
Ano 11 | nº 2586 | 31 de outubro de 2025
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo: estabilidade em São Paulo
Após a alta em todas as categorias no dia anterior (29/10), as cotações permaneceram firmes, mas sem mudanças.
Após a alta em todas as categorias no dia anterior (29/10), as cotações permaneceram firmes, mas sem mudanças. A oferta de boiadas esteve enxuta, o que dificultou a formação das escalas de abate que, apesar disso, estiveram confortáveis, atendendo, em média, a oito dias. No Mato Grosso, a oferta de boiadas diminuiu, em função da redução de bovinos provenientes de pasto e da maior participação de confinamentos. O escoamento da carne para o varejo esteve travado, mas com expectativa de melhora a partir do quinto dia útil de novembro, com a recuperação no mercado interno. Com relação às escalas de abate, os frigoríficos de grande porte apresentaram escalas longas, enquanto os menores, escalas curtas. O retorno das chuvas criou a expectativa de pastos com bom vigor, dando espaço para que o pecuarista segurasse a oferta. No Sul de Tocantins, a oferta de bovinos estava reduzida, o que gerou alta para todas as categorias no dia anterior (29/10). No dia seguinte, os preços permaneceram estáveis.
Scot Consultoria
Preços do boi gordo seguem em alta
Com escalas curtas nos frigoríficos e aumento no consumo interno, cotações do boi gordo avançam em todo o país
O mercado físico do boi gordo manteve o ritmo de valorização ao longo da semana, refletindo um ambiente de negócios positivo. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate curtas, especialmente nos frigoríficos de menor porte, seguem sustentando os preços, enquanto a demanda doméstica mostra sinais de aquecimento neste fim de ano. Além disso, na quarta-feira (29), as exportações continuaram com números expressivos, com forte desempenho no segundo semestre, o que reforça a firmeza das cotações. Preços do boi gordo: São Paulo: R$ 318,92 (a prazo). Goiás: R$ 309,82. Minas Gerais: R$ 305,29. Mato Grosso do Sul: R$ 328,18. Mato Grosso: R$ 303,11. O mercado atacadista de carne bovina apresentou estabilidade na quarta-feira, mas o cenário segue favorável a reajustes nas próximas semanas. Segundo Iglesias, o período de final de ano, marcado pelo pagamento do 13º salário e pela criação de empregos temporários, tende a impulsionar o consumo e movimentar a economia. Quarto dianteiro: R$ 18,20/kg. Ponta de agulha: R$ 17,20/kg. Quarto traseiro: R$ 25,00/kg.
Safras News
Boi/Cepea: Oferta restrita mantém preços em alta
Levantamento do Cepea mostra que os preços do boi gordo seguem em alta.
Segundo o Centro de Pesquisas, além da oferta restrita de animais, compradores que precisam cumprir as escalas de abate acabam pagando mais pela arroba. Em outubro, as cotações do boi acumulam aumento nas 28 regiões pesquisadas pelo Cepea. Em praças como Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Triângulo Mineiro, Pará e Oeste da Bahia, a valorização é de 3%; em Goiânia, Rio Verde e Tocantins, chega a 5%. No estado de São Paulo, os negócios têm ocorrido principalmente entre R$ 315 e R$ 320, conforme o Centro de Pesquisas.
Cepea
Brasil deve registrar recorde histórico na exportação de gado vivo em 2025
Volume de embarques cresce 16% no ano e pode alcançar 1,5 milhão de animais, consolidando o maior resultado da série histórica. Governo do Rio de Janeiro estuda iniciar a exportação de gado vivo pelo Porto do Açu, em São João da Barra.
