CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 563 DE 25 DE JULHO DE 2017

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Ano 3 | nº 56325 de julho de 2017

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo com poucas negociações

Foram poucas as negociações no mercado do boi gordo nesta segunda-feira (24/7), cenário típico deste dia da semana

Muitas empresas ainda aguardavam fora do mercado para traçarem suas estratégias de compras para a semana. Na última semana, o cenário observado foi de menor pressão sobre as cotações, devido à gradual redução na oferta. Mesmo que ainda sem um viés definido, a expectativa para o curto prazo é de que o mercado ganhe firmeza. Apesar do atraso para a entrada do período de entressafra, as temperaturas têm caído nas últimas semanas e as pastagens estão perdendo cada vez mais capacidade de suporte, acelerando a entrega de boiadas para o abate. No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços ficaram estáveis frente ao último levantamento. A carcaça de bovinos castrados ficou cotada em R$8,22/kg.

SCOT CONSULTORIA

Carne bovina: consumo ruim no varejo

Na última semana, os preços da carne bovina tiveram alta somente no Paraná, mas a valorização foi pequena, de 0,2% em sete dias

Reajuste pontual, que não condiz com a situação das vendas, especialmente neste período do mês. Em todos os outros estados pesquisados, o viés é de baixa. Em São Paulo a queda foi de 0,2%, de 1,5% em Minas Gerais e de 0,3% no Rio de Janeiro no mesmo período. Os varejistas têm regulado as compras junto às indústrias a fim de evitar, ao máximo, quedas mais fortes nos preços da carne bovina.

SCOT CONSULTORIA

Registro no SIF de produtos de origem animal se torna mais ágil

Fila de solicitações foi praticamente encerrada com uso de força tarefa e sistema iniciado neste ano permite inclusão automática quando se trata de produto já regulamentado

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), graças a uma força tarefa realizada, praticamente acabou com a fila de pedidos de registro de produtos de origem animal, que esperavam por aprovação há mais de 60 dias. O Ministro Blairo Maggi determinou que fossem adotadas ações de gestão para fluidez dos processos. O trabalho intensivo do Dipoa iniciado em 26 de junho foi até a última sexta-feira (21). A plataforma do sistema de Registros de Inspeção Sanitária (SIFs) contava com 14.641 solicitações, sendo que 82% se referiam a produtos regulamentados, isto é, com aprovações automáticas. Do total, 2.622 precisavam de análise prévia, pois não havia regulamentação, e, desses, 1.204 foram analisados. Segundo o Diretor do Dipoa, José Luis Vargas, o objetivo do ministério é que o tempo de espera para registro de produto de origem animal seja inferior a 30 dias. Vargas explicou que o acúmulo de pedidos foi provocado por instabilidades e oscilação do sistema de informática, o que fez com se acumulassem solicitações de registro de produtos, levando a um período de espera de análise maior. O Diretor explicou que no início deste ano, com a implantação do Sistema de Informações Gerenciais/Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF 2/PGA) e a publicação da Instrução Normativa Nº 1 de 11 de janeiro de 2017, começou a ser feito o registro automático de produtos de origem animal regulamentados, trazendo agilidade e transparência ao processo de registro de produtos de origem animal e transferindo responsabilidade do atendimento à legislação aos fabricantes dos produtos. Esses são avaliados por auditores fiscais federais agropecuários em fiscalizações de rotina, em supervisões e auditorias. O DIPOA utiliza um painel de gerenciamento de solicitações de registro de produtos, que extrai os dados a partir do novo sistema, possibilitando avaliação das maiores demandas de registro e uma programação mais efetiva no que se refere à regulamentação. Quanto maior o número de produtos regulamentados, maior número pode ser registrado automaticamente.

