Ano 7 | nº 1513 | 22 de junho de 2021
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Apagão de boiadas e de consumidores apertam frigoríficos
O DBO Entrevista da de segunda-feira (21), recebeu o economista Paulo Mustefaga, Presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que falou sobre como está o cenário para as indústrias e o que esperar no segundo semestre deste ano
Se, por um lado, as vendas de carne no mercado externo ainda dão um certo alívio na cadeia produtiva de bovinos de corte, por outro, pequenos frigoríficos vivem um cenário muito desfavorável com a queda de consumo interno, destino de cerca de 70% da produção de carne. Veja no link: https://www.portaldbo.com.br/apagao-de-boiadas-e-consumidores-apertam-os-frigorificos/
PORTAL DBO
NOTÍCIAS
Boi gordo: preços estáveis em São Paulo e subindo em outras praças
Alguns frigoríficos ficaram fora das compras na manhã da última segunda-feira (21/6)
Em São Paulo, com as programações de abates relativamente tranquilas, considerando o cenário vigente, alguns frigoríficos ficaram fora das compras na manhã da última segunda-feira (21/6). Com isso, o volume de negócios foi menor e os preços ficaram estáveis em relação à sexta-feira (18/6). Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi, vaca e a novilha gordos foram negociados, respectivamente, em R$317,00/@, R$294,00/@, e R$310,00/@, preços brutos e a prazo. Para bovinos que atendem o mercado internacional, os negócios podem chegar até R$325,00/@, preço bruto e à vista. Já na região Norte de Mato Grosso, a baixa oferta de boiadas resultou em alta de R$2,00/@ para o boi gordo e R$1,00/@ para a vaca e novilha gordas. Na região de Marabá, no Pará, os frigoríficos ofertaram R$1,00/@ a mais para a vaca gorda na comparação com o último fechamento (18/6). Para o boi e novilha gordas os preços ficaram estáveis.
SCOT CONSULTORIA
Brasil deve propor nova lei para rastrear fornecedor indireto de gado, diz ministra
O governo brasileiro vai propor uma nova lei para rastrear fornecedores indiretos de gado no Brasil que vendem bovinos para produtores como JBS e Marfrig, uma vez que alguns pecuaristas são considerados como importante vetor para o desflorestamento
Em uma entrevista com correspondentes estrangeiros na segunda-feira, a Ministra Tereza Cristina afirmou que o atual sistema de rastreamento é ineficiente para acompanhar produtores em uma área que envolve 5 milhões de propriedades rurais.
REUTERS
Safras alerta para possibilidade de redução nas exportações de carne bovina para a China
Queda nos preços da suinocultura na China que podem limitar os embarques de carne bovina brasileira no segundo semestre
“Estamos acompanhando as cotações do leitão recuaram na potência asiática há pelo menos dois meses. Além disso, a China conta com uma negociação futura para o suíno vivo que está apresentando desvalorizações”, informou Fernando Henrique Iglesias. Apesar do consumidor chinês ter aumentado o consumo de carne bovina, a proteína de preferência segue sendo a carne suína. “A preferência pela carne suína vai prevalecer no mercado chinês e está mais barata que as demais proteínas. O valor da carne bovina na China também está recuando, mas ainda segue em um patamar elevado, ao redor de US$ 14,00 por quilo, enquanto a suína está próxima de US$ 4,47 por quilo”, disse. “É preciso acompanhar, pois a China foi fundamental para o setor de carnes no Brasil nos últimos três anos. No entanto, a potência asiática elevou as compras de proteína dos Estados Unidos e isso chama bastante a atenção dos frigoríficos brasileiros”, revelou. No mercado físico, as negociações giram ao redor de R$ 320,00/@ para o animal padrão China no estado de São Paulo. Já os animais que atendem ao mercado doméstico estão cotados em torno de R$ 315,00/@. “Se houver uma redução dos embarques nos próximos meses, os frigoríficos vão perder o poder de barganha e não vão poder ofertar preços melhores para a arroba do boi gordo”, finalizou.
