CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1510 DE 17 DE JUNHO DE 2021

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Ano 7 | nº 1510 | 17 de junho de 2021

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: mercado firme

Em São Paulo, com as escalas atendendo em média sete dias, as cotações de todas as categorias destinadas ao abate ficaram estáveis na última quarta-feira (16/6), na comparação feita dia a dia

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi, vaca e novilha gordos ficaram cotados, respectivamente, em R$317,00/@, R$294,00/@ e R$310,00/@, preços brutos e a prazo.

Para bovinos que atendem o mercado externo, os negócios ocorrem em até R$320,00/@ no estado, considerando o preço bruto e à vista. Já na região Sul de Goiás, diferentemente de São Paulo, houve alta de R$1,00/@ para o boi e novilha gordos. A cotação da vaca gorda ficou estável. No Espírito Santo, os preços subiram R$2,00/@ para a vaca gorda e houve estabilidade para o boi e novilha gordos.

SCOT CONSULTORIA

Preço do boi gordo segue firme no mercado brasileiro; veja as cotações

Recomposição do plantel de suínos na China indica atuação mais discreta dos asiáticos na importação de proteína

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis na quarta-feira.  Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos operam com escalas de abate posicionadas entre quatro e cinco dias úteis em média, no entanto, sem condições para exercer pressão sobre o mercado neste momento. “Animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês ainda carregam ágio de aproximadamente R$ 5 em relação a animais destinados ao mercado doméstico”, assinalou. Um relevante foco de atenção está na situação da suinocultura chinesa. “O governo local sinaliza para a recomposição quase plena de seu plantel de suínos e, assim, os preços domésticos cedem de maneira acelerada, um sintoma bastante nítido de avanço do volume ofertado. Este ambiente pode representar uma atuação mais discreta da China na importação de proteína animal”, disse Iglesias. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 – R$ 119, na modalidade à prazo. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba estável. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. O corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.

AGÊNCIA SAFRAS

Brasil tem exportação recorde de carne bovina para EUA

Volume ainda é pequeno, em comparação a grandes mercados, mas preços evoluem bem

Nas contas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o Brasil participou com 8% das importações de carne bovina feitas pelos EUA, de janeiro a abril últimos. No mesmo período de 2020, eram 4%. O dado da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), que engloba o período de janeiro a maio, mostra que o Brasil colocou 15 mil toneladas de carne bovina nos Estados Unidos neste ano, com receitas de US$ 76,2 milhões. O volume e o valor não são representativos, quando comparados com os números de exportação para a China, mas já estão próximos dos de todo o ano de 2020. Com as vendas deste ano, os brasileiros conseguem também melhores preços. Em maio do ano passado, o valor médio da tonelada de carne bovina colocada nos Estados Unidos foi de US$ 4.038. Em maio deste ano, atingiu US$ 5.378. Essa abertura maior do mercado americano para o Brasil é importante para as indústrias brasileiras. O mercado americano quer um produto com 93% de carne e 7% de gordura. Com isso, fica aberto o caminho para as exportações de gado de algumas regiões, como Rondônia, que tem um gado dentro dessas características. Os Estados Unidos estão com mais de mil frigoríficos liberados para a exportação para a China, o que elevou em muito as vendas americanas para o mercado chinês. Nos quatro primeiros meses deste ano, somam 63,5 mil toneladas, segundo o Usda. Para suprir a demanda interna, e em busca de carne que se adapte melhor à necessidade de seu mercado e que tenha preços favoráveis, eles aumentam as compras no Brasil. É o mesmo que faz o Uruguai. O país vizinho fornece carne de melhor qualidade para Europa e Estados Unidos e importa produto brasileiro para o abastecimento interno. Após o incidente do abscesso, a carne brasileira passou a ser monitorada 100% para entrar nos Estados Unidos.