MAPA

Ministério da Agricultura estuda retirar a saponina das vacinas contra aftosa

Em meio à pressão dos exportadores de carne bovina para alterar a formulação da vacina contra o vírus da febre aftosa, a indústria veterinária propôs ao Ministério da Agricultura a retirada da saponina da composição do medicamento

A substância, que estimula o desenvolvimento da imunidade ao vírus, é apontada como uma das responsáveis pelas reações que geraram abscessos e granulomas na carne. A aplicação incorreta nas fazendas também é uma das causas. Em decorrência disso, os EUA embargaram, em junho, a carne bovina in natura produzida no Brasil. De acordo com o Ministério da Agricultura, a retirada da saponina está em análise. “Mudanças na composição e na dosagem requerem novos testes para garantir a manutenção da qualidade da vacina”, informou a Pasta, em nota. Autor do pedido para a retirada da saponina, o Sindan, que representa a indústria veterinária, informou ontem que a vacina sem saponina deve estar disponível na segunda etapa da campanha da vacinação contra aftosa de 2018, no mês de novembro. Para tanto, ainda precisa passar pelo processo de validação no Ministério da Agricultura. Ao Valor, o Presidente em exercício do Conselho Nacional de Pecuária de Corte (CNPC), o veterinário Sebastião Guedes, também defendeu a retirada da saponina. Segundo ele, a substância provoca os chamados “abscessos assépticos” – inflamação que não é causada por uma bactéria. Mas o Presidente do CNPC criticou a indústria veterinária. Guedes afirmou que a saponina foi introduzida sem recomendação do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), com o intuito de reduzir capital de giro. Com a saponina, disse, a imunidade na primeira aplicação da vacina no gado bovino se manifesta em 28 dias. Sem ela, apenas em 56 dias. Na prática, a indústria veterinária terá de estocar a vacina por mais tempo, ressaltou. O CNPC também defende que o Ministério da Agricultura recomende somente a aplicação da vacina por via subcutânea, vedando a intramuscular.

VALOR ECONÔMICO

Pecuária de MS amarga queda de 17,87% no volume de abates

Nas plantas da JBS, redução chegou a 29,5% no semestre, abrindo espaço para pequenas unidades

A pecuária de Mato Grosso do Sul amarga queda de 17,87% no volume de abates em frigoríficos. O prolongamento da recessão econômica (que reduziu o consumo interno de carne), aliado à crise no mercado internacional, gerada após a operação Carne Fraca e intensificada após denúncias envolvendo o grupo JBS, fez com que o número de abates neste ano recuasse 1,885 milhão de animais, média registrada no primeiro semestre de 2016, para 1,548 milhão no primeiro semestre deste ano. Os dados são da Superintendência Federal de Agricultura no Estado de Mato Grosso do Sul (SFA/MS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e correspondem a uma queda de 336,6 mil abates de um período para outro. A maior queda, aponta o relatório, ocorreu nas unidades da JBS. No primeiro semestre deste ano, as unidades do grupo – sete das maiores em todo o Estado – abateram aproximadamente 614,7 mil animais, retração de 29,5% (257,5 mil animais a menos) em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o número de abates chegou a 872,2 mil cabeças. Parte desta queda se deve ao fechamento da unidade frigorífica de Coxim, no início deste ano, que abatia de sete mil a dez mil cabeças ao mês, em média. Entretanto, houve queda nos abates em boa parte das unidades.

CORREIO DO ESTADO

Queda semanal de 0,3% nos preços dos animais de reposição

A demanda continua enfraquecida no mercado de animais para reposição

No balanço da última semana, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda de 0,3%. Com a entrada cada vez maior das baixas temperaturas, inclusive com geadas em algumas regiões, as pastagens estão perdendo capacidade de suporte e isso vem aumentando o volume de boiadas entregues às indústrias. Esse efeito pode garantir maior movimentação no curto prazo no mercado de reposição. Pois com a venda de boi gordo, os recriadores tendem a repor o rebanho. Entretanto, a disputa por preços segue acirrada entre recriadores e criadores. Com a oferta concentrada de bezerros, decorrente do menor de volume de negócios no primeiro semestre e as cotações do boi gordo em queda, os recriadores pressionam as cotações, a fim de conseguir bons negócios. Porém os criadores resistem a estas ofertas abaixo da referência e os negócios seguem travados. De qualquer forma a arroba do boi gordo deve manter a baliza de preços deste mercado no curto prazo. Para quem pretende negociar animais de reposição, o momento é de cautela. Acompanhar o mercado pode garantir oportunidades tanto para recriadores como para criadores.