AGÊNCIA SAFRAS
Exportação de carne bovina avança na 3ª semana de Junho
Os embarques de carne bovina in natura subiram na terceira semana de junho/21 segundo a a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
A média diária atingiu 7,5 mil toneladas, o que representa uma alta de 3,76% frente a média do total exportado no mesmo período do ano passado, que ficou em 7,2 mil toneladas. O volume embarcado até a terceira semana de junho foi de 97,5 mil toneladas, sendo que o total embarcado em junho do ano passado alcançou 151,9 mil toneladas. Caso este panorama se mantenha na próxima semana, o resultado do mês seria 15,5% maior do que o mês anterior e próximo do mesmo mês de 2020. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os números de junho seguem em bom nível com a China ainda atuante no mercado, mas esses são contratos firmados anteriormente. “Efetivamente nossa preocupação é com o segundo semestre, pois a queda dos preços da arroba pode ser assustadora já que os preços dos suínos estão recuando na China e eles devem importar menos proteína”, destacou. Os preços médios no acumulado na terceira semana de junho ficaram próximos de US$ 5,160,3 mil por tonelada, alta de 20,05% frente a junho de 2020 que registrar com valor médio de US$ 4.298,4 mil por tonelada. A média diária ficou em US$ 38,7 milhões, valorização de 24,56%, frente a junho do ano passado, com US$ 31,096 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
Por que nunca comemos tão pouca carne e exportamos muito
A carne bovina sumiu do prato do brasileiro, é o que mostra os dados da Conab. Ao mesmo tempo, os produtores brasileiros de carne nunca venderam tanto para fora. Essa combinação de movimentos está ligada quase totalmente à dinâmica internacional de carnes, marcada neste ano ao início da recuperação da economia nos países ricos
31% é a queda no consumo dos brasileiros. Nunca se viu nada parecido. A queda na venda de carnes no Brasil chegou a estratosféricos 31%. Observem estes números: na recessão, de 2014 a 2016, cada brasileiro consumia, em média, 38,3 quilos de carne por ano. Era uma queda histórica, ninguém imaginaria que seria possível um consumo ainda menor. Ano a ano, a redução no consumo de carne bovina foi acelerando. Raras subidas ocorreram. Em 2021, a estimativa feita com os dados dos primeiros meses do ano, esse número chegará a 26 quilos de carne por ano. A queda no consumo dessa proteína também está vinculada à queda na renda do brasileiro. Ao mesmo tempo, ocorreu o aumento do preço da carne. Entre as peças de carne que mais subiram, estão músculo, costela e patinho. A carne de porco também teve alta significativa, de quase 32%. Menor produção de bezerros, custo de produção maior por causa da estiagem, determinaram a redução no abate de bovinos. O aumento da soja e do milho, essenciais na produção de bois gordos, também está sendo determinante para o aumento do preço. Essa equação de aumento da carne fecha com a alta do dólar. Com mais carne indo para o exterior, a quantidade de carne para consumo interno caiu muito. Apesar dos desaforos, o principal destino das carnes continua sendo a China. De janeiro a maio deste ano, nada menos de 26,5% da carne foi para esse país asiático. Em dinheiro, o número é ainda maior: 36% do valor de todas as carnes brasileiras para fora.
Boi: arroba bate recorde no indicador Cepea, mas contrato futuro segue em baixa
Mercado precifica baixa na demanda chinesa no segundo semestre após recomposição de parte do plantel de suínos
O indicador do boi gordo do Cepea subiu e renovou a máxima histórica da série ao superar os R$ 320 por arroba na última sexta-feira. A cotação variou 0,63% em relação ao dia anterior e passou de R$ 318,90 para R$ 320,90 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20,12%. Em 12 meses, os preços alcançaram 51,12% de alta. Por outro lado, na B3, os contratos futuros do boi gordo recuaram novamente e seguem em movimento de contraposição à firmeza do mercado físico. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 318,30 para R$ 316,55, do outubro foi de R$ 325,15 para R$ 321,45 e do novembro, de R$ 328,45 para R$ 324,70 por arroba. Segundo o analista de mercado Fernando Iglesias, a semana começa com uma movimentação diferente, com um pouco mais de folga nas escalas de abate. “Vemos um mercado um pouco mais confortável, dando essa folga para os frigoríficos pagarem um pouco menos’. A questão do mercado futuro, avalia ele, é o mercado precificando a diminuição de demanda por parte da China. “A gente vê um movimento de queda bastante intenso na B3 na semana passada, principalmente nos conectarmos no primeiro semestre. O mercado precificou uma expectativa de queda de compras da China e isso ligou o sinal de alerta no mercado brasileiro. Vemos uma queda histórica de preços na suinocultura (chinesa), o que significa aumento da oferta doméstica. A gente percebe que vive um sinal de alerta para o nosso segundo semestre em 2021”, explicou. Enquanto isso, o pecuarista aqui no Brasil tenta se equilibrar com os custos da produção. “São custos bastante elevados, principalmente da nutrição, isso tem um impacto muito grande. Nessa curva futura do contrato em outubro, talvez não tenha um estímulo tão grande para confinamento”. Apesar de todos os cenários, o boi padrão china continua muito demandado. “Temos negociação a R$ 320, mas na semana passada batemos R$ 325. Continua muito demandado”.