FOLHA DE SP

Tocantins caminha para retirar vacina contra aftosa

Retirada da vacinação deve acontecer em maio de 2022

Com a previsão da retirada da vacinação contra febre aftosa para maio de 2022, o Governo do Tocantins, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) vem adequando suas ações em conformidade com o Plano Nacional de retirada da vacina no país. De acordo com o responsável técnico pelo Programa Estadual de Vigilância em Febre Aftosa (PEVFA), João Eduardo Pires, o processo de retirada da vacinação contra febre aftosa do Bloco IV, o qual o Tocantins faz parte estava previsto para maio deste ano, mas em virtude da pandemia, o prazo foi prorrogado por mais um ano. As exigências feitas ao Tocantins, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e apontadas, nas auditorias semestrais que ocorrem desde 2018, estão sendo cumpridas pela Adapec. Entre estas ações destaca-se, a celebração de convênios entre o governo estadual e governo federal que possibilitaram a estruturação das Unidades Locais da Agência, aquisição de novos veículos, computadores e capacitação da equipe. Outros destaques no plano estadual de retirada da vacinação contra aftosa, são: a volta da arrecadação do Fundo de Defesa Agropecuária (Fundeagro) que tem a finalidade de manter as ações de vigilância agropecuária e de criar um fundo de indenização; a criação de um orçamento próprio para o PEVFA; a estruturação da ferramenta produtor online que possibilita os produtores rurais emitir Guias de Trânsito Animal (e-GTA) de qualquer lugar com acesso a internet; melhorias no Sistema Informatizado de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (SIDATO).

AGROLINK

Sauditas flexibilizam exigência para importação de carne bovina do Brasil

Antes, a regra da agência de vigilância sanitária limitava em 30 meses a idade dos animais abatidos, cuja carne seria destinada ao Reino da Arábia Saudita

A agência saudita de vigilância sanitária, Saudi Food and Drug Authority (SFDA) retirou uma exigência para importação de carne bovina do Brasil. Antes, a regra limitava em 30 meses a idade dos animais abatidos, cuja carne seria destinada ao Reino da Arábia Saudita. A informação foi divulgada no novo modelo aprovado de Certificado Sanitário Internacional (CSI). “Isso foi muito bem recebido pelo setor, pois abre opções de exportação”, afirmou Marcel Moreira Pinto, adido agrícola do Brasil em Riad.

Agência de Notícias Brasil-Árabe

Arroba valorizada deve garantir lucro na pecuária em 2021 mesmo com alta dos grãos

De acordo com os dados, os resultados operacionais no pecuarista mais tecnificado podem alcançar R$ 2.935 por arroba, aumento de 133% no comparativo anual

Segundo levantamento da consultoria Athenagro, os custos de produção da pecuária de corte aumentaram de 10% a 20% nos pacotes de tecnologias mais baixas e cerca de 30% nos sistemas mais produtivos. Nos níveis tecnológicos mais avançados, que permitem a produção de 38 a 55 arrobas por hectare, a despesa para 2021 está estimada em R$ 2.298 por hectare, 33% superior ao registrado um ano antes. “Quanto maior é o pacote tecnológico, mais o produtor fica exposto ao mercado de grãos e às cotações do dólar, 10% mais altas em relação ao mesmo período de 2020”, disse a análise assinada pelo sócio e Diretor da Athenagro, Maurício Palma Nogueira. Ele ressaltou que, nos primeiros seis meses do ano, a cotação média dos componentes de uma dieta de engorda está 77% acima do registrado no mesmo período de 2020. Em contrapartida, Nogueira afirmou que os preços mais elevados do gado com pouco uso de insumos aumentam significativamente os lucros esperados. “Projetando custos e receitas com base na expectativa atual de mercado até o final do ano, os resultados tendem a melhorar entre 60% e 130% nos níveis mais baixos de tecnologia”, estimou. “Mas a alta tecnologia também deve proporcionar resultados melhores em 2021. Os lucros registrados serão cerca de 50% superiores aos registrados em 2020, imaginando as mesmas condições de desempenho técnico e administrativo”, afirmou Nogueira.

GLOBO RURAL

ECONOMIA

Dólar fecha em alta de 0,29%, a R$ 5,0562 na venda

O dólar fechou em alta contra o real na quarta-feira, com os investidores reagindo à decisão do Federal Reserve de adiantar para 2023 suas projeções para a primeira alta dos juros pós-pandemia nos Estados Unidos

O dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 0,29%, a 5,0562 reais. Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a tocar 4,9926 reais na mínima intradiária. Na B3, o principal contrato de dólar futuro ganhava 0,37%, a 5,068 reais.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda após Fed projetar alta de juros em 2023

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, após o Federal Reserve antecipar para 2023 projeção da primeira alta dos juros nos Estados Unidos desde o começo da pandemia da Covid-19