SCOT CONSULTORIA

Goiás reduz ICMS para gado em pé

Alíquota do imposto para operações interestaduais passará de 12 para 7% por tempo indeterminado. Concessão de crédito tem prazo indeterminado

O governo de Goiás publicou na sexta-feira, 21, decreto que regulamenta a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para gado em pé em operações interestaduais. O crédito concedido ao produtor é de 5%, ou seja, a alíquota passa de 12% para 7% e já está valendo desde a publicação na sexta. Benefício similar já foi concedido por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Diferentemente dos vizinhos, em que a medida valerá por 90 dias, em Goiás ela tem prazo indeterminado. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, “a mudança dá competitividade ao rebanho goiano para competir nos grandes centros consumidores do país”. No dia 20, a Sefaz também baixou os valores da pauta fiscal (preço de referência para a cobrança do imposto) do gado bovino destinado ao abate. O valor do gado bovino fêmea para abate, de 13 a 24 meses, passou de R$ 1.291,76 para R$ 1.288,95 a cabeça, uma redução de 0,22%. Já o preço do macho de mesma idade que passou de R$ 2.071,12 para R$ 2.038,26 a cabeça, redução de 1,59%. A crise na pecuária brasileira tem provocado uma mobilização do setor em diversos Estados em prol da redução da alíquota do ICMS que incide na saída de gado de um determinado Estado para ser abatido em outro. Além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, Rondônia, Tocantins e demais Estados que têm forte dependência de frigoríficos da JBS também buscam o mesmo caminho. A medida é vista como possível saída para o gado represado nesses Estados. Em MS, onde começou a valer primeiro, o Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar do Estado, Jaime Verruck, disse que pecuaristas já percebem os efeitos, com saídas para São Paulo e Paraná. 

Sefaz/GO

Funrural volta a ser discutido entre 1 e 2 de agosto no Senado Federal

As discussões em torno da volta da cobrança do Funrural continuam, tal qual os esforços de lideranças do setor para amenizar à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela volta da constitucionalidade do tributo, em março deste ano

Depois da última votação do STF, atropelando os últimos dois julgamentos anteriores, onde o mesmo STF tinha julgou, por unanimidade, pela inconstitucionalidade do Funrural, a Andaterra passou a trabalhar várias frentes na tentativa de reversão da situação. No Judiciário (STF):

– Embargos ao RE 718.874, com possibilidades de reversão da última decisão;

– ADI 4395, relator Ministro Gilmar Mendes, pela modulação/reversão;

– Reclamação 27.049, movida pela Andaterra, pela modulação/reversão.

O julgamento de qualquer uma destas três demandas poderá restabelecer a inconstitucionalidade do Funrural. O trabalho de acompanhamento dos processos com visitas aos gabinetes, distribuição de memoriais, etc., estão sendo realizados pelos escritórios jurídicos que cuidam das causas. O sentimento é de que o STF irá reavaliar a causa. O impacto do último julgamento foi forte em todo o judiciário. No Legislativo/Senado: No Senado Federal, na CCJ, votação do PRS 13/2017, de autoria da Senadora Kátia Abreu, relatoria do Senador Jader Barbalho, tendo o Senador Ronaldo Caiado como Relator Ad hoc, que tramita em caráter terminativo, sem necessidade de passar pelo plenário. Precisamos ter no mínimo 14 votos entre um quórum de 27, ou 8 no quórum mínimo de 14 exigido pelo regimento. Há mais de 60 dias estamos trabalhando os Senadores que compõem a CCJ para aprovação da resolução. Apesar das controvérsias sobre a eficácia da aprovação, acreditamos que este seja o caminho mais fácil de ser seguido. A votação do PRS 13/2017 na CCJ do Senado está pautada para o próximo dia 02//08/2017. É importante contarmos com a maior representação possível junto aos Senadores, em defesa do projeto. Contamos com a presença dos representantes das entidades do setor para se fazerem presentes nos dias 01 e 02/08/2017, junto ao Senado Federal, compondo um grande movimento em defesa da sobrevivência do agro. Nos links a seguir, confira as peças que compõem o processo e uma nota técnica da Andaterra com os fundamentos legais da eficácia da resolução para dar fim ao Funrural.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Mercado futuro do boi em SP reage na tentativa de atrair confinadores para o segundo giro e garantir oferta no final do ano