As exportações brasileiras de gado em pé seguem em ritmo acelerado e podem alcançar o maior volume da história em 2025. Só em setembro, foram embarcadas 137,17 mil cabeças, o segundo maior volume já registrado para um único mês, atrás apenas de dezembro de 2024. A receita obtida no mês somou US$ 147,93 milhões, com média de US$ 76,32 por arroba. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) foram compilados pela Agrifatto. No acumulado do ano, o Brasil já exportou 788,41 mil bovinos, desempenho 16,08% superior ao mesmo período de 2024. De acordo com a economista e CEO da Agrifatto, Lygia Pimentel, caso essa tendência se mantenha, o país poderá encerrar 2025 com cerca de 1,5 milhão de animais enviados ao exterior, consolidando o maior resultado histórico do setor. Os principais mercados continuam sendo países do Oriente Médio e Norte da África. “Esse gado é destinado majoritariamente ao abate para o Halal, que é um preceito religioso deles. Então vai para Turquia, Iraque, Marrocos e Egito. Só esses quatro mercados já são responsáveis por quase 80% do que a gente manda para fora”, afirmou a CEO da Agrifatto. Segundo ela, com a inclusão da Arábia Saudita, a concentração chega a quase 100%. O embarque de gado vivo está concentrado em regiões próximas a portos. O Pará respondeu por 59,59% das exportações de 2025 até setembro, seguido pelo Rio Grande do Sul (22,38%) e São Paulo (5,08%). “É focado por questões logísticas onde tem oferta de gado e porto próximo. O porto de Santarém favorece o acesso ao transporte marítimo”, detalhou Lygia. A economista destaca que a competitividade do boi brasileiro tem sustentado os embarques. “Hoje o boi brasileiro é o mais barato do mundo. Ele normalmente já é, mas em especial este ano está bem forte a nossa competitividade frente aos concorrentes. Acho que esse é o principal motivo: volume e preço”, explicou. Segundo relatório produzido pela consultoria, o preço médio de um animal vendido ao exterior em setembro foi de US$ 76 por arroba, frente a uma média de US$ 57 no mercado interno. Apesar da escalada, a exportação de gado vivo ainda representa uma fatia pequena dentro da pecuária nacional. Em 2024, equivalia a 3,15% do total abatido no Brasil, e mesmo que chegue a 1,5 milhão de animais em 2025, corresponderá a apenas 3,59% do abate nacional estimado para este ano.
Estadão/Agro
ECONOMIA
Dólar sobe ante o real ainda sob influência de decisão do Fed
O dólar fechou a quinta-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço quase generalizado da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, com investidores ainda repercutindo a decisão da véspera do Federal Reserve e tendo como pano de fundo o acordo comercial entre Estados Unidos e China.
O dólar à vista fechou em alta de 0,43%, aos R$5,3814. No ano, porém, a divisa acumula queda de 12,91%. Às 17h02, na B3, o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,43%, aos R$5,3825. Na véspera, o dólar já havia ganhado força em todo o mundo após a decisão do Fed de cortar sua taxa de juros em 25 pontos-base, como esperado, mas colocando em dúvida nova redução no mês de dezembro. Comentários do chair da instituição, Jerome Powell, ainda na tarde de quarta-feira, reforçaram as apostas de que o Fed pode manter a taxa de juros na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, ainda que a probabilidade de novo corte de 25 pontos-base siga majoritária. Na quinta-feira, os efeitos das sinalizações do Fed ainda impactavam os ativos: o dólar avançava ante a maior parte das demais divisas, em meio à possibilidade de os juros não voltarem a cair nos EUA em dezembro, e os rendimentos dos Treasuries tinham ganhos firmes. O acordo comercial entre EUA e China também permeava os negócios. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que concordou com o presidente da China, Xi Jinping, em reduzir as tarifas sobre o país asiático, em troca de Pequim reprimir o comércio ilícito de fentanil, retomar as compras da soja norte-americana e manter as exportações de terras raras. Trump afirmou que as tarifas sobre as importações chinesas serão reduzidas de 57% para 47%. Neste cenário, o dólar à vista atingiu a cotação máxima do dia no Brasil, de R$5,3954 (+0,70%), às 10h09. Depois disso, oscilou em níveis mais baixos, mas sempre em alta ante o real.