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,64%, a 129.259,49 pontos, em dia também marcado pelos vencimentos dos contratos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. O volume financeiro somou 91 bilhões de reais. O banco central dos Estados Unidos manteve a taxa de juros de curto prazo próxima de zero e informou que continuará a comprar mensalmente 120 bilhões de dólares em títulos para alimentar a recuperação econômica. Mas uma maioria no Fed estimou pelo menos dois aumentos nas taxas de juros norte-americanas para 2023. Anteriormente, as projeções apontavam para uma primeira elevação apenas em 2024. O aumento no número de membros do Fed que acreditam em um risco de inflação para cima também foi destacado pela líder de alocação na Blue3 Marina Braga. “É uma questão que está realmente preocupando”, afirmou, citando que persistem os questionamentos se a inflação de fato é algo pontual e relacionado à pandemia ou se deve continuar em um nível mais elevado mesmo depois da vacinação. Nos EUA, o norte-americano S&P 500 caiu 0,54%.

REUTERS 

BC mantém ritmo e eleva taxa Selic a 4,25%

Alta de 0,75 ponto percentual era esperada pelo mercado. Decisão foi unânime

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou na quarta-feira a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, de 3,5% ao ano para 4,25% ao ano, conforme vinha indicando desde a reunião anterior. Foi a terceira alta consecutiva da Selic, todas de 0,75 ponto.  O Copom abandonou a linguagem que descrevia alta de inflação como ‘temporária’. “Neste momento, o cenário básico do Copom indica ser apropriada a normalização da taxa de juros para patamar considerado neutro. Esse ajuste é necessário para mitigar a disseminação dos atuais choques sobre a inflação. O Comitê enfatiza, novamente, que não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação”, disse o Banco Central (BC) em comunicado.

VALOR ECONÔMICO 

Exportação do agronegócio do Brasil sobe 33,7% em maio e tem recorde histórico

A exportação de produtos do agronegócio do Brasil avançou 33,7% em maio ante o mesmo mês do ano passado, para um recorde de 13,94 bilhões de dólares, com a forte demanda da China impulsionando os embarques brasileiros, informou o Ministério da Agricultura na quarta-feira

O maior impulso para a marca em uma série histórica desde 1997 foi aumento das cotações das commodities, disse o ministério, apontando avanço de 24,6% no índice de preços, enquanto o crescimento do indicador de quantum foi de 7,3%. O resultado teve fundamental impulso dos embarques de soja, cujo volume atingiu um recorde histórico para todos os meses de 16,4 milhões de toneladas em maio, disse o ministério. A oleaginosa, cujos embarques dispararam 16% em volume especialmente pela demanda da China, tem sido o principal produto de exportação do país em receitas nos últimos anos. A forte demanda da China está impulsionando os preços de grãos, destinados à recomposição e ampliação dos rebanhos suíno e de frango no país asiático. O complexo soja, que inclui farelo e óleo, além do grão, respondeu por praticamente 60% do valor das exportações do agronegócio no mês passado. Mas é o grão que responde pelo maior volume. Em maio, a China importou 11,2 milhões de toneladas de soja, equivalente a 68% do total exportado pelo Brasil, ou aumento absoluto de 1,1 milhão de toneladas em relação a maio de 2020, segundo o ministério. De janeiro a maio, só a China importou 38,2 milhões de toneladas de soja, alta de 12,8% na comparação anual, conforme dados do ministério. Ao todo, os embarques da oleaginosa somaram 48,3 milhões de toneladas no período, ou 20,3 bilhões de dólares (+29,6%). A China também tem impulsionado os embarques de carnes, que cresceram 4,4% de janeiro a maio para todos os países, para mais de 3 milhões de toneladas, com o faturamento atingindo 7,2 bilhões de dólares (+5,7%). Os produtos florestais, como celulose, madeira e papel, resultaram em exportações de 5,2 bilhões de dólares entre janeiro e maio, alta de mais de 10%, com um volume 11,8 milhões de toneladas (+10,6%).