CANAL RURAL
ECONOMIA
Dólar recua contra real em linha com exterior
O dólar acumula queda de aproximadamente 3,26% contra o real até agora em 2021
O dólar negociado no mercado interbancário teve queda de 0,96%, a 5,0224 reais, nova mínima desde 10 de junho de 2020 (4,9398). O dólar futuro de maior liquidez caía 1,35%, a 5,027 reais. Esse comportamento veio em linha com o exterior, com o dólar cedendo cerca de 0,4% contra uma cesta de moedas fortes. Na semana passada, o Banco Central promoveu a terceira alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa Selic, a 4,25%, e anunciou a intenção de dar sequência ao aperto monetário com uma nova alta de pelo menos a mesma magnitude em seu próximo encontro. Na segunda-feira, a pesquisa semanal Focus mostrou que o mercado vê agora a taxa básica de juros em 6,50% ao final de 2021, de 6,25% na pesquisa anterior. Para 2022, permanece a projeção de que a taxa ficará em 6,50%. Nesta terça-feira, será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Com a divulgação do documento, “o Banco Central poderá explicitar com mais detalhe o seu cenário básico e os riscos para a política monetária”, avaliaram em nota analistas do Bradesco. “O mercado estará atento à leitura do BC sobre a inflação (corrente, bem como as expectativas) e atividade e buscará os sinais sobre seus próximos passos, após a autoridade monetária indicar uma normalização completa da taxa de juros”.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta após semana de ajustes
O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira, recuperando o patamar dos 129 mil pontos após mais uma semana de ajustes, apoiado na trajetória positiva em Wall Street
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,67%, a 129.264,96 pontos. O volume financeiro da sessão somou 26,5 bilhões de reais. Em Wall Street, os índices principais também fecharam no azul, com investidores voltando para os segmentos de energia e de outros com expectativa de desempenho superior, à medida que a economia se recupera da pandemia. “Investidores estão buscando o ‘timing’ desse reequilíbrio entre estímulos fiscais e monetários versus inflação e recuperação global”, afirmou o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila. Ele também destacou como fatores positivos a performance positiva de Petrobras, na esteira do avanço do petróleo, bem como a elevação de Eletrobras, com expectativas relacionadas à MP de privatização da companhia.
REUTERS
Projeção no Focus para taxa de juros este ano volta a subir e vai a 6,50%
A projeção para a taxa básica de juros no final deste ano voltou a subir na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, após a autarquia ter elevado a Selic na semana passada e anunciado a intenção de dar sequência ao aperto monetário, abandonando a expressão “normalização parcial”
O mercado vê agora a Selic em 6,50% ao final de 2021, de 6,25% na pesquisa anterior. Para 2022, permanece a projeção de que a taxa ficará em 6,50%. O movimento ocorre depois de o BC ter promovido a terceira alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, levando-a para 4,25%. O Comitê de Política Monetária (Copom) também abandonou o uso da expressão “normalização parcial” para se referir ao atual ciclo de alta de juros, explicitando que pretende fazer um aperto maior do que vinha sendo sinalizado até então, levando a Selic para patamar considerado neutro. As atenções agora voltam-se para a divulgação da ata do encontro na terça-feira, em busca de mais pistas sobre os próximos passos do BC. A projeção para a inflação este ano também voltou a subir no Focus, chegando a 5,90% de 5,82% antes, bem acima do teto da meta — 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A estimativa para 2022 permaneceu em 3,78%, acima do centro do objetivo de 3,50%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento passaram a 5,00% em 2021 e 2,10% em 2022, de 4,85% e 2,20% respectivamente na semana anterior.
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EMPRESAS
Minerva Foods recebe habilitação para exportar carne processada aos EUA
A divisão de carnes processadas da Minerva Foods, chamada Minerva Fine Foods, foi habilitada para exportar produtos cozidos e congelados aos Estados Unidos, informou a companhia em comunicado na segunda-feira
Com uma planta localizada em Barretos (SP), esta é a única operação de processados da companhia no Brasil. Segundo o comunicado, a unidade habilitada se junta a outras cinco plantas da Minerva Foods que podem embarcar a proteína bovina aos norte-americanos. As fábricas de Araguaína (TO), Janaúba (MG), Paranatinga (MT) e Palmeiras de Goiás (GO) estão autorizadas a exportar carne in natura, e Barretos (SP) pode embarcar carne enlatada.