Reuters
Ibovespa tem alta discreta, mas assegura novas máximas e caminha para novo ganho mensal
O Ibovespa fechou com uma valorização modesta nesta quinta-feira, mas a sétima alta consecutiva renovou máximas históricas, com Ambev entre os principais suportes, enquanto Bradesco figurou na ponta negativa, com ambos os balanços ocupando as atenções.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,1%, a 148.780,22 pontos, a caminho do terceiro ganho mensal seguido, com alta acumulada de 1,74% em outubro até o momento. Na máxima do dia, marcou 149.234,04. Na mínima, 147.546,46 pontos. O volume financeiro na bolsa paulista nesta quinta-feira somou R$20,9 bilhões. Na visão do analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, além de balanços, dados econômicos do Brasil também influenciaram o rumo do Ibovespa, notadamente o IGP-M, que caiu mais do que o esperado em outubro, além de números sobre criação em empregos formais mais fortes do que as expectativas. O IGP-M, afirmou Mollo, referendou a tomada de risco no começo do pregão, uma vez que dados melhores sobre a inflação aumentam a chance de o Banco Central promover um corte na taxa Selic no final deste ano ou começo do ano que vem. Tal fôlego, contudo, arrefeceu com os números de emprego do Caged, observou. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,99%, também freando o otimismo no pregão brasileiro, em meio a noticiário corporativo envolvendo o setor de tecnologia, incluindo Meta e Microsoft, além de dúvidas sobre mais um corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro.
Reuters
Brasil abre 213 mil vagas de trabalho com carteira assinada em setembro
No acumulado do ano até setembro, foi registrada a abertura líquida de 1,7 milhão de vagas
O mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida de 213.002 mil vagas com carteira assinada em setembro. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado de setembro ficou acima da estimativa mediana de instituições financeiras, gestoras de recursos e consultorias, de abertura líquida de 172,5 mil vagas, segundo o Valor Data. As projeções, todas positivas, iam de 136 mil a 220 mil. Foram registradas 2.292.492 admissões contra 2.079.490 desligamentos no mês passado. O resultado líquido foi pior do que o de setembro do ano passado, quando houve a abertura de 252.260 vagas. No acumulado do ano até setembro, foi registrada a abertura líquida de 1.716.600 vagas. Setores Os cinco setores da economia tiveram abertura líquida de postos formais de trabalho em setembro: serviços (106.606); agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3.167); indústria geral (43.095); construção (23.855); comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (36.280). No ano, os cinco setores alcançaram abertura líquida de vagas: serviços (880.210); construção (218.202); indústria geral (315.874); agropecuária (110.800). Já comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas teve abertura líquida de 11.525 vagas. As cinco regiões do país apresentaram geração líquida de vagas formais em setembro: Sudeste (80.639), Sul (27.302), Centro-Oeste (14.569), Nordeste (72.347) e Norte (18.151). No ano, as cinco regiões também alcançaram abertura líquida de vagas: Sudeste (770.328), Sul (294.797), Centro-Oeste (207.051), Nordeste (334.930) e Norte (109.173). Salário O salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada ficou em R$ 2.286,34 em setembro. O valor representa uma queda de R$ 20,61 em relação a agosto. Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.395,20 em setembro, contra R$ 2.392,46 um mês antes. Intermitente O Brasil gerou liquidamente em setembro 44.781 novos postos de trabalho intermitente, de aprendizes, temporários, contratados por Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física ou com carga de até 30 horas. O número foi resultado de 312.472 admissões e 267.691 desligamentos. No acumulado deste ano, houve abertura líquida de 379.035 postos não típicos de trabalho, resultado de 2.899.709 admissões e 2.520.674 fechamentos.