REUTERS 

IGP-10 desacelera alta a 2,32% em junho com pressão menor ao produtor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a alta a 2,32% em junho depois de subir 3,24% em maio, com a desaceleração da inflação ao produtor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira. Avanço de 36,94% em 12 meses

Mas índice ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 2,26%%, e passou a acumular com esse resultado um avanço de 36,94% em 12 meses. Em junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, passou a subir 2,64%, de 4,20% no mês anterior. “A inflação ao produtor apresentou desaceleração e contribuiu para o recuo do IGP. Mesmo assim, o IPA segue pressionado pelo aumento dos preços de commodities importantes”, explicou o Coordenador de índices de preços, André Braz. “O recuo não foi mais intenso dado o aumento registrado nos preços de energia e gasolina, que impulsionaram a inflação ao consumidor, completou. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, teve alta de 0,72% em junho, depois de avançar 0,35% no período anterior. O destaque ficou para a alta de Transportes de 1,69% depois de queda de 0,22% no mês anterior. Habitação acelerou a alta de 0,67% para 1,41%. As principais contribuições para este movimento partiram dos itens gasolina (-1,03% para 3,16%) e tarifa de eletricidade residencial (1,92% para 4,87%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,81% em junho, depois de alta de 1,02% em maio.

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EMPRESAS

Casos de família: Furlan e Fontana põem fim à boataria e apoiam Marfrig na BRF

Em meio a especulações sobre insatisfação dos herdeiros da Sadia, primos enviam carta ao conselho da companhia

Os primos Luiz Fernando Furlan, Walter Fontana e Eduardo D’Ávila decidiram botar fim aos rumores de que participavam de uma articulação para derrubar o chairman Pedro Parente e ajudar a rival JBS a ficar com uma fatia da BRF. Numa carta enviada ontem ao conselho de administração da BRF, os herdeiros mais proeminentes da Sadia declararam apoio à entrada da Marfrig como acionista de referência.  Furlan é membro do conselho da BRF, com 0,76% do capital. “Vemos de forma positiva a recente chegada à companhia da Marfrig como acionista relevante, estratégico, com amplo conhecimento do mercado e das peculiaridades do setor e, sobretudo, com a visão de longo prazo que consideramos crucial para o progresso da BRF e de todos aqueles que se conectam com ela”, escreveram. Os herdeiros da Sadia também fustigaram — indiretamente — um membro distante da família que vinha articulando várias formas para tomar o controle da BRF. “Os signatários deste documento não autorizam nenhuma pessoa — seja ela quem for — a falar em seus nomes, publicamente ou utilizando-se do anonimato”. Nos bastidores, fontes apontam que Antônio Luz, filho de um enteado de Attilio Fontana, o fundador da Sadia, vinha alimentando os ruídos ao demonstrar um desconforto generalizado da família — um suposto consenso entre mais de 100 herdeiros.

VALOR ECONÔMICO 

FRANGOS & SUÍNOS

China deve desacelerar importação de carne suína nos próximos meses, diz Rabobank

A China deve desacelerar as importações totais de carne suína nos próximos meses diante da baixa dos preços domésticos do produto, disse uma analista do Rabobank na terça-feira (15)

“Nos próximos meses, esperamos que as importações desacelerem porque os preços domésticos da carne suína estão muito baixos devido à liquidação intensa durante o inverno”, disse a analista do Rabobank China, Pan Chenjun, em programa de entrevistas on-line do banco Conexão Direta. O Rabobank ajustou suas projeções para a produção de carne suína na China para considerar as novas estimativas de preço. Pan Chenjun disse que o crescimento da produção de carne suína chinesa deve ser mais lento que a projeção do final do ano passado, mas o Rabobank ainda espera aumento entre 8% e 10% em 2021. “Acreditamos que a reposição das matrizes no segundo semestre do ano passado foi maior que as perdas ocorridas no último inverno”, disse a analista. No primeiro trimestre deste ano, a China aumentou as importações totais de carne suína em 26% em relação ao mesmo período de 2020. Para todo o ano de 2021, Pan Chenjun estima que as importações de carne suína da China serão menores do que o nível recorde de 2020. A China também deverá continuar importando grandes volumes de carne bovina, mas o recente aumento nos preços internacionais pode impactar o mercado, segundo a analista. “A produção local de carne bovina na China crescerá em 2021, mas não acho que o crescimento da produção local possa acompanhar o crescimento da demanda”, disse Pan Chenjun. As importações de carne de frango também deverão continuar fortes, principalmente de asas e pés de frango.