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FRANGOS & SUÍNOS
Embarques de carne suína têm ritmo mais fraco e redução de compras pela China
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada da terceira semana de junho (13 dias úteis), arrefeceram em relação ao ritmo obtido na semana anterior
Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, “há preocupações em relação ao comportamento comprador da China, já que os preços do suíno disponível e futuro estão derretendo”, disse. Ele explicou que a queda de preços na suinocultura chinesa significa maior disponibilidade de carne no mercado e pode indicar que o gigante asiático queira renegociar contratos para baixar os valores da proteína importada. A receita obtida com as exportações de carne suína neste mês, US$ 144, 7 milhões, representa 77% do montante obtido em todo junho de 2020, que foi de US$ 187,6 milhões. No volume embarcado, as 55.536 toneladas são 63,8% do total exportado em maio do ano passado, com 86.996 toneladas. O faturamento na média diária foi de US$ 11.121,238, valor 24,44% maior do que o de maio de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 14%. Em toneladas na média diária, 4.272 houve alta de 3,12% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Na comparação com a semana anterior, retração de 13,2%. No preço pago por tonelada, US$ 2,603, ele é 20,67% superior ao praticado em maio passado. Frente ao valor obtido na semana anterior, leve baixa de 0,9%.
AGÊNCIA SAFRAS
Exportações de carne de frango alcançam 90% do faturamento de junho/20 em 13 dias úteis
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura na terceira semana de junho aumentaram em relação a junho/20 e também no comparativo com a segunda semana do mês
Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o movimento para a proteína é impressionante, pelo fato que, desde 23 de maio, passou a valer a suspensão de 11 frigoríficos habilitados a exportar para a Arábia Saudita, o segundo maior comprador da carne de frango brasileira. “Ao que tudo indica, o movimento de exportação para a carne de frango deve seguir forte já que o preço da carne brasileira é competitivo, mesmo com a atual variação cambial”, afirmou. A receita obtida até agora neste mês, US$ 367,3 milhões, representa 90,3% do total obtido em junho de 2020, com US$ 406,5 milhões. No volume embarcado, 227.102 toneladas, ele é 71% do total exportado em maio do ano passado, com 319.420 toneladas. A receita por média diária, US$ 28.260, foi 45,99% maior do que a de junho do ano passado. Em comparação à semana anterior, avanço de 4,2%. Em toneladas por média diária, com 17.469 toneladas, houve aumento de 14,85% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. No preço pago por tonelada, US$ 1.617 ele é 27,11% superior ao praticado em junho do ano passado. Em relação ao valor registrado na semana anterior, houve alta de 1,9%.
AGÊNCIA SAFRAS
Diferença de preços entre carne de porco e bovina bate recorde, aponta Cepea
A maior oferta de animais explica a queda de preços da carne suína, em meio a um cenário de fraca demanda interna pelas proteínas animais em geral
O preço da carne suína teve forte recuo entre o fim de maio e o início de junho e, com isso, a competitividade da proteína em relação às suas principais concorrentes, a carne de frango e bovina, cresceu na primeira quinzena do mês, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Além disso, acrescenta o centro de estudos, a distância de preços entre a carne suína e a bovina bateu recorde. Conforme levantamento do Cepea, na primeira metade de junho, a carcaça especial suína foi negociada, no mercado atacadista da Grande São Paulo, a R$ 10,88 o quilo abaixo da carcaça casada bovina, diferença 0,7% maior que a de maio e expressivos 40,7% acima da registrada em junho/2020. Já na comparação com o frango inteiro congelado, a carcaça especial suína foi negociada a R$ 2,68 o quilo acima da proteína avícola, diferença 27% menor que a de maio, mas ainda 25,5% acima da registrada em junho/2020. A maior oferta de animais explica a queda de preços da carne suína, em meio a um cenário de fraca demanda interna pelas proteínas animais em geral. Na parcial de junho (até o dia 15), a carcaça especial suína registra média de R$ 9,50 o quilo na Grande São Paulo, recuo de 4,7% frente à do mês anterior, mas ainda 51,1% acima da observada em junho/2020, em termos nominais. No mercado de frango, o baixo nível de estoques e as vendas internas e externas aquecidas têm elevado os preços da carne. Assim, o produto inteiro resfriado comercializado na Grande São Paulo apresenta média de R$ 6,82/kg neste mês, alta de 12,4% sobre a de maio e ainda 68,3% acima da de junho/20. Já para carne bovina, observa-se recuo nos preços, mas de maneira menos intensa que a suína. Neste caso, o alto preço da proteína vai de encontro com o baixo poder de compra da população. A carcaça casada foi negociada à média de R$ 20,38/kg neste mês, queda de 2,1% frente à de maio, porém, 45,7% acima da de junho/20.