No mercado físico, pressão sobre os preços diminui e diferença entre cotações mínimas e máximas praticadas pelos frigoríficos está ampliando

Douglas Coelho, da Radar Investimentos, destaca que o mercado do boi volta a trabalhar em cima dos fundamentos. Na semana passada, os frigoríficos ainda faziam uma pressão de baixa forte, que não teve muito resultado. Agora, as tentativas de baixa são menos frequentes.

O intervalo de compras aumentou bastante nos últimos dias. As mínimas em São Paulo estão por volta dos R$121/@, enquanto as máximas estão ao redor de R$127/@ a vista, livre de impostos. Ao redor de R$124/@, há um bom fluxo de negócios. Os frigoríficos já vinham comprando bem e houve uma pressão de baixa. Com isso, as escalas estavam longas. Mas, com as quedas bruscas nas temperaturas, alguns produtores tiveram que ofertar seus animais. As escalas estão em uma média de 6 a 7 dias úteis. Anteriormente, o mercado futuro precificou um pior cenário para outubro, o que não estimulou o confinador a entrar em uma maneira mais forte. Agora, entretanto, este número começa a ficar mais interessante e o segundo giro deve ter uma oferta relativamente melhor. Neste momento, ele orienta os pecuaristas a ficarem atentos ao que irá acontecer nos próximos dias e aproveitar os movimentos de alta da BM&F para fazer a proteção dos preços.

Notícias Agrícolas

INTERNACIONAL

China abrirá mercado para carne resfriada argentina ainda esse ano

O embaixador da Argentina na China, Diego Guelar disse que no restante do segundo semestre do ano, o país vai abrir seu mercado para a carne resfriada argentina

Ele também expressou otimismo para a carne com osso. Além disso, o embaixador argentino antecipou que procuram promover uma nova relação de negócios com o objetivo de colocar produtos de maior qualidade em restaurantes, supermercados de luxo e hotéis. Hoje os cortes argentinos, como garrón, brazuelo e outros de menor valor, vão para a indústria chinesa que, por exemplo, acaba misturando em hambúrgueres. É mínima a colocação de produtos de maior valor e o desafio vender lombos e bifes. Atualmente, o país tem o seu maior cliente na China, mas a carne congelada com uma tarifa de 12%. O gigante asiático consome 90 milhões de toneladas de carne, com 62% de carne suína, 22% de carne de aves, 8,4% de carne bovina e 5,4% de carne ovina. Do consumo total, 85 milhões de toneladas são produzidas domesticamente, enquanto que 5 milhões são importadas. Entre 2009 e 2016, a China aumentou quase 34 vezes suas importações de carne bovina, de 17.000 para 600.000 toneladas. Deste último volume, em 2016 o Brasil foi o principal fornecedor, com participação de 28%, enquanto a Argentina foi o quinto, com 9%, sempre com a carne congelada. Neste contexto, na semana do dia 20 do próximo mês irá uma missão de funcionários e empresários da indústria da carne para pedir o acesso à carne resfriada e com osso, e solicitar que uma nova missão sanitária chinesa para habilitar 4 plantas que tinham observações, já corrigidas, de uma inspeção anterior.

El País Digital

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