Valor Econômico
GOVERNO
Brasil ainda deve demorar para vender carne bovina ao Japão
Tóquio informou Brasília que realizará uma nova auditoria in loco para análise de risco do sistema sanitário brasileiro. Sistema de inspeção japonês é rigoroso e quer fazer uma nova avaliação da sanidade da indústria de carne bovina brasileira
Apesar do otimismo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que vê o Japão “muito perto” de abrir seu mercado à carne bovina brasileira ainda em 2025, as informações técnicas compartilhadas entre os países, que ditam o ritmo da negociação, indicam que a abertura ainda pode demorar um pouco. Tóquio informou ao Brasil que realizará uma nova auditoria in loco para análise de risco do sistema sanitário brasileiro. A sinalização inicial é que a missão deve ocorrer só em abril de 2026, segundo duas fontes a par do assunto. O foco ainda será nos três Estados da região Sul, os primeiros declarados livres de febre aftosa sem vacinação, e não em todo o país, que recebeu tal status em maio deste ano. A questão sanitária era uma exigência japonesa para avançar no acordo. Do lado brasileiro, o pedido foi para que a auditoria seja realizada o “quanto antes”, se possível ainda em 2025. E essa não é a etapa final do processo de autorização dos embarques. Em junho, técnicos japoneses fizeram uma auditoria inédita no sistema de inspeção do Brasil. A medida foi vista pelo governo brasileiro e pelo setor frigorífico como fundamental para a abertura do mercado. O procedimento completo, porém, é repleto de idas e vindas documentais entre os países. Só em outubro, após o envio de respostas adicionais por Brasília a questionários técnicos, o Japão indicou que quer avançar nas negociações. Procurado, o Ministério da Agricultura não respondeu. “Estamos agora em condições de considerar dar um passo adiante”, disse o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão em comunicado enviado à diplomacia brasileira em outubro. O passo seria para a sexta de dez etapas necessárias para abrir o mercado. O objetivo da nova auditoria presencial é validar a aplicação das questões de segurança sanitária. “O Japão está agora na fase de considerar a possibilidade de dar um passo adiante, que consiste em realizar inspeções no local, conforme estipulado no Artigo 4 dos Procedimentos Operacionais Padrão para Aprovação da Importação de Itens Designados para o Japão para Quarentena, para os três estados em questão”, diz o comunicado. O Japão segue cobiçado pela indústria nacional, pois é o terceiro maior importador mundial da proteína — cerca de 700 mil toneladas por ano — e é visto como um mercado premium. Outra demora que preocupa representantes da indústria é para a habilitação de frigoríficos para exportação ao Vietnã. O mercado para a carne bovina in natura foi aberto em março, sob grande expectativa diante da demanda do país asiático, que importa 300 mil toneladas ao ano. Apenas duas plantas da JBS, em Mozarlândia e Goiânia, ambas em Goiás, foram habilitadas até agora. A autorização foi dada em junho. Em março, durante visita da comitiva presidencial brasileira a Hanói, capital vietnamita, a JBS anunciou plano de investimento de US$ 100 milhões para construção de duas fábricas no Vietnã. Quase 100 dias depois do primeiro embarque, não houve novas habilitações. Uma lista de 97 frigoríficos, de 37 empresas, aguarda o aval. A “falha”, segundo fonte, foi o Brasil não ter atrelado a abertura de mercado do Vietnã ao compromisso de habilitações das plantas. Esse tipo de acordo teria sido feito com o México, disse outra fonte. O Ministério da Agricultura não confirmou o movimento.
Valor Econômico
MEIO AMBIENTE
Desmatamento cai 11% na Amazônia e no Cerrado, mostra Prodes
Segundo o Inpe, esse é o quarto ano consecutivo de quedas de desmatamento na região amazônica e a menor taxa de desmatamento em 11 anos
A duas semanas da COP30, que acontecerá no Brasil, o governo anunciou na quinta-feira (30) que o desmatamento caiu 11,08% e atingiu 5.796 km², somente na Amazônia no Brasil. No Cerrado, também houve queda – de 11,49%, para 7.235 km². De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), esse é o quarto ano consecutivo de quedas de desmatamento na região amazônica e a menor taxa de desmatamento em 11 anos. Os dados se referem ao período de 1º de agosto de 2024 a 31 de julho de 2025, e são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), principal indicador oficial do país, produzido pelo Inpe. Nesse intervalo desde agosto do ano passado, do total de área desmatada somente na Amazônia, 60% foram de desmatamento por degradação progressiva, o equivalente a 3.593 km². E outros 38% são de corte raso (2.203 km²). Na região amazônica, o Estado que mais contribuiu, em área, para o índice de desmatamento, foi o Pará, que registrou uma diminuição de 12,40% de área desmatada nesse período. O único Estado que registrou aumento de desmatamento foi o Mato Grosso, polo do agronegócio brasileiro, com alta de 25,05% de área desmatada. Já no cerrado, o Maranhão deu a maior contribuição para a queda nos índices de desmatamento nesse intervalo, como uma redução de 19% na área desmatada.