CARNETEC

Para FAO, produção mundial de carne de frango cresce 1,3% em 2021; a do Brasil, em 2%

Em suas primeiras projeções para 2021, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FAO) prevê que a produção mundial de carne de frango deve aumentar pouco mais de 1,3% no corrente exercício e superar ligeiramente a marca dos135 milhões de toneladas, volume correspondente a quase 40% da produção mundial de carnes

EUA e China se encontram praticamente empatados na primeira posição, respondendo, cada um, por cerca de 17% do total mundial previsto. O Brasil surge na terceira posição, com previsão de aumento de 2%. Com 14,678 milhões de toneladas isso representa 11% do projetado mundialmente. Há concentração da produção em um pequeno número de países. Embora detenham pouco mais de 30% da população mundial, os quatro maiores produtores – EUA, China, Brasil e União Europeia – respondem por perto de 55% da produção mundial de carne de frango. Os 200 países com os 70% da população respondem por menos da metade da produção mundial.

AGROLINK 

INTERNACIONAL

Rebanho suíno da China cresce 23,5% em maio em relação ao ano anterior, diz mídia estatal

O rebanho suíno da China cresceu 23,5% em maio em relação ao ano anterior, informou a mídia estatal na quarta-feira, citando o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais

O rebanho de porcas aumentou 19,3% no mesmo período, de acordo com o relatório da CCTV, atingindo 98,4% dos estoques ao final de 2017. O enorme rebanho de suínos da China, que produz cerca de metade da carne suína consumida globalmente, caiu 40% em 2019, mostram dados oficiais, depois que o vírus mortal da peste suína africana se espalhou por suas fazendas. A indústria despejou bilhões de yuans em novas fazendas intensivas no ano passado para reconstruir o rebanho. “Agora podemos dizer com total confiança que a missão original de três anos para a restauração da produção de suínos foi concluída antes do previsto”, disse ao CCTV Xin Guochang, funcionário do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério da Agricultura.

REUTERS 

Carne bovina: Com restrições para produção local, China continuará importando mais do Brasil

A pandemia de Covid-19 e avanço do vírus da peste suína africana no rebanho de porcos da China trouxeram alterações profundas no consumo de carnes da população chinesa, que passou a demandar quantidades cada vez maiores de cortes bovinos e de aves, em substituição aos produtos de origem suína

Tais mudanças no hábito alimentar serão mantidas mesmo depois de vencidos os problemas gerados pelas duas crises sanitárias, o que manterá o Brasil na linha de frente do fornecimento mundial de proteínas animais para gigante asiático. Pelo menos é o prevê a analista chinesa de proteína animal do Rabobank China, Pan Chenjun, sediada em Hong Kong, que conversou sobre o tema com Wagner Yanaguizawa, também analista do banco de origem holandesa e representante da instituição no Brasil. “Com o quadro de escassez de oferta de carne suína no mercado chinês e a disparada nos preços locais dessa proteína, muitos consumidores passaram a consumir mais carne bovina, além de frango”, relata Chenjun. Paralelamente, a pandemia da Covid-19 acelerou as compras online de cortes bovinos, estimulando o consumo da proteína vermelha dentro dos lares. Segundo a analista, anteriormente à crise do novo coronavírus, os chineses tinham o hábito de consumir a carne bovina em restaurantes. “Depois da Covid-19 e do surto da peste africana, parte desse hábito (de maior consumo de carne bovina, em detrimento da suína) permanecerá”, acredita ela. Para reforçar a previsão de Pan Chenjun, o analista Wagner Yanaguizawa lembrou que, nos últimos anos, o consumo per capita de carne bovina tem apresentado tendência de alta na China, “não só pelo aumento das classes econômicas A e B”, mas também pela explosão dos preços da carne suína (devido à queda brusca na oferta), o que tornou “a carne bovina mais competitiva”. Além disso, , diz Chenjun,  há a própria dificuldade dos pecuaristas chineses em expandir a produção local, que crescerá em 2021, mas em ritmo inferior à demanda interna pela proteína vermelha. “A China não tem recursos suficientes para expandir a pecuária de corte, já que as normas vigentes de proteção ambiental é uma prioridade para o governo, então há muitas restrições para formação de novas áreas de pastagem”, afirma ela, acrescentando que prevê, com isso, um aumento das importações chinesas.

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