
Ano 11 | nº 2598 | 18 de novembro de 2025
NOTÍCIAS
Em São Paulo, cotação estável no mercado do boi gordo
Como de costume, o mercado abriu a semana com poucos negócios. Como de costume, o mercado abriu a semana com poucos negócios. A cotação permaneceu firme, com o preço de referência sendo o mesmo da última semana. As escalas de abate atendiam, em média, a sete dias.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo sem padrão exportação segue cotado em R$ 320/@, a vaca gorda em R$ 302/@, a novilha terminada em R$ 312/@ e o “boi-China” em R$ 325/@ (valores brutos, no prazo). No Mato Grosso do Sul, o mercado esteve pressionado, com a ponta compradora oferecendo menos pela arroba. No entanto, esses preços não se consolidaram como referência, e será preciso acompanhar como os compradores se posicionarão nos dias seguintes. Assim, as cotações permaneceram estáveis no estado. No atacado de carne com osso, após semanas de preços firmes, a cotação recuou em algumas categorias. Esse cenário é reflexo de uma semana de vendas em ritmo mais moroso. A cotação da carcaça casada do boi capão caiu 1,8%, ou R$0,40/kg, negociada em R$22,00/kg. Para a do boi inteiro não houve alteração, permanecendo cotada em R$21,40/kg. Entre as fêmeas, a cotação permaneceu estável para a vaca, comercializada em R$20,65/kg. Para a novilha, a cotação caiu 0,7%, ou R$0,15/kg, apregoada em R$21,15/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio* não mudou, cotado em R$7,40/kg. A cotação do suíno especial** subiu 1,6%, ou R$0,20/kg, comercializado em R$13,00/kg.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: preços se estabilizam apesar das escalas de abate mais curtas
O mercado do boi gordo registrou nesta semana um movimento de acomodação nos preços, apesar de as escalas de abate nos frigoríficos permanecerem mais curtas.
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado avaliou o posicionamento do Ministério da Agricultura e Pecuária, que afastou rumores sobre a presença do carrapaticida Fluazuron em carne brasileira destinada à China. “Esse boato impactou fortemente a B3 ao longo da primeira quinzena de novembro”, explica. Outro ponto de atenção, segundo Iglesias, é a investigação conduzida pela China sobre os efeitos das importações brasileiras na produção local. A expectativa é que o país anuncie os resultados até 26 de novembro. Até lá, o mercado deve seguir em estado de alerta. O balanço da semana apontou para preços de estáveis a levemente mais altos nas principais praças de comercialização do Brasil, na modalidade a prazo, conforme levantamento de 14 de novembro: São Paulo (Capital): R$ 330,00 a arroba – estável. Goiás (Goiânia): R$ 325,00 a arroba – alta de 1,56%. Minas Gerais (Uberaba): R$ 315,00 a arroba – alta de 1,61%. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 330,00 a arroba – estável. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310,00/@ a arroba – estável. Rondônia (Vilhena): R$ 295,00 a arroba – estável. No atacado, Iglesias destaca que os preços apresentaram alta consistente ao longo da semana. O cenário é impulsionado pelo aumento do consumo doméstico, com a chegada do décimo terceiro salário, criação de postos temporários de trabalho e as confraternizações típicas do período. Quarto traseiro do boi: R$ 26,00/kg – alta de 4%. Quarto dianteiro do boi: R$ 19,50/kg – alta de 4%
SAFRAS NEWS
Exportações de carne bovina somam 163,6 mil toneladas na parcial de novembro, aponta Secex
Média diária avançou 36,3% frente a 2024, enquanto o ritmo semanal caiu 36,9% na segunda semana; faturamento e preço médio também registram alta, segundo a Secex.