Valor Econômico
FRANGOS & SUÍNOS
Suinocultura Independente: preços estáveis pela sexta semana consecutiva
Os preços do suíno vivo permanecem estáveis pela sexta semana consecutiva, um reflexo direto do equilíbrio ajustado entre oferta e demanda no cenário nacional. O setor está aguardando como será o desempenho do consumidor para o início do mês de novembro.
De acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço dos suínos no estado de São Paulo seguiu mais uma semana com estabilidade e segue precificado em R$ 9,33/kg. No mercado mineiro, os preços dos animais permaneceram estáveis ao redor de R$ 8,30/kg no fechamento em mais uma semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), os preços dos suínos permaneceram estáveis nesta semana, na qual estão precificados em R$ 8,50/kg. Considerando a média semanal (entre os dias 23/10/2025 a 29/10/2025), o Indicador do Preço do Kg vivo do Suíno LAPESUI/UFPR teve queda de 2,53%, fechando a semana em R$ 8,20. No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou queda de 4,46% em relação à semana do dia 01/10/2025.
APCS/ Asemg/ ACCS) / LAPESUI/UFPR
Suínos/Cepea: Preço médio cai em outubro
Após atingir a máxima do ano em setembro, o preço médio do suíno vivo caiu em outubro, aponta levantamento do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem da demanda doméstica enfraquecida, sobretudo nesta segunda quinzena do mês.
A retração da procura de frigoríficos por novos lotes para abate, por sua vez, pode estar atrelada à maior competitividade das carnes concorrentes, como boi e frango. Para novembro, parte dos agentes consultados pelo Cepea acredita em alta na cotação do suíno vivo, fundamentada na menor disponibilidade interna e no tradicional aquecimento da demanda em final de ano. Por outro lado, alguns agentes estão receosos de que os valores elevados do animal em setembro sejam repassados à carne, podendo reduzir a procura final por parte da população. De acordo com apuração do Centro de Pesquisas, os preços de comercialização do suíno geralmente apresentam avanços no último trimestre do ano.
Cepea
Brasil mantém liderança nas exportações de frango halal em 2025
Mesmo com foco de gripe aviária no RS, Brasil exporta US$ 1,74 bi em frango halal no 1º semestre de 2025
Apesar do registro de um foco isolado de gripe aviária em maio de 2025 no Rio Grande do Sul, o Brasil manteve o ritmo das exportações de frango halal, consolidando-se como o principal fornecedor mundial da proteína para os países árabes. As vendas de frango halal somaram US$ 1,74 bilhão no primeiro semestre deste ano, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. O resultado se mantém praticamente no patamar registrado no ano anterior, o que confirma a confiança dos importadores e reforça a presença brasileira nos mercados do Oriente Médio e Norte da África. O setor enfrentou uma retração pontual em maio e junho, período em que foi confirmado o caso de gripe aviária na cidade de Montenegro (RS). Contudo, nos quatro primeiros meses do ano, as exportações haviam crescido dez por cento. Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara do Comércio Árabe-Brasileira, declarou: “O recuo foi natural diante do primeiro registro da doença, mas se o episódio não tivesse ocorrido, o semestre teria fechado com alta de dois dígitos.” Apesar dos desafios, o Brasil continuou a fornecer frango halal para 22 países árabes, com 11 deles registrando aumento nas compras no primeiro semestre. “É uma relação comercial sólida, construída ao longo de décadas”, ressaltou Mourad. O Brasil exporta proteína halal desde o final dos anos 1970 e, atualmente, é o maior fornecedor mundial de carnes certificadas de acordo com as normas islâmicas. As exportações totais do Brasil para os países do Oriente Médio e Norte da África alcançaram US$ 9,22 bilhões entre janeiro e junho de 2025, com a carne de frango representando cerca de 19% do volume comercializado. A proteína halal exige o cumprimento rigoroso de preceitos religiosos e sanitários, desde a criação e alimentação das aves até o abate e transporte. O termo halal significa “lícito” em árabe, referindo-se ao que é permitido pela fé islâmica. Mourad destacou a importância desse mercado: “Estamos falando de um mercado que envolve cerca de 2 bilhões de consumidores, um quarto da população mundial. Esse processo vai além da carne: ele reflete respeito, tradição e confiança.”
Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
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