deve ficar em torno de 2,1%, abaixo das taxas para suínos (2,5%) e frango (2,8%), mas elevada o bastante para suprir o mercado doméstico e as exportações. A projeção estima que 11,44 milhões de toneladas de carne bovina serão produzidas em 2027. Em 2017, esse número deve ficar na casa das 9,5 milhões de toneladas. Os preços ao produtor também devem crescer na próxima década, acompanhando a expansão da produção. De toda a carne bovina que deve ser produzida no país em 2026/2027, 78,3% será destinada ao consumo interno. A demanda doméstica por carnes também crescerá no período, mas em taxas inferiores, chegando a um aumento de 15,8% no período. O relatório coloca que o mercado doméstico consumirá cerca de 8,96 milhões de toneladas de carne bovina em 2027 contra 7,74 milhões de toneladas este ano. Já as exportações brasileiras vão se expandir em uma média anual de 3%. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório, projeta o Brasil como o primeiro exportador de carne bovina em 2026, com a Austrália em segundo, seguida por Índia e Estados Unidos. A estimativa do Mapa é de que 2,42 milhões de toneladas de carne bovina sejam embarcadas em 2027. Este ano, o valor deve ser de 1,8 milhões de toneladas. De acordo com o IBGE, foram abatidas em 2016 quase 29,7 milhões de cabeças em todo o país. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Rio Grande do Sul, lideram os abates, com 76,6% do total.
Portal DBO
EMPRESAS
JBS fecha acordo de refinanciamento de dívidas com bancos no Brasil
A JBS assinou com os bancos um acordo de renegociação de suas dívidas no Brasil
Ao todo, R$ 21,7 bilhões — 93% das dívidas da JBS Brasil — foram repactuados. Os bancos aceitaram rolar esse passivo por 12 meses. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que, no período de estabilização acordado com os bancos, amortizará 10% de uma dívida de R$ 20,5 bilhões. Os recursos serão pagos em quatro parcelas iguais e em até 270 dias. De acordo com a JBS, os recursos oriundos da venda de ativos — com exceção dos US$ 300 milhões que serão recebidos da Minerva pelos frigoríficos do Mercosul — aceleração o pagamento das dívidas repactuadas. A JBS Brasil pagará cerca de 80% dos recursos líquidos obtidos com a venda de ativos para amortizar a dívida. O Itaú, que não aceitou o acordo geral com os bancos, também fechou um acordo com a empresa pelo qual receberá 40% de amortização de sua dívida de R$ 1,2 bilhão. O prazo de pagamento dos 60% restante foi renovado por 12 meses, nas condições originais dos contratos.
VALOR ECONÔMICO
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