O volume exportado de carne bovina alcançou 163,6 mil toneladas até a segunda semana de novembro/25, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em novembro do ano passado, o volume total exportado foi de 228,1 mil toneladas em 19 dias úteis. A média diária exportada até a segunda semana ficou em 16,3 mil toneladas e teve um avanço de 36,3% frente a média diária do ano anterior, que ficou em 12 mil toneladas. O volume exportado na segunda semana mostrou desaceleração significativa. Enquanto na primeira semana de novembro foram embarcadas 100,8 mil toneladas, na segunda semana o total exportado foi próximo de 63,6 mil toneladas, ou seja, uma queda de 36,9% no volume semanal exportado. O faturamento com as exportações de carne bovina até a segunda semana de novembro de 2025 alcançou US$ 905 milhões, enquanto no fechamento de novembro do ano anterior ficou em US$ 1,111 bilhão. A média diária do faturamento até a segunda semana de novembro ficou em US$ 90,5 milhões e registrou um ganho de 54,7%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, que ficou em US$ 58,49 milhões. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.528 por tonelada até a segunda semana de novembro/25, e isso representa um ganho anual de 13,5%, comparando com o valor médio de 2004 com US$ 4.871 por tonelada.
SECEX/MDIC
Confinamento cresce no Mato Grosso e impulsiona resultados em 2025
Segundo Felipe Fabbri, consultor de mercado da Scot Consultoria, o confinamento segue lucrativo em 2025, mesmo com aumento de custos.
Segundo Felipe Fabbri, consultor de mercado da Scot Consultoria, o confinamento segue lucrativo em 2025, mesmo com aumento de custos. Em Mato Grosso, o custo da diária, segundo a pesquisa-expedicionária Confina Brasil subiu, em 2025, 21,0%, para R$ 13,30 por cabeça, mas o retorno por bovino segue positivo, pautado, principalmente, no bom momento da relação de troca entre o boi gordo e o milho, que atingiu o melhor momento ao pecuarista dos últimos cinco anos. Com alta de, no mínimo, 10,0% na oferta de gado confinado e crescimento das exportações de 16,6% em 2025, a disputa entre frigoríficos aumentou, o que sustentou os preços do boi gordo em patamares maiores em 2025, em relação a 2024, apesar da oferta ampla de boiadas. A cotação do bezerro, reflexo da menor oferta da categoria após o descarte de fêmeas nos últimos anos, também subiu. O ágio da categoria em relação ao boi gordo chega a 35,0% em algumas regiões. Para 2026, a Scot Consultoria prevê preços firmes, mas recomenda cautela e planejamento nas compras de reposição e no estoque de alimento.
SCOT CONSULTORIA
Tarifas: impacto para a carne bovina brasileira deve ser limitado e não deve impulsionar exportações no curto prazo
Segundo analistas, corte de 10% deve sustentar preços na B3, mas Brasil segue pouco competitivo e ainda distante de um avanço expressivo nas exportações aos Estados Unidos.
A redução de 50% para 40% na tarifa aplicada pelos Estados Unidos à carne bovina brasileira trouxe algum alívio ao mercado, mas o efeito prático deve ser limitado. Apesar do corte de 10 pontos percentuais trazer um ânimo ao mercado, o Brasil continua pouco competitivo diante de concorrentes como Austrália, Uruguai e Argentina. Para analistas, a medida não é suficiente para impulsionar de forma relevante as exportações ao mercado norte-americano. Publicada na última sexta-feira (14), a ordem executiva do presidente Donald Trump marcou o primeiro recuo tarifário desde o acirramento das disputas comerciais com o Brasil. Antes das tarifas, os EUA eram o segundo maior destino da carne bovina brasileira, com 156 mil toneladas importadas e participação de 12,2% nas exportações totais do país. No mesmo período, a China respondeu por 49,1% dos embarques. Apesar de representar um gesto diplomático importante, a redução na tarifa aplicada pelos Estados Unidos à carne bovina brasileira ainda está longe de garantir uma retomada robusta das exportações. A avaliação é de Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, que considera o impacto da medida positivo, porém insuficiente para recolocar o Brasil em posição de plena competitividade no mercado norte-americano. “Com a tarifa em 40%, continuamos menos competitivos do que esses países. Ainda não é um mercado que o Brasil consiga acessar ativamente. Precisamos ver como as negociações comerciais vão avançar e qual será o nível final dessas tarifas”, explica. Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, também ressalta que o corte é positivo, porém insuficiente para melhorar de forma significativa a competitividade do Brasil no mercado norte-americano. Segundo Fabbri, a leitura do mercado tende a ser imediata: “Para quem olhar apenas a manchete, a expectativa é de alta na B3 e, de fato, isso deve ocorrer”. O analista afirma que o noticiário deve estimular um movimento especulativo ao longo dos próximos dias, sustentando os preços tanto no mercado futuro quanto no físico. De acordo com a análise do João Bosco Bittencourt Júnior, Aliá Investimentos, o mercado também está acompanhando as informações da China, que podem trazer informações sobre as salvaguardas. Fabbri observa desaceleração esperada das compras chinesas, embora ainda em volumes elevados; a possibilidade de Pequim adotar medidas protecionistas; e uma tendência de melhora no consumo doméstico na virada do ano. Segundo ele, esses três fundamentos combinados tendem a reforçar a firmeza do mercado, e os Estados Unidos entram apenas como um elemento adicional de sustentação. Os contratos futuros na Bolsa Brasileira operam na faixa de R$ 317,00 a R$ 325,00, mas a projeção é de que a arroba encerre o ano próxima de R$ 340,00/@, sustentada por um mercado físico mais firme e por um ambiente externo menos pressionado. Apesar da perspectiva de alta, Fabbri afasta a possibilidade de um salto expressivo nos preços. Ele projeta que a arroba alcance entre R$ 335 e R$ 340 no ponto máximo de 2025, dependendo do comportamento da demanda interna e das exportações. “A redução tarifária aumenta a especulação, mas não muda a margem da indústria de forma significativa. Por isso, não vemos espaço para explosão de preços nem para a B3 romper as máximas anteriores”, diz, lembrando que o contrato de novembro chegou a operar próximo de R$ 333 no final de outubro e início de novembro. O analista afirma que apenas a retirada completa da tarifa poderia alterar o quadro de forma decisiva, estimulando compras mais agressivas pelos frigoríficos exportadores e garantindo sustentação mais forte às cotações.
NOTÍCIAS AGRÍCOLAS
ECONOMIA
Dólar acompanha exterior e sobe ante o real à espera de dados nos EUA
O dólar fechou a segunda-feira em alta no Brasil, novamente acima dos R$5,30, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, com investidores à espera da retomada da divulgação de dados nos EUA após o fim da paralisação do governo norte-americano.
O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,61%, aos R$5,33 na venda. Às 17h, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — subia 0,61% na B3, aos R$5,3460. No exterior, a expectativa pelo reinício das divulgações de dados econômicos nos Estados Unidos, após o fim da paralisação do governo, deu o tom dos negócios. A previsão é de que o relatório de emprego payroll saia na quinta-feira. Antes disso, na quarta-feira, o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária. Ambos os eventos serão acompanhados com atenção pelos investidores, que buscarão pistas sobre o que o Federal Reserve fará com os juros em dezembro. No fim da tarde, conforme a Ferramenta CME FedWatch, o mercado precificava 59,1% de probabilidade de manutenção pelo Fed da taxa na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, contra 40,9% de chance de redução de 25 pontos-base. No cenário doméstico, destaque para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que caiu 0,2% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, uma contração maior que o 0,10% esperado por economistas consultados pela Reuters. Em agosto, o indicador havia avançado 0,4%. Em suas comunicações recentes, o Banco Central reconheceu a desaceleração da atividade e seu impacto sobre a inflação — um pré-requisito para o início do ciclo de cortes da Selic, hoje em 15% ao ano –, mas se manteve cauteloso sobre o futuro da política monetária. Na quarta-feira passada, durante evento em São Paulo, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, disse que os dados mostram que a economia brasileira “está desacelerando, crescendo a taxas menores”, e a política monetária tem tido efeito, “mas de maneira gradual”.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda sob impacto de exterior, bancos e dados de atividade
O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, em linha com o tom negativo observado nas bolsas norte-americanas, diante da expectativa pelo retorno da divulgação de dados da economia dos EUA nesta semana após o fim da paralisação do governo.