ESTADÃO CONTEÚDO
Custo de produção de frangos já subiu quase 20% só em 2021
Índice medido pela Embrapa bateu recorde e, só em maio, cresceu 5,55% em relação a abril. Para criação de suínos, alta chega a 10,82% no ano
Os custos de produção de frangos de corte já subiram 19,63% entre janeiro e maio deste ano, segundo estudo da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa. É o maior acumulado em cinco meses desde 2010. Aumentos semelhantes ocorreram em 2017 (17,61%), 2016 (16,56%) e 2012 (16,23%), afirmam os pesquisadores. Só em maio de 2021, o índice que calcula os custos (ICPFrango) subiu 5,55% em relação a abril. A alimentação impactou em 76,23% dos custos totais de produção, sendo que em maio a variação foi de 5,17%. Com isso, o índice de custo de produção bateu recorde e chegou a 407,72 pontos. No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte vivo, produzido em aviário climatizado em pressão positiva, passou dos R$ 4,99 em abril para R$ 5,27 em maio. Já o ICPSuíno, que mede o custo de produção dos suínos, subiu 3,21% em maio na comparação com abril. Em 2021, o índice acumula alta de 10,82% nos custos totais. Nos últimos 12 meses, a variação é de 47,25%. Com isso, segundo a Embrapa, o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina subiu R$ 0,27 entre abril e maio, chegando a R$ 7,30. Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais.
GLOBO RURAL
INTERNACIONAL
Órgão da indústria chinesa informa aos suinocultores para não entrarem em pânico enquanto os preços caem ainda mais
O órgão da indústria pecuária apoiado pelo governo da China pediu aos suinocultores na segunda-feira que não entrem em pânico, já que os preços do suíno caíram ainda mais e os investidores continuaram a vender ações de grandes produtores
Os preços do suíno vivo no maior consumidor de carne suína do mundo caíram 65% desde o início do ano, com o aumento da produção nacional e grandes volumes de carne suína importada chegando ao mercado. Alguns fazendeiros, esperando que os preços subissem, compraram porcos quase totalmente crescidos para engordá-los ainda mais, prevendo grandes lucros. Com o rápido declínio nos preços, os produtores estão vendendo suínos com excesso de peso, pressionando ainda mais os preços e levantando preocupações de que a liquidação rapidamente se tornará um período de oferta restrita. “Em um período de preços em queda, não entre em pânico e, além disso, não dê ouvidos a rumores e planeje a produção com uma mentalidade de jogo”, disse a Associação de Agricultura Animal da China (CAAA) em um comunicado divulgado na segunda-feira. O aviso seguiu uma mensagem semelhante do planejador estatal da China na semana passada. Os agricultores prestaram pouca atenção ao conselho, no entanto, com os preços médios continuando a cair, atingindo 13,05 yuans (US $ 2,02) por quilo na segunda-feira, de acordo com a Shanghai JC Intelligence Co Ltd. As margens dos suínos estão em seu nível mais baixo desde 2014, embora os preços estejam apenas em seus níveis mais baixos desde o segundo trimestre de 2019. Os altos custos da ração, os preços dos leitões anteriormente altos e os custos de higiene mais elevados prejudicaram os lucros da maioria dos produtores. O CAAA exortou os agricultores a se concentrarem no corte de custos e maior eficiência. Recomendou que os produtores acelerassem a eliminação de porcas reprodutoras menos eficientes, especialmente porcos de mercado que eram retidos para reprodução em meio à escassez anterior. Alguns analistas esperam que os preços continuem caindo. “Atualmente as grandes empresas estão com 55% do seu programa de abate e os pequenos produtores ainda têm muito estoque em mãos. Esperamos que a pressão de oferta seja bastante grande no final de junho”, disse a Cofco Futures em nota.
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