Localmente, as perdas em ações de bancos e os dados abaixo do esperado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) também pressionaram negativamente a bolsa brasileira. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,64%, a 156.724,84 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 156.567,61 pontos na mínima e 157.900,51 pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão desta segunda-feira somava R$21,62 bilhões antes dos ajustes finais. Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em
REUTERS
Índice de atividade econômica do BC cai 0,20% em setembro
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve queda de 0,20% em setembro sobre agosto, segundo dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira, em contração maior do que a esperada por economistas, confirmando tendência de desaquecimento da economia em meio aos juros elevados.
No terceiro trimestre, a atividade encolheu 0,9% sobre os três meses imediatamente anteriores, segundo o medidor do BC, considerado um sinalizador dos dados oficiais do Produto Interno Bruto (PIB). Economistas consultados pela Reuters esperavam retração de 0,10% no mês. O dado de setembro se seguiu a uma alta de 0,4% do IBC-Br em agosto que havia interrompido três meses de retração da atividade. “Esse resultado confirma a dinâmica de desaceleração da economia brasileira no terceiro trimestre, tendo em vista os efeitos da política monetária restritiva sobre o crédito, o consumo e os investimentos, somado com uma base de comparação elevada do primeiro semestre”, afirmou o economista Rafael Perez, da Suno Research. A abertura dos dados do BC mostrou que a retração em setembro foi liderada mais uma vez pela indústria (-0,7%), com serviços também encolhendo (-0,1%), em desempenho apenas parcialmente compensado pelo crescimento da agropecuária (+1,5%). Desconsiderando-se os dados do setor agropecuário, a atividade teria caído 0,4% no mês, segundo o BC. Na comparação com setembro de 2024, o indicador teve alta de 2,0%, avançando 3,0% em 12 meses. Os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre serão divulgados no início de dezembro, e a expectativa mediana dos economistas é de alta de 1,8% sobre o trimestre anterior, após crescimento de 0,4% no segundo trimestre, segundo o BC. O BC tem sinalizado a convicção de que a manutenção da taxa de juros em 15%, maior patamar em quase 20 anos, vai assegurar a volta da inflação à meta de 3%. Na ata da mais recente reunião de política monetária, divulgada na semana passada, os diretores reiteraram que a atividade econômica segue apresentando trajetória de moderação, conforme esperado. A mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central mostrou nesta segunda-feira que os economistas mantiveram a expectativa de crescimento de 2,16% do PIB este ano, com desaceleração para alta de 1,78% em 2026.
REUTERS
Vendas no varejo devem subir até janeiro de 2026, aponta IDV
Índice Antecedente de Vendas aponta crescimento para os próximos meses que varia de 2,3% a 5,0%; em outubro, houve alta de 2,3%
Os últimos dados do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do comércio varejista medido pelo IBGE, apresenta previsão de crescimento de 5,0% em novembro e 3,2% em dezembro deste ano e 2,3% em janeiro de 2026, sempre em relação aos mesmos meses do ano anterior. Em outubro, houve alta de 2,3%. Já os dados apresentados pelo IAV-IDV, ajustados pelo IPCA, apontam leve alta de 0,5% em novembro, queda de 1,3% em dezembro deste ano e nova queda de 2,5% em janeiro de 2026. Em outubro, houve queda de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2024. “O resultado de outubro foi influenciado pela intenção de consumo das famílias, que caiu 0,5%, a terceira queda seguida. Segundo Pesquisa da Neotrust CONFI, o e-commerce brasileiro atingiu um faturamento de R$ 8,43 bilhões em função do Dia das Crianças, um crescimento nominal de 25% em relação ao mesmo período de 2024”, explica Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV. O cenário para os próximos meses ainda inspira atenção pois a expectativa é que o IPCA, índice oficial de inflação, feche 2025 com alta de 4,55%, acima do teto da meta de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa inflação mais alta pode afetar diretamente o bolso das famílias, reduzindo o poder de compra. Já a política monetária segue em campo contracionista, com a Selic em 15% ao ano. Em outubro, quase todos os setores do índice apresentaram crescimento, com exceção de material de construção e móveis e eletrodomésticos. No setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, outubro teve alta de 1,1% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano e janeiro de 2026, a previsão é de alta de 7,5%, 3,0% e 2,5%, respectivamente. No setor de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, outubro teve alta de 2,8% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano e janeiro de 2026, a previsão é de alta de 4,8%, 3,1% e 3,5%, respectivamente. No setor de material de construção, outubro teve queda de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano e janeiro de 2026, a previsão é de alta de 1,0%, 3,6% e 1,6%, respectivamente. No setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, outubro teve alta de 10,9% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano e janeiro de 2026, a previsão é de alta de 12,2%, 13,4% e 2,0%, respectivamente. No setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, outubro teve alta de 16,1% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano e janeiro de 2026, a previsão é de alta de 13,6%, 11,5% e 8,1%, respectivamente. No setor de móveis e eletrodomésticos, outubro teve queda de 3,2% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano, a previsão é de alta de 3,0% e 1,0%, respectivamente, e de queda de 1,3% em janeiro de 2026. No setor de tecidos, vestuário e alçados, outubro teve alta de 6,9% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo do previsto no mês anterior. Para novembro e dezembro deste ano e janeiro de 2026, a previsão é de alta de 7,5%, 2,6% e 9,0%, respectivamente.
IAV-IDV
INTERNACIONAL
Crise de oferta de gado nos EUA deve persistir até 2027
Indústrias que atuam no país terão de lidar com custos altos de matéria-prima e margens apertadas
A crise de baixa oferta de gado bovino nos Estados Unidos tende a perdurar até meados de 2027. Nesse período, as indústrias de carne bovina que atuam no país — como JBS e National Beef (da MBRF) — terão de lidar com custos altos de matéria-prima e margens apertadas. “Os EUA já abandonaram os patamares recordes de liquidação de fêmeas há dois anos (2023), então esperamos mais uns dois anos, pelo menos, para observar uma recuperação produtiva substancial”, afirmou a diretora da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel. Segundo ela, um ponto importante é que enquanto a produção de gado bovino caiu, a demanda por carne aumentou entre os americanos, levando à menor relação de abastecimento desde 2005. O CEO da JBS USA, Wesley Filho, afirmou na sexta-feira (14/11), em teleconferência com analistas para comentar o balanço do terceiro trimestre, que as condições de oferta de gado reduziram pela metade o volume de carne bovina processada pela empresa no país, em relação ao praticado há dois anos. O negócio de carne bovina ficou com margens negativas no terceiro trimestre, fator que pressionou o resultado consolidado do grupo no período. O lucro da JBS caiu 16%, no comparativo anual, para US$ 581 milhões, conforme balanço divulgado na última semana. “A gente acha que em 2026 ainda vai ser um pouco difícil e a partir daí a coisa vai melhorar gradualmente. Vai ser uma melhora gradual a partir de 2027”, estimou Wesley Filho sobre o processo de recuperação da produção pecuária nos EUA. Segundo ele, enquanto a oferta de bovinos continuar apertada, o mercado americano verá aumento de demanda por outras proteínas. “Suíno e frango seguem como opções mais acessíveis financeiramente (para o consumidor)”, acrescentou. Isso favorece companhias que têm diversificação de proteínas, como a JBS. Do ponto de vista financeiro, o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, acredita que o problema de oferta de bovinos dos EUA continuará, “com toda certeza”, pesando sobre os balanços dos frigoríficos que operam no mercado americano. “Está longe de se resolver a questão do ciclo do gado por lá”, enfatizou Cruz. Em uma visão mais otimista, Renata Cabral, analista do Citi afirmou que o mercado continua “excessivamente focado na baixa cíclica da carne bovina dos EUA e na volatilidade passada no Brasil, subestimando uma base de ganhos mais diversificada” da JBS e um balanço financeiro sólido. Para a especialista, apesar de uma queda de 16% no lucro, a JBS ainda conta com potencial de valorização que a coloque em linha com seus pares nos Estados Unidos, como a Tyson Foods. No cenário de oferta restrita, que contribui para o aumento dos preços da carne ao consumidor americano, o governo Trump solicitou, no dia 7, que o Departamento de Justiça investigue frigoríficos que atuam no país, devido à alta da proteína. Ele alega suposta manipulação e fixação de preços. Entre os grandes estão a JBS e a National Beef.
GLOBO RURAL
FRANGOS & SUÍNOS
Média diária embarcada de carne suína recua 14,3% até a segunda semana de novembro/25
Volume embarcado somou 48,5 mil toneladas em dez dias úteis
O volume exportado de carne suína in natura chegou em 48,5 mil toneladas até a segunda semana de novembro/25, conforme a Secretária de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, o volume exportado alcançou 108,6 mil toneladas em 19 dias úteis de novembro/24.
A média diária exportada até a segunda semana de novembro/25 ficou em 4,8 mil toneladas e registrou uma queda de 14,3% frente a média diária embarcada em novembro do ano passado, que ficou em 5,6 mil toneladas. A receita obtida com as exportações de carne suína até a segunda semana de novembro/25 ficou em US$ 120,9 milhões de toneladas, sendo que o faturamento de novembro do ano anterior, que foi de US$ 273,4 milhões. A média diária do faturamento até a segunda semana de novembro ficou em US$ 12 milhões e teve um recuo de 15,9% frente a média diária de novembro do ano anterior, que ficou em US$ 14,3 milhões. Já o preço pago por tonelada ficou em US$ 2.491 por tonelada, leve recuo de 1,9% frente ao observado em novembro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.540 por tonelada.
SECEX/MDIC
Exportações de carne de aves somam 214,5 mil toneladas até a segunda semana de novembro/25
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 214,5 mil toneladas até a segunda semana de novembro/25.
No ano passado, o volume total exportado foi de 436,5 mil toneladas em 19 dias úteis de novembro. A média diária até a segunda semana de novembro/25 ficou em 21,4 mil toneladas, sendo que isso representa uma queda de 6,6% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 22,9 mil toneladas. O preço pago pelo produto até a segunda semana de novembro ficou em US$ 1.763por tonelada, e isso representa uma queda de 6,1% se comparado com os valores praticados em novembro do ano anterior, que estavam em US$ 1.877por tonelada. No faturamento, a receita obtida até a segunda semana de novembro ficou em US$ 378,4 milhões, enquanto em novembro do ano anterior o valor ficou em US$ 819,5 milhões. Já a média diária de faturamento ficou em US$ 37,8 milhões e teve uma redução de 12,3% frente a média diária observada em novembro do ano anterior, que ficou em US$ 43,1 milhões
SECEX/MDIC
União Europeia confirma retorno de pré-listing para a exportação de carne de aves e ovos do Brasil
Processo de habilitação fica mais ágil e previsível. Agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia
A União Europeia confirmou ao governo brasileiro, por meio de carta oficial, o retorno do sistema de habilitação por pré-listing para a exportação de carne de aves e ovos ao bloco. A decisão havia sido anunciada há algumas semanas e foi oficializada agora. “Uma grande notícia é a retomada do pré-listing para a União Europeia. Esse mercado espetacular, remunerador para o frango e para os ovos brasileiros estava fechado desde 2018. Portanto, sete anos com o Brasil fora”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na segunda-feira (17/11), segundo nota da Pasta. Com a decisão, os estabelecimentos que atenderem aos requisitos sanitários exigidos pela União Europeia poderão ser indicados pelo Ministério da Agricultura do Brasil e, uma vez comunicados ao bloco europeu, ficam aptos a exportar. No modelo de pré-listing, a Pasta atesta e encaminha a lista de plantas que cumprem as normas da UE, sem necessidade de avaliação caso a caso pelas autoridades europeias, o que torna o processo de habilitação mais ágil e previsível. “Trabalhamos três anos na reabertura e, finalmente, oficialmente, o mercado está reaberto. Todas as agroindústrias brasileiras que produzem ovos e frangos e que cumprirem os pré-requisitos sanitários podem vender para a Comunidade Europeia”, completou Fávaro.
GLOBO RURAL
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